EBD | 1° Trimestre De 2026 | CPAD – JOVENS – TEMA: PLANO PERFEITO – A Salvação da Humanidade, a Mensagem Central das Escrituras | Escola Bíblica Dominical | Lição 07: A Graça de Deus
TEXTO PRINCIPAL
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2 .8,9)
RESUMO DA LIÇÃO
A salvação pela graça é um presente imerecido de Deus, que transforma o cristão para que viva refletindo essa graça em boas obras, amor, perdão e serviço aos outros.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Ef 2.8,9 A salvação como graça de Deus
TERÇA – Ef 2.10 Criados para praticar boas obras
QUARTA – Tg 2.14-17 A fé sem obras é morta
QUINTA – Tt 2.11,12 Devemos renunciar à impiedade
SEXTA – Ef 4 3 2 A graça d e Deus nos ensina a amar, perdoar e servir
SÁBADO – Cl 3.12-14 Pela graça somos revestidos de misericórdia, bondade, paciência e amor
OBJETIVOS
COMPREENDER a maravilhosa graça na obra da salvação;
REFLETIR a respeito da graça de Deus e as obras;
MOSTRAR as implicações da graça na vida cristã.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta lição estudaremos a respeito da graça de Deus e como ela se manifesta na obra da salvação. É o Pai Celestial dando ao ser humano aquilo que ele não merece: o perdão dos pecados, a salvação e uma nova vida em Cristo. É dessa forma que nos tornamos cristãos, “pelo favor não merecido que recebemos de Deus, e não pelo resultado de qualquer esforço, capacidade, inteligência, ato ou serviço oferecido por nós. Entretanto, como prova de gratidão por essa dádiva tão graciosamente recebida, devemos ajudar nosso próximo com bondade, amor e carinho, sem a intenção de meramente fazer um favor. Embora nenhuma obra ou trabalho possa nos ajudar a alcançar a salvação, o propósito de Deus é que ela resulte também em atos de prestação de serviço. Não somos salvos simplesmente para ter um benefício, mas para servir a Cristo e edificar a Igreja.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal) Que venhamos também a agir com graça para amar, para perdoar e para servir. Esse dom imerecido deve impactar profundamente a nossa vida em todas as áreas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), dê início ao conteúdo da aula fazendo a seguinte pergunta: “Você já recebeu algo que não merecia? Como se sentiu?”. Isso é graça. Você recebeu o dom, o presente da salvação que não é conquistado por merecimento, mas recebido pela fé. E o que fazemos com esse presente? “Quando alguém nos dá um presente dizemos ‘Que bonito! Quanto lhe devo?’ É claro que não. Obrigado(a)’ é a resposta adequada. No entanto, muitas vezes os cristãos se sentem obrigados a tentar retribuir os dons de Deus de suas próprias maneiras — até mesmo depois de receberem o dom da salvação. Pelo fato de a nossa salvação, e até mesmo a nossa fé, serem presentes (representam dádivas recebidas), devemos responder com gratidão, louvor e alegria.” (Adaptado da Bíblia Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1727). Que não sejamos como aqueles que resistem à graça de Deus e a rejeitam (Hb 12.15), vindo a recebê-la em vão e sem nenhum efeito duradouro (2 Co 6.1), deixando-a de lado e desconsiderando-a (Gl 2.21) e até abandonando-a, mesmo tendo, em alguma ocasião, verdadeiramente crido e aceitado a Cristo (Gl 5.4).
TEXTO BÍBLICO
Efésios 2.1-10
1 E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
2 em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;
3 entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
4 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5 estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
6 e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
7 para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus,
8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.
9 Não vem das obras, para que ninguém se glorie.
10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
INTRODUÇÃO
A graça de Deus é o fundamento da salvação cristã, mas sua importância vai muito além de um evento passado. A salvação não é apenas algo que aconteceu uma vez, mas uma realidade contínua que transforma a vida do crente, moldando seus pensamentos, sentimentos e ações. Entender a graça de Deus não só nos dá uma nova perspectiva sobre nossa relação com Ele, mas também impacta diretamente o nosso comportamento diário. Nesta lição, veremos que a graça nos chama a viver em conformidade com a vontade de Deus, refletindo em nossas atitudes o amor e o perdão que recebemos. Como cristãos, somos desafiados a viver essa graça de forma prática, demonstrando-a em nosso relacionamento com os outros e em nossas decisões diárias.
