EBD – Lição 08: O Ensino de Jesus sobre a Oração | 3° Trimestre De 2022 | BETEL

EBD Revista Editora Betel | 3° Trimestre De 2022 | TEMA: SERMÃO DO MONTE – A Ética, os Valores e a Relevância dos Ensinos de Jesus Cristo | Escola Biblica Dominical | Lição 08: O Ensino de Jesus sobre a Oração

TEXTO ÁUREO

“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos.” Mateus 6.7

VERDADE APLICADA

Por intermédio da oração cultivamos o relacionamento com Deus e expressamos nossa dependência e interesse em glorificar o Seu Nome em nosso viver.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar o modelo da oração do Pai Nosso.
Explicar a primeira parte da oração: Deus e Sua glória.
Mostrar as nossas necessidades e carências.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
MATEUS 6

09- Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10- Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11- O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12- E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
13- E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Sl 5.12 Deus aborrece os ímpios e abençoa os justos.
TERÇA / Sl 78.23-24 A salvação que Deus concedeu a Israel
QUARTA / Ef 4.27-30 A santidade cristã.
QUINTA / | Fp 4.6 Não estejais inquietos por coisa alguma.
SEXTA / 1Ts 5.17 Orai sem cessar.
SÁBADO / 1Pe 5.7 Lançando sobre Deus toda a ansiedade.

HINOS SUGERIDOS 126, 131, 459

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore para que o Senhor nos ensine a achegar-se a Ele de modo correto.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1– A oração modelo dos discípulos de Cristo
2– Deus e Sua glória
3– Nossas necessidades e carências
Conclusão

INTRODUÇÃO

Orar é conversar com Deus. Por intermédio da oração, louvamos o santo Nome do Senhor, pedimos perdão por nossas falhas, agradecemos o que Ele nos concede e faz por e em nós, e falamos como estamos nos sentindo [1Ts 5.17].

PONTO DE PARTIDA

Orar é se submeter à vontade de Deus.

1- A oração modelo dos discípulos de Cristo

A oração do Pai Nosso ensinada por Jesus está repleta de bons ensinamentos acerca da pessoa de Deus, daqueles que o adoram e das formas de achegar-se a Ele [Mt 6.9-13].

1.1. Ensina-nos a orar. Nos dois evangelhos onde o Pai Nosso é mencionado, Jesus ensina a maneira correta de orar [Mt 6.9-13; Lc 11.2-4]. A relação com Deus, que segundo as crenças judias, regia tudo o que existe, era algo muito delicado e por isso pediram a Jesus que lhes ensinasse a forma correta de se dirigir a Deus, porque, segundo eles, só uma pessoa muito próxima de Deus poderia saber a maneira correta de falar com Ele, e Jesus era para eles essa pessoa. Com a oração do Pai Nosso, Jesus rompe com as rígidas atitudes que afastavam o homem de Deus e ensina um caminho que facilita o diálogo com Deus, a quem Jesus chama de Pai.

Subsídio do Professor: Os fariseus manipulavam tudo, até mesmo a oração. Além de fixarem padrões religiosos para o povo, eles descobriram um meio de usar até mesmo a oração para se promoverem [Mt 6.5]. Jesus era para Seus discípulos um modelo de como se comunicar com Deus e desejava que fizessem da mesma forma. Assim, como todo bom mestre, Ele lhes deu um modelo no qual pudessem acessar o Pai da mesma forma como acessava. Enquanto os fariseus oravam para alcançar o favor dos homens, Jesus ensina Seus discípulos a buscarem intimidade direta com o Pai [Mt 6.9-13].

