EBD – Lição 13: Um Exílio e uma Esperança | 2° Trimestre de 2023 | EBD ADOLESCENTES

EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2023 | Tema do Trimestre: A História do Povo Escolhido | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 13: Um Exílio e uma Esperança

Lição 13: Um Exílio e uma Esperança | 2° Trimestre de 2023 | EBD ADOLESCENTES

LEITURA BÍBLICA

2 Reis 17.9-232 Crônicas 36.11-21

A MENSAGEM

[…] Povo de Israel, não fique assustado! Eu os libertarei dessa terra distante, da terra onde vocês são prisioneiros. Os descendentes de Jacó voltarão e viverão em paz […]. Jeremias 30.10

Devocional

Segunda » 2 Rs 17.5,6
Terça » Jr 25.1,2,9
Quarta » 2 Rs 25.21
Quinta » Ez 1.1-3
Sexta » Hc 2.1-4
Sábado » S L 126.1-6

Objetivos

APRESENTAR o desfecho da história do povo de Israel no Antigo Testamento;
DESTACAR a importância e a atuação dos profetas antes e durante os exílios dos hebreus;
REFLETIR sobre a justiça, a misericórdia, a fidelidade e a bondade de Deus

Ei Professor!

Chegamos ao fim deste trimestre. Espero que tenha sido uma jorna prazerosa de muita reflexão e aprendizado. A história do povo de Israel nos deixa muitos exemplos de como agir e de quais caminhos não seguir. Também nos mostra a importância de fazermos boas escolhas diante de Deus. Guarde esses ensinamentos no seu coração. Nossa oração é que Deus continue abençoando sua vida e que Ele mantenha o seu ministério frutífero. Lembre-se sempre do que diz a Palavra de Deus: “Portanto, queridos irmãos, continuem fortes e firmes. Continuem ocupados no trabalho do Senhor, pois vocês sabem que todo o seu esforço nesse trabalho sempre traz proveito” (1 Co 15.58)

PONTO DE PARTIDA

Para essa última aula, separe um momento para fazer uma avaliação com a turma sobre o trimestre. Pergunte para seus alunos o que eles mais gostam na classe de Escola Dominical. Ouça as respostas e reflita junto com eles sobre os pontos fortes e sobre as experiências que precisam ser aperfeiçoadas. Anote as sugestões e críticas relevantes. Ao desenvolver esta última aula, durante o primeiro e o segundo tópico, reflita com a turma sobre os erros de Israel (como nação) diante de Deus e ressalte as consequências. Considere com eles que ainda hoje Deus exerce juízo e misericórdia em nossas vidas, assim como fez com o seu povo no Antigo Testamento.

Vamos Descobrir

Aprendemos que Israel foi dividido em dois reinos, o Reino do Norte (Israel) e Reino do Sul (Judá). Após a divisão, ambos os reinos desobedeceram a Deus e se entregaram à idolatria. Israel não teve nenhum rei temente a Deus. Judá teve alguns. Todavia, pelas desobediências constantes, Deus exerceu juízo contra eles e os permitiu serem expulsos de suas terras. Eles foram levados cativos. Porém, esse não poderia ser o fim da história do povo escolhido. Vamos aprender mais?!

Hora de Aprender
I – O JUÍZO DE DEUS SOBRE ISRAEL

O Reino do Norte se manteve por um pouco mais de dois séculos. Nesse período, 20 reis governaram Israel. Ao longo dos anos, os reis e o povo pecaram contra Deus, que enviou seus profetas. Os profetas anunciaram que o juízo viria sobre a nação, exatamente como descrito por Moisés (Dt 28.45,63-65). Elias, Eliseu, Amós, entre outros, profetizaram contra Israel, alertando sobre os seus pecados.

Era uma oportunidade de arrependimento que o Senhor estava oferecendo. Entretanto, eles rejeitaram a mensagem dos profetas fiéis a Deus (2 Rs 17.13,14). O Reino do Norte tornou-se uma nação de idólatras, que edificava imagens e altares a Baal e outras divindades pagãs da época (2 Rs 17.10). O povo chegou ao ponto de queimar os seus filhos em altares pagãos, além de crer em adivinhações (2 Rs 17.17).

