Lição 7 – A Mordomia dos Dízimos e Ofertas

Lição 7 – A Mordomia dos Dízimos e Ofertas – Adultos CPAD -3° trimestre 2019 

A Mordomia dos Dízimos e Ofertas

OBJETIVO GERAL

Explicitar que a entrega do dízimo e das ofertas é privilégio para quem égrato e fiel a Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOSII

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cadatópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Destacar as fontes de recursos da igreja local;

Explicitar a base bíblica para os dízimos e as ofertas;

Elencar a mordomia dos dízimos e das ofertas na igreja local.

escola

Texto Áureo

“Trazei todos os dízimos à casa dotesouro, para que haja mantimentona minha casa, e depois fazei prova demim, diz o Senhor dos Exércitos, se eunão vos abrir as janelas do céu e nãoderramar sobre vós uma bênção tal, quedela vos advenha a maiorabastança.”

(Ml 3.10)

Verdade Prática

A entrega do dízimo e das ofertasé uma bênção e um privilégio paraquem é grato e fiel a Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Lv 27.30

O dízimo é do Senhor

Terça – 1 Cr 29.14

Tudo vem de Deus

Quarta – Dt 26.12

O dízimo para assistência social

Quinta – Mt 23.23

Jesus mandou entregar o dízimo

Sexta – 1 Co 9.14

O sustento dos obreiros

Sábado – 1 Co 6.20

Nós pertencemos a Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Malaquias 3.7-12

– Desde os dias de vossos pais, vosdesviastes dos meus estatutos e nãoos guardastes; tornai vós para mim,e eu tornarei para vós, diz o SENHORdos Exércitos; mas vós dizeis: Em quehavemos de tornar?

– Roubará o homem a Deus? Todavia,vós me roubais e dizeis: Em que teroubamos? Nos dízimos e nas ofertasalçadas.

– Com maldição sois amaldiçoados,porque me roubais a mim, vós, todaa nação.

10 – Trazei todos os dízimos à casa dotesouro, para que haja mantimento naminha casa, e depois fazei prova demim, diz o SENHOR dos Exércitos, seeu não vos abrir as janelas do céu enão derramar sobre vós uma bênçãotal, que dela vos advenha a maiorabastança.

11 – E, por causa de vós, repreenderei odevorador, para que não vos consumao fruto da terra; e a vide no camponão vos será estéril, diz o SENHORdos Exércitos.

12 – E todas as nações vos chamarãobem-aventurados; porque vós sereisuma terra deleitosa, diz o SENHORdos Exércitos.

HINOS SUGERIDOS: 247, 330, 403 da Harpa Cristã [Lição 7 – A Mordomia dos Dízimos e Ofertas – Adultos CPAD -3° trimestre 2019]

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A igreja local tem como recursos de subsistência os dízimos e as ofertas.Assim, cabe aos seus membros o financiamento da instituição local. O que,de fato, é muito saudável. Não é saudável uma igreja financiada pelo Estadoou outro meio extra-bíblico. A igreja local é a expressão visível da Igreja deCristo. Sua missão é evangelizar, manter a comunhão dos santos e servir aossantos e os de fora em suas necessidades. Portanto, os dízimos e as ofertasdevem ser administrados na perspectiva do serviço cristão. Assim, é um privilégiofinanciar o Reino de Deus na Terra.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos sobre os dízimo se ofertas na obra de Deus. Ver emosque, de um lado, os dízimos e as ofertas pertencem a Deus e devem ser-lhe entregues com amor, alegria e fidelidade. Por outro, a liderança eclesiástica deve aplicar os recursos de forma correta,fiel e transparente. Assim,a mordomia desses recursos deve ser executada com base-nos princípios da Bíblia Sagrada.

I – AS FONTES DE RECURSOSDA IGREJA LOCAL

  1. Dízimos e ofertas.

A igreja local tem como fonte legítima de recursos os dízimos e as ofertas. Sem eles, muitos trabalhos ficariam inviabilizados. O fundamento para essa legitimidade está no Antigo Testamento (Lv 27.30-33, Ml3.10), no Novo (Mt 23.23; 2 Co 8.8-15)e ao longo da História da Igreja. Não se trata, portanto, de uma prática que começou por imposição de uma pessoa ou de grupo ou de denominação, mas pela necessidade natural da Obra do Senhor.

