EBD | 1° Trimestre De 2021 | Lição 13: Josué 24 – Deixando um Legado para as Gerações

EBD | 1° Trimestre De 2021 | Revista da Escola Dominical PECC CPAD | TemaJosué – Sê Forte e Corajoso! Eu sou Contigo | Lição 13: Josué 24 – Deixando um Legado para as Gerações

OBJETIVOS

Crer que o Senhor é o único Deus verdadeiro.
Decidir que “minha” casa ser virá ao Senhor
Esforçase para deixar um legado duradouro.

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR 

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Josué 24, há 33 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Josué 24.13-33 (5 a 7 minutos). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. 

Há uma grande semelhança entre os capítulos 23 e 24 de Josué, pois ambos falam das palavras finais do grande líder. Desse modo, para que não haja dúvidas, esclareça que o 23 mostra as ações de Deus no passado, enquanto o 24 aponta para essas obras no futuro. No meio disso, vemos uma síntese dos atos de Deus em função do Seu povo, com o fito de conduzi-lo a servir exclusivamente ao seu Senhor, evidenciado que não há porquê servir deuses de inimigos já derrotados. 

Sob essa convicção e percebendo que ainda há pessoas coxeando entre dois pensamentos, no que tange a servir Deus ou não, é que Josué afirmou: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor!” 

PARA COMEÇAR A AUL

Caro mestre, para iniciar esta última lição, enfatize os versículos que mostram o passado de idolatria da família de Abraão, com o fito de mostrar que Deus foi a causa de es colher Israel; em seguida, evidencie com veemência o posicionamento de Josué em servir a Deus, independente de Israel estar ao Seu lado. 

Tendo em vista que essas duas primeiras abordagens passam pelos dois primeiros tópicos, encerre no último, mostrando a importância de documentar o que já foi feito com a finalidade de deixar um legado às próximas gerações.

LEITURA ADICIONAL 

Escolha esse dia 

No estudo deste capítulo, Francis Schaeffer salienta corretamente que quando Josué desafiou o povo a escolher servir a Deus e afirmou que essa também era sua escolha, o tempo verbal usado implicava mais que uma escolha feita no passado e válida para sempre, como se alguém pudesse fazer isso e encerrar o assunto para sempre. Esse tempo verbal indica o que os gramáticos chamam ação contínua. Ou seja, envolve o passado, mas também envolve o presente e o futuro.

É como se Josué tivesse dito: “Escolhi servir ao Senhor; estou escolhendo o mesmo caminho de serviço agora; e continuarei escolhendo servir a Deus até o fim”. Schaeffer escreveu: “Esse era o caráter de Josué. Ele escolheu, e escolheu, e escolheu, e permaneceu escolhendo. Ele compreendia a dinâmica da escolha feita de uma vez por todas e também a escolha existencial. Assim, essa palavra ao povo não era uma afirmação inflada pela euforia do momento.

Estava pro fundamente arraigada na compreensão de Josué do que se requer de uma pessoa feita à imagem de Deus — alguém chamado a obedecer a Deus, não como uma máquina ou um animal, mas por escolha”. Josué não limitou as escolhas ou deturpou as opções ao apresentar seu caso ao povo. Embora Deus o tivesse escolhido, tendo chamado Abraão quando ainda era adorador de ídolos em Ur e chamado toda a nação para fora do Egito, o povo teve de escolher a Deus — de maneira inteligente, decisiva e voluntária – para que a escolha tivesse valor real. Josué deu a eles quatro opções: 

1. Os deuses servidos por seus antepassados enquanto estiveram em Ur dos caldeus. É a isso que “dalém do rio” se refere. O rio é o Eufrates, e os deuses servidos além do rio eram os deuses do panteão babilônico. 

Livro: “Comentário expositivo” (James Montgomery Boice. Editora Monergismo, Brasília, DF, 2020, Pág. 163). 

