SUBSÍDIO EBD – LIÇÃO 3 – AS ABOMINAÇÕES DO TEMPLO | 4º Trimestre de 2022 – Subsídios Escola Biblica Dominical das Lições Bíblicas Adultos CPAD: A Justiça Divina – A Preparação do Povo de Deus para os Últimos Dias no Livro de Ezequiel
INTRODUÇÃO
Deus condena severamente o pecado de idolatria. Ele exige do seu povo fidelidade e santidade. Na lição de hoje, conceituaremos o termo “idolatria” e abordaremos os pecados cultivos do povo de Israel, razão pela qual o Senhor permitiu o exílio de Judá e Jerusalém na Babilônia. Por fim, em cada ponto importante da lição, faremos aplicações voltadas para igreja de hoje. Vamos juntos aprender a Palavra de Deus.
TEXTO ÁUREO.
“Filho do homem”, disse ele, “você vê o que estão fazendo? Vê os pecados detestáveis que o povo de Israel comete para me afastar de meu templo? Venha, e eu lhe mostrarei pecados ainda mais detestáveis que estes!” (Ez 8.6 NVT).
E ele me perguntou: “Filho do homem, você vê o que estão fazendo? Está vendo os terríveis pecados que eles estão cometendo? Isso me obriga a abandonar o meu templo! Mas não é tudo; você ainda verá práticas mais horríveis”. (Ez 8.6 NBV).
1- Grandes Abominações (ARC) – Pecados detestáveis (NVT) O que é idolatria? Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais amplo, pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição ou qualquer outra coisa que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe é devida. O que a Bíblia diz sobre a idolatria? A idolatria é taxativamente condenada nas Escrituras (Êx 20.3-5; 1 Co 6.9,10). A Bíblia descreve a pratica idolatra com os piores adjetivos possíveis: Abominação (Dt 7.25); Odiosa para Deus (Dt 16.22); Contaminadora (Ez 20.7).
Castigos Prometidos aos idolatras.
a– A exclusão do céu. Vocês não sabem que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não se enganem: aqueles que se envolvem em imoralidade sexual, adoram ídolos, cometem adultério, se entregam a práticas homossexuais, são ladrões, avarentos, bêbados, insultam
as pessoas ou exploram os outros não herdarão o reino de Deus. (1 Co 6.9,10 NVT).
b– Condenação eterna. “Mas os covardes, os incrédulos, os corruptos, os assassinos, os sexualmente impuros, os que praticam feitiçaria, os adoradores de ídolos e todos os mentirosos estão destinados ao lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte”. (Ap 21.8 NVT).
2- Textos paralelos – O pecado afasta o homem de Deus. Ouçam! O braço do Senhor não é fraco demais para salvá-los, nem seu ouvido é surdo para ouvi-los. Foram suas maldades que os separaram de Deus; por causa de seus pecados, ele se afastou e já não os ouvirá. Suas mãos estão manchadas de sangue, e seus dedos, imundos de pecado. Seus lábios estão cheios de mentiras, e sua boca transborda de corrupção. (Is 59.1-3 NVT).
1– Deus está dizendo por meio de Isaías que Ele não mudou, permanece o mesmo.
2– Deus está revelando o porquê de seu relacionamento com o seu povo não ser mais o mesmo.
3– Deus está mostrando que o seu povo mudou, foram eles e não Deus, que decidiram se afastar.
4– Deus não está alheio ao pecado cometido pelo seu povo. Uma das consequências provocadas pela impiedade é a ausência das ações benéficas de Deus.
VERDADE PRÁTICA.
Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios (1 Tm 4.1 ARC). Em palavras bem objetivas, “apostasia” é o abandono premeditado da fé cristã. No aspecto escatológico, estamos às vésperas de um tempo de apostasia jamais imaginado ou visto na história. Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e o nosso reencontro com ele, rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do Senhor já tivesse chegado.
Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, a ponto de se assentar no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus. (2 Ts 2.1-4 NVI).
I – SOBRE AS VISÕES DE EZEQUIEL 8
As visões que Ezequiel teve, no capítulo 8 de seu livro, são resumidas da seguinte maneira:
1- Visões a partir da entrada do portão do pátio de dentro do templo (Ez 8.1-6) “O Espírito me levantou entre a terra e o céu e me levou a Jerusalém em visões de Deus, até a entrada do portão do pátio de dentro, que dá para o norte, onde estava colocada a imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus”. (Ez 8.3 -NAA). A imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus (Ez 8.3 NAA). A imagem de Aserá que Manassés colocou no templo é descrita de forma semelhante (2Cr 33.7,15). Embora essa imagem não seja a mesma, é bem possível que fosse mais uma imagem de Aserá. De acordo com o segundo mandamento do Decálogo, qualquer imagem que fosse objeto de culto provocaria o ciúme de Yahweh.