1.2. A oração e sua ordem. A oração está dividida em duas partes: a primeira metade se refere à glória de Deus (Nome, Reino e Vontade) e a outra metade trata de nossas necessidades e problemas pessoais. Deus é proeminente, recebe o primeiro lugar, depois, então, é que vamos nos dirigir para nossas necessidades e desejos. A primeira parte nos apresenta Deus como um Pai, um Deus que tem um nome santo e que deseja que Seu Reino se estabeleça na terra juntamente com Sua vontade [Mt 6.9-10]. A segunda parte se ocupa das três necessidades essenciais do ser humano e das três esferas do tempo nas quais o homem se move: pão, uma necessidade presente para o sustento diário; perdão, que nos remete ao passado; ajuda na tentação, onde a confiança do futuro repousa nas mãos de Deus [Mt 6.11-13].

Subsídio do Professor: Embora Jesus tenha dado a seus discípulos esse modelo, isso não significa que esta seja a única maneira correta de orar. A oração é um exercício que a cada dia nos aproxima mais de Deus em intimidade e nos separa desse mundo pecaminoso. O princípio jamais mudará, será sempre colocar a glória de Deus em primeiro lugar, depois é que lhe apresentamos quem somos e como estamos para que aja segundo Sua vontade. Orar é muito mais que buscar em Deus a solução de problemas e a conquista de objetivos próprios. Devemos orar insistentemente, sabendo que Deus também é um Pai, e como tal, sempre estará disposto a atender o pedido de seus filhos [1Ts 5.17; Sl 5.12].

1.3. Do Pai para os filhos. Esse modelo de oração foi dado por Jesus Cristo para combater as vãs repetições feitas pelos fariseus. A invocação inicial começa com os discípulos chamando a Deus de Pai. Não era incomum os judeus considerarem Deus como Pai de Israel, mas como Pai de indivíduos numa relação especial era bastante inusitada. Esta experiência Pai e filhos era característica da relação de Jesus com Deus.

Subsídio do Professor: Esse modelo apresenta a oração como um instrumento poderoso para que a vontade de Deus se realize na terra, não para realizar a vontade do homem no céu. O propósito da oração é glorificar o nome de Deus e pedir ajuda para realizar sua vontade na terra. Essa oração não começa com nossos interesses pessoais, mas, sim, com pedidos que expressam nosso desejo em relação à gloria de Deus: Seu nome, Seu reino e Sua vontade. Jesus vontade é que também nos tornemos tão íntimos quanto Ele foi, para que o mundo inteiro creia que realmente somos filhos de Deus [Jo 17.21].

EU ENSINEI QUE:

A oração do Pai Nosso ensinada por Jesus está repleta de bons ensinamentos acerca da pessoa de Deus.

2- Deus e Sua glória

A primeira parte da oração é seguida por três detalhes importantes: a paternidade divina; o nome santo de Deus e o estabelecimento de Sua vontade [Mt 6.9-10]. 

2.1. “Pai nosso que estás nos céus”. Homens de Deus do Antigo Testamento como: Noé, Abraão, Davi, jamais ousaram chamar a Deus de Pai. É em Jesus Cristo que o relacionamento pai/filho e entre o Criador Santo e Suas criaturas pecadoras é celebrado de modo incrivelmente elevado e próximo: “Pai nosso”. Nas palavras de John Stott: “Tratar a Deus como Pai reflete nossa consciência acerca de um Deus pessoal, amoroso e poderoso”. Quando Ele diz “nosso”, indica que Ele não é Deus como Pai e com os outros como irmãos [Mt 5.9, 16, 22-23, 47-48; 6.1, 6, 8].

Subsídio do Professor: “Pai nosso que estás nos céus” expressa uma relação de intimidade e confiança [Mt 6.9b]. Deus é um Pai a quem recorremos com base em Seu amor, não para apaziguar Sua ira. “Pai nosso” indica a relação filial que temos com o Pai por meio da fé pessoal no Filho. Os judeus, durante o período do Antigo Testamento, conheciam a Deus como Pai [Dt 32.6; Sl 103.13; Is 63.16], porém, nunca no sentido íntimo e pessoal como agora na era cristã. Também ao dizer “nosso”, estamos reconhecendo que outros têm o mesmo direito e acesso a Deus e que eles são nossos irmãos. Trata-se de uma privilegiada bênção poder chamar Deus de Pai, além de uma grande responsabilidade [Mt 5.48].