  1. O cuidado com recursos externos.

Com base na Bíblia, os recursosfinanceiros da igreja evangélica jamaisdevem ser provenientes de governos oude órgãos públicos, ou de organismosfinanceiros. Nossa missão é divina!Que Deus guarde a igreja local deenvolvimento com práticas ilícitas eabomináveis aos olhos de Deus.

  1. Outras fontes de recursos.

Se aigreja local tiver um centro social deamparo às pessoas vulneráveis,não há impedimento para queo poder público envie recursospara tal ação social. Entretanto,é necessário cumprir asprescrições legais para que nãohaja a possibilidade de qualquer

“aparência do mal”. Outrossim, a igrejajamais deve lançar mão de bingos, rifas eoutros jogos de azar para aumentar suasreceitas. Isso é pecado; desagrada a Deus.

SÍNTESE DO TÓPICO I

As fontes legítimas de recursos daigreja local são os dízimos e as ofertas.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

Há segmentos no meio evangélicoque tentam desencorajar o ato de entregaro dízimo. Uns dizem que um crente que entrega o dízimo é legalista, pois,dizem eles, “não há esse mandamentopara a igreja do Novo Testamento”.Ao iniciar a aula proponha uma visão

equilibrada sobre o assunto, a partir do auxílio teológico do tópico II. Exponha que o dízimo é uma prática majoritária na tradição cristã. E que a sustentação bíblica não passa apenas pela Lei de Moisés, mas principalmente pela voluntariedade de Abraão, Jacó, Jesus e a prática da igreja ao longo dos séculos. [Lição 7 – A Mordomia dos Dízimos e Ofertas – Adultos CPAD -3° trimestre 2019]

II – A BASE BÍBLICA PARA OSDÍZIMOS E AS OFERTAS

  1. Os dízimos no Antigo Testamento.

Muitos acusam de legalismo osque observam a disciplina do dízimo edas ofertas. Entretanto, veremos quea origem do dízimo é anterior à Lei, eque o que o legitima é o sentimento degratidão do fiel ao seu Criador.

1.1. Origem do dízimo.

De acordocom a Bíblia, a entrega do dízimo (hb.ma´aser– décima parte) teve origemno sentimento sincero do patriarcaAbraão. Como gratidão ao favor de Deus,ele deu o dízimo de tudo ao sacerdoteMelquisedeque (Gn 14.14-20). Assim, épatente que, para além do valor materialdo dízimo, o gesto de generosidade ésignificativo. Quando o dízimo tornou-selei, a gratidão, que é subjetiva, estavano “espírito” da lei. O povo de Israeldevia ser grato ao Criador.

1.2. O dízimo é do Senhor (Lv 27.30).

Nesse sentido, quando entregamos odízimo não restituímos nada a Deus nemfazemos barganha com Ele, pois, comopercebeu o Rei Davi, “tudo vem de ti,e da tua mão to damos” (1 Cr 29.14). Odízimo é do Senhor!

1.3. O objetivo do dízimo no AntigoTestamento.

Deus instituiu o dízimo comoLei para a manutenção da sua Casa, sustentoda classe sacerdotal e o cuidado com os órfãos e as viúvas (Ml 3.5; Dt 26.12;Jr 22.3). Nesse sentido, há promessas debênçãos aos dizimistas fiéis (Ml 3.8-10).

  1. O dízimo no Novo Testamento.

A Bíblia mostra que os fariseus eramrigorosos quanto à entrega dos dízimos.Esse entendimento está presente naspalavras de Jesus: “Ai de vós, escribase fariseus, hipócritas! Pois que dais odízimo da hortelã, do endro e do cominho”.Entretanto, ao mesmo tempoEle declarou: “desprezais o mais importanteda lei, o juízo, a misericórdia e afé; deveis, porém, fazer essas coisas enão omitir aquelas” (Mt 23.23 – grifomeu). Aqui, o que o Senhor denuncia éo legalismo e a hipocrisia dos fariseus,e não a entrega do dízimo mesmo. Vejamosdois propósitos do dízimo hoje:

2.1. O dízimo é necessário para mantero ministério em tempo integral.

NoAntigo Testamento, o dízimo servia paraa manutenção dos sacerdotes e levitas(Ne 10.37; 18.21). O princípio do sustentodo ministério integral permanece noNovo Testamento (1 Tm 5.17,18). Assim,aos ministros do Evangelho, que se dedicamexclusivamente à obra de Deus,que “vivam do Evangelho” (1 Co 9.14).

