EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 1° Trimestre De 2023 | Tema: JUÍZES E RUTE – Historias do Passado; Alerta para o Presente | Escola Biblica Dominical | Lição 08: Juízes 17 e 18: A Idolatria de Mica e da Tribo de Dã
Texto Áureo
“Então, se alegrou o coração do sacerdote, tomou a estola sacerdotal, os ídolos do lar e a imagem de escultura e entrou no meio do povo.” Jz 18.20
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
Não há lugar para a benção de Deus onde imperam o pecado e a idolatria.
INTRODUÇÃO
I- MICA E A IDOLATRIA FAMILIAR Jz 17.1-13
1– A afirmação da idolatria familiar Jz 17.1
2– O agravamento da idolatria familiar Jz 17.10
3– A cegueira da idolatria familiar Jz 17.13
II- TRIBO DE DÃ E SUA MIGRAÇÃO Jz 18.1-10
1– A migração danita Jz 18.1
2– A consulta danita Jz 18.5
3– A espionagem danita Jz 18.7
III- TRIBO DE DÃ E SUA IDOLATRIA Jz 18.11-31
1– Parada “estratégica” Jz 18. 13
2– Ruína total Jz 18.24
3– Caos espiritual Jz 18. 30
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
SEGUNDA – Jz 17.2
TERÇA – Jz 17.5
QUARTA – Jz 17.10
QUINTA – Jz 18.2
SEXTA – Jz 18.3
SÁBADO – Jz 18.5
HINOS DA HARPA: 91 – 124
INTRODUÇÃO
Entramos na seção final do livro de Juízes (capítulos 17 a 21), quando o escritor bíblico expõe a culminância da trágica decadência religiosa e moral de Israel. O povo escolhido corrompeu completamente e, ao invés de influenciar, foi influenciado pelos povos ao seu redor, tornando-se igual ou até pior que eles. Os capítulos 17 e 18, objeto de nossas reflexões nesta lição, retratam o caos religioso então instalado em Israel.
I- MICA E A IDOLATRIA FAMILIAR (Jz 17.1-13)
1- A afirmação da idolatria familiar (Jz 17.1) Havia um homem da região montanhosa de Efraim cujo nome era Mica.
O capítulo 17 de Juízes expõe a história de um ladrão confesso de sua própria mãe, que tomou-lhe indevidamente mil e cem ciclos de prata. A confissão de Mica está mais para alguém assustado com uma possível maldição do que propriamente arrependido de sua ação. Igualmente, sua mãe, ao invés de discipliná-lo, reafirmando o ensino de inegociáveis balizas morais, mostra-se conivente com o erro e até o abençoa (Jz 17.2). Não havia zelo espiritual naquela família, mas pura religiosidade exterior.
A degradação religiosa não parou por aí: ao ser restituída, a mãe de Mica dedicou os mil e cem ciclos de prata ao Senhor. Entretanto, quando do efetivo cumprimento do voto, ofertou apenas uma parte desse dinheiro (duzentos siclos de prata) e, para piorar a situação, entregou esse valor ao ourives a fim de que fosse confeccionada uma imagem de escultura e uma de fundição para serem alojadas no interior de sua própria casa (Jz 17.3-5). Violação clara a Lei de Deus ( Êx 20.3-6). Cada qual fazia o que achava certo aos seus próprios olhos (Jz 17.6).
2- O agravamento da idolatria familiar (Jz 17.10) “… Fica comigo e sê-me por pai e sacerdote…
Não bastasse os horripilantes atos já cometidos, Mica vai mais fundo em sua degradação religiosa ao consagrar um de seus filhos “para que lhe fosse por sacerdote”(Jz 17.5). Com isso, Mica praticou, no mínimo, três irregularidades religiosas:
I) O pai devia ser o líder religioso da casa (Dt 6.7; J6 1.5);
II) Somente descendentes de Arão podiam ser sacerdotes (Ex 40.12-15);
III) Os sacerdotes deviam dedicar-se a toda a comunidade de Israel e não a indivíduos ou famílias.
Mas o pecado conduz o homem a situações cada vez mais deploráveis (SI 42.71; Lc 15.11-16). Não satisfeito, Mica não perde a oportunidade de contratar um levita para oficiar como sacerdote em sua residência (Jz 17.7-12), tudo com o objetivo de tentar legitimar seu santuário particular, apesar do evidente descompasso de sua expressão de fé com as revelações da Palavra do Senhor.
3- A cegueira da idolatria familiar (Jz 17.13) Então disse Mica: Sei, agora, que o Senhor me fará bem, porquanto tenho um levita por sacerdote.
