EBD Adolescentes | 4° Trimestre De 2021 | Tema: Vivendo em Sociedade | Lição 05: Padrões Sociais de Beleza | Escola Biblica Dominical | CPAD
TEXTO BÍBLICO
DESTAQUE
“Não se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o coração” (1Sm 16.7).
LEITURA DEVOCIONAL
Segunda – Mt 23.27,28
Terça – Is 53.2
Quarta – 1Sm 9.2;16.14
Quinta – Et 1.11
Sexta – Et 2.7
Sábado – 2Sm 14.25
Domingo – 1Sm 16.7
OBJETIVOS
- Conscientizar de que a mídia influencia os nossos padrões de beleza.
- Mostrar como construímos nossos conceitos de belo e feio.
- Compreender que os padrões de beleza de Deus são contrários aos nossos.
MATERIAL DIDÁTICO
Para a aula de hoje, você vai precisar de folhas de papel pardo, revistas antigas e cola; Para embasar seus conhecimentos e se desejar indicar para seus alunos, sugerimos que você leia o primeiro capítulo da obra “Pronto — Cresci! E Agora?” De autoria de Susie Shellenberger, CPAD.
QUEBRANDO A ROTINA
Distribuo revistas antigas; folhas de papel pardo, tesoura e cola. Divida os Adolescentes em grupos e distribua os materiais entre eles. Peça que encontrem figuras de homens e mulheres quê considerem “bonitos” e elegantes. Oriente-os a colarem as figuras na folha de papel pardo. Logo após, se reúna com os alunos em círculo e peça que cada grupo mostre as figuras que escolheram e digam o porquê da escolha. Ouça todos com atenção e foça as considerações que achar necessárias. Explique que estamos vivendo a chamada “ditadura da beleza”. Os padrões de beleza mudam de uma cultura para a outra. O que é bonito para o chinês pode não ser bonito para o brasileiro.
Ou seja, cada povo tem a sua beleza. Explique que o conceito de beleza da nossa sociedade não está baseado em princípios bíblicos. O mundo “exige” que os jovens sejam “sarados”, as meninas, têm que ser magras (estilo Barbie), louras e de cabelos bem lisos. Este não é o padrão, de beleza dos brasileiros (cite algumas características do nosso povo). Conclua, tendo Romanos 12.2. Explique que devemos cuidar do nosso corpo, pois ele é o templo do Espírito Santo, porém a beleza deve vir de dentro para fora. Não podemos aceitara “forma” deste mundo.
ESTUDANDO A BÍBLIA
Prezado professor, o tema da aula de hoje é extremamente relevante, já que os adolescentes estão em fase de significativas mudanças físicas. Diante dos padrões de beleza impostos pela mídia, muitos jovens se sentem feios e acabam desenvolvendo uma baixa autoestima, adoecendo emocionalmente e fisicamente. Como construímos o nosso conceito a respeito do que é belo ou feio? Estes conceitos são desenvolvidos na infância. Os pais influenciam este processo.
Segundo a psicóloga Sônia Pires, “desenvolvemos o conceito de beleza a partir do que é valorizado como belo pelas pessoas que nos são significativas.” É importante ressaltar no decorrer da lição que a beleza exterior, embora valorizada em extremo por nossa sociedade, é efêmera. No entanto, como servos de Deus, temos que cuidar bem do nosso corpo, pois ele é a morada do Espírito Santo: Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós […]” (1 Co 6.19). Cuide bem da sua saúde e da sua aparência, pois você é um referencial para seus alunos.
OS PADRÕES DE BELEZA EM NOSSA SOCIEDADE
A beleza é subjetiva e muito pessoal. Cada cultura tem o seu padrão de beleza. Em alguns países da África, a mulher bonita deve pesar alguns quilinhos a mais. Nos Estados Unidos e na Europa, o ideal de beleza é a magreza. Todas querem se parecer com a boneca Barbie e os homens com o namorado da Barbie, o Ken. A mídia está sempre ditando um padrão único de beleza. Não é à toa que o Brasil é o segundo país em número de cirurgias plásticas.