2.2. O dízimo é necessário para aassistência social.

A Igreja de Cristosempre teve compromisso com os órfãos,as viúvas e pessoas carentes emdiversas condições. Tiago diz que esta éa verdadeira religião (Tg 1.27). Por isso,a igreja local tem o compromisso bíblicode cuidar, por exemplo, das viúvas quenecessitam de ajuda (1 Tm 5.3,8). Isso éfeito com o recurso dos dízimos.

  1. As ofertas nas Escrituras.

A igreja no Novo Testamento se expandiu e se multiplicou (At 9.31; 16.5; 1 Co 16.19).Para ajudar os irmãos necessitados, bem como expandir a obra missionária, a igreja apostólica usou o expediente das ofertas(2 Co 9.10-15; Fp 4.14-17). A Bíblia mostra que o trabalho dos apóstolos era financiado pelos irmãos de diversas igrejas. Hoje,juntamente com os dízimos, as ofertas têm importância e são dirigidas a muitos fins: construção, necessidade humanitária,missões. Enfim, é um privilégio ofertar na obra do Senhor.

SÍNTESE DO TÓPICO II

As bases escriturísticas dos dízimo se das ofertas são o Antigo e o Novo Testamento.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Os preceitos mudam ou desaparecem,todavia os princípios são imutáveis e permanentes. Nos patriarcas o dízimo ocorre não em função do preceito ou mandamento, mas em razão do reconhecimento do princípio da bondade e dependência divina (Gn 14.20; 28.22).Aqueles que ainda hoje creem que o Antigo Testamento exige a prática do dízimo, mas que o Novo não conte messa exigência, devem observar que a natureza do culto e seus fundamentos no Novo Testamento não mudaram. Mudou apenas a forma do culto, mas não a sua função. O culto levítico com seus milhares de rituais já não existe, todavia, o princípio do sacerdócio continua ainda hoje(1 Pe 2.9; Ap 1.6). Passou o sacerdócio de Arão, ficou o sacerdócio cristão (Hb4.14-16; 10.11,12; 1 Pe 2.5,9; Ap 1.6). Justificativa que alega que o cristão não está debaixo do preceito legal do dízimo mosaico é falha por não levar em conta que cristão permanece ligado ao princípio moral do dízimo abraâmico. Abraão, o pai dos que creem, devolveu o seu dízimo de forma espontânea e voluntária antes do preceito legal (Gn 14.20), o que deve servir de modelo para todos os crentes.A Bíblia mostra claramente que a ordem sacerdotal a quem Abraão entregou seu dízimo é eterna, ao contrário da ordem do sacerdócio levítico, que era transitória (Hb5.10; 7.1-10; Sl 110.4). Portanto, aqueles que não reconhecem mais o preceito da obrigatoriedade concernente ao dízimo,como ensinou Moisés, deveriam se submeterão princípio da voluntariedade como exemplificou Abraão” (GONÇALVES, José.A Prosperidade à Luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.143-44).

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III – A MORDOMIA DOS DÍZIMOS EDAS OFERTAS NA IGREJA LOCAL

  1. Como deve ser a entrega dosdízimos e das ofertas na igreja local?

1.1. Com gratidão a Deus.

Deus éo dono de tudo: da Terra e de seus habitantes(Sl 24.1). Somos propriedadedEle (1 Co 6.20). Só temos saúde porqueEle permite. Só trabalhamos porqueEle nos concede forças. Estamos de péporque Ele cuida de nós. A gratidão aDeus é a virtude primeira na entregados dízimos e das ofertas.

1.2. O dízimo deve ser calculado apartir da renda bruta.

É comum irmãosterem dúvidas quanto ao cálculo paraseparar o dízimo: “Devo separá-lo darenda líquida ou bruta?”. O princípiobíblico que norteava a entrega do dízimono Antigo Testamento é o das “primícias”(Pv 3.9,10). Por isso, nossa orientaçãoé que o dízimo deve ser retirado darenda bruta. Antes de preocupar-se empagar as prestações, a água, a luz, o gásou qualquer outra despesa, honre aoSenhor com suas primícias.