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Texto Áureo

“Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sir vais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” Js 24.15

Leitura Bíblica Para Estudo 

Josué 24.13-33

Verdade Prática

As promessas de Deus transcendem as gerações e vão além das conquistas terrenas, pois incluem a vida eterna no reino de nosso Pai.

I – LEGADO DA FIDELIDADE E CONQUISTA Js 24.1-14
1 – Outros deuses Js 24.3
2 – Deus único e verdadeiro Js 24.14
3 – Conquista Js 24.13

II – LEGADO DA FAMÍLIA Js 24.15-17
1 – Eu Js 24.15
2 – Minha casa Js 24.16
3 – Serviremos ao Senhor Js 24.17

III – LEGADO QUE VENCE A MORTE Js 24.25-33
1 – Documenta que é verdade Js 24.26
2 – Pátria celestial Js 24.29
3 – Qual legado deixaremos? Js 24.31
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Js 22.4
Terça – Js 23.6
Quarta – Js 23.11
Quinta – Js 23.16
Sexta – Js 24.14
Sábado Js 24.31

HINOS DA HARPA CRISTÃ: 147 – 535 

1 – LEGADO DFIDELIDADE E CONQUISTA (Js 24.1-14) 

A visão de mundo apresenta da no livro de Josué conflita com a cultura politeísta das nações, principalmente as conquistadas. 

1. Outros deuses (Js 24.3). “Eu, porém, tomei Abraão, vosso pai, dalém do rio e o fiz percorrer toda a terra de Canaã; também lhe multipliquei a descendência e lhe dei Isaque.”(Js 24.3).

A relevância dos ídolos para as pessoas, ainda hoje, é um desafio, na medida em que os cristãos, assim como os israelitas, têm um entendimento distinto da realidade espiritual. Isso exige que os cristãos adotem uma posição em relação aos “ismos” dos tempos modernos – incluindo naturalismo, secularismo, ateísmo e agnosticismo (At 17.16; 1Ts 1.8-10).

Do mesmo modo que Josué chama Israel para fazer uma escolha decisiva, os cristãos devem escolher submeter-se ao senhorio de Cristo e viver obedientemente à Palavra de Deus.

2. Deus único e verdadeiro (Js 24.14). “Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao Senhor.” 

Essa passagem nos ensina que somente Deus deve ser adorado. Abandonar ídolos significa que Israel rejeita o passado pecaminoso e abraça a fé no Deus Único e Verdadeiro. Além disso, a passagem nos mostra que viver entre as nações, inevitavelmente, significa enfrentar tentações de adotar o politeísmo. O que diferenciava Israel de todos os outros povos não era a possessão da terra, pois eles eram coabitantes com as nações em Canaã.

O que os distinguia era a sua lealdade única a Deus. Se eles comprometem sua adoração distinta em servi rem a outros deuses, eles se tornam iguais às outras nações que desapossaram. Eles mantêm sua identidade como povo de Deus somente através da adoração exclusiva. Isto exigia determinação permanente e renovada. 

3. Conquista (Js 24.13). “Dei-vos a terra em que não trabalhastes e cidades que não edificastes, e habitais nelas; comeis das vinhas e dos olivais que não plantastes.” 

A possessão atual da terra, das suas cidades, vinhas e olivais, é mais uma vez atribuída, não aos esforços de Israel, mas à bondade do Deus de Israel. O inimigo é quem inicia a batalha: “Pelejaram contra vós”; mas o cenário muda quando Deus diz: “Eu os entreguei nas vossas

mãos”. Dessa forma, uma vez mais, a conquista da vitória pertence exclusivamente a Deus (v. 12); e o povo simplesmente entra na terra, ocupa e desfruta de suas riquezas (v. 13). Eles devem reconhecer que não ganham sozinhos as batalhas; e que somente o Senhor pode superar os seus inimigos (24.12b).

Deus lhes deu a terra, as cidades e a produtividade do solo que eles cultivavam. Tudo ao seu redor era um constante testemunho de sua total dependência de Deus.

