SUBSÍDIO EBD – LIÇÃO 7 –  A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL | 4 º Trimestre De 2022 – ADULTOS CPAD

SUBSÍDIO EBD – LIÇÃO 7 –  A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL | 4º Trimestre de 2022 – Subsídios Escola Biblica Dominical das Lições Bíblicas Adultos CPAD: A Justiça Divina – A Preparação do Povo de Deus para os Últimos Dias no Livro de Ezequiel

INTRODUÇÃO 

Na sequência do estudo do livro do profeta Ezequiel, estudaremos seu capítulo 18. – Cada um dará conta de seus atos perante Deus.

I – A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL

Deus continuava a dar mensagens ao povo cativo que estava em Babilônia por intermédio do profeta Ezequiel. – Estava a mostrar que a ira divina viria sobre o povo por causa de suas transgressões ao longo dos séculos. Desde que o templo fora construído, Israel insistira em desobedecer a Deus e, assim, como determinado no “pacto palestiniano”, haveria de perder a posse da terra de Canaã, como, aliás, já havia acontecido com as dez tribos do reino do norte.

Em virtude de toda a pregação a respeito do juízo iminente sobre o povo de Judá, intensificada após o início do ministério profético de Jeremias, que já durava 36 anos, o qual dizia que, por causa dos erros de Manassés, avô do rei Josias, o povo seria levado cativo (Jr.15:4), passou a ter acolhida no meio do povo um provérbio, a saber: “Os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos se embotaram”.

Este dito popular era uma espécie de autojustificação da geração dos dias do profeta Ezequiel. Em suma, estavam eles a dizer que o povo estava pagando pelos pecados dos seus pais, dos seus antepassados, que o castigo que estava sendo anunciado era em virtude dos pecados das gerações anteriores, em suma, que os judaístas do tempo de Ezequiel não eram culpados, estavam respondendo pelos males cometidos pelos seus pais. 

A ideia de que há uma espécie de “castigo hereditário” caminhou no meio dos israelitas. Mesmo diante do esclarecimento que será dado por Deus na mensagem que analisaremos hoje, o fato é que, mesmo nos dias de Jesus, havia este pensamento, como se vê no episódio narrado pelo evangelista João a respeito da cura do cego de nascença, quando os discípulos perguntam ao Senhor Jesus porque aquele homem nascera cego, e uma das hipóteses era porque seus pais haviam pecado (Jo.9:2).

Esta ideia de que os filhos respondem pelos erros dos pais parece ter tido origem na afirmação do Senhor a Moisés de que “visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração” (Ex.34:7). Tal afirmação, porém, em momento algum estava a dizer que o Senhor puniria os filhos por causa do pecado dos pais. É preciso verificar o contexto da afirmação. 

Por primeiro, devemos lembrar que este dito do Senhor se deu quando Deus desceu numa nuvem esse pôs junto a Moisés, quando este havia subido ao monte para clamar por misericórdia pelo povo que havia acabado de cometer o pecado do bezerro de ouro. 

Deus Se apresenta a Moisés como “JEOVÁ, o SENHOR, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade, que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão, e o pecado: que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração” (Ex.34:6,7). 

Notemos, a princípio, que, em resposta à intercessão de Moisés (Cf. Ex.32:30), Deus Se apresenta como um Deus de misericórdia, como o Deus que perdoa o pecador, como Aquele que é longânimo e que limita a ação da Sua ira, ao contrário da ação de Sua beneficência, que é ilimitada. 

Portanto, este texto não está, de modo algum, a dizer que Deus irá punir os filhos e os filhos dos filhos pelos pecados de seus pais, de seus ascendentes, mas, sim, que irá limitar as consequências destes pecados até a terceira e quarta geração. O Senhor mostra aqui que Sua justiça é cercada da misericórdia e que não tem prazer algum que as consequências dos pecados de outros se perpetuem entre as gerações vindouras. 

O pecado gera consequências que abalam as gerações futuras. O próprio Deus, ao lançar o juízo sobre o primeiro casal, lançou consequências daquele primeiro pecado que acompanhariam toda a humanidade durante toda a sua história, como, por exemplo, a morte física e a necessidade do trabalho para a sobrevivência.

No entanto, em virtude da misericórdia divina, os pecados subsequentes teriam consequências que não iriam alcançar senão a terceira e quarta geração. Ademais, o texto é bem claro ao mostrar que se está diante de um Deus que não tem o culpado por inocente, ou seja, não iria permitir que alguém fosse punido por culpa de outrem. 

Tanto que é neste texto que se encontram os famosos “treze atributos da misericórdia divina” (piedoso, aberto ao arrependimento, perdoador, compassivo, gracioso, tardio em irar-Se, magnânimo em Sua bondade, verdadeiro, preservador da bondade para milhares de gerações, perdoador da iniquidade se houver arrependimento sincero, perdoador da rebeldia quando houver arrependimento sincero, perdoador do erro quando houver arrependimento, purificador do arrependido).

