Lição 6: Na Salvação, o Novo Nascimento

Classe: Adolescentes/1°trimestre de 2019

TEXTO BÍBLICO João 3.3-8

DESTAQUE“Jesus respondeu: — Eu afirmo ao senhor que isto é verdade: ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo” (Jo 3.3).

LEITURA DEVOCIONAL


SEG……………………………………………………….Ap 13.8

TER……………………………………………………….Mt 20.28;Mc 10.45

QUA………………………………………………………Os 6.6

QUI……………………………………………………….Hb 9.11,12

SEX……………………………………………………….Rm 8.1;2Co 5.17

SÁB………………………………………………………Jo 3.3

DOM……………………………………………………..Rm 8.34-37

 Objetivos

Explicar o termo Expiação;Apontar a morte de Jesus como substitutiva para a humanidade;Afirmar que o novo nascimento é produto da operação da salvação de Deus para o Homem. 
Material DidáticoLeitura de texto, discussão do-texto, sugestões de propostas.

Quebrando a Rotina

Professor, sugerimos uma atividade que precisará um pouco mais de tempo que as outras. Por isso, procure separar entre 10 a 15 minutos da aula para fazê-la. A nossa sugestão é  que você reproduza o trecho do segundo AUXÍLIO TEOLÓGICO, O texto trata do Reino de Deus como o ponto central da mensagem d Jesus. Leia e debata o texto com a classe.


Na lição anterior, vimos que o Pecado atingiu todo o s.er humano e a criação. Agora, uma vez que somos nascidos de novo, somos convocados por Jesus a proclamar o Reino de Deus para o homem caído e a criação caída. Enquanto o Reino de Deus não se revelar plenamente, como discípulos de Jesus, devemos expressar a mensagem do Reino para cada ser humano. Com base nisto, estimule a turma a pensar ações de evangelização e de projeto social na vizinhança, apresentando o Reino de Deus para as pessoas.

A humanidade inteira está encerrada debaixo do Pecado: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Esta é a situação do ser humano sem Deus! É a situação da humanidade mergulhada no Pecado desde os tempos passados, e que precisa desesperadamente de um Salvador, de um Redentor, de um Justificador e Senhor. Este Senhor já veio, um projeto delineado por Deus antes mesmo do advento do Pecado: “[O] Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8).


Em sua soberania e onisciência, o Senhor nosso Deus, segundo o conselho da sua sabedoria, proveu o escape para todo o género humano, isto é, o ser humano que crê na suficiência do sacrifício de Cristo. Se há uma doutrina que, sem constrangimento, demonstra o amor de Deus pelo ser humano é a doutrina da Salvação. Ninguém tem como manipular o ato de salvação.
Primeiro, porque é pela graça de Deus, e não pelos méritos humanos. Segundo, porque não há como o ser humano “adivinhar” quem vai, ou não, para a perdição eterna. Deus não revelou esse segredo para ninguém. A Bíblia diz que o desejo de Deus é que todo ser humano se salve (1Tm 2.4). Por isso, nós temos o compromisso de pregar o Evangelho a todo o ser humano. Tenha uma boa aula!


Jesus é o “Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Este versículo mostra que Deus não foi pego de surpresa quando o pecado adentrou ao mundo. Lembra daquela qualidade divina que estudamos na lição 2, a Onisciência? Isto é, Deus conhece todas as coisas antes de acontecerem. Diferentemente de nós, Ele conhece o passado, o presente e o futuro. Antes de o Pecado entrar no mundo, e antes mesmo de o mundo ser criado, o Pai havia planejado entregara seu Filho em lugar da humanidade. Ele conheceu todas as coisas. Tanto a consequência da liberdade do homem quanto à motivação das suas escolhas. Não é assim?


Quantas vezes os nossos pais nos pediram para não fazer determinada coisa, mas desobedientemente não ouvíamos. Em seguida, levávamos o prejuízo. O prejuízo do pecado foi caro. Era preciso o Cordeiro de Deus morrer em nosso lugar. Sim, uma pessoa pura, inocente e amorosa morreu no lugar do pecador.