2- Visões da sala de imagens (Ez 8.7-12). “Filho do homem, você está vendo o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um na sua sala de imagens?” (Ez 8.12 NAA).
3- Visões a partir do portão norte da Casa do SENHOR, ou seja, do templo (Ez 8.13-15). “Levou-me à entrada do portão norte da Casa do SENHOR, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando pelo deus Tamuz” (Ez 8.14 NAA).
4- Visões a partir do átrio de dentro da Casa do SENHOR (Ez 8.16-18). “… estavam cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do SENHOR e com o rosto voltado para o leste; adoravam o sol…” (Ez 8.16 NAA).
CONHECENDO MAIS
A estrutura retangular do templo A estrutura retangular do templo (voltado para o leste) era cercada por um pátio interno murado. Fora desse muro ficava o pátio externo. O muro era alinhado com cômodos usados para diversos fins. Em sua visão, Ezequiel primeiro é colocado diante da porta norte, por onde é possível passar do pátio externo para o pátio interno. Desse pátio externo, Ezequiel podia olhar pela porta e ver o altar que ficava no centro do pátio interno. As portas que davam acesso ao recinto do templo foram acrescentadas posteriormente à construção original do templo de Salomão (2Rs 15.35).
A abertura perto da entrada das portas (Ez 8.7) talvez levasse a um daqueles cômodos que acompanhavam o muro do pátio, possivelmente um depósito transformado em santuário, onde as setenta autoridades, cada uma no próprio nicho, adorava imagens de ídolos. A cena seguinte (Ez 8.14) é do lado de fora da porta, no mesmo muro, um pouco mais para o oeste, onde o acesso era permitido às mulheres. Então, no versículo 16, Ezequiel é levado ao pátio interno do templo onde verá uma abominação ainda maior na área entre o pórtico do templo e o altar.
II – VISÃO DE GRANDES ABOMINAÇÕES
O capítulo 8 de Ezequiel é um registro dos pecados de idolatria cometidos pela liderança religiosa, esses pecados são resumidos na seguinte expressão “grandes abominações”(Ez 8.6).
1- O Conceito de Abominação. O termo “abominação” significa ato, pessoa ou coisa repugnante ou detestável. A ideia de abominação deriva das exigências específicas que a santidade de Deus faz a seu povo. Adjetivos frequentemente usados para abominações no AT são “odioso”, “repulsivo”, “impuro” e “rejeitado”. Das quatro palavras hebraicas principais traduzidas por “abominação,” a mais frequentemente usada indica violação de um costume ou de um ritual estabelecido, o que, por sua vez, traz juízo de Deus. Exemplos vão de sacrifícios defeituosos (Dt 17.1) a mágica e adivinhação (Dt 18.12) ou práticas idólatras (2Rs 16.3).
A segunda palavra hebraica se refere à carne de certos tipos de animais que fosse ritualmente suja, quer tocada ou consumida (Lv 11.10-13). A terceira palavra designa carne sacrificial de três dias (Ez 7.18). A quarta palavra se refere quase exclusivamente a objetos idólatras de origem pagã (Jr 4.1; 7.30). A parte do uso especializado de “abominação da desolação”, a palavra grega para “abominação” é usada frequentemente no NT (Lc 16.15; Rm 2.22; Tt 1.16; Ap 17.4,5; 21.8,27) e é traduzida por muitas palavras em português. A conotação primária é qualquer coisa que seja repulsiva para um Deus santo (Dicionário Bíblico Tyndale).
2- A idolatria na casa do Senhor (Ez 8.10-18 NAA). Veremos aqui abominações registadas no capítulo 8, e também a idolatria de Israel praticadas nos montes. O templo do Senhor foi contaminado com os mais variados tipos de Idolatria.
A) Dentro do Templo, os líderes judeus, fizeram grandes figuras de animais e de ídolos e queimavam incenso (Ez 8.10-13 NAA).
Deus deu a Ezequiel uma visão do que os sacerdotes estavam fazendo dentro do templo. Por meio de um buraco na parede do templo, Ezequiel tomou conhecimento das malignas abominações que eles praticavam ali. As abominações (Ez 8.6,9,10,13,15,17) não eram praticadas apenas pelas castas civis da sociedade, mas também pelos líderes espirituais e religiosos; aqueles que deviam ser os primeiros a dar o exemplo de santidade.
B) Mulheres assentadas no portão norte do templo chorando adoravam o deus Tamuz (Ez 8.14,15 – NAA).