Portanto, não seria num texto em que Deus mostra a Sua misericórdia que Ele diria que viria a punir alguém por algo que não fez. De qualquer modo, havia este provérbio sendo dito e repetido no meio dos israelitas, como se fosse uma verdade, como se fosse algo que deveria ser acreditado pelo povo. Aqui vemos, nitidamente, o perigo de se tomarem como verdades crenças que não têm origem em Deus, pensamentos oriundos da imaginação ou do pensamento de alguém que são rapidamente repetidos e difundidos no meio do povo.

Costumamos dizer que há um “dom” no meio do povo de Deus que não foi dado pelo Senhor, o “dom de papagaio”, por meio do qual as pessoas passam a repetir o que ouviram e acharam bom ou bonito e, de tantas repetições, aquilo passa a ser uma verdade, algo em que todos creem. Era o que acontecia nos dias de Ezequiel: o provérbio era crido por todos e era necessário que o Senhor retirasse este pensamento, que não correspondia à realidade das coisas.

O Senhor, então, traz uma mensagem ao povo para fazer desaparecer este provérbio, para desmenti-los, já que ele não correspondia à realidade das coisas espirituais (Ez.18:3). O Senhor começa reivindicando a Sua condição de Criador e dono de todos os seres humanos: “Eis que todas as almas são Minhas” (Ez.18:3). Era um fator que, por vezes, os israelitas haviam negligenciado.

Antes, porém, de firmar com Israel o pacto no Sinai, o Senhor também reivindicara Sua soberania sobre todas as nações: “agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes o Meu concerto, então sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é Minha” (Ex.19:5). 

Sendo o Criador de todos os homens, é Deus soberano para definir lhes os parâmetros, para estabelecer as regras de vida de cada um. Foi o que fez ao primeiro homem, pois é dito que “ordenou ao homem” a regra de vida no jardim do Éden (Gn. 2:16,17). 

E o Senhor deixa claro que a alma do pai e a alma do filho são iguais. Ele as fez a ambas e nenhuma delas é mais importante que a outra. Esta afirmação do Senhor já contrastava com os pensamentos religiosos vigentes nas outras nações, em que se entendia que a alma dos poderosos valia mais que a dos pobres, escravos e necessitados.

O Senhor mostra que a regra existente é a da responsabilidade individual: “a alma que pecar, essa morrerá” (Ez.18:4). Como diria séculos mais tarde o apóstolo Paulo, inspirado pelo mesmo Espírito Santo que fez Ezequiel escrever o que teve revelado da parte de Deus: “O salário do pecado é a morte” (Rm.6:23a). 

A morte é resultado do pecado. Ninguém irá morrer se não pecar. Aqui o Senhor mostra que é o mesmo, que não muda (Ml.3:6), visto que foi exatamente isto que disse a Adão no Éden. A consequência do pecado seria a morte e foi Satanás, pai da mentira, quem convenceu o primeiro casal de que isto não iria acontecer (Gn.3:4). É exatamente isto que muitos passam a acreditar até os dias de hoje, achando que a prática do pecado não acarretará qualquer consequência. 

Quando falamos em “responsabilidade”, devemos lembrar que esta palavra vem do latim “responsabilitas” que, por sua vez, tem como origem a palavra “responsa”, que vem do verbo “respondeo” que vem de “spondeo”, ou seja, “prometer”. 

O mais antigo contrato do direito romano era o “nexum”, quando alguém se vendia e a sua família a um credor como garantia do pagamento de um empréstimo e que exigia uma solenidade, a “stipulatio”, onde o credor perguntava “spondes” (promete?) e o devedor respondia: “spondeo” (prometo). Tinha-se, assim, a “sponsio” (promessa), que vinculava o devedor à obrigação. 

Por isso, diante da manifestação de vontade, vinha a “responsabilidade”, ou seja, ao manifestar a sua vontade de cumprir a obrigação, o devedor tinha de cumpri-la e, não cumprindo a obrigação, perdia a sua liberdade, era escravizado pelo credor. 

Deus, também, deu ao homem o poder de manifestar a sua vontade, ou seja, o livre-arbítrio. Como criatura de Deus, como servo de Deus, o homem é chamado a prometer obedecer ao Senhor, fazer-Lhe a vontade. Quando não o faz, “responde” pelos seus atos, perde a liberdade e é obrigado a se submeter às consequências de seus atos. – Deus assim fez com Adão. Ordenou-lhe que não comesse do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, sob pena de morte. 

O homem não obedeceu e sofreu a pena da morte, que é a separação de Deus. O Senhor, porém, prometeu que daria um Salvador e quem crê  neste Salvador, quem O recebe e passa a obedecer-Lhe, a imitál’O, a fazer-Lhe a vontade, alcança a vida. 