1.3. Os dízimos e as ofertas devemser levados “à casa do tesouro”.

O dízimoe as ofertas têm de ser levados aotesouro da igreja local. No templo, emJerusalém, havia um lugar chamadode “a casa do tesouro” para receber osdízimos do povo (Ne 10.37-39). Assim, hoje, cabe ao cristão levar o dízimo eas ofertas à tesouraria da igreja local;e cabe à liderança da igreja a correta etransparente administração dos dízimos.

  1. O dízimo dos empresários.

Geralmente não poucos profissionaisliberais e empresários têm dificuldadede calcular o dízimo. Como eles nãotêm uma renda fixa, há muitas dúvidasquanto a essa entrega. Para isso, damosa seguinte orientação:

2.1. O dízimo deve ser calculadocom base na renda.

O faturamentoempresarial não é renda, pois incluios custos da empresa e o lucro. O faturamentopertence à empresa, e nãoao empresário. Assim, o lucro é o excedente

sobre o custo. Desse lucro, alémdo valor que lhe permite reinvestir nosnegócios, o crente empresário devetirar a sua renda, ou o tecnicamentedenominado Pró-Labore. Ou seja, dessarenda ele deve tirar o sustento direto desua família. Logo, o dízimo tem de sercalculado a partir dessa renda familiar.

2.2. O controle da renda.

Para calculara sua renda, o empresário cristãodeve anotar numa planilha, no computadorou mesmo num caderno, oquanto e a regularidade com que eleretira da empresa o valor para a suamanutenção: se diário, se semanal,se quinzenal, se mensal etc. Do valorretirado, simultaneamente, pode-seseparar o dízimo. É melhor fazer assim

do que deixar para tirar tudo de umavez. Outro ponto importante é queo empresário deve retirar também odízimo de sua renda bruta.

SÍNTESE DO TÓPICO III

A mordomia em relação aos dízimose ofertas na igreja local envolve agratidão e o princípio das primícias.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

“Dízimos e ofertas como fontesde bênçãos

Os dízimos, ofertas e votos que eram feitos a Deus no Antigo Testamento jamais devem ser interpretados como uma prática de barganha. A ideia de que Deus nos dará algo em troca ou que Ele agora é devedor, fi candona obrigação de pagar tudo que nos deve, porque como dizimistas nos candidatamos a receber as bênçãos sem medida, caracteriza sem dúvida alguma a prática da barganha. O barganhista faz esperando receber algo em troca. Ele condiciona a fé em Deusa o cumprimento dos seus desejos. Em outras palavras, se Deus fizer o que o barganhista pede ou necessita então ele em contrapartida também fará oque prometeu.[…] [Devemos] ver as bênçãos de Deus, decorrentes de nossa fidelidade,como devem ser vistas, isto é, sema quela ideia de troca tão comum em muitas igrejas. Nas Escrituras, portanto,é possível verificarmos que as bênçãos de Deus alcançam os dizimista se ofertantes” (GONÇALVES, José. AProsperidade à Luz da Bíblia. Rio deJaneiro: CPAD, 2011, pp.148-49).

CONCLUSÃO

Entregar o dízimo e ofertar não é“obrigação”, mas privilégio. Ora, Deus nos concedeu a vida, a salvação, a saúde,a família, a segurança, a paz, os irmãos na fé, os amigos, as oportunidades e as vitórias nas lutas. Reconhecer todas essas bênçãos é cultivar um coração grato. Assim, todo cristão sincero entrega o dízimo e a oferta com satisfação,gratidão e alegria, para então, contribuir para o crescimento e o fortalecimento do Reino de Deus e sua obra.

PARA REFLETIR

A respeito de “A Mordomia dos Dízimos e Ofertas”,responda:

  • Qual a fonte legítima de recursos da igreja local?

A igreja local tem como fonte legítima de recursos os dízimos e as ofertas.

  • De acordo com a Bíblia, a quem pertence o dízimo?

O dízimo é do Senhor (Lv 27.30).

  • O que o Senhor Jesus denuncia em Mateus 23.23?

O legalismo e a hipocrisia dos fariseus, e não a entrega do dízimo.

  • O cálculo do dízimo deve ser feito em cima de qual renda?

O dízimo deve ser retirado da renda bruta.

  • Como o empresário pode controlar a sua renda para calcular odízimo?

O empresário cristão deve anotar numa planilha, no computador ou mesmo num caderno, o quanto e a regularidade com que ele retira da empresa o valor para a sua manutenção: se diário, se semanal, se quinzenal, se mensal etc. Do valor retirado, simultaneamente, pode-se separar o dízimo.