As pessoas recorrem às cirurgias em busca de um padrão de beleza que é imposto pela mídia, que, por sua vez, mostra mulheres magérrimas, modelos e atrizes lindas; porém, o que vemos é uma beleza produzida pela maquiagem, pelas cirurgias, ou mesmo retocadas por programas de computadores.
Temos que cuidar do nosso corpo e da nossa aparência, porém sem exageros e com sabedoria. Não podemos concordar com a chamada “ditadura da beleza”, que nos é imposta pela sociedade. Não se deixe levar pelos padrões de beleza da mídia. A adolescência é uma fase marcada por mudanças físicas. Vamos, literalmente, ganhando um novo corpo e aprendendo a lidar com ele. Atualmente, muitos se preocupam somente com o exterior, mas o interior é semelhante a um “sepulcro caiado” (Mt 23.27). A beleza precisa vir de dentro para fora. Pode parecer cliché, mas esta é a mais pura verdade. De que adianta ser belo (a) e ter um péssimo caráter?
Quando o povo decidiu escolher um rei por conta própria, eles escolheram Saul, homem alto, forte e bonito (1 Sm 10.23,24). A escolha se deu segundo os padrões sociais daquele tempo, daquela cultura. No entanto, os padrões divinos são diferentes do nosso. Certa vez, Deus falou com o profeta Samuel que ele deveria ir à casa de Jessé e ali ungir aquele que Ele havia escolhido para ser o novo rei de Israel, Jessé tinha vários filhos, porém Deus não falou com Samuel qual dos filhos seria o escolhido (1Sm 16.1-3). Chegando à casa de Jessé, ao ver Eliabe, Samuel pensou: “Este deve ser o escolhido de Deus”. Certamente, Eliabe deveria ser alto, forte, com uma boa aparência. A escolha de Samuel seguia os padrões sociais de beleza da sua época. Porém, Samuel aprendeu uma importante lição.
O Senhor falou com ele dizendo: “Não se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o coração” (1 Sm 16.7). Samuel olhou todos os filhos de Jessé e o Senhor lhe disse que nenhum daqueles que foram apresentados era o futuro rei. Então Samuel perguntou a Jessé: “Você não tem mais nenhum filho? Jessé respondeu: —Tenho mais um, o caçula, mas ele está fora, tomando conta das ovelhas. — Então mande chamá-lo! — disse Samuel. — Nós não vamos oferecer o sacrifício enquanto ele não vier” (1Sm 16.11). Deus havia escolhido um adolescente, o mais novo da família. Os padrões de Deus não são os nossos. Não podemos jamais julgar as pessoas pela aparência exterior. Samuel era um homem de Deus, mas teve que aprender esta importante lição. E você, costuma julgar as pessoas somente pela aparência?
AUXÍLIO DIDÁTICO
Professor, para uma reflexão a respeito do tema e do primeiro tópico da lição, leia com atenção o seguinte texto: “Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a linguagem corporal é marcadora pela distinção social, que coloca o consumo alimentar, cultural e forma de apresentação – como o vestuário, higiene, cuidados com a beleza etc. – como os mais importantes modos de se distinguir dos demais indivíduos. Nas sociedades modernas, há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. Não por acaso que foi nesse período que surgiram as duas maiores revistas brasileiras voltados para o tema: “Boa Forma’ (1984) e ‘Corpo a Corpo (1987).
Contudo, foi o cinema de Hollywood que ajudou a criar novos padrões de aparência e beleza, difundindo novos valores da cultura de consumo e projetando imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo inteiro. Da mesma forma, podemos pensar em relação à televisão, que veicula imagens de corpos perfeitos através dos mais variados formatos de programas, peças publicitárias, novelas, filmes etc. Isso nos leva a pensar que a imagem da ‘eterna’ juventude, associada ao corpo perfeito e ideal, atravessa todas as faixas etárias e classes sociais, compondo de maneiras diferentes diversos estilos de vida. Nesse sentido, as fábricas de imagens como o cinema, televisão, publicidade, revistas etc., têm contribuído para isso. Os programas de televisão, revistas e jornais têm dedicado espaços em suas programações cada vez maiores para apresentar novidades em setores de cosméticos, de alimentação e vestuário. Propagandas veiculadas nessas mídias estão o tempo todo tentando vender o que não está disponível nas prateleiras: sucesso e felicidade.
