Lição 8 – O Dever De Orar Sempre|Escola Dominical| BETEL

Lição 8 – O Dever De Orar Sempre| BETEL |Escola Dominical 3° Trimestre 2019

OBJETIVOS DA LIÇÃO
– Relembrar a importância do dever de orar sem cessar;
– Ensinar alguns aspectos bíblicos sobre oração;
– Mostrar quais devem ser as atitudes

TEXTO ÁUREO
“E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer”. Lc 18.1
VERDADE APLICADA
O discípulo de Cristo possui um meio por excelência para falar diretamente com oCriador do universo: a oração. do discípulo ao orar

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GLOSSÁRIO
 Dilema: Situação embaraçosa entre duas soluções fatais, ambas difíceis ou
penosas;
 Estéril: Improdutivo, infrutífero; incapaz de procriar;
 Lepra: Denominação dada a várias doenças de pele, geralmente contagiosas ou crônicas.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 18.2 – Dizendo: Havia em uma cidade certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.
Lc 18.3 – Havia também naquela mesma cidade certa viúva, e ia ter com ele, dizendo:Faze-me justiça contra o meu adversário.
Lc 18.4 – E, por algum tempo, não quis; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
Lc 18.5 – Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito.


INTRODUÇÃO


Orar não é a única coisa que devemos fazer em prol da causa de Cristo Jesus e da Sua
Igreja, mas, sem dúvida, é uma atividade indispensável na vida cristã.


1. A RELEVÂNCIA DA ORAÇÃO


O tema oração é recorrente no evangelho de Lucas. Os registros são tantos que infelizmente não dá para comentarmos aqui sobre todos eles. Em várias ocasiões, ao orar percebemos que estamos em plena guerra espiritual. Portanto, precisamos permanecer fiéis e continuar orando.


1.1. Jesus Cristo e a oração Mesmo afirmando que Ele e o Pai eram um (Jo 10.30), o Senhor Jesus durante o seu ministério terreno foi um homem de oração. Não eram orações rotineiras e vãs repetições, mas acompanhadas de “clamor e lágrimas (…) e súplicas” (Hb 5.7), agonia e sangue (Lc 22.44). Assim, vemos no evangelho de Lucas que o Senhor iniciou Seu ministério com oração (Lc 3.21) e orou quando estava encerrando (Lc 22.41-46). Ele tanto vivia uma vida de oração quanto ensinava aos Seus discípulos sobre a oração (Lc 11.1-4). Interessante notarmos que nos diversos textos que egistram Jesus orando, além dos mencionados acima, parece haver uma certa relação entre Suas orações com os acontecimentos anteriores ou posteriores envolvidos (Lc 5.16; 6.12; 9.18; 9.28).
Subsídio do Professor: Os evangelhos relatam que Jesus orava pela manhã (Mc 1.35), à tarde (Mt 14.23) e passou a noite em oração (Lc 6.12). Klyne Snodgrass

registrou em seu comentário: “Três parábolas tratam do tema da oração, todas no Evangelho de Lucas: a do Amigo Incomodado à Meia-Noite (Lc 11.5-8), a do Juiz Iníquo (Lc 18.1-8) e a do Fariseu e do Publicano (Lc 18.9-14). Como veremos, elas abordam mais as atitudes que devemos ter ao orar do que a forma como devemos orar”.

1.2. A humildade na oração Na parábola do fariseu e do publicano, o Senhor Jesus advertiu sobre a importância da humildade de espírito quando nos aproximamos de Deus em oração (Lc 18.14). O fariseu estava no templo e orando, porém, seu entendimento estava obscurecido consigo mesmo. Estava confiante em si próprio, com as coisas que fazia ou deixava de fazer. Quanta diferença do publicano que, humilhando-se diante de Deus, encontrou perdão. Ainda hoje muitos têm fracassado por acharem-se justos aos próprios olhos. Como na parábola, se consideram perfeitos e piedosos, confiantes de que são dignos de serem atendidos.

Subsídio do Professor: Comentário de William Barcklay acerca desta parábola: “Esta parábola nos diz sem dúvida certas coisas a respeito da oração: (1) Nenhum orgulhoso pode orar; (2) Ninguém que menospreze a seus semelhantes pode orar. Na oração não nos elevamos acima de nossos semelhantes;

(3) A verdadeira oração brota da aproximação de nossas vidas a de Deus. (…) Tudo depende de com o que nos comparemos. E quando pomos nossas vidas ao lado da maravilhosa vida de Jesus, e da santidade de Deus, tudo o que fica por dizer é: “Senhor, tem misericórdia por mim, o pecador.”.