2.2. Santificado seja o teu nome. Este Deus, a quem chamamos Pai, é também o Deus a quem devemos nos aproximar com reverência e adoração, com temor e admiração. Deus é nosso Pai que está nos céus, e nEle se combinam o amor e a santidade. Santificado seja o seu nome é uma expressão de reverência que evita o excesso de confiança. Quando oramos assim, expressamos o desejo de que o próprio Deus seja reverenciado e que tudo o que denota e representa Seu nome, Seu próprio caráter e atributos, sejam honrados entre os homens, sejam santificados em todo o mundo. Deus revelou Sua natureza sob nomes diferentes e Ele é tão inefável que um só não expressa toda a Sua grandeza e glória [Dt 32.3; Sl 135.1; Mt 6.9b].

Subsídio do Professor: Os judeus tremiam diante do nome de Javé e reverentemente usavam Adonai (Senhor). O nome e a pessoa de Deus são inseparáveis no pensamento hebraico [Êx 3.13-14; Is 52.6]. Profanar o nome de Deus era profanar sua pessoa. Tal temeridade de semelhança pagã foi expressamente proibida no Decálogo [Êx 20.7]. O sentido da oração é que o nome de Deus seja tratado de maneira diferente de todos os outros nomes, que lhe seja dada uma posição absolutamente única entre todos os nomes. Esta petição contém o desejo de que Deus seja conhecido, honrado e glorificado por todos os homens em toda a extensão de Seu nome.

2.3. Venha teu reino, e seja feita a tua vontade. A oração ensinada por Jesus inclui o estabelecimento do Reino aqui na terra, onde a vontade soberana de Deus deve unir céus e terra [Mt 6.10]. O Comentário Bíblico Pentecostal diz que a expressão: “Venha o teu Reino” fixa o tom claramente escatológico, orientando os ouvintes ao cumprimento do tempo do fim no estabelecimento final do reinado de Deus no mundo. Requer o fim de toda instituição humana que não esteja em conformidade com a vontade de Deus. Como filhos, devemos nos interessar pelo programa divino: entronizar Jesus como Rei dos reis e Senhor dos senhores [1Tm 6.13-15]. Nossa principal tarefa é estar ocupados com aquilo que ocupa o coração de Deus: a exaltação de Seu Filho [Mt 6.33].

Subsídio do Professor: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”, expressa o desejo pela realização do Reino de Deus em forma absoluta na terra, assim como no céu. Deus revelou Seu propósito eterno, Sua vontade na Bíblia e supremamente na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo. O súdito do Reino deve apresentar-se ao Seu Rei todos os dias, submeter-se à Sua soberania e estar comprometido com o cumprimento de Sua santa vontade. Assim se concretiza o Reino de Deus entre os homens [Mt 6.10].

EU ENSINEI QUE:

A primeira parte da oração é seguida por três detalhes importantes: a paternidade divina; o nome santo de Deus e o estabelecimento de Sua vontade.

3- Nossas necessidades e carências

A segunda parte da oração é seguida por mais três detalhes importantes: a provisão de Deus, a pureza pessoal e a proteção divina [Mt 6.11-13].

3.1. O pão nosso de cada dia. Orar pelo pão cotidiano é viver em total confiança na provisão de Deus. Israel havia aprendido essa lição com o maná do deserto. Todos os dias eles recebiam o maná, vindo direto da mesa de Deus [Êx 16.1-10; Sl 78.23-24]. Aquele pão era suficiente apenas para um dia, nem mais, nem menos. Assim como o maná era fornecido diariamente, os discípulos também devem depender da provisão divina em cada dia. Jesus advertiu Seus discípulos a não se preocuparem demasiadamente com o futuro. A melhor maneira de evitar a ansiedade é confiar que Deus proverá pão para hoje e amanhã [Mt 6.34; Fp 4.6].

