EBD – Lição 08: O Mandamento do Amor ao Próximo | 4° Trimestre de 2024 | ADOLESCENTES

EBD Adolescentes | 4° Trimestre De 2024 | Tema: Como Viver no mundo à Luz da Bíblia | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 08: O Mandamento do Amor ao Próximo

LEITURA BÍBLICA

João 13.34-35

A MENSAGEM

“Queridos amigos, amemos uns aos outros porque o amor vem de Deus. Quem ama é filho de Deus e conhece a Deus.” 1 João 4.7

Devocional

Segunda >> Tg 2.8
Terça >> Jo 15.12
Quarta >> 1 Jo 4.8
Quinta >> 1 Pe 4.8
Sexta >> 1 Jo 3.16
Sábado >> Rm 13.8

Objetivos

APRESENTAR o princípio do amor, presente no Antigo e Novo Testamento;
DEMONSTRAR que o amor cristão deve ser a resposta da Igreja para este mundo tão marcado por maldades;
DESAFIAR os adolescentes a vencerem o mal com o bem.

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Ei Professor!

O Salvador espera que seus seguidores obedeçam aos seus mandamentos. O amor ao próximo é um mandamento do Senhor Jesus. Essa é razão suficiente para darmos atenção a ele. Professor, faça uma reflexão sincera sobre esse assunto: você segue esse mandamento? Ou tem dificuldades para cumpri-lo? É importante que você trate essa questão em seu coração, antes de ensinar sobre o tema à sua classe. Sabemos que amar não é fácil, porque exige renúncia e sacrifícios pessoais, mas com a ajuda do Senhor podemos seguir seus passos dia após dia. Enquanto estiver preparando esta aula, peça que o Espírito Santo lhe ajude a ser um exemplo para seus alunos no cumprimento desse importante mandamento.

Ponto de Partida

Vivemos em uma sociedade onde a prática da maldade é recorrente. Entretanto, como cristãos somos chamados para fazer a diferença e seguir os passos de Jesus. Nesta aula vamos apresentar o mandamento do amor ao próximo e apontar algumas possibilidades de como podemos expressar este amor em palavras e obras. Afinal é por meio desta prática que seremos reconhecidos como discípulos de Jesus. Professor, após a ministração completa desta lição, desafie seus alunos a colocarem em prática o que aprenderam. Peça para que durante a semana eles comuniquem bondade, perdão e/ou misericórdia a alguém. Escolha alguns alunos para, no domingo seguinte, compartilhem com a turma como foi a experiência pessoal.

Vamos Descobrir

Nesta lição, vamos apresentar o amor como um comportamento. O texto bíblico base apresenta o amor como referência dos discípulos de Jesus. Sim, o emprego do amor é a forma mais eficaz de provar que somos discípulos de Jesus, especialmente nestes últimos dias. O amor na prática, não como um discurso, é o que vai apontar para a nossa relação com Deus e com a sua Palavra.

Hora de Aprender
1- O MANDAMENTO DO AMOR NA BÍBLIA

A Bíblia diz que Deus é amor (1 Jo 4.16). Ela testemunha que Deus amou a humanidade de forma grandiosa, e, por isso, enviou seu Filho para salvá-la (Jo 3.16). João escreveu: “[…] Deus nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). Enfim, o tema do amor está muito presente nas Escrituras. No Antigo Testamento, vemos que Deus amou o povo de Israel, que Ele mesmo escolheu e formou (Os 11.1). Por meio de um profeta, Deus disse: “[…] Povo de Israel, eu sempre os amei e continuo a mostrar que o meu amor por vocês é eterno” (Jr 31.3). Uma expressão do amor de Deus, muito recorrente, é a demonstração de bondade e misericórdia. Vemos isso, por exemplo, na vida de Noé e sua família, que foi poupada do Dilúvio (Gn 7.1); e no resgate de Raabe e sua família, que creram no Deus de Israel e foram salvos da destruição em Jericó (Js 6.22-25); e ainda na redenção da cidade de Nínive, onde os moradores se arrependeram dos seus pecados mediante a pregação do profeta Jonas e foram poupados do juízo (Jn 3.5-10). A prática da misericórdia também é ordenada por Deus através dos profetas (Os 6.6; Is 1.17; 58.5-8). Zacarias escreveu: – Eu, o Senhor Todo-Poderoso, tinha ordenado isto ao povo: ‘Sejam honestos e corretos e tratem uns aos outros com bondade e compaixão” (Zc 7.9). No Novo Testamento vemos a expressão máxima do amor de Deus pela humanidade, através da encarnação, nascimento, vida e obra vicária do Senhor Jesus (Jo 1.1,14; 3.16; Rm 5.8; 1 Jo 4.9,10).