Quem, porém, não crê no Salvador, não Lhe obedece, não O imita, recebe as consequências de sua desobediência, de seu pecado, que é a morte, a separação de Deus, morte que se torna eterna quando o homem, mantendo-se na prática do pecado, deixa esta vida terrena e passa para a dimensão eterna.

II – A ALMA QUE PECAR, ESSA MORRERÁ 

É elucidativo que o Senhor, na Sua mensagem dada ao profeta Ezequiel, afirma que “todas as almas são Minhas”. Deixa, assim, demonstrado que a questão que se tinha era com relação à “alma”, que é, precisamente, o que distingue uma pessoa da outra, o que faz surgir o “indivíduo”, ou seja, “aquele que não pode ser dividido”, aquele que é essencialmente único, inconfundível com qualquer um. 

É por este motivo que devemos ter muito cuidado com o pensamento chamado “igualitarista”, que vê igualdade e identidade entre todas as pessoas. Se Deus não faz acepção de pessoas, se trata a todos de igual maneira, não podemos deixar de considerar que cada pessoa é distinta da outra, cada um é um indivíduo, não existem duas pessoas idênticas sobre a face da Terra, cada um é cada um, tanto que há métodos de identificação que permite distinguir cada ser humano (impressões digitais, as íris dos olhos etc.). 

Ao falar, portanto, em “alma”, o Senhor quer reforçar a ideia de cada um é responsável por seus atos diante de Deus, que Deus irá julgar a cada um, individualmente, que não há tratamento “em massa” ou “em conjunto”, como fazia crer o provérbio que estava sendo desmentido.

Ao falar em “alma”, porém, o Senhor mostra, claramente, que o homem é o único ser vivo que é dotado tanto de uma parte material como de uma parte imaterial. Neste dito que é depois transmitido ao povo por Ezequiel, o Senhor faz questão de reafirmar que o homem não pode se preocupar única e exclusivamente com esta dimensão terrena, porquanto é um ser que é dotado de algo imaterial e, portanto, tem uma existência que transcende a esta Terra, a este Universo físico. 

A narrativa bíblica da criação já nos mostra esta dupla realidade, pois, depois de ter dito que o Senhor fez o homem do pó da terra, ou seja, seu corpo, sobre ele soprou dando-lhe o “fôlego de vida” (Gn.2:7), ou seja, criou a parte imaterial do homem, constituída da alma e do espírito. Este é o aspecto totalmente diverso entre o homem e os demais seres vivos criados na Terra. O homem é dotado de uma parte imaterial, que o faz sobrenatural, ou seja, que o coloca acima da natureza e que lhe permite dominar sobre ela. 

Esta parte imaterial, resultado do sopro de Deus, é o que Paulo denomina de “homem interior”, porque é a parte do homem que não aparece aos nossos olhos, parte do homem que as Escrituras identificam figurativamente como “mente”(v.g., Rm.7:25), “coração”(v.g., Pv.4:23) e “rins” (v.g., Ap.2:23).

Ao se dizer que o homem foi feito “alma vivente”, está sendo dito que o homem é uma alma que tem vida, ou seja, é uma alma que está em comunhão com Deus, pois vida, aqui, não é uma mera existência, mas é uma demonstração de existência de uma comunhão entre Deus e a Sua criatura. Deus soprou nos narizes do homem e ele foi feito “alma vivente”, ou seja, surgiu deste sopro uma alma e esta alma tinha consciência de que vinha de Deus e estava ligada a Ele.

Temos, então, as duas instâncias do homem interior: a alma, que é a sede dos sentimentos e do entendimento; o espírito, que é a sede da consciência da existência de uma relação de dependência do homem em relação a Deus. 

É neste sentido que podemos, aqui, reproduzir o ensino de C.A. Auberlen, mencionado por Lewis Chafer: “corpo, alma e espírito não são nada além da base real dos três elementos do ser humano, consciência do mundo (corpo, observação nossa), autoconsciência (alma, observação nossa) e consciência de Deus (espírito, observação nossa)” (CHAFER, Lewis S. Teologia sistemática, t.1, v.2, p.592). 

OBS: “…Em nenhum outro ser, seja ele dotado de corpo animal, ou seja um ser angelical, ouviu-se dizer que Deus soprou sobre ele, dando-lhe o fôlego de vida. Foi esse fôlego de vida que tornou o homem um ser capaz de raciocinar, empregar a razão, memorizar, possuir consciência, tornando-se semelhante ao Senhor. O corpo humano é, sem dúvida, a mais bela obra-prima do Criador. O que o faz belo é a vida intelectual e espiritual que permite a participação da própria vida de Deus.(…).

