Lição 13: As bênçãos Incomparáveis de Viver os Planos de Deus | 2° Trimestre de 2023 | EBD BETEL

EBD Revista Editora Betel | 2° Trimestre De 2023 | TEMA: GÊNESIS – A segurança de viver pela fé nas promessas de Deus | Escola Biblica Dominical | Lição 13: As bênçãos incomparáveis de viver os planos de Deus

TEXTO ÁUREO

“Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem” Gênesis 50.20a

VERDADE APLICADA

Um relacionamento com o Senhor conforme as Escrituras faz a diferença na vivência de todas as situações da vida.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar que Deus tem o controle de todas as coisas.
Ensinar que precisamos ver Deus em nossa dor.
Falar que Deus tem sempre coisas melhores para nós.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 48

11 E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver a tua semente também.
12 Então José os tirou de seus joelhos e inclinou-se à terra diante da sua face.
13 E tomou José a ambos, a Efraim na sua mão direita, à esquerda de Israel, e a Manassés na sua mão esquerda, à direita de Israel, fê-los chegar a ele.
14 Mas Israel estendeu a sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, ainda que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos avisadamente, ainda que Manassés era o primogênito.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Gn 45.5-8 Deus enviou José para conservação da vida.
TERÇA / Sl 76.7-10 Deus é um Deus terrível.
QUARTA / Sl 105.19-22 Deus guardou Seu pacto com os patriarcas.
QUINTA / Sl 149.1-4 Louvai ao Senhor um cântico novo.
SEXTA / Sf 2.1-3 Ser escondido no dia da ira do Senhor.
SÁBADO / At 3.13-15 Jesus, o Príncipe da vida.
HINOS SUGERIDOS: 259, 291, 355

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore para que possamos olhar para os infortúnios da vida com esperança em Deus.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1
– Deus revela o que está para fazer
2– Vivendo segundo os planos de Deus
3– Quando uma pessoa se submete aos planos de Deus
Conclusão

INTRODUÇÃO

Veremos que a vida de José é um exemplo de postura que deve ser adotada pelos discípulos de Cristo diante de realidades adversas e favoráveis. Ele demonstrou uma visão de mundo baseada na sua fé em Deus, nas promessas e nos propósitos do Senhor na sua vida e dos seus.

PONTO DE PARTIDA

Ser abençoado é abençoar outras vidas.

1- Deus revela o que está para fazer

Em Sua soberania e como parte de Seu plano, Deus revela a Faraó, em sonhos, o que estava para acontecer e capacitou José para interpretar os sonhos [Gn 41.15-16, 28]. Tais relatos revelam o pano de fundo sobre a ida de Israel e sua família para o Egito e o testemunho sobre o Deus Todo-Poderoso em pleno território marcado pelo politeísmo.

1.1. Os sonhos de Faraó. Os sonhos de Faraó, assim como no caso de José, não eram sonhos comuns, mas revelações de Deus sobre um futuro breve. Deus estava dando ao monarca do mundo o saber sobre o que o próprio Deus estava para fazer [Gn 41.28], mas isso não sem Seu pequeno servo que se encontra em sua masmorra. Que ironia. O homem mais poderoso do mundo depender seu destino e do seu reino da sabedoria, piedade e boa vontade de um dos seus prisioneiros esquecido [Gn 40.23]. Os sonhos de Faraó eram revelações sobre sete anos de abundância seguidos por sete de extrema fome [Gn 41.1-7]. José não apenas recebeu de Deus a palavra de conhecimento (ele discerniu a revelação) [Gn 41.25-32], como a palavra de sabedoria (ele apresentou uma sábia solução) [Gn 41.33-36]. Esta atuação especial de José vai colocá-lo no topo do Egito ao lado de Faraó [Gn 41.37-45].

Subsídio do Professor: Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento: “Os dois sonhos do faraó haviam sido providenciados por Deus. Os sonhos em Gênesis 40.5 ocorreram a fim de que José posteriormente fosse reconhecido como um bom intérprete e fosse chamado para interpretar os sonhos do faraó, que cooperariam para que os dois sonhos que Deus concedeu a José também se tornassem realidade [Gn 37.5-9].