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II – LEGADO DA FAMILIA (Js 24.15-17) 

Um dos maiores desafios de cada família é valorizar e investir também na vida espiritual de seus membros. Apesar da corre ria, não há desculpa para descuidos ou negligências quanto à fé de sua família. 

1. Eu (Js 24.15). “Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais.

Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” Josué sabia que sua família e o povo deveriam fazer uma escolha definitiva em relação a quem serviriam. Ele insistiu para que eles afirmassem sua lealdade claramente àquele em quem colo cavam todas as suas esperanças. A quem, pois, eles seriam leais? Portanto, deviam escolher “hoje”. 

Josué já fizera sua escolha. Ele já havia estabelecido o tipo de exemplo que queria que os outros seguissem. Ele exerceria toda a influência de que dispunha para ajudá-los a fazer a es colha certa: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (v. 15). 

Josué estava disposto a ser exemplo e dar a qualquer pessoa a liberdade de escolher ou rejeitar a Deus. Ele concluiu que os méritos do Senhor eram tão bem conheci dos que nenhuma pessoa com um mínimo de discernimento deixaria de fazer a escolha certa. O amor de Deus e o bom exemplo dos pais são um intenso motivador para a família escolher o caminho divino. 

2. Minha casa (Js 24.16). “Então, respondeu o povo e disse: Longe de nós o abandonarmos o Senhor para servirmos a outros deuses; 

À semelhança de Josué, o maior desafio para um casal cristão, sempre, é o de criar uma cultura familiar baseada em valores espirituais que seja mais forte e tenha mais influência em seus filhos do que qualquer outra cultura mundana. Este é o melhor antídoto contra as ameaças dirigidas à família. 

A família é a mais importante instituição criada por Deus para a geração, formação e equilíbrio das pessoas e da sociedade. É a unidade social mais antiga da humanidade, antes mesmo da igreja; e, merecidamente, detém o posto de “base da sociedade” por sua funcionalidade insubstituível no cuidado com o ser humano.

O lar foi estabelecido, entre outros propósitos, para o bem estar do ser humano e para a glória de Deus. Por isso, precisa ser protegido, o que só é possível com a ajuda de Deus. 

Enfim, o lar deve ser um lugar seguro e agradável: um lugar privilegiado de pulsação e constância da vida de Deus, onde a comunhão cristã é praticada em família, todavia não sem problemas, mas resolvendo-os na graça que Cristo supre.

3. Serviremos ao Senhor (Js 24.17). “Porque o Senhor é o nosso Deus, ele é quem nos fez subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão, quem fez estes grandes sinais aos nos sos olhos e nos guardou por todo o caminho em que andamos e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos.” 

A convicção de Josué, expressada nesse texto, comprova como a família sempre teve um papel importante na história bíblica. Quando ameaçada ou desafiada, lutava para sobreviver e preservar a unidade familiar.

A vida espiritual na família não deve ser superficial, ou de mera aparência, mas sim uma realidade que deve ser vivida to dos os dias com profundidade e normalidade. Fortaleça sua família através da meditação e estudo da Palavra de Deus, lendo-a e explicando-a para seus filhos, aplicando-a em todos os momentos da vida. É a Palavra de Deus que gera fé, alegria, esperança, paz e confiança na família. 

Utilize-se também da prática da oração doméstica, pois, quando a exercitamos, desfrutamos das bênçãos, dos milagres e temos maior noção da presença de Deus em nossa casa. Alegre sua família com cânticos e louvores a Deus, e não se esqueça fazer isto tanto em casa como também indo ao templo cultuar a Deus. 

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III. LEGADO QUE VENCE A MORTE (Js 24.25-33) 

1. Documenta que é verdade (Js 24.26). “Josué escreveu estas palavras no Livro da Lei de Deus; tomou uma grande pedra e a erigiu ali debaixo do carvalho que estava em lugar santo do Senhor.” 

Documento escrito e pedras memoriais, como as edificadas no leito do Jordão, eram um memorial para as futuras gerações, especialmente da salvação do povo pelas mãos de Deus e serviam como encorajamento para continuarem confiando no Senhor ao enfrentarem os inimigos (4:67, 20-24).