1.3. Fé, necessidade e exclusividade A mulher da parábola (Lc 18.1-8), mesmo sendo viúva e o juiz um homem que não temia a Deus e nem respeitava o próximo, não deixou de ir “ter com ele” com insistência, ainda que a autoridade tenha demonstrado que não quisesse atendê-la. Contudo, a viúva demonstra três aspectos relevantes: 1) Plena consciência de que necessita; 2) Plena convicção de que aquele juiz podia fazer-lhe justiça; 3) Ela não tinha outro a quem recorrer. São pontos relevantes na vida de oração: como o publicano mencionado no tópico anterior, somos carentes da misericórdia de Deus; o Senhor Deus é Poderoso; e não há outro a quem clamarmos. Subsídio do Professor: No comentário da Revista O Mestre – Editora Vida, sobre a parábola do juiz iníquo é enfatizado que “o juiz concedeu justiça à viúva, para o bem dele mesmo, não porque viu a necessidade da mulher

(…) Em contraste, Deus atende por amor a seu povo (…) Deus não é como o juiz iníquo. Ele nos ama. Entretanto, precisamos ser persistentes na oração”. Afinal o próprio Jesus disse: “Digo-vos que depressa lhes fará justiça” (Lc 18.8). [ Lição 8 – O Dever De Orar Sempre| BETEL |Escola Dominical 3° Trimestre 2019 ]

2. ALGUNS ASPECTOS BÍBLICOS

A oração é um tema frequente na vida e nos ensinos de Jesus. Portanto, é sábio o discípulo de Cristo estar bem atento quanto a este aspecto da vida cristã (1Ts 5.17; Ef 6.18). 2.1. Orar com certeza Em ambas as parábolas (amigo importuno e juiz iníquo), o Senhor Jesus enfatiza que os Seus discípulos, ao orarem, devem fazê-lo com a plena certeza de que estão falando com o “Pai celestial” (Lc 11.13) e que são “escolhidos” de Deus (Lc 18.7).

Tendo em mente estas verdades, quanta diferença isso faz na vida de oração dos discípulos de Cristo. Aprendemos com a Bíblia que não importa qual seja o problema ou dificuldade que estejamos enfrentando, podemos falar com Deus e pedir-lhe ajuda. Não importa como estejamos nos sentindo, podemos expressar diante do Senhor em oração.

Subsídio do Professor: Comentário Moody sobre a parábola do amigo importuno: “Pedi o que não tendes; buscai o que não está visível; batei e os obstáculos serão removidos. Estas três palavras sintetizam o conteúdo da oração persistente. Em Lucas 11.11-13, Jesus indicou um laço mais forte entre Deus e o homem do que entre amigo e amigo. Ele dá não somente porque o homem é persistente, mas porque Ele ama Seus filhos.

Ele não fará menos por estes do que qualquer pai terrestre faria por sua família”. 2.2. Disciplinados em orar Encontramos nas parábolas estudadas neste tópico o destaque quanto à insistência (Lc 11.9) e ao dever de orar (Lc 18.1). Talvez o maior problema dos cristãos em geral seja a falta de disciplina em orar.

É fácil começar a orar, mas é difícil permanecer orando. Um dos grandes desafios da atual geração é priorizar a oração. Até mesmo nos templos, infelizmente, no momento da oração há tantos indiferentes que não oram. Não é à toa que verificamos repetições de exemplos de Jesus e ensinos sobre o ser disciplinado em oração, até finalmente sermos atendidos.

É fundamental que cada discípulo de Cristo tenha a consciência de que a disciplina da oração deve ser individual (Mt 6.6) e coletiva (At 12.5; 12). Subsídio do Professor: A disciplina da oração não é fácil, mas perfeitamente possível.

Deus jamais dá aos Seus filhos um fardo que não possamos suportar. Precisamos muito do hábito de orar. Devemos aproveitar e disciplinar as nossas mentes, transformando os nossos pensamentos em oração a Deus. O Dr. Martyn Lloyd-Jones assim se expressou sobre a oração: “Se você nunca teve dificuldade para orar, é absolutamente certo que você nunca orou. Tudo o que fazemos na vida cristã é mais fácil que a oração”.

2.3. Oração e vontade de Deus Qualquer tema bíblico deve ser estudado à luz de outros textos bíblicos que tratam do mesmo assunto, evitando, assim, conclusões precipitadas e deturpadas. Quando o
assunto é oração, também não é diferente. É evidente que a oração não envolve apenas os aspectos destacados do estudo das parábolas mencionadas na presente lição: humildade, insistência, certeza, perseverança, etc. Não é apenas pedir, buscar e bater.
Também envolve: perdão (Mc 11.24-26); petições e motivos (Tg 4.3); vontade de Deus (1Jo 5.14), entre outros.


Subsídio do Professor: Klyne Snodgrass comentou sobre as três parábolas de
Deus e da oração registradas por Lucas: “Estas parábolas nos ensinam que Deus
está ávido em nos ajudar e em nos perdoar; elas são parábolas de estímulo. Por
outro lado, Lucas não está nos ensinando que seremos capazes de mudar a
vontade de Deus se importunarmos os seus ouvidos à exaustão. (…) Lucas está
nos chamando para um estilo de vida em fidelidade a Deus que faz com que
permaneçamos alertas e prontos a entrarmos em comunicação com Deus”. [ Lição 8 – O Dever De Orar Sempre| BETEL |Escola Dominical 3° Trimestre 2019 ]


3. ATITUDES DO DISCÍPULO AO ORAR


Há algumas maneiras de se comportar antes e depois das respostas às nossas orações.
Se antes levamos a Deus as nossas petições, com ações de graça e paciência, depois de
termos a resposta, temos de manifestar a nossa gratidão de diferentes maneiras.