A expiação, expia o quê

Para compreendermos o valor da morte de Jesus de Nazaré, sua conexão com a nossa realidade de pecado e a salvação da vida através da Cruz do Calvário, precisamos saber o conceito de Expiação.

Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe, “a ideia básica da expiação está ligada à reparação de um mal, à satisfação das exigências da justiça por meio do pagamento de uma penalidade” (p.752). Logo, a Expiação é o sacrifício cuja finalidade é a de reparar os pecados da pessoa, ora cometidos. A ideia de sacrifício é universal. Lendo um livro de história você verá que muitas religiões têm a figura do sacrifício como um elemento de punição. Alguém mata um animal ou um ser humano para oferecê-lo a um deus a fim de receber aprovação divina. Mas uma pergunta pode ser feita: Qual a diferença do sacrifício da Bíblia para o sacrifício dos povos de outras religiões?


Em primeiro lugar é que na Bíblia não há sacrifício humano. Deus proíbe terminantemente alguém de fazer sacrifício oferecendo o ser humano como oferta (Gn 18.21; 20.2; Dt 18.10).
Outra diferença está na individualidade do pecado. Enquanto que em outras religiões a responsabilidade do pecado não é individualizada, na Bíblia, para não se punir um povo inteiro, o Deus amoroso responsabiliza a pessoa que comete o crime, devendo ela comparecer pessoalmente à Casa de Deus para oferecer os sacrifícios (Ez 18.20).
Então surge um sistema de sacrifício no Antigo Testamento que durou até o ano 70 d.C – descrito nos Evangelhos. Para remissão do pecado da humanidade foi preciso Deus Pai entregar o seu único Filho, Jesus Cristo, para morrer na Cruz do Calvário em nosso lugar. O Nazareno entregou voluntariamente a sua própria vida por amor ao mundo (Mt 20.28; Mc 10.45).


AUXÍLIO TEOLÓGICO Prezado professor, uma informação importante para você se aprofundar no tema da Expiação é conhecer o significado de “salvação”, ao longo das Escrituras. Por exemplo, no Antigo Testamento, a palavra “salvação” aparece frequentemente com o significado de “livramento” e de “libertação”. No contexto da nação de Israel, o termo se aplica à “salvação” física, pessoal e nacional (Êx 3.8; 2 Cr 32.17; SI 22.21). Ainda, no Antigo Testamento, “salvação” também tem uma conotação espiritual. Um exemplo dessa característica é o clamor do salmista Davi quando ele apela para Deus salvá-lo de todas as suas transgressões (SI 39.8; 51.14).


Em o Novo Testamento, a palavra “salvação” aplica-se, em primeiro lugar, ao nome de Jesus: “[…] E lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1.21). O nome de Jesus se refere à “salvação mediante o Senhor”. O termo “salvação”, em o Novo Testamento, também poderia se referir a “salvar a pessoa da morte; da enfermidade física; da possessão demoníaca; ou da morte inevitável” (Mt 8.25; 9.22; Lc 8.36; 8.50). Mas, significa, principalmente, a salvação espiritual que Deus providenciou por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor (1Co 1.21; 1Tm 1.15; Ef 2.8).
A partir de então não fica difícil compreendermos que a expiação, segundo o sacrifício de Jesus, supriu para sempre a dívida que tínhamos para com Deus mediante ao pecado dos nossos primeiros pais, Adão e Eva. Quando estudamos a doutrina da Expiação, compreendemos o tão grande amor de Deus pelos seres humanos. Em Cristo Jesus, Deus estava reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5.19).