Já ao final da vida, Josué quis erigir um memorial escrito e uma grande pedra para que as gerações futuras ja mais esquecessem da fidelidade de Deus e das bênçãos advindas de eles serem fiéis à aliança com o Senhor. 

Na nova aliança retratada no Novo Testamento, temos como testemunhas as Escrituras Sagradas e o Espírito Santo. Essa geração forçou Israel a olhar para o futuro, quando um novo Josué (ou Deus é Salvação) apareceu em cena como um servo de Deus, cumprindo completamente a tarefa do Senhor e trazendo a promessa de um novo reino, o dos céus, que não é limitado por barreiras físicas ou morte humana.

2. Pátria celestial (Js 24.29). “Depois destas coisas, sucedeu que Josué, filho de Num, servo do Senhor, faleceu com a idade de cento e dez anos.” 

O Livro de Josué termina parecido com seu começo. “Depois que Moisés, servo do SENHOR, morreu” — inicia-se o livro (1.1). E palavras semelhantes iniciam a conclusão do livro: “Josué… servo do SENHOR, morreu” (24.29). 

As vidas de Josué, José e Eleazar são exemplos de obediência e fidelidade a Deus, que cumpre todas as Suas promessas. Todos foram sepultados na terra prometida por Deus, e assim, estavam em suas próprias terras. Deus usou Josué para conduzir o povo, do deserto até se estabelecerem na terra pro metida.

O Senhor usou José no Egito para preservar o povo de Deus, até que chegasse o tempo certo da partida deles. Eleazar é muito importante, ele sucedeu a seu pai, o sumo sacerdote Arão, continuando o seu legado. Ele testemunhou a nomeação de Josué como sucessor de Moisés (Nm 3.32; 27.19). Serviu de mediador para a distribuição da terra (Js 14.2). 

Vejam o legado eterno: “Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade… Pela fé, José, próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus próprios ossos” (Hb 11.16,22). 

3. Qual legado deixaremos? (Js 24.31). “Serviu, pois, Israel ao Senhor todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que ainda sobre viveram por muito tempo depois de Josué e que sabiam todas as obras feitas pelo Senhor a Israel.”

Ao chegar no final do livro de Josué, somos lembrados de que nossas vidas não falam apenas à nossa geração, mas também às próximas que virão. Vê-se que, por muito tempo, Israel serviu a Deus depois de Josué. De igual modo, o sacerdote Eleazar foi sepultado, mas seu filho Finéias já atuava (Js 24.33). 

À parte de bens materiais, cada pessoa precisa decidir qual legado quer deixar para as próximas gerações. Como seremos lembrados? Que impacto traremos para as gerações vindouras? Aproveitemos a vida para criar esse legado. E que Deus nos ajude nessa bendita tarefa. Amém! 

APLICAÇÃO PESSOAL 

A semelhança de Josué, qual legado você quer deixar para as próximas gerações? Como você quer ser lembrado? Deus o ajudará a viver uma vida santa e produtiva, e assim vir a construir o seu legado, para o bem de seus filhos e netos, no qual o Senhor seja honrado e glorificado. Amém! 

EBD | 1° Trimestre De 2021 | Revista da Escola Dominical PECC CPAD | TemaJosué – Sê Forte e Corajoso! Eu sou Contigo | Lição 13: Josué 24 – Deixando um Legado para as Gerações

RESPONDA 

Marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso. 

1) Do mesmo modo que Josué chama Israel para fazer uma escolha decisiva, os cristãos devem escolher submeter-se ao senhorio de Cristo e viver obedientemente. (V)

2) O amor de Deus e o bom exemplo dos pais são um intenso desmotivador para a família escolher o caminho divino. (F

3) Ao chegar no final do livro de Josué, somos lembrados de que nossas vidas não falam apenas à nossa geração, mas também, às próximas que virão. (V)