O Senhor Jesus ensinou o que é o verdadeiro amor (Jo 15.13) e ordenou a prática do amor a todos os seus discípulos (Jo 15.12). Ele disse que existem dois mandamentos principais: amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo (Mt 22.36-39). A Bíblia também aponta algumas características do verdadeiro amor: “Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém, suporta tudo com fé, esperança e paciência” (1 Co 13.4-7).

I- AUXÍLIO TEOLÓGICO

No texto de João 13.34,35 “novo’ não significa ‘mais recente’ e sim ‘superior, novo e de melhor qualidade’. Certamente o mandamento para amar é antigo, profundamente enraizado no Antigo Testamento (Lv 19,18,34). O que é superior àquele antigo mandamento na nova expressão que Jesus faz dele? Existe um novo relacionamento.

O AT convocou o povo de Deus para ‘amar o seu próximo como a si mesmo’ (LV 19.18); Jesus nos convoca para ‘amar uns aos outros, uma expressão que nos recorda que na nova comunidade de Cristo nós não somos simplesmente próximos, mas sim uma família: ligados uns aos outros por nosso relaciona- mento comum com o Deus que agora reconhecemos como Pai. Existe um novo padrão.

O mandamento do AT era amar o próximo como você ama a si mesmo. O mandamento superior de Jesus nos convoca para amarmos uns aos outros ‘como Eu vos amei. Da mesma maneira que Jesus colocou nosso bem-estar acima do seu próprio, [-] também nós devemos, igualmente, nos sacrificar pelos nossos irmãos […]. Existe um novo resultado. A pureza da comunidade de fé no AT devia exibir a justiça de Deus. Agora Jesus diz que, se nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou,’ todos conhecerão que sois meus discípulos’ (13.35).

O amor não na comunidade cristã é uma prova forçosa para um mundo perdido de que Jesus é real e está entre nós. Quando eles virem nosso amor, saberão que a única explicação é a seguinte: nós somos o “povo de Jesus e os seus discípulos” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.230).

II- O AMOR É ANTÍDOTO

O desamor é uma prática comum em nossa sociedade. Ele se manifesta de muitas formas. O desamor está presente quando há maldade, indiferença ou violência, por exemplo. Existem muitas formas de violência (Ez 24.9). Há práticas violentas que são de natureza física e há aquelas de ordem emocional, tais como o bullying ou como postagens ofensivas que são feitas em redes sociais.

A indiferença enfraquece amizades e afasta pessoas, causando desconexão e distanciamento. Ela é como um agente corrosivo que estraga os relacionamentos, seja na família ou entre amigos. A prática da indiferença machuca as pessoas, pois provoca solidão, sensação de rejeição e mágoas. Entretanto, os que são discípulos do Senhor Jesus, que foram alcançados pelo seu amor, não conseguem ser indiferentes diante da dor do próximo ou das mazelas do mundo (1 Pe 3.8).

O amor nos conduz à empatia e à compaixão (Sl 72.13). A empatia é a capacidade de compreender a dor do outro e respeitá-lo (Rm 12.15). A compaixão é o sentimento piedoso que produz atitudes de misericórdia. O amor de Cristo nos conduz ao enfrentamento da indiferença.

Enquanto muitos praticam o desamor, nós somos chamados para demonstrar amor e compaixão pelos que sofrem – peça a Deus que ensine você a amar, pois amar é sim uma declaração corajosa de fé. A Bíblia diz: “Se alguém diz: “Eu amo a Deus, mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê” (1 Jo 4.20).

II- AUXÍLIO TEOLÓGICO

A violência “provocou a destruição da primeira civilização humana (Gn 6.11,13), e ainda prevalece onde se encontram pecadores (Sl 58.1-3). A violência prejudica as relações pessoais na sociedade […]. Os servos de Deus devem manifestar-se contra a violência (Jr 20.8; Hc 1.2). Eles oram pela libertação dos homens violentos (Sl 140.1,4) sabendo que somente Deus poderá libertá-los (25m 22.3,49; SL 72.14; 86,14).