I – A MARAVILHOSA GRAÇA NA OBRA DE SALVAÇÃO
1- A condição humana antes da graça (Ef 2.1-3). Paulo começa este trecho lembrando aos efésios sobre a condição espiritual anterior à salvação. Os versículos i a 3 descrevem a humanidade como “mortos em ofensas e pecados”, vivendo segundo o curso deste mundo e sob o domínio do pecado. A vida sem Cristo é caracterizada por uma separação de Deus, sujeita à ira divina. Assim, a pessoa, que ainda não experimentou a Regeneração, não pode compreender nem aceitar a verdade sem a obra da graça de Deus. Logo, do ponto de vista bíblico, devemos ter compaixão pelos pecadores que vivem na imoralidade, no orgulho e na arrogância, pois são escravos do pecado e do Diabo (Ef 2.1,5). Além disso, precisamos entender que a nossa condição antes da graça era assim. Por isso, quando reconhecemos a gravidade do nosso pecado e a morte espiritual em que estávamos, podemos valorizar a grandeza da graça de Deus. Não merecíamos nada, mas Ele nos alcançou.
2- A intervenção da graça de Deus (Ef 2.4-7). A partir do versículo 4, Paulo muda o tom da mensagem, enfatizando a misericórdia de Deus: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, […) nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2.4,5), Aqui, a graça divina é revelada como misericórdia que nasce do coração amoroso de Deus para nos arrancar da morte espiritual e nos trazer para uma nova vida em Cristo. Isso significa que a graça de Deus é a única razão pela qual passamos da morte para a vida. Esta mudança radical deve gerar gratidão em nossos corações, pois não fomos salvos por mérito próprio, mas por seu grande amor e misericórdia. A salvação é um presente imerecido. Como essa graça tem impactado nossa vida diária?
3- A graça que nos faz produzir em Cristo (Ef 2.8-10). Nos versículos 8 a 10, Paulo ensina que somos salvos pela graça, “mediante a fé”, e que isso não vem de nós mesmos, mas é um ‘dom de Deus” Isso significa que Deus concede uma medida de sua graça para os incrédulos: a de crerem no Senhor Jesus mesmo que essa graça divina possa ser resistida (Hb 12.15). É importante destacar que não são as obras que nos salvam, mas a graça de Deus, para que ninguém se glorie. O versículo 10 destaca que fomos “feitos para boas obras”, ou seja, a salvação nos prepara para viver em conformidade com a vontade de Deus. Assim sendo, a salvação não é um ponto final, mas o início de uma nova vida em Cristo. Somos chamados para viver de maneira que reflita a transformação que a graça operou em nós. O cristão não é salvo pelas obras, mas é salvo para realizar boas obras. Como estamos vivendo em resposta a essa maravilhosa graça?
PENSE! A salvação pela graça não é um fim, mas o começo de uma nova vida em Cristo, que nos capacita a viver de maneira transformada e fazer boas obras.
PONTO IMPORTANTE! Você tem vivido em gratidão à graça de Deus, refletindo essa graça nas suas atitudes diárias?
SUBSÍDIO 1
Professor(a), leia juntamente com os alunos Efésios 2.8-10. Depois explique que “o Novo Testamento enfatiza o tema da graça de Deus, por nos ter dado o seu Filho, Jesus, que de bom grado e voluntariamente deu a sua vida por pecadores que não mereciam esse seu ato, Hoje, os cristãos continuam a receber essa graça, pela presença e orientação do Espírito Santo. O Espírito transmite a misericórdia, o perdão e a aceitação de Deus, e dá aos cristãos o desejo e a capacidade de fazer a vontade de Deus (Jo 3,16; 1C 0 15.10: Fp 2.13; 1Tm 1.15-16). Todo o processo e progresso da vida cristã, do princípio ao fim, dependem dessa graça.” (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD. 2023, p. 1527).
