SUBSÍDIO EBD LIÇÃO 4: O MINISTÉRIO AVIVADO DE JESUS | 1º Trimestre de 2023 – Subsídios Escola Biblica Dominical das Lições Bíblicas Adultos CPAD: TEMA: AVIVA A TUA OBRA – O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus
LEITURA BÍBLICA
VERSÍCULO CHAVE
O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e proclamar o ano aceitável do Senhor (Lc 4.18,19 NAA).
Jesus promoveu verdadeiro avivamento, que se espalhou por todo o mundo e chegou até nós, porque o Espírito do Senhor era sobre Ele e ungiu-o para cumprir a sua gloriosa missão. (Pr. Elinaldo R.)
I – JESUS E A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO
1- No nascimento de Jesus.
O Senhor Jesus Cristo foi gerado no ventre de sua Mãe Maria, através de um ato sobrenatural do Espírito de Deus, e nasceu cerca do ano 6 ou 5, antes da era cristã. Podemos verificar os relatos do nascimento de Jesus em textos tais como: Mateus, capítulo 2 e Lucas, capítulo 2. 1-14.
A) Onde Jesus nasceu? Vemos em Mateus 2, versículos 1 e 23, que Jesus nasceu em Belém e foi criado em Nazaré da Galiléia (Veja Lucas 4.16). De acordo com Mateus 2.23, Jesus é chamado de Nazareno porque habitava na cidade de Nazaré. Ele também foi chamado de “profeta de Nazaré” (Mt 21.11 – ARC) e Jesus de Nazaré (Mc 10.47; At 10.38). Jesus se mudou de Nazaré para Cafarnaum (Mt 4.12,13), que ficava aproximadamente 32 quilômetros ao norte. Cafarnaum se tornou a base de seu ministério na Galiléia.
Jesus provavelmente se mudou:
1) Para afastar-se da intensa oposição que havia em Nazaré.
2) Para causar um impacto sobre um número maior de pessoas (Cafarnaum era uma cidade onde havia muitas atividades — as Boas Novas poderiam alcançar mais pessoas e divulgar-se mais depressa), e
3) Para utilizar recursos e apoio extras em seu ministério.
A mudança de Jesus cumpriu a profecia em Isaías 9.1.2: o Messias seria uma luz em Zebulom e Naftali, cidades na região da Galiléia, onde Cafarnaum estava localizada. Em Zebulom e Naftali estavam duas das 12 tribos originais de Israel.
B) O milagre do nascimento de Jesus. O Filho de Deus, Jesus Cristo, aceitou, voluntariamente, ser despido de parte da sua glória celestial (Fp 2.6,7), para naquele momento tomar a forma de servo (Fp 2.7). Foi então que o milagre se deu! Jesus, o Filho de Deus tomou forma de “semente de homem” e entrou no ventre da virgem Maria. No mesmo momento em que ela disse:’ ‘Eis aqui a serva do Senhor! Cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38), o Verbo Divino, havia, pela operação do Espírito Santo, entrado no ventre de Maria, que desde então se achou grávida.
2- No batismo de Jesus.
Jesus foi batizado como os outros seres humanos, sujeitando- se à justiça divina (Mt 3.15) porém, Deus falou naquela ocasião: “…Este é o meu Filho amado em que me comprazo” (Mt 3.17b). O batismo de Jesus foi acompanhado de sinais, comprovando que Ele era o Filho de Deus. Vejamos.
Primeiro sinal: a descida do Espírito de Deus em forma de pomba (Mt 3.16). Logo após a saída de Jesus das águas, os céus se abrem para Ele. A abertura dos céus revela favor divino a pessoa que estava em consonância com Deus (Ez 1.1; At 7.56; Ap 19.11). O evangelista afirma que ao sair Jesus das águas o Espírito de Deus desceu sobre Ele como uma pomba (Mt 3.16). O Espírito Santo que já estava ativo no nascimento de Jesus (Mt 1.18) continua presente no início de seu ministério terreno.
