SUBSÍDIO EBD LIÇÃO 08: A IMPORTÂNCIA DA PATERNIDADE NA VIDA DOS FILHOS | 2° TRIMESTRE DE 2023 | ADULTOS CPAD

Escola Biblica Dominical

SUBSÍDIO EBD Lição 08: A Importância da Paternidade na Vida dos Filhos | 2º Trimestre de 2023 – Subsídios Escola Biblica Dominical das Lições Bíblicas Adultos CPAD: TEMA: RELACIONAMENTO EM FAMÍLIA – Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus

LEITURA BÍBLICA 

1 Samuel 2.12-17,22; 8.1-3

VERSÍCULO CHAVE 

E vocês, pais, não provoquem os seus filhos à ira, mas tratem de criá-los na disciplina e na admoestação do Senhor (Ef 6.4 NAA)

Paternidade é o estado ou condição de ser pai. É o relacionamento entre um pai e seus filhos, e envolve as responsabilidades e obrigações que vêm com o cuidado e a criação de uma criança. Além da família do sumo sacerdote Eli (1 Samuel 2.12-17,22), vemos a família do Profeta Samuel tendo problemas na formação de seus filhos. O texto de 1 Samuel 8:1-3 relata que Samuel, que era um juiz e profeta em Israel, havia nomeado seus filhos, Joel e Abias, como juízes em Berseba. No entanto, eles não seguiram o exemplo de seu pai e foram corruptos no exercício de suas funções. O versículo 3 diz: “Mas seus filhos não andaram pelos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, e aceitaram suborno, e perverteram o direito.“

I- Pecados cometidos pelos filhos de Samuel 

Podemos identificar, portanto, três pecados cometidos pelos filhos de Samuel: 

A) AVAREZA: Eles estavam mais preocupados em acumular riquezas do que em servir ao povo de Israel com justiça e retidão. 

B) ACEITAÇÃO DE SUBORNO: Eles se deixavam corromper por presentes e dinheiro, o que comprometia a imparcialidade em suas decisões. 

C) PERVERSÃO DO DIREITO: Eles não julgavam segundo a lei de Deus, mas distorciam o direito em benefício próprio ou de terceiros, ignorando a vontade divina.

Assim, vemos que a história dos filhos de Samuel é um alerta para a importância de se buscar a Deus e seguir seus caminhos, mesmo que os exemplos dados por pais ou líderes religiosos nem sempre sejam seguidos por seus filhos. Além disso, é uma chamada para a integridade e justiça na liderança e na vida em sociedade. O exemplo dos filhos de Eli e Samuel mostra que, mesmo quando os pais são líderes espirituais respeitados, não há garantia de que seus filhos seguirão o mesmo caminho. Isso enfatiza a necessidade de cada indivíduo tomar uma decisão pessoal de seguir a Deus, independentemente do exemplo de seus pais ou líderes religiosos.

DICA PARA OS PAIS


Responsabilidades e obrigações 		✓ Fornecimento de orientação 
✓ Demonstração de amor 
✓ Disciplinar 
✓ Proteção e segurança 
✓ Suporte financeiro 
✓ Transmissão de valores e tradições familiares 
✓ Criação de um ambiente seguro e acolhedor para o desenvolvimento emocional e espiritual dos filhos 
✓ Dedicação, compromisso e amor incondicional

II-  A paternidade como responsabilidade divina 

Desde o início, Deus estabeleceu a paternidade como um papel importante na vida das famílias. Em Gênesis 1:28, Deus abençoou Adão e Eva e os instruiu a “sejam férteis e multipliquem-se”. O papel do pai na criação dos filhos é fundamental para cumprir essa ordem divina. A Bíblia nos diz que a paternidade é um dom de Deus e que somos chamados a ser responsáveis por nossos filhos (Salmo 127:3-5). 

2.1. Pais responsáveis. Como pais responsáveis, temos o dever de exercer uma disciplina amorosa em relação aos nossos filhos, garantindo segurança emocional, física e espiritual.

A) O amor do pai pelos filhos. O amor é um aspecto importante da paternidade. Em João 3:16, lemos que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho. O amor de um pai pelos seus filhos é um reflexo do amor de Deus por nós. Esse amor deve ser demonstrado por meio de ações, como passar tempo com os filhos e ajudá-los em suas necessidades. Em 1 Coríntios 13:4-7, lemos sobre as características do amor verdadeiro. 

B) O pai como disciplinador. A disciplina é uma parte importante da paternidade. Em Provérbios 13:24, lemos: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina.” A disciplina deve ser feita com amor e com o objetivo de ensinar aos filhos os limites e as consequências de suas ações. A disciplina também deve ser consistente e justa. 

C) Pai protetor. Um dos papéis mais importantes do pai é o de protetor. É sua responsabilidade garantir a segurança física e espiritual de seus filhos. Em 1 Pedro 5:8, somos exortados a estar alertas e vigilantes, pois o diabo, como leão que ruge, busca quem possa devorar. Dessa forma, como pais, temos o dever de proteger nossos filhos contra perigos físicos e espirituais, orientando-os e guiando-os no caminho da retidão. 

D) Pai provedor. O pai é responsável por prover as necessidades físicas da família. Em 1 Timóteo 5:8, lemos: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o descrente.” O papel do pai como provedor é essencial para a segurança e o bem-estar da família. Os filhos devem ser capazes de confiar que seus pais cuidarão de suas necessidades.