O consumismo desenfreado gerado pela mídia em geral foca principalmente adolescentes como alvos principais para as vendas, desenvolvendo modelos de roupas estereotipados, a indústria de cosméticos lançando a cada dia novos cremes e géis redutores para eliminaras ‘formas indesejáveis’ do corpo e a indústria farmacêutica faturando alto com medicamentos que inibem o apetite. Preocupados com a busca desenfreada da ‘beleza perfeita’ e pela vaidade excessiva, sob influência dos mais variados meios de comunicação, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica apresenta uma estimativa de que cerca de 130 mil crianças e adolescentes submeteram-se no ano de 2009 a operações plásticas. Evidentemente que a existência de cuidados com o corpo não é exclusividade das sociedades contemporâneas e que devemos ter uma especial atenção para uma boa saúde. No entanto, os cuidados com o corpo não devem ser de forma tão intensa e ditatorial como se tem apresentado nas últimas décadas. Devemos sempre respeitar os limites do nosso corpo e a nós a mesmos” (CAMARGO, Orson. Mídia e Culto a Beleza do Corpo. São Paulo, Disponível em: http://www.brasilescola.com/sociologia/a-in-fluencia-midia-sobre-ospadroesbeleza.htm. Acesso em: 03 jul. 2014).
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ATIVIDADE – Responda:
1. Como você definiria beleza? Resposta pessoal. Este é um conceito difícil de ser definido, pois cada um tem seu próprio conceito de beleza.
2. Por que atualmente tantas pessoas recorrem às cirurgias plásticas? R: Porque querem seguir um padrão rígido de beleza que é imposto pela mídia.
3. Por que, ao ver Eliabe, o profeta Samuel pensou que ele fosse o novo rei? R: Por sua aparência exterior.
4. Qual lição o profeta aprendeu na unção do novo rei? R: Samuel aprendeu que não devemos julgar as pessoas pela aparência, pois o que importa para Deus são os pensamentos, sentimentos e emoções.
5. Como formamos o conceito de belo e feio? R: O conceito de belo ou feio é desenvolvido na infância.
FEIO OU BONITO?
Como já é do seu conhecimento, é muito difícil uma definição de beleza, pois o belo é algo relativo e pessoal. Como formamos o conceito de belo e feio? Nosso conceito de beleza e feiura é desenvolvido em nossa infância. Ele é influenciado primeiramente por nossos pais e depois pelo grupo em que estamos inseridos. Deus criou todas as coisas belas, porém, o homem recebeu uma atenção especial do Criador. Fomos criados à imagem de Deus (Gn 1.27). A imagem de Deus em nós significa que temos potencialidades para termos um relacionamento pessoal com Deus. Você é especial e belo aos olhos do Pai, mesmo que não esteja dentro do padrão de beleza de nossa sociedade.
Atualmente, as pessoas não valorizam mais as características interiores das pessoas, como, por exemplo, o caráter. De que adianta ter um rosto “lindo” e um “corpo perfeito”, mas um interior estragado? A aparência não é tudo. Os escribas e fariseus valorizavam muito o exterior, a aparência. Veja o que Jesus disse a eles: “Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês são como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de podridão. Por fora vocês parecem boas pessoas, mas por dentro estão cheios de mentiras e pecados” (Mt 23.27,28).
AUXÍLIO DIDÁTICO
Professor, mostre aos alunos que, já nos tempos bíblicos, as pessoas se preocupavam com a aparência e a beleza, mas que hoje temos visto um exagero. É o que os sociólogos chamam de culto ao corpo e à beleza. Leia o texto de Isaías 3.18-21 e observe a ornamentação usada na época. Leia também Ezequiel 23.40 e observe que naquele tempo as israelitas usavam cosméticos. Em o Novo Testamento, os acessórios eram também muito utilizados, pois o apóstolo Pedro advertiu as mulheres que elas deveriam se enfeitar não somente com seus adereços, mas com um espírito manso e tranquilo. Leia 1 Pedro 3.3,4.
