EBD – Lição 06: Juízes 11 e 12: Jefté, o 8° Juiz; Ibsã, o 9°; Elom, o 10° e Abdom, o 11° | 1° Trimestre de 2023 | PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 1° Trimestre De 2023 | Tema: JUÍZES E RUTE – Historias do Passado; Alerta para o Presente | Escola Biblica Dominical | Lição 06: Juízes 11 e 12: Jefté, o 8° Juiz; Ibsã, o 9°; Elom, o 10° e Abdom, o 11°

Texto Áureo

“Não sou eu, portanto, quem pecou contra ti! Porém tu fazes mal em pelejar contra mim; o SENHOR, que é juiz, julgue hoje entre os filhos de Israel e os filhos de Amom”. Jz 11.27

Leitura Bíblica Com Todos

Juízes 11.29-40

Verdade Prática

Dependemos de Deus, pois Ele é o nosso Socorro.

INTRODUÇÃO
I- JUIZ IMPROVÁVEL Jz 11.1-24
1-
A convocação Jz 11.6
2– O esforço diplomático Jz 11.12
3– A declaração de posse Jz 11.24
II- A VITÓRIA DE ISRAEL E O VOTO DE JEFTÉ Jz 11.31-34
1
– O voto imprudente Jz 11.31
2– O clamor atendido Jz 11.32
3– O fracasso pessoal Jz 11.34
III- CONFLITO INTERNO Jz 12.1-15
1-
A tribo de Efraim se ofende Jz 12.1
2– Chibolete ou Sibolete? Jz 12.s
3– lbsa, o 9° juiz; Elom, o 10° e Abdom, o 11° Jz 12.8-15
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Juízes 10.6
Terça – Juízes 11.1,3
Quarta – Juízes 11.4,10
Quinta – Juízes 11.11,20
Sexta – Juízes 11.21,29
Sábado – Juízes 11.30,40
Hinos da Harpa: 79-227

INTRODUÇÃO

A apostasia de Israel segue gerando opressão dos filisteus e dos amonitas por 18 anos (10.8), mas Deus novamente mostra misericórdia. Um homem sem qualificações morais, mas com fé suficiente para entregar-se à vontade de Deus, e usado para comandar uma nação contra os amonitas e julgar Israel por seis anos. Canaã era propriedade de Israel, bastava a obediência e a fidelidade para que se cumprissem os propósitos do Senhor para Seu povo.

I- JUIZ IMPROVÁVEL (Jz 11.1-24)

1- A convocação (Jz 11.6) E disseram a Jefté: Vem e sê nosso chefe, para que combatamos contra os filhos de Amom.

Descrito como um valente, Jef­té foi expulso de Gileade por seus irmãos, pois era filho gerado no ventre de uma prostituta. Certamente, o histórico familiar desenvolveu nele um desejo de autossuperação. Apesar de sua vida leviana, mostrava-se corajoso. Por isso foi convocado pelos anciãos de Gileade ao comando da guerra contra os amonitas, que já os dominavam havia dezoito anos.

A fim de provar seu valor aos que o haviam rejeitado, Jefté de­clara que só lutaria se prometessem, em caso de vitória, entregar a ele o governo de Gileade. Antes de seu primeiro ato governamental, consagrou-se a Deus em Mispa, onde morava (Jz 11.11).

2- O esforço diplomático (Jz 11.12) Enviou Jefté mensageiros ao rei dos filhos de Amom, dizendo: Que há entre mim e ti que vieste a mim a pelejar contra a minha terra?

A primeira medida de Jefté foi expor ao rei de Amom os direitos de posse que Israel mantinha sobre a terra No relato enviado por mensa­geiros, Jefté explica que a conquista da terra a leste do Jordão foi legítima, pois Deus havia concedido a Israel a vitória sobre os amorreus, antigos donos do lugar, quando estes atacaram primeiro (Jz 11.19-23). Jefté também argumenta que os antigos reis de Amom reconheciam os direitos de Israel por isso nunca fizeram guerra (Jz 11.25-26). Então, o que justificaria uma invasão após trezentos anos?

Há uma grande lição aqui: somos também cercados de inimigos de Deus, mas eles só nos atacam quando percebem nossa fragilidade (1 Pe 5.8). Ao longo do tempo, os amonitas perceberam que Israel não era mais um povo de valores próprios e de conduta exemplar, pois foram corrompidos quando perderam a comunhão com o Deus santo que lhes concedia vitória diante de qualquer inimigo. Quem se separa de Deus perde sua única defesa inviolável.

3- A declaração de posse (Jz 11.24) Não é certo que aquilo que Quemos, teu deus, te dá consideras como tua possessão? Assim, possuiremos nos o território de todos quantos o Senhor, nosso Deus, expulsou diante de nós.

