EBD – Lição 06: Os Cuidados com a Intenção do Coração | 3° Trimestre de 2022 | BETEL

EBD Revista Editora Betel | 3° Trimestre De 2022 | TEMA: SERMÃO DO MONTE – A Ética, os Valores e a Relevância dos Ensinos de Jesus Cristo | Escola Biblica Dominica | Lição 06: Os Cuidados com a Intenção do Coração

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Ensinar como Deus nos vê interiormente.
Destacar o modelo ideal de um servo de Deus
Mostrar como agir diante das pressões inimigas.

TEXTO ÁUREO

“Sobre tudo o que deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.” Provérbios 4.23

VERDADE APLICADA

Devemos cuidar bem de nosso interior, não permitindo que nosso coração seja a sede de sentimentos avessos à vontade de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
MATEUS 5

21- Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
22- Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
44- Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem,
45- Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Sl 14.1 A corrupção do homem.
TERÇA / Mt 5.17-48 O cumprimento da lei e dos profetas.
QUARTA / Rm 12.9 O amor seja não fingido.
QUINTA / Ef 4.26 Irai-vos e não pequeis.
SEXTA / Fp 2.5-11 Exortação à humildade.
SÁBADO / Tg 1.20 A ira do homem não opera a justiça de Deus.

HINOS SUGERIDOS 75, 156, 422

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore a Deus pelo fortalecimento da nossa alma.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1– As atitudes do coração humano
2– Confrontando as impurezas da alma
3– Construindo pontes
Conclusão

INTRODUÇÃO

Jesus apresenta exemplos de como as tradições e interpretações superficiais dos fariseus haviam corrompido os ensinos da lei e dos profetas.

PONTO DE PARTIDA

Devemos cuidar bem do nosso interior.

1- As atitudes do coração humano

Esta parte do Sermão da Montanha traz uma série de parágrafos acerca das exigências da lei. Em cada caso, Jesus corrige a artimanha, enquanto realça os princípios espirituais e morais do reino.

1.1. Combatendo a raiz do mal. A interpretação dada por Jesus não era nada comum naqueles dias. Para os escribas e fariseus, não cometer homicídio era cumprir de modo integral o sexto mandamento [Êx 20.13; Dt 5.17]. Porém, Jesus foi além. Para Ele a proibição incluía pensamentos e palavras; a cólera, os insultos, e, também, o próprio homicídio. Aos olhos de Deus, o criminoso era tanto o que cometia o assassinato, quanto aquele que abrigava e alimentava ira contra o irmão; e o que cometia adultério era tão culpado quanto aquele que em seu coração abrigava pensamentos impuros [Mt 5.21-22]. A questão não era a atitude externa, mas principalmente o que desejava o coração.

Subsídio do Professor: Jesus ensinou que os pensamentos são tão importantes quanto os fatos, tudo se resume em que não era suficiente não praticar uma ação pecaminosa; era não alimentar o desejo de cometê-la. Jesus foi além porque afirmou que o homem não será julgado apenas por suas ações, mas, sim, e ainda mais, pelos desejos pecaminosos cultivados no íntimo, mesmo que esses desejos jamais tenham chegado a transformar-se em ação. Os padrões do mundo julgam apenas os atos exteriores, não são capaz de ver aquilo que há por trás do ato. Deus não vê como o homem, Ele vê aquilo que está no coração [1Sm 16.7].

1.2. O autocontrole vence a ira. Todos somos capazes de sentir raiva ou indignação, isso é inevitável. Isso pode acontecer em qualquer situação. No entanto, devemos sempre vigiar e procurar conter essa perigosa paixão dentro de nós [Ef 4.26]. John Stott disse: “Nem toda ira é maligna… e até mesmo os seres humanos pecadores podem, às vezes, sentir a ira justa. Contudo, sendo pecadores, devemos assegurar que até mesmo esta ira justa seja tardia em aparecer e rápida em desaparecer”. Aos olhos de Deus, aquele que se ira contra seu irmão, sem motivo, está sujeito a julgamento como se houvesse cometido homicídio [Mt 5.22a]. A justiça esperada dos filhos de Deus não consiste apenas em evitar o assassinato, mas em eliminar a ira de nossas relações pessoais.

Subsídio do Professor: Os grandes pensadores pagãos compreendiam perfeitamente a estupidez da “ira”; Cícero dizia que uma pessoa irada era incapaz de fazer-se inteligente ou agir de maneira justa. Sêneca descreveu a ira como “uma loucura passageira”. É importante ter em mente que ninguém que queira chamar-se “cristão” pode “perder o equilíbrio e a razão” quando de algum modo for ofendido pessoalmente. A Bíblia ensina claramente que não devemos abrigar a ira em nós [Tg 1.20; Cl 3.8].