Com o sopro divino, o homem recebeu vida para sempre, mas pela desobediência perdeu esse direito de vida eterna. Jesus veio para nos dar vida eterna(…). Para alcançar a vida eterna que Deus soprou sobre Adão no Éden, é preciso que a mentalidade humana volte a ser como o Criador a fez quando soprou sobre o homem. Jesus fez isto sobre Seus discípulos, ao soprar sobre eles(…).

Ao pecar, o ser humano perdeu o espírito de vida eterna e sobre ele caiu a condenação da morte; para reverter este quadro, é preciso que ele se volte para Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, o único caminho, verdade e vida e receba a presença do Senhor, tornando-se templo do Espírito Santo.

A palavra ‘espírito’, no original, significa pneuma, vento e sopro. Esta é a grande diferença entre os seres humanos e os animais. Os animais não receberam o sopro, vento, espírito e, por isso, não têm entendimento como o homem.”(SILVA, Osmar J. Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade, v.2, p.41-2). 

Vemos, além disto, que o homem é mero objeto da ação de Deus, pois é dito que foi quem Deus tanto que formou o homem, como também que o fez alma vivente. Em ambas as expressões bíblicas, o homem é apresentado apenas como tendo sido o resultado da ação divina. 

É em virtude desta situação que o homem não pode, em hipótese alguma, arrogar-se o direito de ser proprietário de si mesmo, que pode achar que seja “dono de seu nariz” (aliás, é interessante notar esta expressão do linguajar popular em nossa língua, porquanto ela reflete bem o engano deste pensamento, pois a Bíblia, textualmente, diz que foi Deus quem formou o nariz do homem e, neste nariz, soprou o fôlego de vida, ou seja, o homem não é mesmo dono do seu nariz). Esta realidade é a razão de ser de toda a doutrina da mordomia e, em especial, da mordomia cristã em relação a nós mesmos. 

A alma é a sede dos pensamentos e dos sentimentos do homem, a sede da sua personalidade, da sua individualidade, a parte do homem que tem consciência de si mesmo. Já o espírito é a parte do homem que faz a relação dele com Deus, é a sede da consciência, daquele instrumento que nos permite discernir o certo do errado, é o elo de ligação entre Deus e o homem, a instância em que tomamos consciência da existência e da soberania de Deus. 

A palavra ” alma”, como a maioria das palavras, é ” plurívoca”, ou seja, tem muitos significados. Assim, não podemos deixar de observar que nem sempre a palavra “alma”, quando se encontra na Bíblia Sagrada, quer dizer a mesma coisa, variando de passagem para passagem, até porque sabemos que o texto bíblico foi escrito, primeiramente, em três línguas (hebraico e alguns trechos em aramaico – Antigo Testamento e grego – Novo Testamento), por pessoas de diferentes classes sociais e em diversas circunstâncias e épocas, o que faz com que o significado de alguns termos tenham se alterado ao longo dos anos e tempos. 

Isto ainda acontece nos nossos dias, tanto que, naturalmente, quando falamos “A propaganda é a alma do negócio”, ” não acredito em almas penadas” ou ” a minha alma tem sede de Deus”, evidentemente não estamos dando à palavra “alma” o mesmo significado. – Um primeiro significado da palavra “alma” é o de ” essência da vida”, ” base da vida”. Neste significado, a palavra “alma” sempre se refere à essência, à própria vida.

A alma, então, seria o próprio núcleo do ser humano, a sua individualidade, a sua própria existência enquanto ser vivente. Este é o significado que adotaremos de alma em nosso estudo. A alma é a parte do homem que o torna diferente de todos os demais, que o torna distinto dos demais seres, humanos ou não. Na alma, estão a nossa personalidade, os nossos sentimentos, a nossa vontade e o nosso entendimento. Uma pessoa é diferente da outra por causa da sua alma, da sua “essência”, da sua “base” . 

É neste significado que podemos dizer, como o salmista, “A minha alma tem sede de Deus” . – Eis o que diz a nossa Declaração de Fé a respeito: “…A palavra ‘alma’ tem vários significados na Bíblia, a saber, o próprio indivíduo: ‘a alma que pecar, essa morrerá’ (Ez.18:4), a pessoa [Ex.1:5; Rm.13:1] e a vida [Jó 12:10; Mt.10:39]. A alma é a sede do apetite físico [Nm.21:5; Dt.12:20], das emoções [Sl.86:4], dos desejos tanto bons como ruins [Ec.6:2; Pv.21:10], das paixões [Jó 30:25] e do intelecto [Sl.139:14]. É o centro afetivo [Ct.1:7], volitivo [Jó 7:15] e moral [Gn.49:6] da vida humana. A alma comunica-se com o mundo exterior por meio do corpo. 

É a partir dela que o homem sente, alegra-se e sofre através dos órgãos sensoriais. Como um dos elementos da natureza essencial do ser humano, a alma é uma substância incorpórea e invisível, inseparável do espírito, embora distinta dele, formada por Deus dentro do homem, sendo também consciente mesmo depois da morte física: ‘…vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.