Na mensagem enviada ao rei adversário, Jefté destaca que se eles criam que seus deuses lhes entregaram a posse de suas terras; do mesmo modo, Israel também era dono da terra que havia conquistado pelo poder do próprio Deus. Jefté foi estratégico ao tomar o argumento dos idólatras em favor de Israel, pois em sua mensagem ele está dizendo, sutilmente, que se era possível aos amonitas acreditar em Quemos – ídolo adorado também pelos moabitas -, tanto mais a Israel era possível crer no Deus de seus pais que os havia libertado do Egito e lhes entregado a terra dos amorreus.

Para libertar o povo, Deus qualifica um homem rejeitado socialmente. Portanto, merece destaque o seu amor paciente e misericordioso. Tendo ouvido os clamores de seu povo, “já não pôde reter a sua compaixão por causa da desgraça de Israel” (Jz 10.16) e por isso lhes concedeu um novo governante que os libertasse. Deus ama Israel, ama também a igreja Apesar de não merecemos, Ele nos amou primeiro (1Jo 4.19)

II- A VITÓRIA DE ISRAEL E O VOTO DE JEFTÉ (Jz 11.31-34)

1- O voto imprudente (Jz 11.31) Quem primeiro da porta da minha casa me sair ao encontro [..], esse será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto.

O voto de Jefté é uma das passagens bíblicas mais debatidas e difíceis do livro de Juízes e, provavelmente, de toda a Bíblia. Não há dúvidas, qualquer que seja a interpretação aceita, que foi um voto precipitado e resultante do calor do momento. O voto consistia que, se Israel fosse vitorioso naquela batalha, ele ofereceria em holocausto ao Senhor o primeiro que saísse da porta de sua casa.

É consenso entre estudiosos do hebraico que o texto em apreço exclui a possibilidade dele estar se referindo a um animal, visto que a frase “quem primeiro me sair ao encontro” (Jz 11.31), jamais poderia ser usada para um animal. Tratar-se-ia portanto, nesse caso, de um sacrifício humano, o que era claramente proibido na lei e mostrado como abominação ao Senhor (Lv 18.21; Dt 12.31-32).

2- O clamor atendido (Jz 11.32) Assim, Jefté foi de encontro aos filhos de Amom, a combater contra eles; e o Senhor os entregou nas mãos de Jefté.

Jefté comanda seu exército até os limites da terra de Amom e mais uma vez nosso Deus mostrou que está disposto a misericórdia, embo­ra soubesse que os israelitas não o buscavam de todo o seu coração e de toda a sua alma; sabia que os motivos de Jefté apontavam mais para uma revanche diante do povo que o havia expulsado do que para um arrependimento sincero.

Novamente, havia paz em Israel e o opressor fora derrotado. Todos os anciãos haviam confiado a Deus o destino da nação (Jz 11.10-11), portanto não havia motivos para novamente se afastarem do Deus que havia aten­dido aos seus clamores. Israel tinha nova oportunidade de buscar a santidade para a qual foram convocados pelo seu Deus: “Eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo” (Lv 11.45).

A convocação ainda vale para a igreja. Busquemos o padrão de santidade revelado em Cristo, pois Ele nos “chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).

3- O fracasso pessoal (Jz 11.34) Vindo, pois, Jefté a Mispa, a sua casa, saiu-lhe a filha ao seu encontro, com adufes e com danças; e era ela filha única; não tinha ele outro filho nem filha.

Finalmente, Jefté retorna para sua casa. Mas o que era para ser uma alegria torna-se desgraça, pois quem vem encontrá-lo a porta é sua única filha. Jefté lamenta ter­rivelmente, mas resolve não tomar atrás em sua palavra, com a concordância de sua filha. Sobre o cumprimento do voto de Jefté, duas interpretações são comumente colocadas pelos estudiosos:

a) a primeira defende que isso realmente significou a morte da sua filha, pois a palavra ”holocausto” em seu sentido básico significa uma oferta totalmente queimada ao Senhor. para eles, é possível que o nível de degrada o de Israel depois de sucessivos ciclos de idolatria estivesse em um patamar no qual muitos já haviam assimilado a pra­tica paga de sacrifício humano comum em Amom e Moabe.

Há regis­tros bíblicos de israelitas que assim procederam mais tarde, a época da monarquia (2Rs 16.3; 21.3). Assim, Jefté teria levado ao extremo seu voto e sacrificado sua filha, cometendo um grande pecado e afronta a Deus, que jamais aceitou a morte humana como oferta ou voto.

b) a segunda argumenta que, na verdade a palavra ”holocausto” comportaria tambem o sentido de “consagra ao total’ Como sua filha foi a primeira que lhe saiu ao encon­tro, isso significaria que ela deveria viver o resto da sua vida no celibato; e como filha unica de Jefté, isso tam­bém implicava em que o juiz não teria descendencia. Corrobora essa posição a nota bíblica “e ela jamais conheceu varão” (Jz 11.39). Seja qual tenha sido o teor do cumprimento do voto precipitado, fato é que trouxe sérias consequências para a casa de Jefté.