A morte substitutiva de Jesus

No Antigo Testamento, os sacerdotes apresentavam uma série de sacrifícios para salvar o povo e a si mesmos. Eles sacrificavam touros, bodes e ovelhas. Certa vez o rei Salomão fez um incrível culto de sacrifícios de animais para pedir perdão a Deus e com sagrar um Templo (1Reis 8.62-63). Imagine um estádio de futebol cheio de touros e de ovelhas sendo sacrificados por intensos quatorze dias! Certamente não seria um espetáculo bonito de se ver. Mas quando lemos 1Reis 8 percebemos a sinceridade do rei e dos sacerdotes e a expectativa do povo em adorarão Deus único. Por isso,  Deus responde positivamente ao rei. O Senhor falou com Salomão e o seu povo.


Entretanto, nem sempre foi assim. Não demorou muito e o culto a Deus se transformou em uma reunião mecânica e numa forma de ludibriar pessoas inocentes. Olha o que o profeta Oseias profetizou: “Eu quero que vocês me amem e não que me ofereçam sacrifícios; em vez de me trazer ofertas queimadas, eu prefiro que o meu povo me obedeça” (Os 6.6).

Aqui, o problema não era o sacrifício. De maneira nenhuma. O problema era apresentar sacrifícios a Deus sem amá-lo. Participar do culto a Deus sem reverenciá-lo. Sem desejar intimidade com Ele. O Pai contempla o coração de cada ser humano. Sabe bem o que de fato passa pela nossa mente e qual é a nossa intenção.
Então, Deus enviou o seu Filho para morrer por nós de uma vez por todas (Jo 3.16) afim de que nunca mais homens e mulheres precisem de qualquer sacrifício para tirar o próprio pecado (Hb 9.11-22).
Jesus morreu em nosso lugar, sua morte é poderosa e suficiente para nos redimir de todo o pecado. Para nos perdoar de qualquer circunstância que outrora nos envergonhava. E horrível sentir vergonha por uma coisa que fizemos e que sabíamos que não era para ser feito. Olha, se você está assim, e se esta palavra tem alcançado o seu coração, saiba de uma coisa: “Agora já não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus” (Rm 8.1) e “Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo” (2 Co 5.17).


Eu nasci de novo

O texto de referência para nossa lição conta a história de um mestre judeu, fariseu e de nome Nicodemos que dialogou com Jesus num certo lugar da Galileia. Ele reconheceu que o nazareno era mestre e que Deus era com ele. Mas o nosso Senhor não se deixou levar pelo elogio, logo depois lhe respondeu: “Eu afirmo ao senhor que isto é verdade: ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo” (Jo 3.3).
Nicodemos não entendeu o que Jesus estava falando porque ele estava com a sua mente ligada na Lei, no mundo das concepções terrenas. Para nascer de novo o Homem deve crer que Deus enviou Jesus Cristo a fim de que não perecêssemos: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). O resultado dessa entrega de Deus Pai é a vi da eterna a todos quantos crerem no presente de Deus.
Nós passamos a ser nova criatura, ou nascidos de novo, quando cremos de todo o coração e com toda a nossa força e pensamento que Jesus é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. E através do sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário obtemos o perdão das nossas transgressões. Mediante a obra na Cruz, a nossa dívida foi para sempre quitada, cancelada e anulada. Ninguém pode apresentar quaisquer acusações contra nós porque Deus nos justificou em Cristo Jesus (Rm 8.34).
Então o que eu preciso fazer para nascer de novo? Arrepender-se e crer no Evangelho! Arrepender-se de quem tu és. Do que faz. Do que pensa. Do que fala contra os outros. Da raiva que sente. Da mentira. Do engano.Do fingimento. Do amor fingido. Arrepender-se de todo coração! £ crer que tudo o que o Evangelho disse que Deus fez por nós por meio de Cristo Jesus é a mais absoluta verdade. Crer de todo o coração que nós merecíamos ser condenados por Deus, mas pelo seu amor Ele enviou a Jesus para nos salvar. Na verdade somos pecadores que precisam de um Salvador: Jesus Cristo.
Quando nascemos de novo não significa que nunca mais pecaremos, pois somos falíveis e de carne e osso. Mas temos o Espírito Santo que conscientiza-nos dos nossos pecados e a Jesus Cristo, o Filho de Deus, que está à destra do Pai, como o nosso Advogado Fiel intercedendo por nós (1Jo 2.1,2,12).


