EBD – Lição 08: Gênesis 12 e 13 – Abraão, o Pai da Fé | 1° Trimestre De 2022 | Pecc

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 1° Trimestre De 2022 | Tema: GÊNESIS – O Livro dos Começos | Lição 08: Gênesis 12 e 13 – Abraão, o Pai da Fé Escola Biblica Dominical

OBJETIVOS

Mostrar o valor da fé.
Refletir sobre as promessas de Deus.
Avaliar nossa caminhada com Deus.

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora um suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Gênesis 12 e 13 há 20 e 18 versos, respectivamente. Sugerimos come­çar a aula lendo, com todos os pre­sentes, Gênesis 12.1-20 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Professor(a) querido(a), hoje veremos o projeto de redenção to­mar forma. Deus escolheu um ho­mem para povoar uma terra escolhida e gerar a descendência da qual nasceria o Messias – glória a Deus! – por isso é que através dele todas as nações foram abençoadas. Abraão creu e obedeceu de maneira incon­dicional, estabelecendo um relacio­namento com Deus como Adão não foi capaz de fazer. Mesmo vivendo em meio a cultos idólatras, Abraão testemunhou a fé em Yaweh. Mesmo quando errou, tornou à vontade de Deus dando provas de seu amadu­recimento como crente. Esta lição nos mostra a certeza de que o pro­jeto que Deus começou com Abraão se confirmou em Jesus e também por Ele será concluído.

PARA COMEÇAR A AULA

Professor(a), comece destacando as consequências da fé. Tome Abraão como modelo, pois ele creu nas palavras de promessa que Deus lhe fez e, pela fé, passou a agir. Ele peregrinou, separou-se do sobrinho, gerou descendentes que encheram a terra e não hesitou, mesmo quando lhe foi requisitado o próprio filho em sa­crifício. Mostre que a fé tem uma dimensão prática, ou seja, que o crente precisa realizar serviço em prol do Reino. Todos os que creem são ativos, são bênçãos no mundo, como Abraão.

LEITURA ADICIONAL

Deus escolheu Abraão e separou-o dentre os seus congêneres idóla­tras, a fim de reservar um povo para si mesmo, entre o qual se mantivesse a verdadeira adoração até a vinda de Cristo. […] Ele foi provado em seu amor ao Senhor acima de tudo, para saber se era capaz de deixar tudo para seguir a Deus. Os seus parentes e a casa de seu pai eram uma constante tentação para ele; não podia continuar entre eles, sem correr o risco de ser por eles contaminado. Os que deixam os seus pecados e voltam-se a Deus, terão, por esta mudança, uma recompensa indescritível. A ordem que Deus deu a Abraão é em grande medida igual à chamada do Evange­lho, porque os afetos naturais devem dar lugar à graça divina. O pecado e todas as suas oportunidades devem ser abandonados, assim como as más companhias, em particular. […] Todos os preceitos de Deus são acompa­nhados de promessas para os que são obedientes:
Primeira: “E far-te-ei uma grande nação”. Quando Deus tirou Abraão do meio de sua parentela, prometeu fazer-lhe líder de um outro povo;
Segunda: “Abençoar-te-ei”. Os crentes obedientes estarão seguros de herdar a bênção;
Terceira: “Engrandecerei o teu nome”. O nome de cada crente obe­diente será certamente engrandecido;
Quarta: “E tu serás uma bênção”. Os homens bons são bênçãos para os seus países;
Quinta: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. Deus se encarregará de que ninguém perca por qualquer serviço ou benefício proporcionado ao seu povo;
Sexta: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Jesus Cristo é a grande bênção para o mundo, a maior que o mundo já possuiu em todos os tempos.

Livro: Comentário bíblico de Matthew Henry (4° ed – Rio de Janeiro, CPAD, 2004, págs. 44-45). EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 1° Trimestre De 2022 | Tema: GÊNESIS – O Livro dos Começos | Lição 08: Gênesis 12 e 13 – Abraão, o Pai da Fé Escola Biblica Dominical

TEXTO ÁUREO

“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.” Gn 12.1

LEITURA BÍBLICA PARA ESTUDO

Gênesis 12.1-20

VERDADE PRÁTICA

A fé de Abraão resultou numa jornada que mudou a história do mundo.