Neste momento da narrativa bíblica, Mica considera que sua religiosidade enfim seria recompensada pelo Senhor. Afinal, agora tinha seus ídolos, seu santuário e um levita consagrado como sacerdote e devidamente remunerado para isso (Jz 17. 10,13). Contudo, Mica tinha um zelo apenas exterior, construindo todo um cenário de aparência de adoração. Seu propósito era o benefício próprio e sua motivação estava baseada não na fé, mas na superstição, praticando uma religiosidade superficial misturada com péssimos costumes espirituais dos povos pagãos.
Interessante perceber que o colapso espiritual da família de Mica não se materializou em ateísmo (negação da existência de Deus). Antes, pelo contrário, concretizou-se por meio de uma religiosidade descompromissada, sem crítica e hipócrita, sem abandono do pecado e com franco desprezo pela Palavra de Deus. Sem dúvida, as expectativas de Mica eram completamente equivocadas, pois devemos adorar o Senhor não conforme o que achamos como certo ou errado, tampouco de qualquer maneira, mas em espírito e em verdade (Jo 4.23-24).
II- TRIBO DE DÃ E SUA MIGRAÇÃO (Jz 18.1-10)
1- A migração danita (Jz 18.1) Naqueles dias, não havia rei em Israel, e a tribo dos danitas buscava para si herança em que habitar.
Os danitas receberam terra suficiente para acomodar sua tribo (Js 19.40-48). Todavia, não conseguiram alcançar a posse plena do território que lhes fora designado no sul por herança (Jz 1.34), daí seu deslocamento para o norte em busca de terra para habitar. Em verdade, a tribo de Dã padece do mesmo desassossego e infelicidade de Mica, por conta da concepção idólatra que possuem a respeito de Deus, retratando, mais uma vez, o declínio espiritual de Israel. Ao invés de guerreiros cheios de fé e corajosos, compromissados com as batalhas do Senhor, a tribo de Dã optou por intimidar seus compatriotas israelitas (Jz 18.24-25) e atacar uma cidade indefesa (Jz 18.27).
2- A consulta danita (Jz 18.5) …Consulta a Deus, para que saibamos se prosperará o caminho que levamos.
Cinco espias foram enviados à procura de um novo território, sendo que, no caminho para o norte, chegaram à casa de Mica e ali pernoitaram. Na ocasião, após reconhecerem o sacerdote, os espias pediram-no que consultasse a Deus sobre o sucesso de sua missão, tendo recebido resposta positiva (Jz 18.2-6). A passagem bíblica não diz se o levita realmente perseguiu a vontade de Deus; antes, pelo contrário, externou uma resposta por demais rápida e conveniente para com as expectativas danitas (v. 6).
O levita disse exatamente o que eles queriam ouvir. De novo, as circunstâncias do evento demonstram a precariedade da condição espiritual de todos os envolvidos na história. Os danitas buscavam a “benção” de Deus através uma dinâmica de ação incompatível com o que Senhor havia proposto ao Seu povo. Já o sacerdote, em seu diálogo (“pois me assalariou, e eu lhe sirvo de sacerdote” – Jz 18.4), astutamente, deixou subentendida sua disposição de atuar como sacerdote para quem lhe pagasse melhor. infelizmente, seu ofício sacerdotal era motivado pelo dinheiro e nao pelo amor a Deus e ao seu povo.
3- A espionagem danita (Jz 18.7) …E viram que o povo que havia nela estava seguro, segundo o costume dos sidônios, em paz e confiado.
Após deixarem a cidade de Mica e realizarem atenta observação da dinâmica de vida da cidade chamada de Laís, os espias retornaram aos seus irmãos e fizeram um relato otimista: o povo era pacífico e sem qualquer tratado militar com as tribos vizinhas. Em resumo, a cidade era vulnerável e a vitória seria fácil (Jz 18.7-9). Cenário completamente diverso daquele vivido pelos espias originais que, ao entrarem em Canaã, encontraram povo forte e cidade fortificada, cuja conquista de mandaria completa confiança nas promessas e na força do Senhor, conforme a manifestação corajosa e piedosa de Josué e Calebe diante de seus compatriotas (Nm 13.25- 31). Aqui, porém, havia uma clara vulnerabilidade do povo da cidade acompanhada de uma arrogante autoconfiança por parte dos membros da tribo de Dã.