AUXÍLIO TEOLÓGICO Após nascermos de novo, temos uma mensagem a proclamar ao mundo. Mas para proclamá-la ao mundo é preciso saber o ponto central da proclamação do nosso Senhor e Cristo Jesus. O missiólogo, George W. Peters nos esclarece a respeito do Reino de Deus, o ponto central da proclamação de Jesus:
Marcos resume a proclamação de Jesus Cristo nestas palavras: ‘Veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do reino de Deus, e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho’ (Mc 1.14-15).
Mesmo uma pesquisa superficial dos Evangelhos irá convencer logo o leitor de que o conceito do Reino de Deus estava mais proeminente no ensinamento de Jesus e formava o ponto central de sua proclamação. Ele começou a sua pregação (Mc 1.14,15) e terminou com um discurso sobre esse tema (At 1.3). No meio disso, várias referências apontam para esse ponto. Declarações diretas e interpretações parabólicas sobre o assunto caracterizavam sua pregação. Cristo foi, realmente, um Pregador do Reino de Deus (compare suas mais de sessenta referências a isso nos relatos dos Evangelhos)” (Teologia Bíblica de Missões, CPAD, 2013, pp.49-50).


ATIVIDADE 1
Eu quero que vocês me amem não que ofereçam sacrifícios; vez de me trazer ofertas queimadas, eu prefiro que o meu povo me obedeça.

Qual profeta disse estas palavras?(a) lsaías        (b) Josué (c) Jeremias    (d) Oseias (e) Jesus
ATIVIDADE

2Marque com C a informação correta e com E a errada.( E )  Nicodemos era um dos sacerdotes do Templo.(C) Para nascer de novo a pessoa deve crer que Deus enviou o seu Filho para não nos deixar perecer.(C) O que eu e você precisamos fazer para nascer de novo? Arrepender-se e crer no Evangelho!(E)Quando nascemos de novo significa que nunca mais seremos pecadores.(E) O Espírito Santo conscientiza-nos do pecado.

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Recapitulando

Nesta aula aprendemos o conceito de Expiação. Vimos que ela significa uma reparação ao mal praticado por alguém. Aprendemos que Jesus fez o sacrifício expiatório por toda a humanidade e que a sua morte na Cruz do Calvário foi e é suficiente para nos justificar de todo pecado e de quaisquer acusações. Em Cristo, estamos livres! Somos novas criaturas. Peia fé, mediante a graça de Deus, nascemos de novo para o Senhor. Compreendemos que para nascermos de novo temos de passar pela experiência do arrependimento e de crer no Evangelho.
Cremos, portanto, que a Salvação é um bem gracioso de Deus Pai, por meio do seu Filho Jesus Cristo. Esse bem é de graça. Está aberto a tantos quantos se arrependerem dos pecados e crerem no Evangelho.


REFLETINDO 1. Após estudar o assunto “expiação”, revele a nós o que apreendeu sobre o tema.Peça aos alunos, na medida do possível, para responder com as próprias palavras o que eles entenderam por expiação. Oriente-os nesta atividade.

2. Deus é pego de surpresa nos acontecimentos do mundo? Naturalmente que não. A ideia é que você faça os alunos refletirem na condição da humanidade.

3. “Ao nascermos de novo, e enquanto estivermos neste mundo, não seremos mais pecadores necessitados do perdão de Deus”. Explique esta afirmação.Ainda nascidos de novo, não temos um corpo glorificado e, portanto, estamos sujeitos ao pecado, pois habitamos num corpo não redimido. Mas um dia seremos como o Senhor Jesus é.