Segundo sinal: uma voz dos céus. Na sequência, Mateus afirma que “e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). Mais uma vez Mateus recorre ao Antigo Testamento, fazendo uma alusão ao Salmo 2.7 e Isaías 42.1. A descida do Espírito Santo em forma de pomba e as palavras de aceitação do Pai que acompanharam o batismo representaram a aprovação de Deus do ministério que se seguiria. […]
No batismo de Jesus, Deus o confirmou como seu Filho e encheu-o com seu Espírito (Mt 3.13-17), capacitando-o para sua missão” (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p.436).
DOSE DE CONHECIMENTO
Por que Jesus se submeteu ao batismo? Há várias maneiras de responder. De acordo com Lucas, era necessário para que Jesus recebesse o poder do Espírito Santo a fim de cumprir sua chamada como Messias. Em Mateus, Jesus disse: ‘Assim convém cumprir toda a justiça’ (3.15). Ele carecia de purificação de pecados? Não, pois o Novo Testamento destaca que o entendimento que os primeiros cristãos tinham de sacrifício exigia um sacrifício sem mancha nem pecado, como nos sacrifícios judaicos. Jesus é apresentado como Cordeiro imaculado de Deus e o sacrifício pascal (Mt 26.17-29; Jo 1.29; Ap 5.6-8). P
aulo também entendeu que Jesus não tinha pecado (2Co 5.21); portanto, a purificação de pecados não é o ponto de debate para Jesus. O frequente tema de Mateus – cumprimento – afiança a resposta: para ‘cumprir toda a justiça’. A justiça para Mateus não é meramente guardar normas e regulamentos […] Contudo a verdadeira justiça está baseada numa relação com Deus, que está implícita no seu perdão misericordioso, e num recebedor arrependido que deseja cumprir a justiça de Deus – e não no próprio entendimento que a pessoa tenha disso (Mt 5.20; 6.33)”. ARRINGTONN, EL; STRONSTAD, R. (eds.) Comentário bíblico pentecostal: Novo Testamento. 2.ed., RJ: CPAD
3- Na tentação de Jesus.
O evangelista Lucas registra que Jesus foi cheio do Espírito Santo (Lc 4.1). Após o nosso Senhor ser cheio do Espírito, Ele foi conduzido pelo mesmo Espírito ao deserto, onde foi tentado pelo Diabo por quarenta dias. Neste período, o Senhor Jesus ficou em comunhão com Deus Pai através de jejum e oração.
A) Jesus, como homem, foi também tentado em tudo (Hb 2.17,18; 4.15,16; Mt 4.1-11). Toda a tentação que um homem pode sofrer neste mundo, Jesus a experimentou como homem. Como Deus, Ele jamais podia ser tentado (Tg 1.13).
B) Jesus era em tudo semelhante aos homens (Hb 2.17). Porém num ponto Ele se distinguiu inteiramente. Jesus nunca sofreu nenhuma fraqueza moral, nem cometeu nenhuma falta. Jesus era perfeito (Hb 7.28). Santo (Hb 7.26), Justo (1 Jo 3.7), Incontaminado e Imaculado (1 Pe 1.19). Nunca cometeu pecado (1 Jo 3.5; Hb 4.15; 2 Co 5.21).
C) As tentações do Diabo tiveram como foco três áreas cruciais.
1) A física, representada pela necessidade de comer, satisfazer o desejo de saciar a fome. A essa tentação Jesus respondeu: “Escrito está que nem só de pão viverá o homem” (Lc 4.3,4).
2) A emocional, representada por uma necessidade de segurança.
“A segunda tentação é a oferta que o Inimigo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc 4.5-8). O Reino que Jesus veio estabelecer é muito diferente. É um reino no qual Deus reina, e é formado por homens e mulheres livres da escravidão do pecado e de Satanás”.