E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?’ (Ap.6:9,10)…” (Cap. VII, n.5, p.80).

Um segundo significado da palavra “alma” é o de “vida”, de ” existência”, ” sobrevivência”, significado que surgiu em virtude do significado anterior. Como a alma é a sede da individualidade de alguém, deu-se à palavra “alma” a própria ideia de vida, de existência, de movimento.

É por isso que os seres que se movimentam de um lado para outro, que se locomovem foram chamados pelos antigos de ” animais”, ou seja, ” seres dotados de vida”, ” seres dotados de alma” ( pois se pensava que as plantas, por serem estáticas, ou seja, não se locomoverem, não teriam ” vida” neste sentido). É neste significado que devemos compreender a expressão ” A propaganda é a alma do negócio” , ou seja, a vida de um negócio, a sua existência e sobrevivência depende da propaganda. 

Também é neste significado que devemos compreender a tão polêmica expressão bíblica que se encontra em Gn.9:4, a saber, ” a carne, porém, com sua alma (a Versão Almeida Revista e Corrigida contém uma variante aqui, substituindo “alma” por “vida”), isto é, com seu sangue, não comereis”. Esta expressão não quer significar, em absoluto, que a alma se confunda com o sangue, como defendem as Testemunhas de Jeová, mas apenas está afirmando que o sangue é necessário para a sobrevivência, para a existência física, pois é este o significado de ” alma” na passagem bíblica mencionada.

A palavra ” alma” também significa ” respiração da vida”, pois, como a vida física é indicada pela respiração, logo se criou a ideia de que a alma está relacionada com o ato de respirar. Por isso, inclusive, a expressão “último suspiro” para indicar a morte. A alma, que é a vida, foi associada ao ato de respirar, e a morte, à saída da alma. É o que vemos em passagens bíblicas como Gn.35:18 e I Rs.17:21,22.

A palavra ” alma”, muitas vezes, significa ” pessoas”, ” indivíduos” no sentido de que a parte que distingue cada pessoa de outra é a alma. É assim que vemos a aplicação da palavra em Rm.13:1. 

A alma é a parte do homem interior que nos distingue dos demais seres, onde ficam nossos sentimentos, nossa vontade, nosso entendimento e nossa personalidade. É a alma que nos faz diferentes dos demais homens e onde é feita a escolha para servirmos a Deus ou não. Vemos, assim, que é na alma que se encontra uma parte relevante para cumprirmos a doutrina da mordomia cristã. 

A alma, portanto, é aquela porção do homem que nos permite perceber que somos diferentes dos demais seres, que nos permite conhecer a nós mesmos, que faz com que sejamos portadores de um entendimento, de um sentimento, de uma vontade. Esta junção de entendimento, sentimento e vontade é o que se denomina de “PERSONALIDADE”. 

A palavra ” personalidade” vem de ” pessoa” que, por sua vez, vem de ” persona”, palavra latina que significa ” pelo som”. “Persona” é o nome que recebiam as máscaras dos atores no teatro antigo. Ao contrário do que ocorre hoje, nos teatros da Grécia ou de Roma, na Antiguidade, os atores não mostravam seus rostos, mas faziam suas apresentações segurando máscaras que escondiam as suas faces, exatamente para que o público soubesse que não eram as pessoas que estavam encenando que viviam aquelas situações mas as “personagens” da peça teatral. 

A “pessoa” , portanto, era a personagem, um ser diferente daquele ator que a estava representando no palco. 

A nossa alma, portanto, é a nossa “pessoa”, é aquilo que nos faz diferentes dos demais, é a nossa parte que nos identifica diante de Deus e dos homens. É a nossa alma que contém a nossa “personalidade”, aquilo que nós somos e que, através do corpo, tornamos conhecidos aos homens e a Deus (se bem que Deus não necessita da exteriorização do nosso corpo para nos conhecer, pois Ele bem sabe o que há no nosso íntimo, antes que isto venha à tona no mundo exterior – I Sm.16:7; Jo.2:25). 

Esta personalidade do homem precisa estar sob o governo de Deus. É algo que também nos foi dado por Deus (seja desde a transmissão originária, como defendem os traducionistas, seja por uma criação a cada surgimento de um novo homem, como defendem os criacionistas) e do qual também deveremos prestar contas diante do Senhor de todas as coisas. Que esta personalidade, que esta individualidade é de Deus não há qualquer dúvida pelo que está nas Escrituras, como, por exemplo, no Sl 24:1, onde, textualmente, diz-se que é do Senhor ” aqueles que nele (i.e., no mundo) habitam”, ou seja, cada indivíduo, cada alma. Em Ez.18:4, o texto é ainda mais enfático, ao afirmar que ” Eis que todas as almas são Minhas (é o Senhor quem está falando, observação nossa).

