SUBSÍDIO EBD Lição 06: O Avivamento no Ministério de Pedro | 1º Trimestre de 2023 – Subsídios Escola Biblica Dominical das Lições Bíblicas Adultos CPAD: TEMA: AVIVA A TUA OBRA – O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus
LEITURA BÍBLICA
VERSÍCULO CHAVE
Pedro respondeu: Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo. (At 2.38 NAA).
Podemos analisar a vida espiritual do apóstolo Pedro em dois aspectos: o Pedro antes do pentecostes e o Pedro depois da experiência do pentecostes e, assim teremos uma ideia do quão importante é ser cheio do Espírito Santo.
I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES
Pedro era um homem impulsivo, em geral tempestuoso, sendo o primeiro a agir e falar o que lhe vinha à mente e caracterizava-se por seu entusiasmo em tudo o que participava.
1- Quem era Pedro?
A) Seu nome. Pedro (gr. Petros, que significa uma pedra pequena, é também chamado de Simão. Ocasionalmente nos evangelhos os dois nomes são usados juntos (Mt 16.16; Lc 5.8; Jo 1.40; 6.8; 68; 13.6,8,24,36; 18.10,15,25; 20.2,6; 21.2,7,11,15). Às vezes, o uso de ambos os nomes é indicado (Mt 4.18; 10.2; At 10.5,18,32; 11.13). É evidente que ele foi chamado de “Simão” ao longo do ministério de Jesus, porém tornou-se cada vez mais conhecido por “Pedro” durante o período apostólico.
O Novo Testamento nos diz que Pedro era casado. Em Marcos 1.29-31, Jesus cura a sogra dele. Em 1 Coríntios 9.5, o texto afirma que Pedro, juntamente com outros apóstolos casados, com frequência levava sua esposa com ele durante as viagens missionárias.
B) Sua cidade. O texto de João 1.44 afirma que a cidade natal de André (seu irmão) e Pedro era Betsaida. O nome do pai de Pedro era Jonas (João 1.42; 21.15-17). O pai era um pescador por profissão, como o eram seus filhos Pedro e André. Eles eram da cidade de Betsaida (Jo 1.44), mas posteriormente, quando eles encontram Jesus eles residem em Cafarnaum (Mc 1.21,29).
C) Ocupação. Pedro e seu irmão André eram pescadores no mar da Galiléia (Mt 4.18; Mc 1.16). É possível que eles fossem sócios no negócio da pesca com Tiago e João, filhos de Zebedeu (Lc 5.10).
D) Encontro com Jesus. A conversão de Pedro é presumida em João 1.42, quando André apresenta Jesus a seu irmão e este recebe um novo nome. André, irmão de Pedro, era um discípulo e seguidor de João Batista (Jo 1.35,40), mas tornou-se um seguidor de Jesus após o testemunho de João, “Eis, o Cordeiro de Deus!” (1.36,37). André, por sua vez, localizou seu irmão Pedro e disse, “Achamos o Messias” (1.41). Quando Jesus viu Pedro, disse, “tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas” (1.42).
E) Pedro, um líder dos discípulos. Pedro ocupou a posição de liderança no grupo dos doze. Ele é o primeiro nas quatro listas dos doze discípulos no Novo Testamento (Mt 10.2; Mc 3.16; Lc 6.14-16; At 1.13). Nos evangelhos ele é o mais frequentemente mencionado entre os doze. Ele frequentemente era o porta-voz dos doze (Mt 15.15; 16.16; Mc 8.29; Lc 9.20; Mt 18.21; 19.27; Mc 10.28; e Lc 18.28; 12.41).
O fato de os cobradores de imposto do Templo terem se aproximado de Pedro indica seu papel de liderança (Mt 17.24). Ao longo dos relatos, Pedro agiu e falou em nome dos demais discípulos. No evento da Transfiguração é Pedro quem queria levantar as tendas (Mc 9.5) e somente ele teve fé suficiente para tentar andar sobre as águas (Mt 14.28-31). É ele quem pede ao Senhor para explicar seu ensino sobre o perdão (Mt 18.21) e as parábolas (Mt 15.15; Lc 12.41). Ainda, é Pedro quem expressa a mente dos discípulos em Mateus 19.27: “Eis que nós deixamos tudo e seguimos o senhor; que será, pois, de nós?”
2- Confissão e repreensão.
A) Confissão. Em uma conversa com seus discípulos a respeito das declarações de quem o povo dizia que ele era, Jesus perguntou: “Mas vós, […] quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15) e Pedro respondeu sem hesitar: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16).
Em sua réplica, Jesus declarou o que tem sido tema de muitos comentários: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja […] Dar-te-ei as chaves do reino dos céus […]” etc. (Mt 16.13-19; Mc 8.27-29; Lc 9.18-20).
Mateus Mt 16.13-19. O significado desta passagem é que Cristo edificará a sua igreja sobre a verdade da confissão feita por Pedro e os demais discípulos, i.e., que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo (v. 16; At 3.13-26). Jesus emprega um trocadilho. Ele chama seu discípulo de Pedro (gr. Petros, que significa uma pedra pequena). A seguir, Ele diz: Sobre esta pedra (gr. petra, que significa uma grande rocha maciça ou rochedo) edificarei a minha igreja , i.e., sobre a confissão feita por Pedro.
B) Repreendendo Jesus. Certa ocasião, Jesus começou a informar seus discípulos acerca de seu sofrimento vindouro e morte. “E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás!” (Mt 16.21-23; Mc 8.31-33). Embora o Senhor pareça chamar Pedro de Satanás, na verdade Jesus estava reconhecendo Satanás nas palavras proferidas por Pedro.
3- Pedro e as atitudes de um homem impulsivo.
