EBD – Lição 12: O Fruto do Espírito em Relação ao seu Portador | 4° Trimestre de 2022 | BETEL

EBD Revista Editora Betel | 4° Trimestre De 2022 | TEMA: A IGREJA E O ESPIRITO SANTO – A necessidade do avivamento promovido pelo Espírito Santo para os dias atuais | Escola Biblica Dominical | Lição 12: O Fruto do Espirito em Relação ao seu Portador

TEXTO ÁUREO

“Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.” Romanos 8.5

VERDADE APLICADA

A única maneira do discípulo de Cristo não dar lugar à carne é permitir que o Espírito Santo desenvolva o fruto em sua vida.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar a necessidade crescermos na fé
Destacar o valor da mansidão na vida do cristão.
Mostrar a importância da temperança

TEXTOS REFERÊNCIAS

GÁLATAS 5
25- Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito

EFÉSIOS 4
22- Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano
23- E vos renoveis no espírito do vosso sentido
24- E vos revistais do nova homem, que segundo Deus e criado em verdadeira justiça e santidade

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Hc 2.4 O justo viverá da fé.
TERÇA – Mt 11.29 Jesus, o modelo de mansidão.
QUARTA – Mc 4.20 Os discípulos de Cristo produzem frutos.
QUINTA – Jo 15.4 A necessidade de produzir fruto.
SEXTA – Rm 6.12 O pecado não deve reinar em nossas vidas.
SÁBADO – Cl 3.12 Revestindo-se de mansidão

HINOS SUGERIDOS: 367, 387, 432

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o Espírito Santo produza Seu fruto em nossa vida.

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
1-
O fruto da fé
2– O fruto da mansidão
3– O fruto da temperança
Conclusão

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos sobre a fidelidade, a mansidão e a temperança como resultado da ação do Espírito Santo na vida do nascido de novo que está consciente da necessidade e procura andar em Espírito para vencer as inclinações da carne e viver para a glória de Deus.

PONTO DE PARTIDA

Precisamos exalar o fruto do Espírito Santo.

1- O FRUTO DA FÉ

A palavra usada por Paulo para descrever esse fruto em Gálatas 5 é “pistis”, neste contexto significa “fidelidade”, “confiabilidade”. Antonio Gilberto (O Fruto do Espírito, p. 112): “A fidelidade como fruto do Espírito nos torna leais a Deus, leais a nossos companheiros, amigos, colegas de trabalho, empregados e empregadores. O homem leal apoiará o que é certo mesmo quando for mais fácil permanecer calado. Ele é leal quer esteja calado. Ele é leal quer esteja sendo observado, quer não. Este princípio é ilustrado em Mateus 25.14-30. Os servos que eram infiéis e fizeram como foram instruídos, mesmo na ausência do senhor, foram elogiados e recompensados. O servo infiel foi castigado”.

1.1. A fé como fruto do Espírito nos faz confiar em Deus. Através desta virtude o crente aprende a crer em Deus com todas as suas forças. Pois, somente Deus, que é verdadeiro e integralmente fiel, pode nos inspirar a sermos fiéis. Esta fé faz com que sejamos fiéis a Deus e ao próximo. Sua preocupação não é como que os outros vão pensar, mas, sim, com o que Deus pensa dele, e como ele pensa de si mesmo. Para exemplificar, podemos citar os exemplos de José servindo na casa de Potifar. Mardoqueu como escravo do rei Assuero e Daniel no palácio a serviço do rei. Estes homens conservaram-se leais a Deus e aqueles aos quais serviam aqui na terra.

Pastor Antonio Gilberto: “José era líder destacado e servo fiel de Deus. Preferiu ir para a prisão do que ser infiel ao seu senhor. O registro de sua grande fidelidade encontra-se em Gênesis 37 a 48. Josué foi escolhido para levar os israelitas à Terra Prometida, porque ele era homem fiel e digno de confiança. Um exemplo de sua fideli­dade encontra-se em Josué 9, quando ele manteve a palavra e se recusou a matar os gibeonitas”.

1.2. A fé como fruto do Espírito nos capacita a permanecer em Cristo. A fidelidade, como fruto do Espírito, auxilia o crente a conservar-se firme na fé em Cristo. Após recebermos a fé em Cristo para salvação por intermédio do anúncio da Palavra de Deus [Rm 10.17; Ef 2.8], precisamos andar em Espírito para irmos crescendo e amadurecendo também no que diz respeito à fé. Pois, assim, o Espírito Santo vai operando em nós a fidelidade [GI 5.22; 1Ts 1.3]. Diante de desafios, tribulações e tentações que surgem ao longo da caminhada cristã, faz-se necessário que o discípulo de Cristo se mantenha fiel ao Senhor e Salvador Jesus até a morte [Ap 2.10].

Stanley Horton: “A palavra grega pistis frequentemente significa a con­fiança expressa numa vida de fé. Nesse contexto, significa “fidelidade”. A fide­lidade reflete a natureza do nosso Pai Celeste. Ele é fidedigno. Sua paciência para conosco nunca se esgota, por mais vezes que o tenhamos decepcionado. Ele tem um compromisso conosco, a altura do Seu grande plano de redenção! Devemos refletir diante dos outros as características divinas. E ser fidedignos.

