EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 3° Trimestre De 2025 | TEMA: Jeremias e Lamentações – Nas mãos do Oleiro | Escola Biblica Dominical | Lição 07: Jeremias 30 a 33 – A Nova Aliança Escrita no Coração
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Jeremias 30 a 33 há 134 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Jeremias 33.1-21 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Este estudo apresenta a mensagem de restauração que Deus oferece ao Seu povo, mesmo após a disciplina do cativeiro. O professor deve destacar que a nova aliança, escrita no coração, aponta para uma relação profunda e transformadora com Deus, fundamentada no amor eterno e na fidelidade divina. Mostre como a promessa de retorno, a reconstrução de Jerusalém e o novo governo apontam para a esperança messiânica e o cumprimento pleno em Cristo. A compra do campo em Anatote, ainda durante o cerco, é um ato profético de fé no futuro que Deus já estava preparando. Encoraje os alunos a confiarem no caráter imutável das promessas do Senhor, mesmo em tempos de adversidade, e a examinarem se Sua Palavra está realmente escrita em seus corações.
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OBJETIVOS
Avaliar a postura dos líderes de Judá diante do juízo de Deus.
Entender o contraste entre bons e maus líderes espirituais.
Buscar viver como “figo bom”, fiel e obediente ao Senhor.
PARA COMEÇAR A AULA
Em um cartaz, organize lado a lado as imagens de um coração de pedra e de um coração saudável. Explique que o coração de pedra simboliza a dureza espiritual mencionada por Jeremias, enquanto o coração saudável representa aquele transformado pela Nova Aliança. Peça a voluntários que citem atitudes que endurecem o coração e, em contraste, atitudes de quem tem um coração que guarda a Nova Aliança. Finaliza reforçando que Deus deseja transformar nossos corações, escrevendo Sua lei em nosso interior e tornando-nos um povo renovado e cheio de esperança.
LEITURA ADICIONAL
A restauração ocorreu por meio da nova aliança (31.1-40). Todo esse capítulo pulsa fortemente com a grande esperança da restauração de todo o povo de Deus. 1-6. A aliança, resumida em 30.22 e esboçada em 31.31-34, é exposta de tal forma que inclui todas as famílias de Israel (v. 1). Essa é a resposta à proclamação real de 3.12; Israel será proeminente entre os que voltarem. O cativeiro de Israel e as deportações de Samaria serão considerados passado (exílio) e serão lembrados como mais uma experiência de deserto (cf. Os 2.14-16; 11.4). A maldição será removida, e a terra será frutífera como no início (contraste com Dt 28.30,39), e os indivíduos vão desfrutar dos resultados do seu trabalho. O cisma entre Israel (Efraim) e Judá (possivelmente também uma referência aos samaritanos e judeus, v. 5,6) será curado. Aqueles virão a Jerusalém para se unir a Judá em adoração no templo de Jerusalém. Alguns descendentes do Reino do Norte podem bem ter retomado com o grupo da Babilônia; outros haviam permanecido na terra (Ed 6.21). Não há fundamento para interpretarmos essa restauração como somente dos descendentes da diáspora de Israel. Um cumprimento final e mais amplo na nova Jerusalém (e por tanto na igreja) é prefigurado. A nova aliança, como a antiga, está fundamentada no favor divino (v. 2) e no amor (v. 3), como é detalhado nos v. 31-34. Ela vai capacitar os que são incapazes de fazer progresso pelos seus próprios esforços a fazer isso por meio da capacitação divina (v. 8). Livro: Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento (F. F. Bruce. São Paulo: Editora Vida, 2008, p. 1086, 1087).
Texto Áureo
“Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.” Jr 33.3
Leitura Bíblica Com Todos
Verdade Prática
Deus, em Seu amor eterno, revela coisas grandiosas àqueles que confiam na nova aliança.