INTRODUÇÃO
I- SEU CHAMADO Gn 12.1-4
1-
Rompendo com o passado Gn 12.1
2– Um futuro desconhecido Gn 12.1
3– Uma caminhada de fé Gn 12.4
II- AS PROMESSAS Gn 12.2
1
– Uma grande nação Gn 12.2a
2- Um grande nome Gn 12.2b
3– Uma grande bênção Gn 12.2c
III- SEU LEGADO Gn 12.7-13.9
1
– Levantador de altares Gn 12.7
2– Imperfeito Gn 12.13
3– Desapegado Gn 13.9
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Gn 12.3
Terça – Gn 12.17
Quarta – Gn 13.8
Quinta – Gn 13.13
Sexta – Gn 13.15
Sábado – Gn 13.16

Hinos da Harpa: 84-459

INTRODUÇÃO

Chegamos à segunda divisão do livro de Gênesis. Do capítulo 12 até o 36, veremos a história da sal­vação começando a se concretizar historicamente com a chamada de Abraão. Como a história de um homem que viveu há 4.000 anos pode impactar a nossa vida hoje?

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I- SEU CHAMADO (Gn 12.1-4)

Do mesmo modo como a pri­meira parte de Gênesis se inicia com Deus falando (e criando), agora Ele fala novamente, desta vez comissio­nando. Não há novo começo, não há coisa nova se Deus não falar.

1- Rompendo com o passado (Gn 12.1) “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.”

O chamado de Abraão começa com um convite ao rompimento e à mudança. Ele deveria deixar as velhas estruturas e partir para o novo de Deus. Aos 75 anos, tendo vivido quase a metade da sua vida (ele morre aos 175 anos conforme Gênesis 25.7), Abraão é convidado a um novo começo. Estaria ele disposto? Aceitaria ele tão grande desafio numa idade tardia? Aprendemos aqui que não existe idade ou tempo ideal para Deus nos usar em Suas mãos. A agenda de Abraão, diferente de muitos, estava disponível para Deus. Aceitar o chamado divino im­plica reavaliar nossa vida, rever va­lores e cancelar muita coisa. Muitos não se sujeitam a mudanças, sobre­tudo depois de uma certa idade, até porque em toda mudança há perdas e dores, e nós não queremos isso. Samuel Chang estava certo quando disse: “Não há crescimento sem mudanças, não há mudança sem perdas, e não há perdas sem dores”. Nesse sentido, Abraão é uma figura do chamado para a salvação, como encontramos em 2 Coríntios 5.17. Todos que Deus chama precisam abandonar algo e romper com o antes. Ninguém avança para o ama­nhã sem deixar o ontem. Muitos não avançam porque estão algemados ao passado. Um último ensinamento aqui é que, à semelhança de Abraão, tam­bém somos de outra terra. Estamos em trânsito. Por isso as Escrituras nos chamam de “peregrinos” (1 Pe 2.11).

2- Um futuro desconhecido (Gn 12.1) “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.”

Você sairia da sua terra natal, do meio de familiares e obedeceria um chamado sem saber nem mes­mo qual seria o destino? Abraão fez isso. Não tinha mapa com seu pon­to final, apenas a confiança no seu Deus. Mas quando nosso destino depende mais de Deus do que de nós mesmos, então estamos em boas mãos. Deus nunca chama ninguém para um projeto falido. Abraão não sabia pra onde ia, mas sabia que iria pra um lugar melhor pois quem o chamara fora Deus, cujos planos são sempre superiores aos nossos. Num certo sentido, todos esta­mos caminhando para um futuro ainda não conhecido. A diferença é quem confia em Deus não teme o que virá, pois sabe que Deus já está lá no amanhã à nossa espera. Como isso é confortável. Em termos sim­ples podemos afirmar que Abraão não sabia para onde estava indo, mas sabia com quem estava indo, e isso lhe bastava.