II – A GRAÇA DE DEUS E AS OBRAS
1- A graça de Deus: o favor imerecido. A graça é amplamente compreendida como o favor imerecido de Deus, um favor concedido sem que o ser humano tenha feito algo para merecê-lo. O termo hebraico para “graça” é chen, que transmite a ideia de “favor” ou “benevolência”, especialmente um favor gratuito e imerecido (Gn 6.8). No Antigo Testamento, chen muitas vezes denota a ação de Deus em favor de seu povo, mesmo quando não a merecem (como em Gênesis 6.8, quando Noé encontrou “graça” diante do Senhor). No Novo Testamento, o termo grego para “graça” é charis, que é usado de forma semelhante, mas com uma ênfase mais profunda na salvação que vem de Deus. Charis não apenas reflete um favor ou benefício, mas está ligada ao presente divino de salvação e perdão, e à capacitação que Deus concede para viver conforme sua vontade (como vemos em Ef 2.8,9). A graça de Deus, portanto, é uma ação de seu amor e misericórdia para com os pecadores, oferecendo a salvação não com base em méritos humanos, mas como um dom gratuito, disponível a todos os que creem.
2- Obras: o reflexo da Graça em nossas vidas. No contexto bíblico, as obras não se referem a ações que garantem a salvação, mas são expressões externas do comportamento de uma vida transformada pela graça de Deus. O termo hebraico para “obras” é ma’aseh: que pode ser traduzido como “ação” ou “feito”, e é frequentemente associado à prática da lei, como nas obras exigidas pela Lei de Moisés. No Novo Testamento, o termo grego mais comum para “obras” é ergon, que denota qualquer tipo de ação ou trabalho (Ef 2.9). No entanto, é importante distinguir entre as “obras da Lei” e as “obras da graça”. As “obras da lei” são aquelas ações que os judeus realizavam para tentar cumprira Lei de Moisés, buscando justificar-se diante de Deus por meio de seus próprios esforços, algo que, como Paulo explica em Efésios 2.8,9, não pode resultar em salvação, pois esta é alcançada unicamente pela graça de Deus. Por outro lado, as “obras da graça” são aquelas que surgem como fruto da salvação que já recebemos por meio da graça. Essas obras são as evidências da transformação que a graça de Deus opera em nossas vidas. Como cristãos, devemos viver de maneira que nossas ações reflitam a mudança interna causada por essa graça. As boas obras não nos salvam, mas são a resposta a essa salvação.
3- A salvação pela graça e a necessidade das boas obras. A salvação pela graça não significa que as boas obras se tornem irrelevantes. Pelo contrário, Efésios 2.10 nos ensina que somos feitura de Deus, “criados em Cristo Jesus para boas obras”. Por isso, é importante destacar que o ensino da graça não enfraquece a prática das boas obras. Pelo contrário, a graça é o que nos capacita a realizar essas obras de forma verdadeira e eficaz. O apóstolo Tiago, em sua Carta, nos lembra de que “a fé sem obras é morta” (Tg 2.26). Ele não está contradizendo Paulo, mas complementando-o, enfatizando que a fé verdadeira se manifesta em ações concretas. Em outras palavras, as obras não nos salvam, mas a salvação que recebemos pela graça nos leva a viver de maneira transformada, cumprindo o propósito de Deus para nossas vidas. Assim, a graça de Deus nos chama não apenas para crer em Cristo, mas também para viver de forma prática, obedecendo aos seus mandamentos e servindo aos outros. As boas obras não são um fardo imposto pela lei, mas o fruto espontâneo de uma vida redimida, capacitada pela graça para fazer o bem.
