EBD – Lição 10: Quando os Pais Sepultam seus Filhos | 2° Trimestre de 2023 | ADULTOS

EBD | 2° Trimestre De 2023 | CPAD Adultos | Tema: RELACIONAMENTO EM FAMÍLIA – Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus | Escola Biblica Dominical | Lição 10: Quando os Pais Sepultam seus Filhos

TEXTO ÁUREO

Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos (2 Co 4-8,9)

VERDADE PRÁTICA

Não devemos ser indiferentes à morte inesperada, mas também não podemos nos desesperar

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 1 Co 15-55,56 A morte foi cravada no lenho da cruz
Terça – Jo 5.24 A morte do justo é uma passagem para adentrar à vida eterna
Quarta – Ec 3.4 Na morte é tempo de chorar
Quinta – Dt 29.29; 1 Co 13.12 Nem sempre sabemos a causa do sofrimento
Sexta – Jo 11.35 Jesus se comoveu com a morte de um amigo
Sábado – 1 Ts 4.14-18 Brevemente nos encontraremos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jó 1.13,16-19

13 – E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito,
16 – Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova.
17 – Estando ainda este falando, veio outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, para te trazer a nova.
18 – Ainda este falando veio outro e disse: Estando teus filhos e tua filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
19 – Eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.

PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO
A morte de um(a) filho(a) é, talvez, a maior experiência de dor que um ser humano pode experimentar. O Livro de Jó apresenta o quadro de perda dos filhos do patriarca, bem como seu período de dor e lamentação. De uma só vez, ele perdeu todos os seus filhos. A presente lição tem o propósito de abordar esse tema que é, ou será, a realidade de muitos pais cristãos. O Livro de Jó nos mostra que, no momento intenso desse sofrimento, é possível expressar as emoções de dor, tristeza e saudade sem, contudo, deixar de confiar em Deus, tendo como seu verdadeiro esteio. Ele continua soberano e cuidando de nossas vidas mesmo em período de dores. Talvez, uma das experiências mais profundas de fé, em meio a dor, é expressar sinceramente o que Jó disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.20).
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Descrever a família de Jó;
II) Refletir a respeito de como lidar com a morte na família;
III) Conscientizar de como os cristãos devem enfrentar a perda na família.
B) Motivação: Como lidar com a perda de um(a) filho(a) dentro da família? Expressar emoção diante da dor é sinônimo de fraqueza de fé? O cristão está ileso de viver essa experiência de dor? A proposta desta lição é refletir a respeito dessas e outras questões, de modo que tiremos lições da Palavra de Deus com o objetivo de enfrentar essa dolorosa realidade, quer no presente quer no futuro.
C) Sugestão de Método: Para introduzir a lição desta semana, pergunte a classe se há algum modo correto em ­lidar com a perda de filhos. Seja mais direto: Como o crente deve se comportar diante da morte de um filho? A ideia é apenas instigar os alunos. Ouça-os com atenção. Em seguida, diga que não há uma receita de como passar por essa experiência, mas que, a partir da Palavra de Deus, devemos saber que esse tipo de perda pode ocorrer com o crente. Nesse processo de sofrimento, culpar a Deus não é um caminho de sabedoria, mas sim o de viver o luto e manter acesa a chama da esperança em Cristo.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Leve em conta que a lição nos estimula a refletir a respeito de um sofrimento imerecido, como a perda de filhos dos justos. Mostre que só do episódio de Jó se encontrar na Bíblia é uma prova de que Deus se interessa com a maneira de como lidamos com as perdas da vida. Esse tema é uma oportunidade de aprender a como lidar com as perdas de pessoas queridas.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 93, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O Sofrimento Imerecido”, localizado ao final do segundo tópico, aprofunda a respeito da realidade da dor de Jó diante do sofrimento que se abateu sobre ele.
2) O texto “A Fé sobrevive ao Sofrimento”, localizado ao final do terceiro tópico, traz aprofundamento a respeito da fé que cresce e se desenvolve em meio ao sofrimento.

INTRODUÇÃO

O patriarca Jó era um homem próspero, tinha uma família feliz e desfrutava de razoável segurança. Sua esposa era mulher dedicada à sua casa e tudo parecia dentro da normalidade, até que a tragédia familiar se abateu sobre a sua casa. Nesta lição, estudaremos a respeito da morte dos filhos de Jó e como a família do patriarca passou por essa tragédia. Veremos que a experiência de os pais sepultarem os filhos talvez seja a experiência mais dolorosa da vida humana e, ao mesmo tempo, como podem os encontrar na Bíblia, a Palavra de Deus, consolo diante desse quadro.

Palavra-Chave: Sepultar

I – A FAMÍLIA DE JÓ

1- Quem era Jó? O patriarca Jó nasceu no Norte da Arábia, na terra de Uz. As pesquisas dizem que ele viveu numa época anterior a de Moisés, antes mesmo de Abraão, entre os séculos 25 e 28 a.C. Naquele tempo, a longevidade humana era maior que a atual, o que explica a sobrevida de 140 anos do patriarca (Jó 42.16). Mais especificamente, ele nasceu depois do dilúvio (Jó 22.16) e tornou-se um homem rico e próspero (Jó 1.3; 42.12). Seu caráter santo foi testemunhado pelo próprio Deus: homem sincero, reto, justo, temente a Deus e, por isso, “se desviava do mal” (Jó 1.8).