III- CONFLITO INTERNO (Jz 12.1-15)

1- A tribo de Efraim se ofende (Jz 12.1) E disseram a Jefté: Por que foste combater contra os Filhos de Amom e não nos chamaste para ir contigo?

Alguns meses após a vitória sobre os amonitas, Jefté é procurado pelos israelitas da tribo de Efraim. Eles acusavam o novo juiz de desonrá-los perante as demais tribos; de excluí-los da guerra como se fossem desnecessários para Israel. Os efrai­mitas já haviam criado problemas quando Gideão também foi à guerra sem eles (Jz 8.1 ), pois eram soberbos e julgavam-se líderes da nação.

Os efraimitas eram homens carnais, agiram com irreverência ao não reconhecerem os feitos de Jefté como manifestação inquestionável da vontade de Deus, embora o juiz não tenha medido esforços para corres­ponder ao que o Senhor lhe confiou Aqui temos uma lição importante, pois um erro frequente entre nós e vincular a autoridade constituída a pessoa que a exerce. Na Bíblia, Deus deu autoridade a vários homens de caráter vacilante e cujos atos nem sempre foram honrados.

Mas, a despeito disso, manifestou neles seus castigos ou suas bênçãos para conserto ou consolo de Seu povo. Devemos olhar para os ministros do Evangelho como pessoas que Deus constituiu, isso a despeito de nossas simpatias pessoais. Os líderes também falham, mas, se for esse o caso, não façamos intrigas e disputas de poder, como os efraimitas. Antes, lembremos a pergunta que o apóstolo Paulo fez aos coríntios: “Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade?” (1Co 6.5).

2- Chibolete ou Sibolete? (Jz 12.5) Quando qualquer fugitivo de Efraim dizia: Quero passar; então, os homens de Gileade lhe pergunta­vam: És tu efraimita?

Jefté liderou os homens de Gileade contra os de Efraim e os obrigou a fugir de volta para suas terras pelo vale do Rio Jordão. Certamente, uma guerra civil entre irmãos não era o que Deus desejava, como até hoje não deseja. A igreja vive sob uma guerra imposta pelos que odeiam a mensagem de Jesus, por isso estejamos unidos em defesa da fé evangélica. Os efraimitas alegavam que Jefté e seus homens eram separatistas e desertores de Efraim, esse era o pretexto que usavam para os atacar.

Curiosamente, os que tentavam fugir eram abordados na fronteira e obrigados a pronunciar a palavra “chibolete” [corrente de água], por esse recurso todos os efraimitas foram descobertos, pois pronunciavam a palavra com som de [s], ou seja, “sibolete”. Essa curiosidade linguística pode nos ajudar a pensar a importância de termos, na atual sociedade, uma identidade que nos faça conhecidos como cristãos evangélicos que, ao contrário dos efraimitas, não rivalizam, não fogem e nem se escondem.

3- lbsã, o 9° juiz; Elom, o 10° e Abdom ,o 11° (Jz 12.8-15) Depois dele, julgou a Israel Ibsã, de Belém (Jz 12.8).

Ibsã, o 9° juiz de Israel (Jz 12. 8-10), julgou Israel por 7 anos. Era de Belém, onde também foi sepul­tado. Chama atenção o tamanho de sua família: trinta filhos e trinta filhas. Parece ter fortalecido seus laços políticos através da prática de casar seus filhos com pessoas de fora de Belém.

Elom, o 10° juiz de Israel (Jz 12.11,12), julgou Israel por 10 anos. Os dois versículos a seu respeito só nos informam seu nome, sua tribo, Zebulom, a duração de 10 anos do seu governo e seu lugar de sepultamento, Aijalom.

Abdom, o 11 ° juiz de Israel (Jz 12.13-15), liderou por 13 anos. Era da tribo de Efraim e sua família de quarenta filhos e trinta netos, que cavalgavam sobre setenta jumentos. Era sinal de alta posição social.

Vale observar que sobre os juízes menores não há referência de que foram levantados por Deus, que o Espírito do Senhor veio sobre eles e que a terra teve descanso depois deles. Há referência, sim, que tinham prosperidade pessoal e faziam alianças casando suas filhas e filhos com estrangeiros.

APLICAÇÃO PESSOAL

Deus não depende das nossas qualidades nem se limita aos nossos defeitos. Ele tudo pode conforme seus propósitos e mediante a fé que há em nós.

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RESPONDA

1) Jefté lutou contra quais povos?
2) Que condição Jefté impôs a Israel que lutasse contra os seus opressores?
3) Qual a quantidade de filhos e filhas do Juiz Ibsã?

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