1.2. José: posto sobre toda a terra do Egito. A presença e participação de José não salvou apenas o Egito. Salvou também todos os povos menores que vieram buscar mantimentos no Egito. Incluindo a família de José [Gn 42.1-5]. Este é o momento de vermos as desgraças na vida de José do lado avesso. O que parecia que estava dando tudo errado, na verdade para Deus estava dando tudo certo. Como nós insistimos em esquecer desta lição. A vida dos escolhidos de Deus e tudo mais que acontece na vida deles, nunca é resultado do acaso, prevalência do diabo ou meras consequências de maus atos humanos. Se somos de Deus, tudo o que acontece conosco está sob o controle soberano dEle. E o fim sempre é glorioso e maior que nós mesmos.

Subsídio do Professor: Comentário de Gênesis – Bruce K. Waltke: “A capacidade de José de interpretar sonhos também lhe fornece a capacidade profética de interpretar a Providência [Gn 45.5-8; 50.20]. A ele pertence autoridade e poder mais elevados que o próprio faraó [Gn 40.8; 41.16, 25, 28, 32]. Isto relanceia outra dimensão da realidade que revela o governo de Deus, confirmando seu controle e supervisão sobre todas as coisas. Como porta-voz de Deus, o intérprete de sonhos fala as novas querigmáticas de vida e morte. Ele fala escatologicamente, revelando a resolução vindoura de Deus das questões humanas.”

1.3. O propósito providencial de Deus. José deveria ser um homem amargurado com a vida por olhar para trás e ver tudo o que teve que passar para chegar onde chegou. Mas ele adquiriu uma visão transcendente da própria vida e da própria dor. Quando ele não pode mais esconder sua identidade de seus irmãos e se revela a eles, eles ficam paralisados de medo, na certeza de que seriam destruídos por José [Gn 45.1-4]. Mas a resposta de José mostra como ele entendeu que sua vida, com toda dor que ele passou, tinha um propósito [Gn 45.5]. José não nega a responsabilidade cruel dos seus irmãos. Mas ele entende que o Deus dele é soberano e conduz tudo em sua vida. Isso o fez lidar com a injustiça de forma triunfante.

Subsídio do Professor: Quando nós sofremos, podemos tentar criar muitas explicações e visões sobre o nosso sofrimento. Podemos simplesmente culpar as pessoas que nos fazem mal e viver em eterna amargura pela injustiça sofrida. Principalmente quando o mal vem de pessoas que esperamos o bem, como foi o caso de José. Mas também podemos mergulhar no cinismo e ignorar o pecado dos outros. Neste caso, podemos tentar encontrar na gente uma razão para sofrer. Quando isso acontece, também podemos afundar na culpa sem motivo. Mas quando temos este tipo de visão bíblica; que há um Deus soberano que é Senhor na nossa vida, isso muda completamente a forma como lidamos com o sofrimento, pois entendemos que Ele tem propósitos maiores que nós. Isso faz com que a gente se descentralize.

EU ENSINEI QUE:

É consolador saber que há um Deus soberano que é Senhor na nossa vida, isso muda completamente a forma como lidamos com o sofrimento, pois entendemos que Ele tem propósitos maiores do que nós.

2- Vivendo segundo os planos de Deus

A forma como José lidou com suas crises carrega uma perspectiva de fé que precisamos aprender ter. Para ele Deus estava operando em todo o tempo. Não só no livramento. E crer nisso faz diferença.

2.1. A preservação do povo da aliança. José está com a mente nas promessas feitas por Deus aos seus antepassados, Abraão e Isaque [Gn 45.7]. Ele sabe que Deus tem um povo dele em sua família, e propósitos gloriosos com eles, e que, por isso, este povo não pode extinguir-se. Isso fez ele entender que tudo o que lhe aconteceu, era Deus em Sua sabedoria fazendo o que precisava para este projeto maior. Os sonhos que José teve quando tinha seus dezessete anos nunca foram apagados da sua memória e coração. Ele sabia que, mesmo passando por qualquer situação difícil, Deus iria preservá-lo para através dele preservar o povo da aliança.