1.3. O peso das palavras ofensivas. Jesus repudia dois tipos de atitudes. O primeiro caso era chamar o irmão de “Raca”, uma palavra que muda o sentido de acordo com o tom de voz [Mt 5.22]. A ideia aqui é o desprezo. Chamar alguém de “Raca” era considerar como um idiota sem miolos, alguém imprestável e nulo. Este termo depreciativo era muito ofensivo porque eliminava a identidade da pessoa e a despojava do significado vinculado ao seu verdadeiro nome. O segundo caso era chamar de louco, “Morós”, termo usado para um retardado moral, o homem que vive de maneira imoral e, portanto, desejaria que não houvesse Deus [Sl 14.1]. O primeiro caso deve ser entregue ao Sinédrio para julgamento; o segundo será réu do fogo do inferno [1Jo 3.15].

Subsídio do Professor: Jesus fala de dois casos em que a “ira” guardada no coração se manifesta com palavras ofensivas. A ira, o insulto e o xingamento são manifestações exteriores de uma atitude interior do coração. Ele quis dizer que o pecado da ira que não é apaziguado é mau, e, quando atinge o completo desprezo e começa a ser expresso em palavras, é ainda pior [1Jo 3.15]. Jesus nos ensina o quanto é grave destruir a boa reputação do próximo e como Deus vê e pune os que tais coisas fazem.

EU ENSINEI QUE:

Esta parte do Sermão da Montanha traz uma série de parágrafos acerca das exigências da lei. Em cada caso, Jesus corrige a artimanha, enquanto realça os princípios espirituais e morais do reino.

2- Confrontando as impurezas da alma

O sermão segue e Jesus destaca a importância de estarmos em paz com Deus e as pessoas; fala sobre o adultério e como deve ser a palavra de um servo cristão.

2.1. A oferta deixada no altar. Jesus mostra como é inútil ofertar a Deus quando não estamos em paz completa com os nossos semelhantes. Ele deixa claro que todas as vezes que abrigamos em nosso coração algum tipo de ressentimento, nossas ofertas não terão valor algum diante de Deus. O ponto central é pedir perdão, ficar livre de qualquer ressentimento e depois voltar e ofertar com paz no coração [Mt 5.23-24]. É claro que nem sempre conseguiremos nos reconciliar com todos ou chegar a um acordo, mas, como filhos de Deus, devemos fazer a nossa parte, e sempre tentar, até mesmo quando somos ignorados [Rm 12.18].

Subsídio do Professor: Às vezes nos perguntamos por que temos a sensação de que o céu está de bronze em nossas orações, e por que tal barreira entre nós e Deus; é bem possível que nós mesmos sejamos a causa de tal barreira. Jesus deixou claro que não podemos esperar boas respostas do céu quando nutrimos ressentimentos e ódio contra nossos semelhantes. Ser aceito por Deus exige que também estejamos em paz uns com os outros. De outro modo não acontecerá nada em nossos altares [Rm 12.18; Hb 12.14].

2.2. A cobiça no coração e o adultério. É possível um homem olhar para uma mulher, admirar sua beleza e não ter pensamentos lascivos após isso. O homem que Jesus descreve olha para a mulher com o propósito de alimentar seus apetites sexuais interiores, como um substituto para o ato sexual em si [Mt 5.27-28]. Não é uma situação acidental, mas um ato planejado. Isso vale tanto para o homem quanto para a mulher. A impureza sexual nasce dos desejos do coração e só existe uma maneira de evitar que o pecado possa ter ocasião em nossas vidas, crucificando a carne [Gl 5.16-24; 1Jo 2.16].

Subsídio do Professor: Jesus põe em vigor que aos olhos de Deus é culpado tanto o que comete o ato proibido, quanto o que cultiva o desejo de cometê-lo. O segredo é não alimentar esses desejos lascivos em nosso interior. O adultério não nasce do acaso. Tiago deixa claro que somos atraídos e engodados por nossa própria cobiça carnal [Tg 1.14-15]. O pecado deve ser tratado de maneira decisiva e rápida. Sua remoção deve ser imediata [Mt 5.29-30].

2.3. Os juramentos. Sob as leis do Antigo Testamento era permitido que as pessoas fizessem juramento para provar uma afirmação ou promessa importante. Os juramentos ou votos ajudavam as pessoas a permanecerem fiéis aos seus compromissos [Lv 19.12; Nm 30.2]. Porém, na época de Jesus, os fariseus usavam vários tipos de artifício para se esquivar da verdade, e o juramento era um deles [Mt 5.34-36]. Jesus apresenta o modelo ideal de um servo de Deus. Aquele cujo caráter é tão confiável e verdadeiro que não precisa dar garantias de que sua palavra irá se cumprir, aquele que apenas um “sim” ou “não” é suficiente [Mt 5.37].