Quantas vezes ouvimos alguém dizer que não pode mudar, que esta é a sua personalidade, é o seu modo de ser, é o seu temperamento, é o seu caráter, que Deus o fez assim e assim ele será para sempre, tendo os outros de aceitá-lo “por amor ao próximo”. Entretanto, tais pensamentos são totalmente contrários ao que nos ensina a Palavra de Deus. Esta personalidade, esta “nossa” individualidade, este “nosso” jeito de ser não é ” nosso”, mas de Deus. 

Foi Deus quem nos criou, inclusive a “nossa” alma e ela tem de estar sob o Seu senhorio. Eis um dos grandes, senão o maior desafio do homem na sua busca de Deus: renunciar-se a si mesmo, renunciar ao seu “eu”, à “sua” personalidade e colocá-la à inteira disposição do Senhor.

III – O MOMENTO PRESENTE É O QUE IMPORTA 

Mas há um outro ponto importante demonstrado pelo Senhor. O homem é sujeito ao tempo e, portanto, sua condição diante de Deus será avaliada no exato instante em que passar para a eternidade. Não só não responde o indivíduo por outrem, como tem de estar em comunhão com Deus a todo instante, pois não sabe o momento em que passará para a dimensão eterna em virtude da morte física ou arrebatamento da Igreja. 

Não há uma compensação entre o momento atual e os momentos passados. Tudo se faz no presente, no instante mesmo em que se está a viver. Não é por outro motivo que o Senhor diz que devemos tomar a cruz de cada dia (Lc.9:23) e que devemos considerar cada dia de nossa existência, tanto com relação ao nosso pão (Lc 11:3), como com relação a todas as coisas (Mt 6:34). 

Esta vinculação a cada dia vemos bem na peregrinação do povo de Israel no deserto, quando o maná tinha de ser colhido diariamente, exceção feita ao sábado, precisamente para que o povo aprendesse que dependia de Deus e que deveria estar, todos os dias, consciente da necessidade de estar a serviço do Senhor (Ex.16:16- 19; Dt.8:3). O maná, aliás, ensina-nos sobre a individualidade, a distinção que Deus faz a cada pessoa. 

É interessante notarmos que ao se verificar o fator tempo é como se estivesse a dizer que o momento presente é que define o indivíduo. Eu sou aquilo que sou neste instante. O que fui ontem, já não sou hoje. O ser está a se atualizar a cada instante, a cada momento. Faz-nos lembrar a famosa afirmação do filósofo grego Heráclito de Éfeso (± 500-450 a.C.) de que ninguém nunca toma banho duas vezes num rio, porque, no segundo banho, nem ele nem o rio serão o mesmo. Também aqui se recordam as palavras de outro filósofo, o espanhol José Ortega y Gasset (1883-1950), que afirmou que “eu sou eu e as minhas circunstâncias”. 

Não que deixe cada indivíduo de ser aquilo que é ao longo do tempo, mas o fato é que é no momento da passagem para a eternidade que se tem a definição de quem ele é e qual será o seu destino. Por isso o Senhor Jesus disse que devemos perseverar até o fim para alcançarmos a salvação (Mt.24:13) e que devemos ser fiéis até a morte (Ap.2:10). 

Lembremos, aliás, que o Senhor vinha ao primeiro casal toda viração do dia para ter um momento especial com os seres humanos (Gn.3:8), como que a confirmar que, mesmo no tempo da inocência, era no dia-a-dia que se devia relacionar com as coisas espirituais, com o próprio Deus. – Observadas, pois, estas duas circunstâncias, a individualidade e a passagem do tempo, o Senhor afirma que se alguém cumprir os mandamentos divinos, tiver um comportamento agradável a Deus, “fazendo juízo e justiça”, este alcançará a salvação, terá a vida eterna (Ez.18:5-9). 

No entanto, se o filho deste juízo for um ímpio e pecador, este não viverá, certamente sofrerá o dano da morte eterna (Ez.18:10- 13). Em seguida, se o seu filho, ou seja, o neto do justo, tendo observado todo o mau proceder de seu pai e não seguir este exemplo, mas antes viver como havia vivido seu avô, este também obterá o beneplácito divino, alcançando a vida (Ez.18:14-17).

Notemos que a argumentação divina, que é proferida por Ezequiel, procura, precisamente, dar a correta interpretação do texto bíblico referente à “maldade até a terceira e quarta geração” que, supostamente, teria originado o provérbio que estava sendo desmentido. 

As benesses do avô não alcançaram o pai, nem as maldades do pai alcançaram o filho ou neto, tendo cada um respondido pelo que fez diante de Deus. A ideia de que o filho deveria levar a maldade do pai era disseminada entre os israelitas, mas não correspondia ao que dizia a lei e ao que era do agrado do Senhor, tanto que se fez questão de registrar como um bom ato do rei Amazias o fato de não ter considerado os males dos pais e justiçado os filhos quando matou os assassinos de seu pai (II Cr.25:3,4). 