Então, no governo do rei Oséias, a nação foi tomada pela Assíria. Oseias não temia ao Senhor e seus pecados contaminaram toda a nação que, inclusive, vinha em uma sequência de reis maus (2 Rs 17.2). Portanto, foi o declínio espiritual e moral de Israel que gerou o juízo. Deus levantou a Assíria para punir Israel pelos seus pecados (Is 10.5). Os motivos da queda de Samaria foram, sobretudo, espirituais (2 Rs 17.16,18).

A Assíria atacou Israel e, em 722 a.C., o povo se rendeu. Esse ano marca o fim do Reino do Norte. Os judeus foram levados cativos e os que ficaram no território tiveram que pagar tributos. Eles perderam a autonomia e a liberdade quando se tornaram servos da Assíria. O cativeiro trouxe ao povo dor, sofrimento, perdas, mortes e consciência de pecado.

I – AUXÍLIO DIDÁTICO

“Os belicosos assírios dominaram o Oriente Médio durante o que é conhecido como a era Neo-Assíria, estendendo-se desde 911-609 a.C. Com um império centrado no que agora é o Iraque , as políticas agressivas dos assírios tiveram um impacto esmagador sobre os dois reinos dos hebreus […]. Os anos 744-627 a.C. viram um ressurgimento do poder da Assíria. Seus reis impuseram forte controle central e inventaram um programa de reassentamento destinado a refrear o nacionalismo dos povos conquistados e forçar a assimilação do império. Em 722 a.C. Israel caiu e seu povo foi deportado.

Ao mesmo tempo, Judá foi reduzido a um estado vassalo, apesar de ter realizado uma revolta rapidamente em 704-701 sob Ezequias. O Império Assírio, depois de 300 anos de poderio, desmoronou-se durante os anos de 627-609 a.C e foi suplantado pelos, ainda mais poderosos, babilônios, cujo rei, Nabucodonosor, subjugou Judá. Enquanto os profetas do Antigo Testamento prediziam o julgamento da Assíria por Deus, eles também reconheciam que a Assíria era instrumento de Deus, A vara da minha ira, é como o bordão nas suas mãos’ (Is 10.5)’’ (RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.255).

II – O JUÍZO DE DEUS SOBRE JUDÁ

A queda de Samaria, ou seja, o cativeiro de Israel, ocorreu durante o 6o ano de reinado de Ezequias em Judá (2 Rs 18.9-11). Após esse advento, em Judá, ainda governaram sete reis, em um intervalo de pouco mais de 100 anos. Durante esse período, o povo de Judá também abandonou o Senhor, praticou a idolatria, profanou o culto e desobedeceu aos mandamentos. O juízo de Deus sobre seus irmãos, não despertou nos hebreus do sul o arrependimento, exceto durante o governo de reis que decidiram instruir o povo no caminho justo, tais como Ezequias e Josias.

Então, Deus também levantou uma nação estrangeira e inimiga para instrumentalizar seu juízo sobre Judá (Jr 27.1,6). Após grandes conquistas, a Assíria perdeu força e deixou de ser a grande potência da época. A Babilônia, aproveitando-se desse enfraquecimento, atacou e conquistou o Império Assírio. Em um esforço para expandir o império, a Babilônia começou a tentar conquistar o território de Judá.

Nabucodonosor conseguiu o controle sobre Jerusalém pela primeira vez em 605 a.C. e levou para a Babilônia um pequeno grupo de cativos, entre eles estavam Daniel, Ananias, Misael e Azarias (Dn 1.3,6). Em 597 a.C., Nabucodonosor cercou novamente Judá. O rei Joaquim se rendeu ao invasor, que levou outra parte dos utensílios do Templo para a Babilônia, além de um grupo de cativos de 10 mil pessoas (2 Rs 24.11-15), dentre elas, o profeta Ezequiel (Ez 1.3).

Mais tarde, a fim de enfrentar uma séria revolta liderada pelo rei de Judá, Zedequias, Nabucodonosor cercou novamente Jerusalém . Em 586 a.C., após um prolongado cerco, o imperador babilônico destruiu a cidade de Jerusalém (2 Rs 2 5.1,2). Nessa ocasião, o Templo foi destruído e a maior parte dos habitantes de Judá foi levada cativa, deixando em Jerusalém apenas os mais pobres, em uma situação de miséria e destruição (2 Rs 25.9).