III – AS IMPLICAÇÕES DA GRAÇA NA VIDA CRISTÃ
1- Graça para amar. A graça de Deus nos ensina a amar, não apenas aqueles que nos amam, mas também nossos inimigos. A verdadeira graça gera um amor incondicional, refletido em 1 João 4.19. onde aprendemos que “amamos porque ele nos amou primeiro”. A graça de Deus em nossas vidas nos capacita a amar como Cristo nos amou. Nesse sentido, essa graça que recebemos deve transbordar em nosso comportamento, levando-nos a um amor genuíno pelos outros. Como a graça de Deus tem moldado nossa capacidade de amar, mesmo diante de desafios? Somos chamados a amar com a mesma graça com que fomos amados.
2- Graça para perdoar. Em Efésios 4.32, somos instruídos da seguinte maneira: “sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. A graça nos capacita a nos tornarmos bondosos, no lugar de malignos; a ter compaixão pelos que vivem no engano e, por isso, perdoar, assim como fomos perdoados (Cl 3.13,14). O perdão é uma resposta direta à graça recebida, pois, sem a graça de Deus, não seríamos capazes de perdoar de fato. Contudo, sabemos que perdoar não é fácil, mas a graça de Deus nos dá forças para libertar o outro e a nós mesmos da escravidão do ressentimento. Essa graça nos ensina a perdoar, não por mérito do ofensor, mas por causa do perdão que recebemos em Cristo.
3- Graça para servir. A graça de Deus também nos capacita a servir aos outros. Em Tito 2.11,12, o apóstolo nos mostra que essa graça nos educa para renunciar “à impiedade e às concupiscências mundanas” para que “vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente”. Dessa forma, a graça de Deus nos faz enxergar o serviço ao próximo não como uma obrigação, mas como uma expressão de gratidão e amor. Então, servir aos outros é uma maneira de refletir a graça divina no mundo. Como podemos, em nossa vida diária, ser instrumentos de serviço e bênção para os outros, demonstrando a graça que recebemos? O cristão deve ser, assim como Cristo, um servo, e sua graça é demonstrada no serviço aos outros (Jo 13.1-15).
SUBSÍDIO 2
Professor(a), no decorrer deste tópico procure enfatizar que uma das implicações da graça na vida cristã é a graça para amar. “Amar o próximo não era um novo mandamento (ver Lv 19.18), mas amar os semelhantes, assim como Cristo os amou, era um mandamento revolucionário. Agora devemos amar os outros baseando-nos no amor sacrificial de Jesus por nós. Tal amor não apenas levará os incrédulos a Cristo; também manterá os cristãos fortes e unidos em um mundo que é hostil a Deus. Jesus foi um exemplo vivo do amor de Deus, e nós devemos ser exemplos vivos do amor de Jesus!” (Adaptado de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p, 1447).
CONCLUSÃO
A compreensão da graça de Deus não deve ser limitada a um evento isolado no passado, mas deve ser vivida e aplicada no cotidiano do cristão. A graça transforma nossa maneira de viver, de nos relacionarmos com Deus e com os outros, Ela nos capacita a perdoar, a amar e a servir, não por méritos próprios, mas como uma resposta ao imenso favor que recebemos de Deus. Portanto, a salvação pela graça é um chamado para uma vida nova, que reflete a misericórdia divina em todas as nossas ações.
HORA DA REVISÃO
1- Como é caracterizada a vida sem Cristo?
A vida sem Cristo é caracterizada por uma separação de Deus, sujeita à ira divina.
2- Qual é a única razão pela qual passamos da morte para a vida?
A graça de Deus é a única razão pela qual passamos da morte para a Vida
3- O que são as obras da Lei?
As “obras da lei” são aquelas ações que os judeus realizavam para tentar cumprir a Lei de Moisés, buscando justificar-se diante de Deus por meio de seus próprios esforços.
4- O que são as obras da Graça?
As “obras da graça” são aquelas que surgem como fruto da salvação que já recebemos por meio da graça, Essas obras são as evidências da transformação que a graça de Deus opera em nossas vidas.
5- Em relação ao amor, o que a Graça de Deus nos ensina?
A graça de Deus nos ensina a amar, não apenas aqueles que nos amam, mas também nossos inimigos.
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