3) A psicologia, representada pelo orgulho, fazer-se superior a Deus como intentou o Diabo (1 Jo 2.15,16). Quando o Diabo quer ver a queda de alguém, procura levá-lo até o ponto mais alto (Lc 4.9). É a tentação de ser visto, de ser notado. Era algo muito tentador saber que dezenas, talvez centenas de pessoas, estariam ali para ver e aplaudir aquela cena com características cinematográficas. Jesus não se dobrou frente aos apelos de Satanás. Mas Jesus não cedeu.
O texto em Hebreus 4.15 diz que Jesus “em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Ele sabe em primeira mão o que experimentamos, está disposto e é capaz de nos ajudar em nossas lutas. Quando você for tentado, recorra a Ele, peça lhe forças.
II – O MINISTÉRIO AVIVADO DE JESUS (Lc 4.18,19)
A unção de Jesus por meio do Espírito Santo é uma demonstração clara de que Jesus exerceria o seu ministério de maneira avivada. Logo após o início de seu ministério, com 30 anos de idade, Jesus recebeu um revestimento de poder. O Espírito Santo, em forma corpórea de uma pomba, veio sobre Ele (Lc 3.22). A unção divina investiu Jesus nos ministérios de Profeta (Jo 7.40), Sacerdote (Hb 3.1) e Rei (Jo 18.37). Jesus podia dizer com verdade: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu…” (Lc 4.18a).
1- O Espírito Santo ungiu Jesus e o capacitou para a sua missão.
Jesus era Deus (Jo 1.1), mas Ele também era homem (1Tm 2.5). Como ser humano, Ele dependia da ajuda e do poder do Espírito Santo para cumprir as suas responsabilidades diante de Deus (Mt 12.28; Lc 4.1,14; Rm 8.11; Hb 9.14).
2- Somente como homem ungido pelo Espírito, Jesus podia viver, servir e proclamar o evangelho (At 10.38).
Jesus é um exemplo perfeito para o cristão; cada crente deve receber a plenitude do Espírito Santo (At 1.8; 2.4).
3- Propósito da unção de Jesus.
O propósito do seu ministério ungido pelo Espírito Santo.
A) É para pregar o evangelho aos pobres, aos necessitados, aos aflitos, aos humildes, aos abatidos de espírito, aos quebrantados de coração e aos que temem a sua Palavra (Is 61.1-3; 66.2).
B) É para curar os aflitos e oprimidos. Essa cura envolve a pessoa inteira, tanto física quanto espiritual.
C) É abrir os olhos espirituais dos que foram cegados pelo mundo e por Satanás, para agora verem a verdade das boas-novas de Deus (Jo 9.39).
D) É para proclamar o tempo da verdadeira liberdade e salvação do domínio de Satanás, do pecado, do medo e da culpa (Jo 8.36; At 26.18).
III – O CRENTE E O MINISTÉRIO AVIVADO
O crente que deseja exercer atividades no Reino de Deus (ou seja, seu ministério) precisará seguir os passos de Jesus. Ou seja:
1– Precisa ser ungido pelo Espírito Santo (Exemplo Lucas 4.18,19; Veja Lucas 24.49).
2– Precisa orar (Exemplo Lucas 3.21; 6.12-16).
3– Cumprir a missão para qual foi chamado por Cristo ( Exemplo João 4.34;6.38; Veja 1 Coríntios 15.58).
4– Ser obediente ao Senhor (Exemplo Filipenses 2.8; Veja Mateus 7.21). Sem a ação do Espírito Santo, não há dons espirituais (1Co 12.4-11), pois é Ele quem distribui dons; não há fruto (Gl 5.22), pois é Ele quem produz fruto no caráter do crente e sem a ação do Espírito Santo não há verdadeira conversão (Jo 16.7-11).
Ministério – [Do lat. ministerium] Ofício, cargo e função. A principal característica do ministério cristão é o serviço. Nisto, segue as recomendações de Cristo que veio para este mundo não para ser servido, mas para servir.
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Lições Adultos – EDITORA BETEL
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