III- TRIBO DE DÃ E SUA IDOLATRIA (Jz 18.11-31)
1- Parada “estratégica” (Jz 18.13) Dali, passaram à região montanhosa de Efraim e chegaram até a casa de Mica.
Seguros na sua própria força, seiscentos homens danitas armados puseram-se em direção a cidade de Laís (Jz 18.11). No meio do percurso, porém, decidiram passar novamente pela casa de Mica, lembrando de seu particular santuário (Jz 18.14). Que mal haveria em levar um santuário já pronto para o novo lar? Roubando a propriedade de outros, imaginavam garantir a “benção” de Deus na nova fase de vida.
Com esse propósito, os cinco espias de outrora entraram na casa de Mica, que estava ausente, e recolheram todos os utensílios de culto e itens do santuário, propondo ao sacerdote que abandonasse a família de Mica e doravante passas se a oficiar para toda a tribo de Dã. O levita não pensou duas vezes e aceitou a oferta (Jz 18.15-20). Seu coração sempre esteve disposto a se curvar perante aquele que lhe fizesse a melhor proposta em termos financeiros e de prestígio. Ao lado de Mica, ele passou de um levita qualquer a sacerdote.
Agora, ele passaria a oficiar perante uma tribo inteira, em vez de apenas uma família. A triste verdade é que tanto Mica quanto o Levita, bem como os danitas, usavam a religião para benefício próprio, construindo uma caminhada de vida cada vez mais afastada do Senhor. Uma religiosidade de aparências (Mt 15.8).
2- Ruína total (Jz 18.24) …Que mais me resta?…
Assim que soube do ocorrido, Mica reuniu um grupo de vizinhos e perseguiu o comboio danita, alcançando-o já bem longe de sua casa (Jz 18.22). Mica então se queixa de que os danitas roubaram-lhe seus deuses e o sacerdote, afirmando em seguida: “que mais me resta?”. A condição espiritual de Mica é vergonhosa, padecendo de um vazio espiritual deplorável, de modo a revelar que não o Senhor, mas seu santuário particular era sua exclusiva fonte de alegria e segurança de viver. Idolatria escancarada (Ex 20.3).
Os danitas ameaçaram Mica e seus vizinhos com a morte se tentassem recuperar os objetos religiosos roubados. Percebendo que estavam em nítida desvantagem, Mica e seus homens desistem e voltam para suas casas, assumindo o prejuízo (Jz 18.25-26). Mica, que se apropriou indevidamente de bens da sua mãe, agora experimenta ruína total proporcionada por ladrões piores que ele.
No final, a religião humana é sempre decepcionante. A lei da semeadura é incontornável (Gl 6.7). Ironicamente, todas as personagens dessa trágica história são profundamente “religiosas”. A condição espiritual de Israel era calamitosa.
3- Caos espiritual (Jz 18.30) Os filhos de Dã levantaram para si aquela imagem de escultura…
Os danitas conquistaram a cidade de Laís, queimando-a por completo. Após, reconstruíram a cidade, rebatizando-a de Dã, passando a nela habitar (Jz 18.27-29). Portanto, a campanha militar de ocupação daquele território foi bem-sucedida, o mesmo acontecendo com o objetivo religioso, pois “os filhos de Dã levantaram para si aquela imagem de escultura” (Jz 18.30), ou seja, o ídolo de Mica foi colocado em um santuário na nova cidade.
O que começou como idolatria familiar se expandiu e transformou-se em idolatria coletiva O mal se propagou. O caos espiritual da tribo de Dã ficou ainda mais evidente quando o texto bíblico revela que o sacerdote que passou a oficiar no santuário idólatra da nova cidade era descendente de Moisés (Jz 18.30; Êx 2.22). Decepção total.
O êxito dos propósitos humanos contrastou com o completo fracasso espiritual daquele povo. Afinal, de que adianta viver uma vida carnal, embora religiosa, ganhar o mundo inteiro e, no final, perder a alma (Mc 8.36)? Não há lugar para a benção de Deus onde imperam o pecado e a idolatria.
APLICAÇÃO PESSOAL
Não podemos manipular a Deus com uma vida religiosa superficial e idólatra. Uma vivência espiritual sadia demanda que entreguemos nosso coração a Jesus e confiemos a ele todos os nossos caminhos, por amor e sempre a luz da Palavra de Deus.
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RESPONDA
1) Quem Mica consagra primeiro como sacerdote?
2) A resposta que os Danitas receberam do Sacerdote na casa de Mica sobre o sucesso de sua missão, foi positiva ou negativa?
3) Quantos homens armados de Dã foram em direção a cidade de Lais?
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