3.1. Aguardando pela resposta
Uma vez tendo sido respondida a nossa oração, podemos ser surpreendidos pela
resposta. Embora no momento da resposta à oração fiquemos surpresos, isso não deve
significar que não estivéssemos esperando a resposta divina para o nosso dilema. A
mulher da parábola aguardava e obteve sua vitória. O salmista disse: “Esperei com
paciência no Senhor, ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” (Sl 40.1).
Mesmo que Deus diga “não”, lembremo-nos que o Seu plano para conosco é perfeito,
e Ele com certeza proverá algo muito melhor para nós em Sua sabedoria e poder.


Subsídio do Professor: É oportuno refletirmos em três textos relevantes quanto à
prática da oração por parte dos discípulos de Cristo: Hebreus 4.14-16; 10.19-22;
e 12.28-29. Os textos apontam para o relacionamento com Deus. Notemos as
diversas expressões: “confiança”; “ousadia”; “cheguemo-nos”. Mas, também,
“reverência e piedade (outras versões dizem “santo temor”). Martyn Lloyd-Jones
escreveu sobre as duas últimas expressões acima mencionadas: “Por que será,
pergunto, que estas declarações das Escrituras parecem ter caído fora do nosso
vocabulário evangélico moderno? A reverência era a grande característica da
vida de oração e de adoração dos nossos pais, e parece que ela desapareceu. Seja [ Lição 8 – O Dever De Orar Sempre| BETEL |Escola Dominical 3° Trimestre 2019 ]

qual for a ousadia que temos quando vamos ao trono da graça, jamais deverá ser em detrimento destas tremendas verdades acerca do ser e do caráter de Deus”.

3.2. Reagindo à resposta Toda a oração respondida por Deus deve ser seguida de gratidão. Há níveis de gratidão que um cristão pode demonstrar de acordo com o significado da resposta alcançada. Há respostas muito significativas para alguns, por exemplo: Ana, a que fora estéril, teve um bebê; Naamã curado de sua lepra; mulheres libertas de espíritos imundos por Jesus; Davi ao sobreviver a muitas batalhas. Todos estes agiram com alguma forma de gratidão a Deus. Nós também podemos ser agradecidos a Deus com palavras e louvor, mesmo antes de termos resposta através da fé. Podemos contar nosso testemunho num culto e também podemos levar uma oferta ou abençoar alguém em gratidão a Deus (Sl 116.12).

Subsídio do Professor: O evangelho de Lucas registra um acontecimento onde a gratidão é enfatizada: Lucas 17.11-19. No Comentário Moody encontramos: “A gratidão sempre foi mais difícil de se encontrar do que a fé”. O livro dos Salmos muito nos auxilia na importante atitude de expressarmos gratidão a Deus (Sl 100; 103; 107). 3.3. O que demonstra a resposta O Senhor Deus não apenas criou o ser humano, como também tem interesse em manter relacionamento com o mesmo. Desde o início o Criador toma a iniciativa na busca de relacionamento (Gn 2.18-22; 3.8-9). A resposta às orações é mais uma demonstração do interesse de Deus movido pelo amor para conosco. Além das parábolas citadas nesta lição, há vários textos bíblicos que manifestam o interesse de Deus que os Seus servos se comuniquem com Ele (Sl 27.8; 34.17; Jr 33.3; Fp 4.6-7). Disse Jesus: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” (Jo 15.7).

Subsídio do Professor: Comentário no Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento: “A oração é um testemunho poderoso à crença no Deus transcendente, porque a oração se dirige ao Deus que está no céu (Mt 6.9), mas que escuta o suplicante aqui (…) Além disto, Jesus também deu aos Seus discípulos o direito de se aproximarem de Deus com a invocação „Pai nosso‟ (…) Como Pai, Deus é o Deus que está perto, para quem o homem se pode voltar em confiança fiel, com todas as suas petições”. Lição 8 – O Dever De Orar Sempre| BETEL |Escola Dominical 3° Trimestre 2019

CONCLUSÃO

Uma vida contínua de oração e leitura, como também a aplicação prática da Palavra de Deus são elementos indispensáveis para os quais todo cristão deve atentar. Não há outra maneira de viver o Reino de Deus aqui na Terra. Que possamos perseverar em orar e ler/aplicar as Escrituras.

QUESTIONÁRIO

1. Qual tema é recorrente no evangelho de Lucas? R.: A oração (Lc 18.1). 2. Como Jesus iniciou e encerrou Seu ministério? R.: Com oração (Lc 3.21; 22.41-46). 3. Como deve ser a disciplina da oração? R.: Individual e coletiva (Mt 6.6; At 12.5; 12). 4. Como devemos reagir a uma oração respondida por Deus? R.: Com gratidão (Sl 116.12). 5. Quem, desde o início, toma a iniciativa na busca de relacionamento? R.: O Criador (Gn 2.18-22; 3.8-9).

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