3- Uma caminhada de Fé (Gn 12.4) “Partiu, pois, Abrão, como lhe ordenara o Senhor, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã.”

O chamado de Abraão se deu em Ur (At 2-4). Após isso, viria a segun­da ordem. Quais as garantias que Abraão tinha? Em termos humanos, nenhuma. Não houve assinatura de contrato nem confecção de atas. Isso é fé. Deus falou e Abraão pôs o pé na estrada. Agimos pela fé quan­do aquilo que Deus fala é suficiente; quando cremos na Sua Palavra e no Seu caráter, sabendo que Ele não volta atrás e nem reformula o que já disse. Tanto a história da redenção como a história da criação come­çam da mesma maneira: com Deus falando. Deus é o agente de ambas. Abraão foi um homem de fé e os que são da fé são chamados seus filhos e seus herdeiros. Deus não mudou Seus métodos. Quer caminhar com Ele? O único modo é pela fé. As Escri­turas são claras em nos dizer que o verdadeiro filho de Deus não é aquele que tem o sangue de Abraão nas veias, mas o que tem a fé de Abraão no coração, pois a salvação não se ba­seia nas obras que fazemos, mas na obra que Deus fez por nós em Cristo (G13.9,29). Simples assim!

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II- AS PROMESSAS (Gn 12 2)

Abraão sai de Ur dos caldeus parando por algum motivo em Harã e lá ficando até a morte do seu pai. Ao renovar o chamado, Deus lhe faz sete promessas. Aqui, seguindo nos­so esboço, veremos apenas aquelas que julgamos as mais importantes.

1- Uma grande nação (Gn 12.2a) “De ti farei uma grande nação…”

A promessa de uma descendência a partir de Abraão vai de encon­tro ao fato declarado anteriormen­te, em Gênesis 11.30, de que Sarai era estéril. Ou seja, Não havia como ele gerar uma nação a partir de sua esposa, senão pela intervenção di­reta de Deus. Em 13.15-18 Deus confirma a promessa dizendo que sua descendência seria como o pó da terra, de tão numerosa. A palavra hebraica usada para nação é goy, um conceito político, implicando em uma base territorial. A promes­sa não era ter um povo ou uma parentela somente. Uma nação sairia dele e Deus nunca brinca com Suas promessas.

2- Uni grande nome (Gn 12.2b) “…E te engrandecerei o nome…”

No Antigo Testamento, o nome estava associado à pessoa ou à sua personalidade. Quem era esse des­conhecido arameu? Um homem simples de quem nada saberíamos se não fosse a graça de Deus na sua vida. Seu nome, Abrão, no hebraico, significa “pai elevado”. Comumente o chamado de Deus vem acompa­nhado de promessas. Não somos chamados para a desgraça ou para a mediocridade. Muitos têm medo de que sua vida piore se obedecerem ao chamado de Deus, mas o que ocorre é o contrário. Quando obedecemos a Deus, nossa vida ganha uma dimen­são jamais sonhada ou possível, não fosse a Sua obra em nós. À medida que vamos lendo e conhecendo a biografia de Abraão, somos forçados a concordar com o consenso teológico segundo o qual, depois de Jesus Cristo, Abraão é, provavelmente, o personagem mais importante da Bíblia. Seu nome é citado 347 vezes nas Es­crituras.

Hoje, ele é considerado o pai das três maiores religiões do mundo (cristianismo, islamismo e judaísmo) e mais de três bilhões de pessoas pelo mundo associam, de alguma maneira, seu nome a Abraão. Lembremos que no capí­tulo anterior, no episódio de Ba­bel, uma das motivações era ter essa é uma referência ao fato de que dele viria o descendente cujo sacrifício salvaria todos os que nele cressem. Logo, a promessa se cumpriria em sua plenitude, não em um Israel étnico, mas em Jesus e Sua Igreja (G1 3.7,16). Abraão não tinha condições de absorver e entender tudo isso naquele momento, o que ressalta ainda mais o fato de que ele foi um homem que caminhou pela fé desde o momento em que foi cha­mado por Deus.