III- O pai como um educador presente

3.1. O papel do pai na educação dos filhos. Na Bíblia, a responsabilidade pela educação dos filhos é atribuída principalmente ao pai. Em Deuteronômio 6:6-7, os pais são instruídos a ensinar a Palavra de Deus aos seus filhos. 

Essa responsabilidade é enfatizada em Provérbios 4:1-4, onde o pai instrui o filho a seguir o caminho da sabedoria e da justiça. É importante lembrar que a educação dos filhos não é apenas acadêmica, mas também inclui valores morais e espirituais. 

3.2. A presença física do pai. A presença física do pai fornece estabilidade e segurança aos filhos e fortalece o vínculo familiar. 

✓ Esteja presente na vida dos seus filhos Dedique tempo para estar presente na vida dos seus filhos, participe das atividades escolares, dos momentos de lazer, das refeições em família, entre outros. A presença física do pai é importante para fornecer estabilidade e segurança emocional aos filhos. 

✓ Fortaleça o vínculo familiar É importante estabelecer um relacionamento saudável e fortalecer o vínculo familiar. Converse com seus filhos, demonstre interesse em suas atividades e sentimentos, pratique atividades em conjunto e esteja sempre disponível para ouvi-los. Isso ajudará a estabelecer uma relação de confiança e amor entre pais e filhos. 

✓ Seja um exemplo positivo Demonstre valores morais e éticos, pratique a honestidade e a integridade, e esteja envolvido em atividades que incentivem o crescimento e desenvolvimento dos seus filhos.

IV- Pais notáveis da Bíblia

4.1. Noé. Noé é descrito como um homem justo e íntegro, que andava com Deus (Gênesis 6:9). Como pai, Noé é lembrado por ter sido um líder espiritual em sua família e por ter mantido sua família unida em meio à adversidade. Noé teve três filhos: Sem, Cam e Jafé. Quando Deus instruiu Noé a construir a arca, Ele também instruiu Noé a trazer sua família junto com ele na arca (Gênesis 6:18). 

4.2. Abraão. Conhecido como “o pai da fé”, Abraão foi escolhido por Deus para ser o pai de muitas nações. Ele mostrou sua devoção a Deus ao estar disposto a sacrificar seu próprio filho, Isaque, conforme ordenado em Gênesis 22:1-18. 

4.3. Isaque. Filho de Abraão e Sara, Isaque seguiu os passos de seu pai na fé e se tornou um pai dedicado a seus filhos. Em Gênesis 27, ele abençoou seus filhos Jacó e Esaú e orou por suas vidas. 

4.4. Jacó. Filho de Isaque e Rebeca, Jacó foi pai de doze filhos, que se tornaram as doze tribos de Israel. Ele ensinou a seus filhos sobre a fidelidade a Deus e como seguir seus caminhos, conforme registrado em Gênesis 49.

4.5. José. O pai adotivo de Jesus, José foi um homem justo e temente a Deus que cuidou e protegeu seu filho desde o nascimento até a vida adulta, conforme registrado em Mateus 1:18-25 e Lucas 2:1-52. 

V- O pai do filho pródigo: Pai amoroso e misericordioso 

No Evangelho de Lucas, o pai do filho pródigo é descrito como um homem compassivo e misericordioso, que demonstra um amor incondicional pelo seu filho rebelde. Mesmo quando o filho pediu sua parte da herança e partiu em busca de uma vida de prazeres, o pai não o reteve nem o condenou. Quando o filho pródigo finalmente retornou para casa, humilde e arrependido, o pai correu ao seu encontro, o abraçou e ordenou uma grande festa em sua honra. Essa história ilustra a figura do pai como um modelo de perdão e amor incondicional, mesmo diante de comportamentos errados dos filhos.

O pai no contexto da parábola do filho pródigo, se apresenta como um pai que acolhe e restaura o filho, mesmo após este ter escolhido viver longe dele. As referências bíblicas relacionadas a essa história estão presentes em Lucas 15:11-32, sendo um dos ensinamentos mais conhecidos do Novo Testamento sobre o amor e o perdão divino. 

5.1. As virtudes deste pai Lucas 15:11-32. As principais virtudes desse pai podem ser destacadas a partir de sua postura diante do retorno do filho mais novo e das atitudes que toma ao longo da história.

Visto que o pai não se irrita com o filho que pede sua parte da herança e acaba por gastá-la de forma irresponsável. Em vez disso, ele aguarda pacientemente o retorno do filho e, quando o vê de longe, corre para abraçá-lo e beijá-lo (Lucas 15:20). 

A) Virtude do perdão. O pai não só recebe o filho de volta, mas também celebra sua volta com uma festa. O pai não guarda ressentimentos e demonstra alegria com a volta do filho (Lucas 15:22-24). 

B) Virtude da misericórdia. Ele não somente perdoa o filho, mas também o restaura à sua posição anterior. Ele ordena que roupas novas sejam colocadas no filho e um anel em seu dedo, como símbolo de sua posição de filho novamente (Lucas 15:22). 

C) Exemplo de amor incondicional. O pai é um exemplo de amor incondicional. Ele não mede esforços para receber o filho de volta e faz questão de deixar claro que seu amor não é baseado nas ações ou méritos do filho, mas é dado livremente (Lucas 15:31-32). 

Conclusão 

É importante que os pais e líderes religiosos dediquem tempo e energia para orientar seus filhos na verdadeira fé e ensiná-los a agir com integridade e justiça. Ao mesmo tempo, cada indivíduo deve buscar um relacionamento pessoal com Deus, a fim de cultivar sua própria fé e compromisso com o Senhor. 

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