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Broadman – Gênesis: “Em cada época anterior, e também nesta, todos os principais membros da família escolhida permaneceram como remanescentes no mundo. Só mais tarde, no oitavo século, os profetas declararam que podia ser que nem todo o Israel fosse preservado, mas só um remanescente dentre esse povo [Am 3.12; 5.1 e ss.; Is 1.9; 6.13].”

2.2. Exaltado por um propósito. Não apenas a humilhação de José foi providência de Deus, mas também sua exaltação [Gn 45.8]. José entende que Deus abate ou exalta segundo a Sua vontade e de acordo com o Seu propósito. E isso, como fica claro no caso de José, não tem necessariamente a ver com punição aos maus ou recompensa aos bons. Tem a ver com propósitos maiores e além das decisões humanas. As decisões más dos irmãos de José foram usadas soberanamente por Deus para Seus propósitos. As atitudes boas de José foram usadas por Deus para colocá-lo onde Deus queria. Deus é soberano!

Subsídio do Professor: Comentário de Gênesis – Bruce K. Waltke: “José prefere a perspectiva celestial de que Deus está operando através dele para concretizar o que é bom [Rm 8.28]. Isto o capacita a perdoar e encorajar seus irmãos a fazerem o mesmo. O pecado deve ser visto dentro do contexto do sólido e eterno propósito de Deus. O crente pode considerar Deus como concretizando seu bom desejo independentemente do que as pessoas maquinem. Através dos sofrimentos de José, o Senhor preserva o sonho inspirado de Abraão. A santa semente sobrevive à grande fome, como Noé sobrevivera ao grande dilúvio.”

2.3. O príncipe abençoando o rei. Jacó havia sofrido o luto por José [Gn 37.31-35]. Mas assim como Abraão teve Isaque de volta pela intervenção de Deus, Jacó pode rever seu filho “ressurreto”, e nesta alvescera notícia, ele também reviveu [Gn 45.25-28; 48.11]. Era plano de Deus que Jacó fosse ao Egito com sua família [Gn 46.2-7]. O propósito de Deus era que o próprio Jacó, o guerreiro de Deus, abençoasse o grande Faraó [Gn 47.7-10]. Deus não apenas havia exaltado José no Egito diante de Faraó, mas o próprio Israel, abençoando um grande monarca por meio de um camponês insignificante para os homens. Mas para Deus, Jacó era o verdadeiro príncipe. O seu príncipe. Podemos não ser nada para os homens aqui da terra. Mas pode ter certeza que Deus sabe quem somos para Ele!

Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “É interessante vermos como Jacó abençoou ao Faraó. Sem dúvida, os hebreus deviam favores, e o Faraó merecia ser abençoado. Contudo, é curioso ver como aquele idoso hebreu, por assim dizer, assumiu uma posição de superioridade sobre a autoridade máxima do Egito, e, então, o tratou como um filho, e não como um superior. (…) Jacó havia atingido uma idade que lhe emprestava grande dignidade. Pois, para os egípcios, cento e vinte anos era o limite máximo da longevidade. Agora Jacó estava com cento e trinta anos de idade, e o Faraó tratou-o com imenso respeito, aceitando por duas vezes a sua bênção.”

EU ENSINEI QUE:

Deus tanto abate quanto exalta, segundo Sua própria vontade e propósito.

3- Quando uma pessoa se submete aos planos de Deus

Os últimos capítulos de Gênesis mostram uma reviravolta na vida de José, aquele que sofreu tanto. Deus, porém, sempre teve para ele coisas melhores. Assim como tem para nós.

3.1. Abençoando o menor. Os israelitas prosperam no Egito [Gn 47.27], mas Jacó não quer ser sepultado no Egito e, sim, na terra de Canaã, numa caverna em Macpela, onde estavam sepultados Abraão e Isaque com suas respectivas mulheres [Gn 49.29-33]. Mas antes disso Jacó abençoa os filhos de José e todos os seus doze filhos. Os dois filhos de José nascidos no Egito, Manassés e Efraim, seriam a partir deste momento como pertencentes a Jacó, e teriam participação nas bênçãos na mesma altura das doze tribos [Gn 48.5-6]. Jacó já está quase cego [Gn 48.10]. E José posiciona seus filhos na ordem da bênção. O mais velho à direita de Jacó para uma bênção maior e o mais novo à esquerda para uma bênção inferior [Gn 48.10-13]. Porém, mesmo com olhos fracos, Jacó cruza os braços e dá uma bênção maior ao filho mais novo [Gn 48.14].