Também o fator tempo é decisivo. O Senhor diz que, se o ímpio se converter de todos os pecados que cometeu e guardar todos os estatutos do Senhor, e fizer juízo e justiça, certamente viverá, não morrerá, de todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele, pela sua justiça que praticou, viverá (Ez.18:21,22). 

Deus mostra-Se aqui como perdoador, misericordioso, que não deseja a morte do ímpio, mas que ele se converta dos seus caminhos e viva (Ez.18:21,22). Alguém poderia pensar, e os israelitas assim pensavam (Cf. Ez.18:25,29), que isto era injusto, porquanto alguém que fizesse o mal o tempo todo e na hora da morte se arrependesse, alcançaria a salvação, o que, na lógica humana, seria uma suprema injustiça. 

No entanto, tal pensamento humano não tem razão alguma de ser. Por primeiro, Deus é vida, não quer a morte de ninguém. Deus é bom, não quer o mal de ninguém. Como já temos visto, e Ezequiel o revela em suas mensagens, o mal sofrido pelo impenitente é resultado de sua maldade única e exclusivamente, é a resposta divina aos seus desatinos, é a retribuição pelos seus atos.

Se há mudança de atitude, se há arrependimento, se há conversão, estes atos são reconhecidos como errados, há uma ação para repará-los e, portanto, não são mais levados em conta para condenação pelo Senhor, que não quer a morte do ímpio, mas, precisamente, a sua conversão, que já foi alcançada. 

Mas alguém poderia dizer: e vai ficar assim “de graça”, a pessoa não irá “pagar pelos seus erros”? Que “justiça é essa”? Era o pensamento do povo de Israel, que tinha a petulância de dizer que “o caminho de Deus não era direito”. – Por primeiro, temos de ver que o propósito de Deus é a salvação do homem, a sua conversão e, tendo havido o alcance deste objetivo, não haveria porque Deus impedir que isto se concretize, já que é o Seu desejo. Deus quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (I Tm.2:4). 

E quem somos nós para discutir ou questionar o propósito do Senhor de todas as coisas? Pode, porventura, o barro indagar o oleiro? (Is.29:16; 45:9; Jr.18:6; Rm.9:21). – Por segundo, ao contrário do que pode parecer, não é verdade que “fique de graça” para o pecador. Evidentemente, ele alcança a salvação por ter se convertido, mas vigora a lei da ceifa (Gl.6:7; Os.8:7), de modo que as maldades cometidas geram, sim, consequências nesta dimensão terrena que não são apagadas. 

Vejamos, por exemplo, o caso do rei Davi, que, embora perdoado por Deus pelo seu pecado de adultério e homicídio, sofreu duríssimas consequências até o final da vida por conta destes pecados (II Sm.12:7-13). Ou, ainda, o “ladrão da cruz” que, embora tenha sido o primeiro justo a entrar diretamente no Paraíso, morreu por conta dos crimes cometidos (Lc.23:40-43). 

Por terceiro, há um outro elemento importantíssimo, e que, inclusive, não se encontra na mensagem dada ao profeta Ezequiel. É a questão da expiação dos pecados pelo sangue de Jesus. A justiça de Deus foi satisfeita com o sacrifício de Jesus no Calvário, ou seja, houve, sim, o pagamento pelos pecados do mundo inteiro, mediante a morte de Nosso Senhor e Salvador (Hb.10:12; I Pe.2:24; Hb.9:22; Rm.3:25; I Jo.

Como diz a Declaração de Fé das Assembleias de Deus: “…Cremos que Deus aceitou a morte de Seu Filho Jesus Cristo como expiação pelos nossos pecados (…). O termo ‘expiação’ ou o verbo ‘expiar’ refere-se ao sacrifício para purificação e perdão dos pecados, mas o significado primário dessa palavra é ‘cobrir’, cuja ideia é cobrir com sangue (…). Esse ritual está no sistema mosaico (…). Enquanto princípio, é refirmado em o Novo Testamento (…). 

Isso é chamado propiciação — o ato que apazigua a ira divina e satisfaz a santidade e a justiça de Deus — resultado no perdão dos pecados. Deus propôs Cristo Jesus para propiciação por meio da fé no Seu sangue. Jesus é a propiciação pelos pecados do mundo inteiro. A ira divina é a reação da santidade de Deus ante a pecaminosidade humana. A expiação é o meio para aplacar essa ira. 

A propiciação é resultado do amor de Deus. Esse amor foi a causa do envio do Filho para propiciação: ‘Nisto está o amor: não que nós tenhamos amado a Deus; mas em que Ele nos amou e enviou Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados’ (I Jo.4:10).” (DFAD cap. V.3, pp.61-2). 