2- A esposa de Jó. Tudo o que se sabe a respeito da esposa de Jó é o que está registrado no capítulo 2 do livro. Ela ganhou a fama de uma mulher insana e ambiciosa por causa da perda de todos os bens materiais e dos filhos que foram mortos por uma tragédia. Ainda, Jó foi vítima de feridas purulentas, das quais ela teve repugnância. Todavia, fazia o seu papel de esposa, não abandonando o patriarca. Indiscutivelmente, a esposa de Jó foi perdendo a paciência diante da provação do seu esposo. Seu desespero afetou sua fé, a ponto de levá-la a declarar para o seu marido: amaldiçoa a Deus e morre (Jó 2.9). Ela teve 10 filhos com Jó, e como não se deixou influenciar pela proposta desesperada de sua esposa, o patriarca suportou tudo até que Deus virasse a sua sorte e transformasse o mal em bênção.

3- Os filhos de Jó. Jó estava atento ao modo de viver de seus filhos. Estes tinham uma rotina social de banquetes, muita comida e bebida. A Bíblia mostra que o pai apresentava sacrifícios a Deus por seus filhos, e orava por eles todos os dias, ou seja, havia zelo e cuidado do patriarca para 0 bem-estar espiritual de seus filhos (Jó 1.4,5).

SINOPSE I

Jó era um homem bem-sucedido, era casado e tinha muitos filhos. Em todas as áreas o patriarca era próspero.

II – LIDANDO COM A MORTE DENTRO DA FAMÍLIA

1- Jó e sua esposa foram surpreendidos pela morte dos filhos. Os versículos 18 e 19 relatam o momento em que a notícia da morte de seus filhos chega à casa de Jó. Quando tudo parecia normal, a morte os surpreendeu. Todos os seus filhos morreram. Deus não nos criou para morrer, mas a morte é uma maldição advinda do Pecado e só o Senhor Jesus foi capaz de cravar essa maldição no lenho de sua cruz no Calvário (1 Co 15.55,56). Assim, todos ficamos perplexos diante da morte e, principalmente, quando envolve alguém próximo a nós. Por isso, a Palavra de Deus nos mostra que devemos estar conscientes quanto à realidade da morte. Não temos domínio nenhum sobre ela. Entretanto, a nossa confiança está em Cristo e, por causa de sua ressurreição, podemos afirmar que a morte não nos reterá na sepultura, mas servirá de meio para adentrar à vida eterna com o nosso Salvador (Jo 5.24).

2- Razões para a tristeza do luto de Jó e de sua mulher. De certo modo, Jó tinha uma família feliz (Jó 1.1-5). Nesse contexto, Satanás desafiou a fidelidade dele e o atacou frontalmente com a morte de seus filhos (1.13-18; 2.1-6). A Bíblia não fala do sepultamento dos filhos de Jó, mas certamente ele aconteceu. É importante ressaltar que uma perda como essa traz uma tristeza imensa. A Palavra de Deus diz que há tempo para tudo: Há tempo de sorrir e há tempo de chorar (Ec 3.4). A tristeza e o choro passaram a fazer parte da família de Jó, outrora feliz e próspera.

3- Fidelidade ao Senhor em meio à dor. O capítulo 1 de Jó mostra a reação do patriarca diante da notícia trágica da morte de seus filhos: Jó rasgou o manto, rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou ao Senhor (Jó 1.20). Isso mesmo: Jó adorou a Deus. Aqui, ele iniciou o processo de aceitação do ocorrido diante do Senhor da vida. Essa passagem bíblica nos mostra que a dor da perda não passa, mas o processo de aceitação torna o luto mais digno. Por isso, o patriarca pôde dizer em atitude de adoração: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21). Ainda, o texto bíblico diz que Jó em tudo não pecou nem atribuiu a Deus falta alguma (Jó 1.22).

SINOPSE II

Jó e sua esposa foram surpreendidos pela morte de seus filhos e tiveram que viver esse momento de dor.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

O SOFRIMENTO IMERECIDO
“Jó desejava que um árbitro decidisse sobre o golpe que ele levara, mas ele não encontrou nenhum (9.33). Os bens levados e os filhos mortos, Jó não fez nada para merecer o que recebeu. O primeiro versículo do livro de Jó declara que Jó era um bom homem que tinha uma boa vida. Os dois primeiros capítulos explicam a pergunta: por quê? só é respondida no céu. Jó chamava a Deus apenas para ouvir o eco de suas palavras. Seu brado no capítulo 3 é o brado de todo ser humano: o que eu fiz para merecer isso? O sofrimento imerecido é a principal razão pela qual muitos rejeitam a crença a Deus. Se Jó é o livro mais antigo da Bíblia (como muitos estudiosos afirmam), então Deus abordou o problema cedo e de frente” (Bíblia Além do Sofrimento: Onde as Lutas parecem Intermináveis a Esperança em Deus é Infinita. Rio de Janeiro: CPAD, 2020, p.727).

