EBD – Lição 09: Juízes 19 à 21: O Caos Religioso de Israel | 1° Trimestre de 2023 | PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 1° Trimestre De 2023 | Tema: JUÍZES E RUTE – Historias do Passado; Alerta para o Presente | Escola Biblica Dominical | Lição 09: Juízes 19 à 21: O Caos Religioso de Israel

Texto Áureo

“Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto.” Jz 21.25

Leitura Bíblica Com Todos

Juízes 20.1-20

Verdade Prática

Nossa missão é proclamar o Reino de Deus na terra e lutar contra a degradação moral em que jaz o mundo

INTRODUÇÃO
I- O LEVITA E SUA CONCUBINA Jz 19.1-30
1-
A concubina de Judá Jz 19.1
2– Abuso sexual em Gibeá Jz 19.25
3– Violência sem precedentes Jz 19.30
II- VINGANÇA CONTRA BENJAMIM Jz 20.1-48
1
– O conselho dos israelitas Jz 20.1
2– Guerra civil Jz 20.10
3– Benjamin é arrasada Jz 20.48
III- CONSEQUÊNCIAS DO GENOCÍDIO Jz 21.1-25
1
– O problema dos juramentos Jz 21.1
2– Soluções mais problemáticas Jz 21.23
3– Transição dos juízes para o reinado Jz 21.25
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

SEGUNDA – Jz 19
TERÇA – Jz 19
QUARTA – Jz 20
QUINTA – Jz 20
SEXTA – Jz 21
SÁBADO – Jz 21
HINOS DA HARPA: 139 – 208

INTRODUÇÃO

Essa segunda história da parte final de Juízes tem semelhanças com a história de Mica, como a participação de um levita e a ausência de inimigos externos. Porém, é muito mais chocante pelo nível de crueldade e degradação moral demonstrado. A mensagem do autor é gritante: Is­rael precisava de um rei segundo o coração de Deus para restaurar a adoração e mostrar a nação o caminho correto aos olhos do Senhor (Jz 19.1; 21.25).

I- O LEVITA E SUA CONCUBINA (Jz 19.1-30)

A história começa com um tom leve, com uma briga boba de casal e um sogro exageradamente gentil, mas toma rumos cada vez mais catastróficos, revelando que, a começar pela classe levita, toda a nação de Israel perdera sua identidade como povo santo, esquecendo-se dos altos padrões morais da Lei dada a Moisés. Não havia um justo sequer (Sl 14.3).

1- A concubina de Judá (Jz 19.1) Naqueles dias, em que não havia rei em Israel, houve um homem levita, que, peregrinando nos longes da região montanhosa de Efraim, tomou para si uma concubina de Belém de Judá.

O concubinato era uma relação em que predominava a satisfação sexual do homem e a procriação, sem o compromisso de amor e respeito mútuos do casamento. Esse tipo de prática, embora socialmente aceita desde a época dos patriarcas, jamais foi aprovado ou estimulado por Deus (Gn 2.24). Ao contrário, sempre foi sinal de complica­ções para Abraão, Jacó, Davi, Salomão, e outros que adotaram. Apesar disso, vemos essa situação sendo regulamentada (não aprovada) pela Lei de Moisés com o fim de proteger a mulher cujo marido fosse polígamo (Ex 21.7-11; Lv 18.18; Dt 21.15-17).

No idioma original, a passagem estudada revela que a concubina se comportou como uma mulher promíscua, indicando um adultério, como descrito em algumas traduções (Jz 19.2, ARC). Isso explica o comportamento bajulador do pai da moça, pois as leis eram severas com a mulher pega em adultério e o fato de o levita desejar tê-la de volta era uma oportunidade que o sogro não poderia perder.

2- Abuso sexual em Gibeá (Jz 19.25) Porem aqueles homens não o quiseram ouvir; então, ele pegou da con­cubina do levita e entregou a eles fora, e eles a forçaram e abusaram dela toda a noite até pela manhã; e, subindo a alva, a deixaram.

A hospitalidade é venerada no Oriente Médio como em nenhum outro lugar, a ponto de constituir verdadeira lei não escrita. Mas Is­rael experimentava um nível tal de degradação que deixou que o pro­tocolo social fosse mais valorizado que princípios morais basilares. O estupro de uma filha ou de uma companheira era preferível a pos­sibilidade de um conflito entre um hóspede e um vizinho. Esse episódio guarda muitas semelhanças com o ocorrido em Gênesis 19, mas com desfecho completamente diferente.