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EXEMPLOS BÍBLICOS DE BELEZA E NÃO FORMOSURA
Na Bíblia, encontramos a história de homens e mulheres que eram bonitos, segundo os padrões de beleza do seu tempo. Apesar disso, alguns desses “bonitões” e “bonitonas” não foram bem-sucedidos e nem mais abençoados que os demais. Tomemos como exemplo o jovem Absalão. Ele era filho do rei Davi e, de acordo com as Escrituras, era um homem belo (2 Sm 14.25). E bom lembrar que ele era bonito segundo os padrões de beleza de sua época. No seu tempo, ele certamente seria considerado um bom partido para as moças solteiras. No entanto, a beleza de Absalão era apenas exterior, pois seu caráter era duvidoso. Ele era do tipo que, para subir na vida, derrubava as pessoas que estavam a sua frente (2 Sm 15.10). Absalão tentou usurpar o trono do seu pai e acabou sendo morto (2 Sm 18.14,15). A Palavra de Deus também relata a formosura da rainha Vasti (Et 1,11). Certo dia, o rei Assuero, depois de beber e comer muito, desejou exibir a beleza da rainha, e mandou que ela fosse chamada. No entanto, Vasti se recusou a entrar na presença do rei (Et 1.10-12).
Ela não honrou seu marido; antes, o colocou numa situação difícil perante todos os seus príncipes e súditos. A rainha foi destronada e uma bela e sábia jovem assumiu o seu lugar, a rainha Ester, que não somente era bonita, mas demonstrou ter um caráter de qualidade (Et 2.17). Do mesmo modo, Jesus não estava dentro dos padrões de beleza do seu tempo, mesmo assim, todos queriam a sua companhia. Ele revolucionou a história da humanidade. O Filho de Deus não queria atrair e conquistar as pessoas pela sua beleza física, e sim por seu amor e graça. Não há nada de errado em desejar ser bonito e ter uma boa aparência, porém, lembre-se de que não podemos nos esquecer de investir também na beleza interior, desenvolvendo o fruto do Espírito Santo. Não podemos julgar as pessoas pela sua aparência, mas sim pelas suas ações e frutos.
AUXÍLIO DIDÁTICO
Professor, segundo o Departamento Científico de Terapia Nutricional da Sociedade Brasileira de Pediatria, os casos de distúrbios alimentares entre crianças e jovens vem aumentado. Este tema deve ser estudado com cuidado pelos professores e também por pais que precisam ser orientados pelas escolas e, no nosso caso, a Escola Dominical. Família e Escola Dominical devem trabalhar unidas para evitar que este terrível mau alcance nossos jovens. Os pais devem se preocupar se a criança ou o jovem não quiser manter o peso mínimo para a idade e a sua altura, ou se ele começar a perder peso sem causa aparente e demonstrar um medo excessivo em ganhar peso, ou mesmo se exagerar nos exercícios físicos.
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RECAPITULANDO
É preciso cuidar do nosso corpo, ter uma boa aparência, porém sem exageros. Não se deixe levar pelos padrões de beleza impostos pela mídia. Siga os padrões de Deus para que em tudo Ele seja glorificado em sua vida (1 Pe 4.11). Sabia que a maior preocupação de Deus não é com a nossa aparência, e sim com o nosso coração. Os padrões de Deus não são os nossos. Não podemos jamais julgar as pessoas pela aparência exterior. Não há nada de errado em desejar ser bonito e ter uma boa aparência, porém, lembre-se de que não podemos nos esquecer de investir também na beleza interior, desenvolvendo o fruto do Espírito Santo. Não podemos julgar as pessoas pela sua aparência, mas sim pelas suas ações e fruto. Deus o criou de forma especial. Ele o ama pelo que você é.
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REFLETINDO
1. Qual a sua reação diante dos apelos da mídia? R: Resposta pessoal
2. Como você define a beleza? R: Não existe uma definição única. Cada pessoas tem o seu padrão de beleza.
3. Você tem cuidado da sua saúde e da sua aparência? R: Resposta pessoal.
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
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