A destruição da cidade, do Templo e o cativeiro do povo de Judá ocorreram devido aos pecados, a prática de idolatria, a falta de temor a Deus e a decadência moral e espiritual dos hebreus. O juízo de Deus trouxe grande tristeza sobre o povo, que sofreu profundamente nas mãos das nações inimigas. A devastação gerada em Jerusalém está registrada em detalhes no livro Lamentações, escrito pelo profeta Jeremias.

II- AUXÍLIO DIDÁTICO

“A terceira vez que as forças babilônicas aparecessem diante de Jerusalém, Nabucodonosor ordenou que a maior parte do seu povo fossem destruídos, e que a maior parte de seu povo fosse levada para o cativeiro. Os poucos que restaram assassinaram o governador babilônio e a sua guarnição, e fugiram para o Egito, deixando a terra vazia dos descendentes de Abraão. Superficialmente, o cativeiro babilônico parece uma grande tragédia. No entanto, ele provou ser uma bênção incomum. Na Babilônia os judeus se voltaram para as escrituras a fim de entender o que lhes acontecera.

De forma decisiva rejeitaram a idolatria; depois do cativeiro a nação nunca mais foi atraída para a adoração a falsos deuses. E enquanto estavam na Babilônia, o sistema de estudo e oração nas sinagogas foi instituído; um sistema que manteve o foco de Israel nas Escrituras até o dia de hoje. Mesmo no mais terrível dos juízos Deus permaneceu verdadeiro ao seu compromisso em fazer o bem ao seu povo. Não obstante o que acontecer a você e a mim, sabemos que Deus tem um compromisso conosco. Ele nos ama, e nos fará bem’’ (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 227).

III – DEUS NÃO DESAMPAROU O SEU POVO

A Bíblia mostra que Deus não desamparou o seu povo. Ao longo da história, antes, durante e depois do exílio, Deus continuou falando, através dos seus profetas. Habacuque, Jeremias e Ezequiel viveram nesse período. O ministério deles marcou o povo hebreu.

1- Habacuque.

O profeta Habacuque viveu em Judá. Na sua época, a Babilônia crescia e tinha domínio sobre muitas nações. Judá seria dominada em breve por esse império. O profeta sabia que os últimos reis de Judá foram homens que não temiam ao Senhor e que oprimiram seu próprio povo. Habacuque viveu em um tempo de grandes dilemas morais e espirituais. Ele questionava a Deus por, aparentemente, não punir a iniquidade na sociedade (Hc 1.2-4). Mas Deus mostrou ao profeta que os babilônios eram o instrumento do seu juízo sobre Judá (Hc 1.5-7). Habacuque foi confrontado pelo Senhor, que lhe disse que o justo viveria pela fé (Hc 2.4). Por fim, o profeta entendeu que deveria ter fé em Deus, e se alegrar na presença dele, independente das circunstâncias (Hc 3.17-19).

2- Jeremias.

Jeremias era filho de sacerdote (Jr 1.1), todavia, Deus o chamou para ser profeta, desde o ventre de sua mãe (Jr 1.5). Ele enfrentou muitas dificuldades por ser um profeta fiel a Deus: foi proibido de se casar e ter filhos (Jr 16.2); foi Lançado num poço (Jr 38.6); lutou contra falsos profetas (Jr 28.10); foi desacreditado (Jr 43.1,2); foi ameaçado de morte (Jr 26.7,8); viu a fome, o luto, a miséria e a guerra destruírem o povo hebreu e assistiu a cidade de Jerusalém ser queimada (Lm 1.1-5). Jeremias anunciou, diversas vezes, o cativeiro babilônico. Todavia, falsos profetas anunciavam que em dois anos a nação retornaria do cativeiro (Jr 28.11). Isso confundiu o povo, mas Jeremias, por ser um verdadeiro profeta, tinha certeza de que o cativeiro duraria 70 anos, conforme anunciado por Deus (Jr 25.11). A história, o ministério e mensagem deste profeta estão registrados no livro de Jeremias e no livro Lamentações de Jeremias.

3- Ezequiel.