Enquanto em Sodoma os anjos cegaram os homens que pretendiam abusar deles, salvando também as filhas de Ló de serem oferecidas em troca dos visitantes, em Gibeá a maldade dos homens prevaleceu. Aquela cidade havia se tornado uma Sodoma dentro de Israel. O fato de o levita lançar a concubina para um bando de homens de­vassos só reforça que ele a enxergava apenas como propriedade.

Ele dormiu tranquilamente e só levantou pela manhã. Vendo a mulher jazendo a porta, sem qualquer compaixão, ordenou que ela se levantasse para que eles seguissem viagem (vv. 27,28). Parece que a indignação do levita não teve nada a ver com os horrores que aquela mulher sofreu, mas com o fato de terem atentado contra a sua própria vida e contra a sua “pro­priedade” (Jz 20.5). O povo havia se tornado insensível a violência e, mais tarde, “resolveriam” o caso com violência e mais violência (Sl 42. 7).

3- Violência sem precedentes (Jz 19.30) Cada um que a isso presenciava aos outros dizia: Nunca tal se fez, nem se viu desde o dia em que os filhos de Israel subiram da terra do Egito até ao dia de hoje; ponderai nisso, considerai e falai.

Esse é um daqueles aconteci­mentos que param uma nação. Nos dias de hoje, seria manchete em todos os telejornais; vídeos do acontecido se espalhariam na internet; comentários carregados de ódio tomariam conta das redes sociais. Na era digital, vemos pessoas de todas as idades e classes sociais fazendo tudo por seus 15 minutos de fama, mesmo que não tenham nada de relevante a dizer.

Alguns decidem fazer algo arriscado ou vergonhoso só para alcançar o maior número de pessoas e “viralizar”. O levita, sem dispor desses recursos tecnológicos, toma uma decisão perturbadora. Em mais uma demonstração de frieza e desprezo por sua companheira, ele a esquartejou em 12 pedaços e enviou um a cada território das tribos de Israel (Jz 19.29). O desejado “efeito viral” foi alcançado, mas a que custo?

II- VINGANÇA CONTRA BENJAMIM (Jz 20.1-48)

1- O conselho dos israelitas (Jz 20.1) Saíran todos os filhos de Israel, e a congregação se ajuntou perante o Senhor em Mispa, coma se fora um só homem, desde Dã até Berseba, coma também a terra de Gileade.

Desde o tempo de Otniel não se via tamanho ajuntamento do povo de Israel. Todos reunidos para escutar o relato do levita. Dessa vez, os inimigos eram seus próprios irmãos benjamitas. Quando o povo exigiu os detalhes do caso (v. 3), o levita cuidadosamente elaborou o relato para omitir aqueles que não o favoreciam, como o fato de ele mesmo ter lançado a vítima aos homens perversos daquela cidade.

Todos nós, ao relatar um acontecimento polêmico que nos envolve, somos tentados a amenizar a narrativa naquilo que não nos é favorável Um costume aparentemente inocente de manipular os fatos tomou proporções alarmantes na era das fake News. Precisamos ser transparentes e humildes, admitindo os nossos erros e os deixando para trás, tendo a certeza de que “o que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).

2- Guerra civil (Jz 20.10) Tomaremos dez homens de cem de todas as tribos de Israel, e cem de mil, e mil de dez mil, para providenciarem mantimento para o povo, a fim de que este, vindo a Gibeá de Benjamim, faça a ela conforme toda a loucura que tem feito em Israel.

Inicialmente, os Israelitas solicitaram aos benjamitas que entregassem apenas os culpados pelo atentado para “tirar de Israel o mal” (v.13). O mal, porém, estava enraizado no coração de todo o povo, inclusive da­queles que desejavam fazer “justiça “. Os benjamitas, porém, optaram por proteger os infratores. Como uma tribo, todos estavam, de alguma forma, ligados por laços de parentesco, o que estimulou a cumplicidade.

Olhemos para nós mesmos. Quantos se apressam a julgar e condenar pessoas envolvidas em polêmicas nas redes sociais? Porém, quando um familiar ou amigo próximo faz algo condenável, a tendência é protegê-lo da mídia e até mesmo retardar ou evitar a justiça. Fica-nos alerta de como comportamentos contrários à Palavra de Deus que estão socialmente consolidados podem nos levar a resultados desastrosos como nação.

3- Benjamin é arrasada (Jz 20.48) Os homens de Israel voltaram para os Filhos de Benjamim e passaram a fio de espada tudo o que restou da cidade, tanto homens como animais, em suma, tudo o que encontraram; e também a todas as cidades que acharam puseram fogo.