Subsídio do Professor: Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento: “Jacó inverteu o direito dos netos. Ele também disse que os filhos de José eram tão seus quanto Rúben e Simeão, os mais velhos [Gn 29.32-33]. Por causa das ultrajantes atitudes de Rúben [Gn 35.22] e de Simeão [Gn 34.25], ambos perderam seus benefícios. Levi também participou do ultraje de Simeão [Gn 34.25]. Desta forma, os direitos e os privilégios do primogênito foram passados diretamente a outros dois filhos: Judá [Gn 49.8-12] e José [Gn 49.22-26].”

3.2. Jacó abençoa seus netos: Deus está atento a cada um. Nas bênçãos que declara sobre os seus netos, Jacó os inclui nas bênçãos de Abraão e Isaque [Gn 48.15-16]. José não concorda nem gosta deste desfecho [Gn 48.17-18]. Mas dar a proeminência a Efraim não era um desejo de Jacó. Era um desígnio de Deus [Gn 48.19-20]. Como em quase toda a história bíblica, fugindo dos padrões culturais e de força, Deus prova que eleva, fortalece e usa aquele que Ele quer. Isso deve encher de esperança os pequenos, insignificante e desprezíveis para os homens. Deus tem seus próprios caminhos para exaltar Seu nome de forma grande usando os pequenos. Seu poder usando os fracos. Sua santidade usando os falhos. Para que somente a Ele seja dada a glória, a honra e o poder.

Subsídio do Professor: Comentário de Gênesis – Bruce K. Waltke: “Jacó abençoa como fizera seu pai ao abençoá-lo [Gn 27.27-29]. Na bênção a ser impetrada, a perspectiva de Jacó muda das bênçãos miraculosas de Deus sobre ele no Egito, permitindo-o ver seu filho favorito [Gn 45.28; 46.30], para a grande bênção por vir sobre os filhos de José quando voltarem à terra ajuramentada. Ao tornarem-se parte da família pactual, Efraim e Manassés se tornam herdeiros de todas as suas bênçãos divinas de progênie e proteção. As bênçãos são sumariadas por dois epítetos de Deus: Pastor e Anjo.”

3.3. Um homem separado e preservado para ser canal de bênção. Gênesis 50.20 é umas das declarações teológicas mais poderosas do Antigo Testamento. Para preservar um grande povo, Deus separou José de sua terra e família; permitiu que fosse rejeitado pelos seus; vendido como escravo; dado como morto; caluniado; preso; e esquecido. Tal realidade nos faz trazer à memória a passagem de Jesus nesta terra. Sem anular a culpa dos que trouxeram o sofrimento a Jesus, o Novo Testamento ensina que o próprio Deus o levou ao sofrimento, à cruz e à morte. E isso para salvar um grande povo [Jo 11.49-53]. E assim como José ressuscitou das correntes da morte e da humilhação, Deus ressuscitou a Jesus do túmulo e lhe deu o Nome que é sobre todo o nome [Fp 2.5-11].

Subsídio do Professor: Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento: “José falou abertamente de como via os acontecimentos de sua vida [Gn 45.4-8]. Deus transformará as atitudes perversas daqueles homens em uma obra extraordinariamente boa. José não apenas teve a oportunidade de salvar muitas vidas no mundo antigo, como também testemunhou o poder e a benevolência do Deus vivo. O Senhor fez com que Sua boa obra fosse realizada a despeito dos planos maléficos das pessoas. Até os piores acontecimentos podem ser usados pela divina Providência para que sejam convertidos em bem. O maior e mais impressionante exemplo que temos disso é a morte de Jesus.”

EU ENSINEI QUE:

As providências amargas de Deus como suas doces bênçãos servem a um propósito maior: a glória de Deus.

CONCLUSÃO

A narrativa de Gênesis, a partir da história dos primeiros seres humanos até José, nos ensina que em nossa caminhada cristã precisamos buscar em Deus o necessário discernimento para vivenciar os bons e os maus momentos, pois ambos fazem parte do desenvolvimento do plano divino e do processo de aperfeiçoamento do povo de Deus.

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