Ezequiel, assim como Jeremias, também era filho de sacerdote e foi chamado para ser profeta (Ez 1.1). Ezequiel viveu no mesmo período de Jeremias, todavia era mais jovem. Ele foi levado prisioneiro pela Babilônia e passou a viver às margens do rio Quebar. Foi nesse lugar que Ezequiel teve visões e viu a glória de Deus (Ez 1.3). Ali mesmo, na Babilônia, o profeta foi instrumento de Deus anunciando juízo a muitas nações ímpias (Ez 25.11) e esperança para Judá (Ez 37.14). Ezequiel foi usado por Deus para instruir os judeus que estavam no cativeiro. Através dele, Deus anunciou promessas ao povo escolhido, especialmente , sobre um tempo de restauração após o cativeiro (Ez 36.24-28) e sobre a vinda do Messias (Ez 34.15,23; Jo 10.11). O ministério de Ezequiel era um sinal vivo da presença e do cuidado de Deus para com o seu povo (Ez 3.16,17) Durante o cativeiro uma nova geração de hebreus foi formada. Ali eles reaprenderam a adorar somente ao Senhor.

O pecado da idolatria foi destituído do meio do povo. Após o período de 70 anos, Deus começou a cumprir sua promessa de restauração . Um novo império se estabeleceu: a Pérsia passou a dominar a antiga Babilônia. O novo imperador, sendo usado por Deus, permitiu , por meio de decreto , o retorno dos judeus para Jerusalém (2 Cr 36.22,23). Assim, centenas de judeus começaram a retornar para a região de Judá, a fim de reconstruir o Templo e a cidade de Jerusalém e, o que de fato foi realizado mediante a liderança de Zorobabel, Esdras e Neemias (Ed 2.1,2,64,65; Ne 7.1,8.1-3). Alguns séculos depois, nessa mesma região, Deus cumpriu a sua grande promessa: o Messias, Jesus Cristo, nasceu em Belém, na região de Judá (Mt 1.1, 2.1).

III – AUXÍLIO DEVOCIONAL

“O chamado que Deus fez a Jeremias nos ensina quão intimamente Deus nos conhece. Ele nos valorizava antes que qualquer outra pessoa soubesse que nós existiríamos. Ele cuidou de nós enquanto estávamos no ventre de nossas mães. Ele planejou nossas vidas enquanto nossos corpos ainda estavam sendo formados. Ele nos valoriza mais do que nós mesmos nós valorizamos. Jeremias teve de confiar no amor de Deus, ao desenvolver a persistência. Seus ouvintes eram , normalmente, antagonistas ou apáticos à sua mensagem. Ele era ignorado; sua vida foi frequentemente ameaçada.

Ele viu tanto a emoção de um despertamento espiritual como a tristeza de um retorno nacional à idolatria. Com a exceção do bom rei Josias, Jeremias viu, um rei após outro, ignorar suas advertências e afastar o povo de Deus. Ele viu outros profetas sendo mortos. Ele mesmo foi severamente perseguido. Finalmente, ele viu a derrota de Judá pelas mãos dos babilônios. Jeremias reagiu a tudo isso com a mensagem de Deus e lágrimas humanas. Ele sentiu, em primeira mão, o amor de Deus pelo seu povo, e a rejeição do povo a esse amor.

Mas mesmo quando estava irado com Deus e tentado a desistir, Jeremias sabia que tinha que prosseguir. Deus o havia chamado para persistir. Ele expressava sentimentos intensos, mas via, além dos sentimentos, o Deus, que em breve iria executar justiça, mas que, posteriormente, iria exibir misericórdia” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 955).

CONCLUSÃO

O mesmo Deus que puniu o seu povo com o exílio, por constantes desobediências e intensa idolatria, os trouxe de volta, por sua imensa misericórdia. Deus anunciou ojuízo e a esperança e cumpriu toda a sua Palavra.

Gostou do site? Ajude-nos a manter e melhorar ainda mais este Site.
Nos abençoe com Uma Oferta pelo PIX: CPF 346.994.088.69 Seja Um Parceiro Desta Obra. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Lucas 6:38

VAMOS PRATICAR

1 – Qual nação estrangeira levou o Reino do Norte ao cativeiro? R. A Assíria.
2- Qual nação estrangeira levou o Reino do Sul ao cativeiro? R. A Babilônia.
3- Qual profeta anunciou que o cativeiro duraria 70 anos?
( ) Elizeu ( ) Daniel ( ) Elias ( X ) Jeremias
4- Qual profeta atuou na Babilônia às margens do rio Quebar? R. Ezequiel.

SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:

EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2023 | Tema do Trimestre: A História do Povo Escolhido | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 13: Um Exílio e uma Esperança