Os benjamitas reuniram 26 mil homens contra um exército de 400 mil. Como habitavam nos altos de uma região montanhosa, isso lhes conferiu alguma vantagem, pois os exércitos de Israel, apesar de superiores em número, foram obrigados a se dividir para atacar (v. 9). Após perderem 10% de seus homens sem conseguir qualquer vantagem em batalha, Israel, pela primeira vez, volta-se ao Senhor em prantos para jejuar e oferecer sacrifícios a Deus, antes de perguntar novamente se deveriam fazer uma nova investida contra seus irmãos.

Com a resposta definitiva do Senhor e uma nova estratégia, Israel sagrou-se vitorioso.
Porém, isso não foi suficiente para saciar a sede de vingança dos guerreiros. Cegados pelo ódio, o exército passou a fio da espada homens, mulheres, crianças , animais e todas as propriedades dos benjamitas, sobrando apenas 600 homens que fugiram para o deserto. O que era uma peleja militar rapidamente tomou-se num genocídio.

III- CONSEQUÊNCIAS DO GENOCIDIO (Jz 21.1-25)

Após quase dizimarem uma de suas tribos, os israelitas questionam e culpam a Deus por ter aberto uma brecha entre eles (Jz 21.3,15). Em seu conselho, não consultaram a Deus, mas disseram: “Isto é o que faremos” (Jz 20.9). Após o massacre, não se arrependeram de seus excessos na guerra. Ao contrário, suas decisões levaram a novas atrocidades.

1- O problema dos juramentos (Jz 21.1) Ora, haviam jurado os homens de Israel em Mispa, dizendo: Nenhum de nós dará sua filha por mulher aos benjamitas.

Mais uma vez, como no caso de Jefté, juramentos inconsequentes colocavam Israel diante de grandes dilemas. Tendo perdido a referência do caráter de Deus é igualado o seu padrão moral ao dos povos cananeus, as soluções que encontraram para esses dilemas foram as piores possíveis. Suas mentes estavam cauterizadas; já não discerniam entre o certo e o errado (1 Tm 4.2).

2- Soluções mais problemáticas (Jz 21.23) Assim fizeram os filhos de Benjamim e levaram mulheres conforme o nu­mero deles, das que arrebataram das rodas que dançavam; e foram­-se, voltaram a sua herança, reedificaram as cidades e habitaram nelas.

A hipocrisia é clara: após supostamente vingar a morte horrenda de uma mulher violentada massacrando todas as mulheres de uma tribo, a solução para o impasse de seus dois juramentos precipitados foi cometer mais assassinatos, dizimar mais uma cidade (e mais mulheres), raptar moças virgens de duas cidades, e tudo isso entre o seu próprio povo.

3- Transição dos juízes para o reinado (Jz 21.25) Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto.

O livro de Juízes expõe a espiral descendente de degradação moral que trilhou Israel desde a morte de Josué. lsso prepara o caminho para a transição do governo dos juízes para o período dos reis e para importantes reformas, principalmente durante o reinado de Davi, que restaurou a adoração em Jerusalém e preparou o cenário para a construção do templo no reinado de Salomão.

Rute, próximo livro a ser estudado, é uma continuação lógica de Juízes, que conta a história dos avós do futuro rei Davi, mostrando que ainda nesse período, Deus providenciará o resgate de sua nação. Ele já havia predito que Israel clamaria por um rei e estabelecido critérios para a sua escolha (Dt 17.14,15). Porém, avançando um pouco na história, vemos que após a morte de Salomão, Israel foi dividida em dois reinos, cujos reis também levaram o povo a uma espiral descendente que culminou em seu exílio na Babilônia.

Já durante esse declínio, os profetas, como Isaías, começaram a anunciar o Reino de Deus sobre a terra através da figura de um homem escolhido por Deus, que quebraria o jugo que pesava sobre a humanidade, “a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas ( ..) para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre.

O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Is 9.4-7). Esse homem é o Messias, Jesus, ungido pelo Espírito de Deus como libertador, não só de Israel, mas de toda a humanidade (Is 61.1-3). Ele anunciou que o Reino de Deus era chegado (Mt 12.28; Lc 17.21) e nos ensinou a orar e agir diariamente para que esse Reino seja instaurado na terra (Mt 6.10).

APLICAÇÃO PESSOAL

As semelhanças entre Israel no tempo dos Juízes e a sociedade atual nos servem de sinal. Proclamar o Reino de Deus nessa terra através da Palavra e do exemplo é a melhor maneira de prevenir o caos total até a volta de Jesus.

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