Nos dias de Ezequiel, Tamuz era adorado tanto como um deus da fertilidade quanto como o senhor do mundo inferior. Os ritos usados na adoração a Tamuz estavam vinculados aos ciclos anuais de morte e renascimento da vegetação. Quando as plantas definhavam sob o calor do sol do verão, pensava-se que Tamuz tinha morrido e descido ao mundo inferior; ritos de lamentação marcavam o seu falecimento. O reaparecimento da vegetação era visto como o retorno de Tamuz; os ritos de fertilidade procuravam assegurar a produtividade da terra. C) Cerca de vinte e cinco homens, entre o pórtico e o altar adoravam o sol (Ez 8.16-18 NAA).
Provavelmente, estes homens fossem sacerdotes, visto que o acesso à área entre o altar e o pórtico do templo normalmente ficava restrito aos sacerdotes. O templo dava a frente para o oriente. Ao invés de se pôr de frente para o templo, para lamentar e chorar por seus pecados e para interceder pela nação, como deveriam lazer (9.4; Jl 2.17), esses homens, literalmente, voltavam as costas para a Casa de Deus e adoravam o sol nascente (2Rs 21.5; 23.11 ).
Na parte mais sagrada do átrio interior, onde somente os sacerdotes podiam entrar (Jl 2.17), acontecia o principal insulto a Deus. Ali estavam reunidos 25 homens que adoravam o sol como um ídolo (Dt 4.19; 2Rs 23.5,11; Jó 31.26; Jr 44.17).
Provavelmente, estes homens fossem sacerdotes, visto que o acesso à área entre o altar e o pórtico do templo normalmente ficava restrito aos sacerdotes. O templo dava a frente para o oriente. Ao invés de se pôr de frente para o templo, para lamentar e chorar por seus pecados e para interceder pela nação, como deveriam lazer (9.4; Jl 2.17), esses homens, literalmente, voltavam as costas para a Casa de Deus e adoravam o sol nascente (2Rs 21.5; 23.11 ).
3- A idolatria fora do templo do Senhor.
A) A idolatria nos montes (Ez 6.1-3). Esses montes eram centros para adoração idólatra em santuários e bosques nos lugares altos. Esses santuários eram dedicados a deuses de Canaã.
B) Os lugares altos (Ez 6.3 NAA). Esses lugares altos, chamados ‘bamot’, consistiam de: um altar para a oferta de sacrifícios, uma estaca de madeira para representar a deusa Aserá, uma coluna de pedra chamada ‘masseba’ para representar a divindade masculina, um pequeno altar de incenso e uma tenda onde seriam feitas as refeições sagradas e onde se praticaria a prostituição sagrada (1 Rs 14.24; 2 Rs 21.3; Is 57.3-12). Esses foram lugares populares para adoração nos últimos dias de Israel e Judá.
III – A ORDEM DIVINA CONTRA A IDOLATRIA
“Não farás para ti imagem de escultura” (Êx 20.4-6). Aqui Deus proíbe terminantemente o uso de imagens idolátricas. “Deus é Espírito” , disse Jesus (Jo 4.24). Então, não há como adorá-lo por meio de imagens. Querer adorar a Deus por meio de imagens visíveis é falta de fé, pois Cristo é a imagem de Deus (Cl 1.13- 23). É abominação ao Senhor a idolatria, ou seja, ter ídolos e ser idólatra (Dt 7.25).
Na vida do crente, um ídolo é tudo o que ocupa o primeiro lugar em sua vida, em seu coração, em seu tempo e em sua vontade. Esse “ídolo” pode ser acúmulo de riqueza, a busca pela grandeza, pelo sucesso e pela fama. Pode ser também a busca pela popularidade, pelo prazer desenfreado. Há muita gente na igreja se arruinando espiritualmente por causa dos “ídolos do coração”.
APLICAÇÕES
1- Quando a liderança da igreja se toma corrupta, não há limite ao caos que é semeado na vida da nação. De igual forma, quando a liderança da igreja se corrompe, o povo passa viver em miséria espiritual.
2- Nenhuma nação, nenhum ídolo, nenhum rei e nenhum exercito podem vencer o povo de Deus. A infidelidade do povo trouxe vergonha e opróbrio para a nação. A igreja deve, primeiramente, se preocupar em se manter fiel e submissa a Deus, pois se Deus é por nós, quem será contra nós?
CONCLUSÃO
Com a graça de Deus concluímos mais uma lição. Verdadeiramente, tem sido um grande desafio caminhar pelo livro de Ezequiel. Aprendemos com esta lição que Deus não tolera a idolatria e exige fidelidade e santidade seu povo. Sigamos o conselho do apóstolo Paulo: Portanto, meus amados, fugi da idolatria. (1 Co 10.14 ARC).
SAIBA MAIS SOBRE A ESCOLA DOMINICAL
Lições Adultos – EDITORA BETEL
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