III – OS CRISTÃOS E O LUTO

1- Não culpe a Deus. Não é muito difícil de, nos momentos de perdas inesperadas, o ser humano se desesperar e passar a blasfemar contra Deus. Não é isso que aprendemos com Jó (cf. Jó 1.21,22). O antigo patriarca nos ensina a viver a confiança em Deus mesmo no momento delicado da morte inesperada de um ente querido . Nem sempre saberemos o motivo da morte de uma pessoa amada ou de um determinado sofrimento. Há mistérios na vida que não conseguimos desvendar na Terra (Dt 29.29). O próprio livro de Jó não revela por que os seres humanos sofrem. O que o livro nos ensina e encoraja é suportar o sofrimento com paciência, achando-se fiel nos caminhos do Senhor diante do processo de um sofrimento imerecido. Haverá um dia que tudo estará patente diante de nossos olhos (1 Co 13.12).

2- Vivendo o luto. Com o patriarca Jó, aprendemos que o crente em Jesus não deve ser indiferente ao luto, pois, psicologicamente, isso não é saudável. Como seres humanos, devemos manifestar as emoções próprias de um momento de luto, tais como: o choro, o silêncio, a compenetração. Diante da dor da família de Lázaro, nosso Senhor agitou-se no espírito, comoveu-se e chorou (Jo 11.35 -NAA).

3- Mantenha a esperança. Vimos que é saudável manifestar emoções próprias do período de luto, mas também é verdade que o crente não deve se desesperar como quem não tem esperança (1 Ts 4.13). É preciso levar em conta que o período do luto dura em média seis meses. Se após esse período, a pessoa não consegue voltar às atividades normais é preciso buscar ajuda especializada, pois isso não é saudável. Esse cuidado é coerente com a fé cristã que proclama a esperança de vida porque nosso Senhor ressuscitou no terceiro dia, vencendo a morte. Portanto, a Palavra de Deus traz consolo e conforto para a alma enlutada (2 Co 1.3-5). Um dia, brevemente, estaremos para sempre com a pessoa querida que partiu em Cristo (1 Ts 4.14-18).

SINOPSE III

No período do luto, o cristão não deve culpar a Deus, mas, em Cristo, manter viva a esperança.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

A FÉ SOBREVIVE AO SOFRIMENTO
“Muitos pensam que, por crerem em Deus, Ele os livra dos problemas. Assim, quando ocorrem as calamidades, questionam a bondade e a justiça divina. Mas a mensagem de Jó é que não desistamos de Deus quando Ele permite que tenhamos experiências ruins. A fé em Deus não garante prosperidade pessoal, e a falta de fé não é sinônimo de problemas nesta vida. Se assim fosse, as pessoas creriam em Deus apenas para enriquecimento próprio. Deus é capaz de nos resgatar do sofrimento, mas pode também permitir que o sofrimento ocorra por motivos além da nossa compreensão. A estratégia de Satanás é fazer com que duvidemos de Deus neste exato momento. Aqui Jó mostra uma perspectiva maior que a busca de seu conforto pessoal. Se sempre soubemos os motivos de nossos sofrimentos, nossa fé não terá espaço para crescer” (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2020, p.703).

CONCLUSÃO

Sem dúvida, a morte é uma experiência muito dolorosa para o ser humano. A de um filho, então, tem uma sobrecarga psicológica imensa. A dimensão da dor da perda de um pai e de uma mãe é incalculável. Por isso, é importante que levemos em conta esta declaração do salmista: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26 – NAA). No processo do luto, não devemos culpar a Deus, mas manter firme a nossa esperança nEle. O Senhor Jesus venceu a morte e ressuscitou ao terceiro dia. Essa é uma verdade consoladora e, ao mesmo tempo, esperançosa. Portanto, nesse momento, é tempo de confiar em Deus.

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REVISANDO O CONTEÚDO

1- Descreva a característica espiritual de Jó, testemunhada pelo próprio Deus. Homem sincero, reto, justo, temente a Deus e, por isso, “se desviava do mal” (Jó 1.8).
2- O que a Bíblia mostra a respeito de Jó em relação aos seus filhos? A Bíblia mostra que o pai apresentava sacrifícios a Deus por seus filhos, e orava por eles todos os dias, ou seja, havia zelo e cuidado do patriarca para o bem-estar espiritual de seus filhos (Jó 1.4,5).
3- Que reação de Jó o capítulo 1 mostra? O capítulo l de Jó mostra a reação do patriarca diante da notícia trágica da morte de seus filhos: Jó rasgou o manto, rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou ao Senhor (Jó 1.20).
4- Segundo a lição, o que patriarca Jó nos ensina a respeito da morte inesperada de um ente querido? O antigo patriarca nos ensina a viver a confiança em Deus mesmo no momento delicado da morte inesperada de um ente querido.
5- Qual foi a reação do Senhor Jesus diante da dor da família de Lázaro? Diante da dor da família de Lázaro, nosso Senhor agitou-se no espírito, comoveu-se e chorou (Jo 11.35 – NAA).

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