Aqui temos, pois, a conclusão da equação que não se encontra no capítulo 18 do livro de Ezequiel e que dissipa, portanto, toda e qualquer afirmação que diga que Deus estaria sendo injusto ao permitir que alguém que se converta viva apesar de todos os erros dantes cometidos.

Não há, portanto, impunidade alguma. O que temos é a expressão da misericórdia divina, pois a conversão e a vida é o desejo de Deus para todo homem, mas sem que, para tanto, se deixe de punir seja na dimensão terrena, mediante a lei da ceifa, seja na própria dimensão celestial, mediante a expiação operada por Cristo Jesus em Seu sacrifício perfeito. 

De igual maneira, se há um justo que, durante toda a sua vida, praticou juízo e justiça, mas se desviar da sua justiça e cometer a iniquidade e, fazendo contra todas as abominações que faz o ímpio, morreu na prática deste pecado, sem ter se arrependido, não viverá, antes morrerá, pois das justiças que fez não se fará memória, mas na sua transgressão com que transgrediu e no seu pecado com que pecou, neles morrerá (Ez.18:24). 

Não existe um “depósito de justiça” que seja utilizado para “compensar” o mal praticado. Estamos sob o domínio do tempo e o passado não mais existe, de modo que não podemos, de modo algum, querer dizer que atos de justiça praticados por nós venham a “compensar” pecados cometidos no presente. O Senhor Jesus é bem claro para o anjo da igreja que estava em Éfeso, ao dizer que deveria se lembrar do tempo passado, mas praticar as primeiras obras (Ap.2:5), ou seja, deveria, sim, ter memória, mas a memória, o que havia passado não o beneficiaria, deveria, isto sim, voltar a ter a mesma vida de antes, uma nova prática presente de justiça. 

Por primeiro, cumpre observar que aqui temos uma evidência clarividente de que não tem respaldo bíblico a afirmação de que “uma vez salvo, salvo para sempre”, porquanto a mensagem do profeta, proveniente diretamente da parte de Deus, diz que é possível, sim, o desvio espiritual, a perda da salvação. 

Por segundo, notemos que alguém que deixa de observar os mandamentos divinos é alguém que deixou de ter fé, de crer em Deus, considerando-O, pois, como mentiroso, precisamente como fez o primeiro casal ao pecar no jardim do Éden. Como diz o apóstolo João: “quem em Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu” (I Jo.5:10b). 

Vemos que se trata de algo gravíssimo, reputar Deus, que é a verdade, como mentiroso, não crendo no próprio testemunho dado por Deus a respeito de Cristo, que é testificado pelas Escrituras (Jo.5:39). Quem não demonstra fé desagrada a Deus (Hb.11:6) e, se o fizer voluntariamente, agrava o próprio Espírito Santo, pois profana o sangue de Jesus (Hb.10:29). 

Dependendo da situação, haverá o próprio renegar de toda a experiência passada com Deus, que caracterizaria uma apostasia (Cf. Hb.6:4-8), e que mostra que é justíssimo que se tenha a perdição eterna, pois foi a própria pessoa quem decidiu que Deus não merece crédito, é a própria pessoa que rejeita a salvação oferecida pelo Senhor.

Aqui, também, portanto, se vê que não há qualquer injustiça da parte de Deus na desconsideração de todos os atos justos passados, pois é a própria pessoa quem os desconsiderará, quem os desprezará, sendo que o Senhor somente fará o que a pessoa já fez. – Foi o que ocorreu com os israelitas da geração do êxodo. Eles simplesmente descreram em Deus, apesar de toda a demonstração de poder e de amor que o Senhor lhes fazia a cada dia incessantemente. 

O resultado foi que, pela sua incredulidade (Hb.3:19), não entraram na Terra Prometida e isto serve de aviso para todos nós, para que não venhamos a cometer o mesmo erro (I Co.10:1-12). 

Diante destas considerações, o Senhor é bem claro ao povo de Israel: “Portanto Eu vos julgarei, a cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor JEOVÁ; vinde e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniquidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós um coração novo e um espírito novo: pois por que razão morreríeis, ó casa de Israel? Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor JEOVÁ; convertei-vos, pois, e vivei” (Ez.18:30-32).

A conclusão do Senhor é a demonstração do Seu amor, da Sua vontade salvadora. Deus está pronto para perdoar (Is.55:6,7), mas é preciso que haja uma decisão neste sentido da parte de cada ser humano, que ele creia que Deus existe e é perdoador daqueles que O buscam. Não é por outro motivo que as Escrituras dizem que o justo viverá da fé (Hc.2:4; Rm.1:17). 

É esta a resposta que Deus espera de cada um de nós, que creiamos n’Ele e, por Lhe darmos crédito, façamos o que Ele nos manda. – Esta resposta é esperada de cada um de nós e conforme a resposta que dermos ao Senhor traçaremos o nosso destino na eternidade. Que resposta temos dado? 

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Pr. Caramuru Afonso Francisco

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