Subsídio do Professor: Esta petição nos ensina a orar por nosso pão do dia presente; nos ensina a viver dia a dia, e não estar ansiosos pelo futuro distante e desconhecido. Nossas necessidades podem variar de um dia para o outro. Podemos ter necessidades físicas, mentais, emocionais ou espirituais. Mesmo assim, o Mestre ensinou que devemos confiar que Ele vai suprir nossas necessidades diárias [Mt 6.31-32]. O princípio dessa oração está em viver cada dia na certeza de que o Senhor estará sempre atento às nossas necessidades. Precisamos muito praticar esse princípio, pois vivemos em um mundo totalmente desesperado e ansioso [1Pe 5.7].

3.2. O perdão de nossas dívidas. A oração nos ensina não somente a pedir o pão diário, mas, também, o perdão diário. Isto significa que Deus está atento não somente às nossas necessidades, mas também com a forma que chegamos diante dEle para pedir. William Barclay: “A verdadeira oração é um assunto de família (“Pai nosso”)”. E se não existe entendimento entre os membros da família, como podemos querer ter um bom relacionamento com o Pai? O perdão diz respeito à comunhão: se não estamos em comunhão com Deus, não podemos orar efetivamente. Nossa comunhão com Deus é influenciada pela comunhão com nossos irmãos; consequentemente, o perdão é parte importante da oração [Mt 5.23-25].

Subsídio do Professor: Uma vez que o perdão diz respeito à comunhão, aquele que ora não pode ter pecado em seu coração. John Stott: “O perdão é tão indispensável à vida e à saúde da alma como o alimento para o corpo […] O pecado é comparado a uma “dívida”, porque merece o castigo. Mas quando Deus perdoa o pecado, Ele cancela a penalidade e anula a acusação que há contra nós”.

3.3. Livrai-nos do mal. É impossível viver nesse mundo sem ser tentado. Até Jesus passou por isso [Hb 4.15]. Esse é um mal que não podemos evitar, até mesmo por que a cobiça está dentro de cada um de nós por causa de nossa natureza pecaminosa [Tg 1.14]. Também devemos ter em mente que, embora os anjos do Senhor acampem ao nosso redor para nos livrar do mal, o inimigo sempre estará ao nosso derredor buscando uma brecha [1Pe 5.8-9]. Em todo o tempo que estivermos aqui, seremos bombardeados com as ciladas astutas de nosso adversário [Ef 6.11]. A oração do Pai Nosso nos ensina que a cada dia e a cada instante de nossas vidas devemos rogar pela proteção divina.

Subsídio do Professor: A Bíblia nos ensina que neste mundo opera um poder do mal e apresenta o mal como um poder ativo e pessoal que se opõe a Deus. Devemos pedir em todo tempo que Deus nos livre do maligno e de suas tramas ardilosas. Mas devemos ter a consciência de que muitos males que nos advém são resultados de escolhas e decisões precipitadas ou equivocadas da nossa parte [Pv 26.2]. O Senhor Deus é poderoso para nos livrar das investidas malignas, mas a Palavra de Deus diz para não darmos lugar ao diabo [Ef 4.27].

EU ENSINEI QUE:

A segunda parte da oração possui mais três detalhes importantes: a provisão de Deus; a pureza pessoal e a proteção divina.

CONCLUSÃO

O fato de Jesus ter cultivado uma vida de oração quando exercia o ministério neste mundo e ensinado Seus discípulos a orar, atesta a necessidade e relevância da oração na vida do cristão. Oração é falar com Deus. É relacionamento com o Nosso Pai Celestial. É estarmos abertos para Deus em confiança e louvor para recebermos o que Ele tem reservado aos Seus.

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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)

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