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III- SEU LEGADO (Gn 12.7-13.9)

Os personagens bíblicos são fi­guras arquetípicas (que possuem características comuns aos outros). Eles são “eles e nós” ao mesmo tempo. Podemos nos ver neles e assim melhorarmos, avaliando seus erros e acertos.

1- Levantador de altares (Gn 12.7) “Apareceu o Senhor a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um al­tar ao Senhor, que lhe aparecera.”

Abraão tem duas marcas cons­tantes na sua jornada de fé: altares e tendas. Para ele, tendas, algo pe­recível; para Deus, altares, algo per­manente. Altar é lugar de sacrifício, símbolo de adoração e consagração. Isso mostra que Abraão era um ado­rador autêntico. Sua vida foi cheia de altares. A nossa está cheia do quê? Abraão deixava as marcas da sua fé por onde andava. Nós fazemos isso também? As pessoas com quem con­vivemos sabem que somos crentes? Em Canaã havia divindades va­riadas como Baal, Milcom, Astarote, Moloque etc. No meio de todo esse paganismo, Abraão adorava o Deus único e verdadeiro.

2- Imperfeito (Gn 12.13) “Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida.”

Embora Abraão tenha sido um homem de reconhecidas qualidades morais, ele também cometeu sérias faltas. Os homens de Deus do pas­sado não foram perfeitos como muitas vezes poderíamos presumir ao achar que, considerando nossas falhas, nunca poderemos ser usados por Deus como eles um dia o foram. W. Wiersbe diz que Abraão deu qua­tro passos errados numa eviden­te crise de fé:
a) deixou de confiar para tramar;
b) deixou de confiar e começou a temer;
c) deixou de se preocupar com a esposa e passou a preocupar-se mais consigo mesmo;
d) deixou de ser bênção e passou a ser fonte de julgamento (12.17).

Fica claro na leitura do texto que ele não deveria ter descido ao Egito. Durante esse tempo, ele não levan­ta altares, sai de lá envergonhado e ainda leva consigo a semente de um futuro problema: Agar, a escrava egípcia. Agir sem consultar a Deus é um desastre. Graças a Deus que Abraão volta ao caminho (13.1). O conceito bíblico de santidade não significa perfeição. A ideia de que o verdadeiro cristão deve alcançar impecabilidade aqui na Terra tem causado diversos males em algumas denominações cristãs. Isso não sig­nifica “passar pano” ou incentivar o pecado, mas reconhecer que santifi­cação é um processo que só terá sua conclusão final no arrebatamento. Como disse alguém: ‘Vida cristã vito­riosa nada mais é do que uma série de recomeços.”

3- Desapegado (Gn 13.9) “Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direi­ta, irei para a esquerda.”

Desprendimento e desapego não é algo comum ao homem natural. A tendência do ser humano é juntar e acumular mais e mais para si, fazendo prevalecer seus desejos. Abraão demonstra uma grandeza de caráter que devemos imitar. Como líder do clã, ele ti­nha o direito de escolher, e a Ló cabia obedecer. No entanto, ele coloca a terra diante do seu sobrinho e o deixa escolher. Abraão ficaria com o outro lado. Não impõe seus direitos insistindo por um lugar determinado, mas dei­xou Ló escolher primeiro e ficou com a sobra. Qualquer que fosse a decisão de Ló, Abraão demons­trara não estar preocupado com o futuro, pois sabia que tudo estava nas mãos de Deus. Em vez de exi­gir ser servido, ele opta por ser­vir. Que grande exemplo!

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APLICAÇÃO PESSOAL

O único jeito de vivermos neste mundo e chegarmos à nossa Canaã, assim como Abraão, é pela fé. Por isso, as Escrituras dizem que os que são da fé são filhos de Abraão. Você tem andando nas pegadas de Abraão, o pai da fé?

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RESPONDA

Marque C para certo e E para errado nas afirmativas abaixo:
1) [C] A caminhada de Abraão foi pela fé, pois ele saiu sem saber seu destino.
2) [C] Deus, ao chamar Abraão, faz-lhe várias promessas.
3) [E] A descida de Abraão ao Egito foi muito proveitosa e edificante.

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