Se tivermos fiel compromisso uns com os outros, Deus poderá derramar toda a abundância das bênçãos do Espírito. A fé, a esperança e o amor [1 Co 13.13] são qualidades que usamos para edificar relacionamentos. Mediante a unidade da fé, podemos alcançar a medida total da plenitude de Cristo [Ef 4.13]. A medida que o fruto amadurece em nós, nossa confiança em Deus é fortalecida. Pode ser um degrau para alcançar o dom da fé.”

1.3. A fé como fruto do Espírito nos faz suportar as dificuldades. A fé é uma virtude imprescindível na vida do crente. Sabemos que a vida nem sempre é fácil de ser vivida, mas como exercício da fé podemos galgar voos maiores. Sem fé, o testemunho cristão perde sua importância: “E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pequena fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu­-se uma grande bonança.” [Mt 8.26]. Sendo assim, não desista na hora da adversidade, seja persistente, confiando que Deus cumpre o que Ele diz, pois, Sua fidelidade dura para sempre. Com a fidelidade nos mantemos firmes mesmo diante das provações, refletindo, assim, mais um aspecto semelhante ao caráter de Cristo.

Pastor Israel Maia: “A fé transforma a nossa vida. Quando vivenciamos as manifestações do agir de Deus em nos­sas vidas, experimentamos o poder da fé. Ver o agir de Deus faz com que nossa certeza aumente em relação a Sua existência [Jó 42.5]. Os apelos midiáticos e tecnológicos tentam, através de todos os meios, nos entristecer, derramando uma enxurrada de informações que visam destruir a nossa fé. Contudo, o servo fiel não se deixa confundir, antes coloca-se aos pés do Senhor, rochedo forte e socorro bem presente na hora da angústia [Sl 18.2; 46.1]”.

EU ENSINEI QUE:

A fé como uma das virtudes do fruto do Espírito auxilia o crente em sua comunhão com o Criador, ajudando-o a vencer as adversidade

FOCO NA LIÇÃO: Os servos que eram fiéis e fizeram como foram instruídos, mesmo na ausência do senhor, foram elogiados e recompensados.

2- O FRUTO DA MANSIDÃO

Mansidão trata-se de conservar a calma mesmo em situações grosseiras. Aquele que é possuidor, desse fruto age com cautela e tranquilidade, não se deixando pecar quando fica aborrecido. Trata-se de uma característica produzida pelo Espírito Santo à medida que o salvo procura andar em Espírito. Não podemos confundir mansidão com fraqueza. Assim, temos aqui, elementos que nos permitem dizer que a mansidão é uma virtude que habilita o crente a controlar os ânimos e aplicá-los corretamente.

2.1. Apenas o fruto do Espírito pode trazer calmaria ao ser humano. Este fruto nos torna capazes de possuirmos sempre uma resposta mansa mesmo em situações adversas [1 Pe 3.15]. A importância desta virtude resulta em um exemplo admirável, pois o manso amortiza as suas próprias forças para agir adequadamente em circunstâncias extremas, evidenciando afabilidade.

Pastor Israel Maia: “Somente o fru­to do Espírito Santo pode promover a mansidão ao indivíduo. O pecado plantou na humanidade um sentimento de crueldade e perversidade (Gn 4.8; 6.5]. Logo nenhum homem pode promover o desenvolvimento desta característica em outro homem. Uma boa educação, uma boa escola, nada será capaz de tornar o ser humano manso. Moisés foi muito bem-criado e educado, mas em um momento de raiva matou um egipcio.”

2.2. Jesus, o exemplo perfeito de mansidão. Essa virtude é tão admirável que o próprio Senhor apresenta a si mesmo como modelo de mansidão [Mt 11.29]. Em Seu célebre Sermão do Monte, Jesus, dis­correndo Seus ensinamentos espirituais, onde Ele expõe importantes princípios ético-morais, disse: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” [Mt 5.5]. Desse modo, sermos mansos uns para com os outros, desponta o fruto do Espírito em nós e nos faz ser imitadores de Cristo [2Co 10.1].

Dicionário Bíblico Beacon: “Mansidão é uma qualidade de Moisés [Nm 12.3], que de modo magnífico harmo­nizou força e suavidade em seu difícil papel. O maior exemplo é aquele que é maior que Moisés, Jesus Cristo. Mansidão é a própria essência do caráter da­quele que é capaz de limpar o Templo e perdoar uma infeliz adúltera. É este “jugo” que o discípulo é convidado a tomar sobre si [Mt 11.29], pois é supremamente característico da semelhança com Cristo. O crente possui mansidão apenas com o fruto do Espírito.”

2.3. A mansidão deve se fazer presente na vida do crente. Estejamos certos de que a mansidão, como fruto do Espírito, torna o crente capaz de desviar-se de discussões, brigas e divergências. Quando possuímos esta virtude, somos gentis, mas não fracos, visto que mansidão não é fraqueza, mas força. Sim, a mansidão não parte de uma fraqueza, mas de uma força que nos compele a fazer a vontade de Deus em qualquer adversidade. Lembre-se de que um espírito manso, com sabedoria, é a maneira mais adequada para conduzir os pecadores para Cristo [Tg 3.13].