Os governantes devem eliminar a violência (Jr 22.2ss; Ez 45.9). As cidades devem se arrepender dela (Jn 3.8). […] Somente Cristo estava livre dela (Is 53.9) e ela não existirá na nova terra (Is 60.18ss). Deve-se observar que a violência na época de Noé (Gn 6.11,13) repetir-se-á nos últimos dias antes do segundo advento de Cristo (Mt 24.12,37)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. p.2022).

“Amor é mais do que simplesmente um sentimento afetuoso; é uma atitude. Como podemos amar os outros como Jesus nos amou? Ajudando o próximo, mesmo quando não nos for conveniente, dando, mesmo quando fomos feridos; dedicando os nossos esforços ao bem-estar dos outros, ao invés do nosso, compartilhando a dor dos semelhantes sem reclamar ou vingar-se.

Este tipo de amor é difícil de praticar. E por isso que as pessoas que notam quando o fazemos e sabem que somos capacitados por uma Fonte sobrenatural” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1447).

III- VENCENDO O MAL COM O BEM

A Bíblia nos desafia: “Não deixem que o mal vença vocês, mas vençam o mal.com o bem” (Rm 12.21). Em um mundo onde a prática do pecado e da malignidade é corriqueira, nós, os cristãos, somos chamados para ser uma geração separada, que segue os princípios do Reino de Deus.

A prática do amor é a marca do verdadeiro discípulo de Jesus. E, por isso, Jesus espera que as nossas atitudes no dia a dia reflitam seus ensinamentos. Isso porque o amor, para além de uma manifestação de sentimento, é uma decisão de fazer e promover o bem. Podemos demonstrar o amor cristão através de algumas atitudes: A prática da bondade.

Jesus ordenou que seus seguidores fossem benignos até com as pessoas ruins (Mt 5.43,44).

O perdão
O perdão é um mandamento (Mt 18.21,22). Nós devemos perdoar a todas as pessoas que nos fazem mal (Lc 17.3,4; Cl 3.13; Ef 4.32).

Atos de misericórdia
A compaixão e a bondade nos conduzem a um comportamento misericordioso. Ser misericordioso é uma característica do próprio Deus (Sl 103.8). Por isso, nós, que somos filhos de Deus, também devemos praticar a misericórdia (Mt 5.7; Lc 6.36). Mas, como fazer isso? Oferecendo ajuda ao necessitado e estende a mão para quem precisa de apoio e acolhimento.

III- AUXÍLIO TEOLÓGICO

Professor, neste fechamento de lição, mostre para sua turma a importância dos cristãos terem uma conduta exemplar. Nossa fé precisa refletir em nossas obras. Por isso, os cristãos precisam dar o exemplo da prática do bem nesta sociedade. “Nós sabemos o que é o amor e como demonstrar amor, porque Deus nos amou primeiro em Cristo (1 Jo 4.19).

[…] Devemos imitar a nosso Deus (Ef 5.1) e ter a mesma perfeição do nosso Pai Celestial na esfera do caráter moral, do amor e da misericórdia (Mt 5.44-48; Lc 6.36) […]. Em outras palavras, a ética cristã tem o seu alicerce no mesmo princípio de vida que teve o Senhor Jesus Cristo […]. O conteúdo da ética cristã está na vontade de Deus, que deve ser feita com amor, ou seja, ‘a fé que opera por caridade [ou amor]’ (Gl 5.6).

Todo o comportamento de Cristo estava centrado em seu objetivo de servir e de dar sua vida como um resgate (Mt 20.28). Este era seu padrão para os seus seguidores (20.25-27). […] O exemplo cristão […] fortalece o testemunho dos cristãos e possibilita que o comportamento dos obreiros (pastores e outros) inspire o rebanho a segui-los. O testemunho cristão bem-sucedido está centrado no exemplo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.729).

CONCLUSÃO

Amar é um mandamento do Senhor Jesus. Precisamos decidir obedecê-lo todos os dias. O amor é o antídoto contra o mal. Através da prática do bem, da bondade, do perdão e da misericórdia podemos vencer o mal e testemunhar o amor de Cristo a este mundo.

VAMOS PRATICAR

1- Marque corretamente quais são as atitudes que demonstram o amor cristão.
( ) Vingança
(X) Perdão
( ) Indiferença
(X) Bondade
( ) Violência
(X) Misericórdia

PENSE NISSO

“Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada. Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada” (1 Co 13.2,3).

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