INTRODUÇÃO
I- DEUS PROMETE RESGATAR SEU POVO 30.1-24
1- A garantia da volta do cativeiro 30.3
2- A grande angústia no cativeiro 30.7
3- O novo governo de libertação 30.21
II- A NOVA ALIANÇA E O AMOR ETERNO 31.1-40
1- O amor eterno de Deus por Israel 31.3
2- Anova aliança escrita no coração 31.33
3- A reconstrução de Jerusalém 31.38
III- A ALIANÇA IMUTÁVEL E ETERNA 32 e 33
1- Invoca-me e anunciarei grandes coisas 33.3
2- A compra do campo em Anatote 32.15
3- A aliança imutável como o dia 33.20, 21
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
Os capítulos 30 a 33 de Jeremias revelam a promessa de restauração de Israel e Judá. Deus assegura o fim do exílio, a renovação da aliança e a vinda de um governante justo da linhagem de Davi. Mesmo diante do juízo, o Senhor reafirma Seu amor eterno e garante um futuro de paz e justiça. A nova aliança não será baseada apenas em leis externas, mas escrita no coração do povo. Além disso, Deus declara que Sua fidelidade a Israel é tão imutável quanto as leis que governam o universo.
I- DEUS PROMETE RESGATAR SEU POVO (30.1-24)
O capítulo 30 de Jeremias inaugura uma seção profética voltada à restauração do povo de Israel e Judá. Depois de anunciar o juízo e o exílio, Deus revela Seu plano de redenção, garantindo que o sofrimento não seria permanente. Esse anúncio reafirma a fidelidade de Deus à aliança feita com os patriarcas.
1- A garantia da volta do cativeiro (30.3) Porque eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que mudarei a sorte do meu povo de Israel e de Judá, diz o SENHOR; fá-los-ei voltar para a terra que dei a seus pais, e a possuirão.
A profecia de Jeremias afirma que o cativeiro de Israel e Judá teria um fim. Deus declara que traria Seu povo de volta à terra que prometera a Abraão, a Isaque e a Jacó. A menção de “Israel e Judá” reforça que essa restauração abrangeria toda a nação, incluindo o reino do Norte, que já havia sido levado ao exílio pelos assírios mais de um século antes. A expressão “mudar a sorte” no hebraico carrega a ideia de restauração completa, tanto material quanto espiritual. Deus não apenas permitiria o retorno físico à terra, mas também renovaria Sua relação com o povo. Isso indica que o exílio não seria o fim da história de Israel, mas um processo de purificação necessário para sua renovação. Deus não abandona aqueles que estão sob Sua disciplina. Embora o juízo fosse inevitável por causa da persistente desobediência do povo, a misericórdia divina garantiria a reconstrução da nação.
2- A grande angústia no cativeiro (30.7) Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, estará salvo dela.
Jeremias descreve um período de sofrimento intenso para Israel, conhecido como “a angústia de Jacó”. Essa expressão simboliza um tempo de tribulação sem precedentes para a nação. Historicamente, isso se referia ao cativeiro babilônico, mas muitos intérpretes também veem aqui uma referência profética a eventos futuros que envolveriam Israel. O versículo destaca que, embora o sofrimento fosse inevitável, a libertação divina também estava garantida. “Porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para salvar-te; por isso, darei cabo de todas as nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei em justa medida e de todo não te inocentar.” Assim, Deus não apenas disciplina, mas também preserva um remanescente fiel que será restaurado no tempo certo. A ênfase na soberania divina fica evidente na forma como Deus conduz tanto o juízo quanto a restauração.
3- O novo governo de libertação (30.21) O seu príncipe procederá deles, do meio deles sairá o que há de reinar; fá-lo-ei aproximar-se, e ele se chegará a mim; pois quem de si mesmo ousaria aproximar-se de mim? diz o Senhor.