Stanley Horton: “A mansidão sabe que Deus está cuidando de tudo e por isso não toma a vingança nas próprias mãos [Rm 12.17-21; Ef 4.26]. Ao invés de sermos gros­seiros, egoístas e facilmente provocados a ira, demonstraremos mansidão, protegeremos o próximo e perseveraremos [1 Co 13.5-7].”

EU ENSINEI QUE:

Nossa atitude uns para com os outros deve ser totalmente mansa, carinhosa, sem arrogância, agressividade, raiva e violência.

FOCO NA LIÇÃO: Este fruto nos torna capaz de possuirmos sempre uma resposta adversa [1 Pe 3.15].

3- O FRUTO DA TEMPERANÇA

A intimidade do crente com o Espírito Santo gera a temperança em sua vida, que faz parte do fruto do Espírito. Com essa virtude o crente consegue o domínio próprio para controlar a língua e os pensamen­tos, para vencer a batalha espiritual travada diariamente. O valor do domínio próprio é atestado em vários textos da Bíblia, por exem­plo: Provérbios 16.32; 25.28. Não é resultado de uma personalidade flexível. É fruto do Espírito Santo.

3.1. O crente deve possuir o fruto da temperança. No grego, a palavra temperança é “egkrateia”, constitui moderação, contenção, disciplina, moderação ou autocontrole [Tt 1.8]. Esta virtude do fruto do Espírito atua diretamente nas vontades mais intensas do ser humano. Enquanto as obras da carne geram no indivíduo o estímulo pela prostituição e a gluto­naria, a temperança, fruto do Espirito, em contraposição a estes desejos, nos provoca a termos uma vida contida, tranquila e santa. O Espírito Santo nos ajuda a sermos disciplinados e comedidos.

Dicionário Bíblico Wycliffe: “Pau­lo, quando argumentava com Félix, enfatizava o autocontrole junto com justiça e juízo futuro [At 24.25]. Em Tito, ele a lista entre as características requeridas de um líder da igreja [Tt 1.7-8] e a ordena para os homens de mais idade (Tt 2.2.]. Ela advém da obra do Espírito Santo no crente [GI 5.22-23], deve ser ativamente buscada pelos cristãos [2 Pe 1.5] e é essencial no ministério cristão [1 Co 9.25-27]”.

3.2. Temperança: uma virtude que não pode ser desprezada. Entendemos que o crente detentor desta virtude possui uma vida equilibrada e coerente com os preceitos divinos. É bom que se diga que a virtude da mansidão e da temperança possuem diferenças em sua maneira de agir na vida do crente. A mansidão, fruto do Espírito, como já estudamos, atua tornando o crente apto para li­dar com equilíbrio e moderação com provocações e situações adversas. Já a temperança, fruto do Espírito, está relacionada ao tema do impulso sexual, da glutonaria e das obras da carne. Assim, a temperança é o autocontro­le ou domínio próprio sobre nossas próprias vontades e paixões.

Pastor Esequias Soares: “O domínio próprio era uma das quatro virtudes do pensamento grego clássico, “a razão prevalece a paixão”, diziam os antigos filósofos. Paulo emprega o substantivo grego egkrateia, que apa­rece quatro vezes no Novo Testamento [At 24.25; Gl 5.22; 2Pe 1.6]. O verbo aparece duas vezes, uma para referir ao controle do desejo sexual [1 Co 7.9], e a outra como autodisciplina de um atleta para obter resultados desejados nas competições esportivas [1 Co 9.25]. O apóstolo Paulo contrapõe o domínio próprio em relação às “obras da carne” [Gl 5.19-21]”.

3.3. A temperança faz o crente possuir uma vida equilibrada. Uma pessoa com domínio próprio sabe conter-se em toda e qualquer ocasião. Sem essa virtude, o indivíduo é levado a dar vazão aos desejos da carne. Sem o Espírito Santo em nos­sas vidas, somos levados a declinar aos desejos pecaminosos que nos afastam de Deus. Desse modo, precisamos diariamente nos encher do Espírito Santo para não cedermos aos desejos da carne [GI 5.16].

Pastor Antonio Gilberto: “A temperança como fruto do Espírito e a abnegação dos desejos ou prazeres maus. O vocábulo original, por sua vez, refere-se mais propriamente ao controle de paixões sensuais, como é o caso da moderação do prazer sexual e também a moderação de comer e beber. Em outras palavras, a temperança é o domínio sobre o de­sejos do ego, mesmo que estes sejam naturais e tidos como lógicos, normais e racionais.”

EU ENSINEI QUE

A temperança é uma virtude do Espírito que atua diretamente nos anseios e vontades mais profundas do indivíduo.

CONCLUSÃO

Quando somos guiados pelo Espírito Santo, somos orientados a viver uma vida digna e íntegra, agindo com humildade para com todos, e a ter forças através do Espírito para não sermos dominados pelas inclinações da natureza pecaminosa.

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