Subsídio do Professor: Jesus vai à essência do propósito da lei quando diz que os discípulos não devem jurar “de forma alguma”. Para Ele, a simples palavra de um discípulo deve ter a mesma confiança de um documento ou contrato assinado. Se a natureza humana não fosse má, não haveria a necessidade de juramentos. O homem verdadeiramente bom não precisará jurar para que outros confiem nele; a veracidade de suas palavras e a firmeza de suas intenções não necessitam de tal garantia [Mt 5.37].

EU ENSINEI QUE:

Jesus destaca a importância de estarmos em paz com Deus e as pessoas; fala sobre o adultério e como deve ser a palavra de um servo cristão.

3- Construindo pontes

Jesus nos ensina de maneira prática como proceder diante das pressões inimigas. Seu objetivo é criar uma oportunidade para que o inimigo se converta à verdade do Reino de Deus.

3.1. Fugindo do ressentimento. A missionária cristã Amy Carmichael disse: “Nada que alguém nos faça pode causar-nos dano, a menos que nos submetamos a uma reação errada”. Não é exatamente o que alguém faz contra nós que nos prejudica, mas a maneira como reagimos diante delas [Mt 5.38-42]. É evidente que não podemos controlar o que as pessoas fazem, mas como cristãos podemos controlar nossas reações. É natural revidarmos imediatamente quando somos ofendidos, às vezes, reagindo com um golpe ainda maior do que o recebido. Jesus nos ensina que devemos estar preparados para sofrer sem responder com vingança [Rm 12.17].

Subsídio do Professor: A lei dizia: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” [Lv 19.18]. Mas os escribas além de omitirem as palavras: “como a ti mesmo”, ainda acrescentaram: “odiarás o teu inimigo” [Mt 5.43]. Para eles “o próximo” era apenas um outro judeu, colocando todas as demais pessoas na categoria de inimigos. Para Deus, nosso “próximo” inclui o nosso inimigo. Todo ser humano é nosso próximo. Nesse sentido foi que Jesus apresentou aos discípulos um padrão bem mais abrangente de amor.

3.2. O amor pelos inimigos. Assim como Deus nos amou e nos reconciliou com Ele quando éramos ainda Seus inimigos, Ele espera que façamos da mesma forma [Rm 5.10]. Jesus espera que vivamos nesse mundo em um nível bem mais elevado do que aqueles que não são cristãos. Nosso amor produz uma atmosfera de bênçãos que tanto aproxima, quanto torna mais fácil transformar os inimigos em amigos. Amar nossos inimigos é reproduzir em nós mesmos uma das características essências de nosso Criador [Mt 5.45]. Jesus nos convida a sair do círculo daqueles com os quais nos identificamos para nos interessar pelos de fora e demonstrar uma afeição sobrenatural [Mt 5.46-47].

Subsídio do Professor: Nosso maior exemplo em amar aqueles que nos odeiam, nos criticam e afirmam ser nossos inimigos é Jesus Cristo. Ele viveu este princípio radical e se tornou um exemplo vivo para Seus seguidores [1Pe 2.20-25]. Ele amou tanto que deu Sua vida pelos pecadores [Rm 5.8]. Nossa grande missão como discípulos de Jesus Cristo não é amar aqueles que nos amam ou de nosso círculo íntimo. É amar indistintamente, tanto ao que merece, quanto os que não merecem.

3.3. Sede perfeitos como o vosso Pai. O termo “perfeito”, usado em Mateus 5.48, vem da palavra grega “teleios”, que significa: fim, meta, propósito ou objetivo. Refere-se à nossa integridade e maturidade como filhos de Deus. William Barclay nos diz que esse termo destacava o homem quando alcançava a plenitude de sua estatura física, em oposição ao moço ou o menino que não está ainda desenvolvido. Uma coisa é “teleios” se ela realizar o propósito para a qual foi criada; um homem é “perfeito” se cumprir o propósito para o qual Deus o criou e enviou ao mundo.

Subsídio do Professor: O ensino de toda a Bíblia é que somente alcançamos a plenitude de nossa humanidade quando nos assemelhamos a Deus, essa é a meta final [1Jo 3.2]. A cada dia devemos crescer para alcançar essa plenitude e a única coisa que pode nos assemelhar a Deus é viver um amor incondicional, aprendendo a perdoar como Ele perdoa e a amar como Ele ama, e isso só poderá acontecer quando estivermos praticando intensamente os ensinamentos de Cristo [Mt 7.24].

EU ENSINEI QUE:

Jesus nos ensina de maneira prática como proceder diante das pressões inimigas. Seu objetivo é criar uma oportunidade para que o inimigo se converta à verdade do Reino de Deus.

CONCLUSÃO

As atitudes do coração são o adequado fundamento e fonte das ações externas. O coração devidamente enraizado em Jesus e edificado sobre Ele, produzirá bons frutos e resistirá às tempestades da vida [Mt 7.20, 25].

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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)

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