Além da restauração física e espiritual, Jeremias anuncia um novo governo para Israel. Diferente dos reis corruptos que haviam levado a nação à ruína, esse futuro governante viria do próprio povo e teria um relacionamento especial com Deus. A frase “fá-lo-ei aproximar-se, e ele se chegará a mim” sugere que esse líder não apenas governaria politicamente, mas também teria um papel espiritual, sendo um mediador entre Deus e o povo. No contexto imediato, essa profecia pode apontar para Zorobabel, que liderou a reconstrução de Jerusalém após o exílio. Podemos vislumbrar a dimensão messiânica no verso 22 “Vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.” O pleno cumprimento dessa promessa se dá em Jesus Cristo, o Messias prometido, que veio da linhagem de Davi e estabeleceu um reino eterno.
II- A NOVA ALIANÇA E O AMOR ETERNO (31.1-40)
No capítulo 31 Deus reafirma Seu amor inabalável pelo Seu povo e anuncia uma renovação espiritual profunda. A nova aliança seria escrita no coração dos fiéis, garantindo transformação e comunhão genuína com o Senhor.
1- O amor eterno de Deus por Israel (31.3) De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.
Apesar da rebeldia e do exílio iminente, Deus declara Seu amor eterno por Israel. O termo “eterno” demonstra que essa relação não depende da fidelidade do povo, mas da aliança que Deus estabeleceu desde os patriarcas. A “benignidade” mencionada revela o caráter compassivo de Deus, que mesmo disciplinando Seu povo, o atrai novamente para Si. O exílio não era um castigo definitivo, mas um processo corretivo. Deus sempre teve um plano para restaurar Israel, levando-o ao arrependimento e renovando sua comunhão com Ele.
2- A nova aliança escrita no coração (31.33) Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Deus promete uma nova aliança, diferente daquela feita no Sinai, não baseada em leis externas gravadas em tábuas de pedra, mas escrita na mente e no coração do Seu povo. Trata-se de uma transformação profunda e pessoal pela qual as leis do Senhor não seriam apenas mandamentos exteriores, mas parte do próprio ser do indivíduo, capazes de moldar seus pensamentos, desejos e atitudes. Essa aliança traria mudanças fundamentais na relação com Deus. Primeiro, cada pessoa conheceria a Deus de forma direta e pessoal, sem a necessidade de mediadores humanos, “Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR.(Jr 31.34a). Portanto, a comunhão com o Senhor passaria a ser íntima e contínua, pois Sua vontade estaria gravada no interior de cada um. Segundo, a nova aliança incluiria o perdão pleno e definitivo dos pecados: Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei. (Jr 31.34b). Diferente da antiga aliança, quebrada repetidamente, esse novo pacto seria sustentado pela graça divina e pelo poder de Deus para transformar o coração humano. A restauração de Israel não seria apenas uma volta ao território, mas uma renovação espiritual profunda. A nova aliança é o ápice do plano redentor: não apenas livrar o povo das consequências do pecado, mas dar-lhe um novo coração, capaz de conhecer e de obedecer a Deus, de viver em santidade diante Dele. Essa promessa se cumpre plenamente em Jesus Cristo.
3- A reconstrução de Jerusalém (31.38) Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que esta cidade será reedificada para o Senhor, desde a Torre de Hananel até a Porta da Esquina.
Além da transformação espiritual, Deus também promete reconstruir Jerusalém fisicamente. A referência a locais específicos da cidade indica que a restauração seria completa. Jerusalém voltaria a ser o centro da vida religiosa e política de Israel. A cidade não seria apenas reconstruída fisicamente, mas consagrada a Deus, transformada num sinal visível. Essa profecia começou a se cumprir com o retorno dos exilados sob a liderança de Zorobabel, de Esdras e de Neemias. No entanto, seu cumprimento final está ligado ao reino messiânico, quando Deus estabeleceu Sua justiça de forma definitiva.