A) Na última ceia. Durante a celebração de sua última Páscoa, Jesus forneceu instruções a Pedro e João para os preparativos necessários (Lc 22.8). Depois de tudo pronto, Jesus começou a lavar os pés dos discípulos; entretanto, ao chegar a vez de Pedro, este declarou em humildade presunçosa: “Nunca me lavarás os pés”, mas ao ouvir a resposta de Jesus: “Se eu não te lavar, não tens parte comigo”, concordou e acrescentou que lavasse também as mãos e a cabeça (Jo 13.3-9).
B) No Getsêmani. Depois de acompanhar Jesus ao Getsêmani, Pedro puxou da espada ao ver Judas com a multidão armada para prender Jesus e cortou a orelha direita de Malco, servo do sumo sacerdote — atitude prontamente repreendida por Jesus (Mt 26.51-52; Jo 18.10-11).
C) Na Negação. Mais tarde, Pedro declarou que de modo nenhum abandonaria Jesus, ao que Jesus respondeu: Eu lhe digo, Pedro, que hoje, antes que o galo cante, você negará três vezes que me conhece (Lc 22.31-34 NAA).
Pedro então, nega a Jesus por três vezes:
PRIMEIRA NEGAÇÃO. Depois da prisão de Jesus, Pedro e João o seguiram de longe até o palácio do sumo sacerdote Caifás e entraram no pátio, onde uma serva perguntou a Pedro: “Não és tu também um dos discípulos deste homem? Não sou, respondeu ele” (Jo 18.15-17; Mt 26.58,69-70; Mc 14.66-68; Lc 22.55-57).
SEGUNDA NEGAÇÃO. A segunda negação ocorreu no alpendre, para onde havia se retirado. Ali outra serva exclamou aos que estavam por perto: “Este também estava com Jesus, o Nazareno”. Pedro negou, por meio de juramento, sequer conhecer Jesus (Mt 26.71-72; 14.69-70; Lc 22.58 [aqui quem o acusa é um homem]; Jo 18.25).
TERCEIRA NEGAÇÃO. A terceira negação ocorreu algum tempo depois (“passado cerca de uma hora”, Lc 22.59) em resposta a alguém que o acusou em razão de seu modo de falar (Mt 26.73). Pedro começou a praguejar e declarou: “Não conheço esse homem!” (Mt 26.74). O galo cantou em seguida e Pedro, ao ver Jesus fitando-lhe os olhos (Lc 22.61), percebeu sua própria culpa e “saindo dali, chorou amargamente” (Mt 26.73- 75; Mc 14.70-72; Lc 22.59-62; Jo 18.26-27).
Entre as principais características de Pedro podese destacar: Devoção ao Mestre (Jo 13.37), que o levava a exageros (Jo 13.9), e uma disposição vigorosa que por vezes se manifestava como ousadia (Mt 14.29) e impulsividade (Jo 18.10). Possuía um temperamento colérico que se deslocava facilmente de um extremo a outro (Jo 13.8-9).
II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES
1- A transformação de Pedro.
Após ser batizado no Espírito Santo, Pedro foi transformado noutro homem. A vida de Simão Pedro é um testemunho imperecível de como o Espírito Santo pode transformar uma vida e usá-la a serviço do Reino de Deus. Depois da experiência do batismo com o Espírito Santo, no Dia de Pentecostes (At 2), Pedro nunca mais foi o mesmo. Tornou-se um homem cheio do Espírito, um grande pregador e um apóstolo de sucesso.
2- A vida de Pedro durante e depois do pentecostes.
A) Durante o Pentecostes. Pedro foi revestido de coragem (At 2.14), para pregar as boas-novas de salvação (At 2.14), com revelação, unção (At 2.15,16), autoridade (At 2.23) e um bom testemunho (At 2.31,32).
B) Depois do Pentecostes. Depois do Pentecostes, o ministério de Pedro foi marcado por numerosas demonstrações do poder de Deus: um coxo foi curado (At 3), o lugar em que Pedro e outros irmãos em Cristo estavam reunidos moveu-se com o poder Deus (At 4.31), ele usou o dom de discernimento de espíritos (At 5.1-4), um avivamento ocorreu em Samaria (At 8), ele foi liberto da prisão por um anjo (At 12.1-19).
DOSE DE CONHECIMENTO
O PERFIL DE PEDRO
A história de Pedro é contada nos Evangelhos e no livro de Atos. O apóstolo também é mencionado em Gálatas 1.18 e 2.7-14. Ele escreveu as duas epístolas que levam o seu nome: 1 e 2 Pedro.
Pontos fortes e êxitos
• Tornou-se um líder reconhecido entre os discípulos de Jesus, estava entre os três mais próximos do Mestre.
• Foi a primeira grande expressão do evangelho, durante e depois do Pentecostes.
• Provavelmente, conheceu Marcos e deu-lhe informações que foram registradas no Evangelho deste.
• Escreveu duas epístolas: 1 e 2 Pedro.
Fraquezas e erros
• Muitas vezes, falava sem pensar, mostrando-se impulsivo e impetuoso.
• Durante o julgamento de Jesus, negou três vezes que o conhecia.
• Mais tarde, Pedro considerou muito difícil tratar com igualdade gentios e judeus convertidos ao cristianismo.
Lições de vida
• O entusiasmo deve unir-se à fé e ao conhecimento, para não se extinguir.
• A fidelidade de Deus pode compensar nossas maiores infidelidades.
• É melhor ser um seguidor que erra às vezes do que alguém que não segue ao Senhor.
Informações essenciais
• Ocupações: Pescador, discípulo.
• Familiares: Pai – João: irmão – André.
• Contemporâneos: Jesus. Pilatos, Herodes.
Fonte: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal – CPAD
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Lições Adultos – EDITORA BETEL
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