III- A ALIANÇA IMUTÁVEL E ETERNA (32 e 33)
Nos capítulos 32 e 33 enquanto Jerusalém estava cercada pelo exército babilônico e Jeremias pre-so, Deus revela que o cativeiro não seria o fim da história de Seu povo, que a compra do campo em Anatote simbolizava a futura retomada da terra e que Sua aliança com Israel é tão firme quanto às leis naturais que regem o universo.
1- Invoca-me e anunciarei grandes coisas (33.3) Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.
A promessa de Deus a Jeremias destaca o convite à oração e à confiança Nele, mesmo em meio à crise. Jerusalém estava prestes a ser destruída, e o povo via o fim iminente da dinastia davídica. Contudo, Deus revela que Seu plano vai além do juízo: Ele preparava algo grandioso. No contexto imediato, essa promessa poderia trazer esperança ao povo que via sua dinastia real chegar ao fim com a queda de Jerusalém. No entanto, seu cumprimento pleno está em Jesus Cristo, o descendente de Davi que estabelece um reino eterno de justiça (Mt 1.1; Lc 1.32-33). A justiça desse Renovo contrastaria com a corrupção dos reis anteriores, que haviam conduzido Judá à ruína. Ele governaria com retidão, garantindo paz e segurança ao povo. A promessa messiânica reafirma que Deus não havia rejeitado Israel, mas estava preparando um futuro de redenção.
2- A compra do campo em Anatote (32.15) Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Ainda se comprarão casas, campos e vinhas nesta terra.
Enquanto Jerusalém estava sitiada e prestes a ser conquistada, Deus ordena que Jeremias compre um campo em Anatote, sua terra natal. Humanamente, esse ato parecia sem sentido, pois a cidade seria destruída, e a terra, invadida pelos babilônios. Contudo, essa compra profética simbolizava a certeza de que o povo voltaria a habitar na terra, reconstruir suas casas e retomar a vida. A transação foi feita de forma legal, com escritura e testemunhas (Jr 32.9-14). Esse gesto revela a soberania divina sobre a história. A terra, ainda que ocupada por estrangeiros, voltaria ao povo escolhido, pois o Senhor não abandona Sua aliança que permanecia firme. Assim, a compra do campo foi um sinal público de que o exílio não seria o capítulo final da história de Israel.
3- A aliança imutável como o dia (33.20, 21) Assim diz o SENHOR: Se puderdes invalidar a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de tal modo que não haja nem dia nem noite a seu tempo, também se poderá invalidar a minha aliança com Davi, meu servo.
Deus compara Sua aliança com Israel e com Davi às leis que regem o universo, tal como a sucessão do dia e da noite. Assim como esses ciclos são imutáveis, também é firme o compromisso do Senhor com Seu povo e com a casa de Davi. Essa afirmação é especialmente relevante porque, diante da destruição de Jerusalém e do colapso da monarquia davídica, muitos poderiam pensar que Deus havia abandonado Sua aliança. A aliança com Davi, que garantia um trono eterno à sua descendência (2 Sm 7.16), encontra seu cumprimento definitivo em Jesus Cristo, o Rei eterno, da linhagem de Davi, cujo reino jamais terá fim (Lc 1.32-33). A aliança de Deus é inabalável. Mesmo que o povo tenha sido infiel, Deus não revoga Seu pacto.
APLICAÇÃO PESSOAL
Independente das circunstâncias que lhe cercam, creia que Deus, por Seu amor eterno, ouve a oração, renova a aliança, e tem coisas grandes preparadas para você
RESPONDA
1) O que Deus promete ao povo de Israel após o exílio babilônico?
R. Restaurar a terra e renovar a aliança com o povo.
2) Qual é a principal característica da nova aliança anunciada por Deus?
R. Leis gravadas no coração e comunhão direta com Deus.
3) O que simbolizou a compra do campo em Anatote por Jeremias?
R. Que Deus traria o povo de volta à sua terra.
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