EBD – Lição 04: Uma História sobre Graça e Responsabilidade | 2° Trimestre De 2022 | Adolescentes

EBD Adolescentes 2° Trimestre De 2022 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 04: Uma História sobre Graça e Responsabilidade

OBJETIVOS

REFLETIR com os adolescentes sobre o valor da Graça perdoadora de Deus;
ENSINAR sobre a responsabilidade que nós, que recebemos a Graça de Deus, temos diante do próximo;
ALERTAR sobre o perigo de se negar o perdão a alguém.

LEITURA BÍBLICA

Mateus 18.23-35

A MENSAGEM

“Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros.” Colossenses 3.13

DEVOCIONAL

Segunda » Ef 4.32
Terça » CL 3.12-14
Quarta » Lc 7.41-43,47
Quinta » Mt 5.7
Sexta » 2 Co 2.5-8
Sábado » Rm 12.14-21

EI PROFESSOR !

Pensar em uma educação cristã meramente intelectualizada, sem qualquer vínculo concreto com uma espiritualidade fervorosa e equilibrada é um equívoco que nós professores não podemos cometer. Infelizmente, há alguns professores que não oram mais, não leem a Bíblia, não jejuam e nem tem vida devocional ativa há algum tempo. Mas isso não pode acontecer com você! Por essa razão, a palavra de incentivo e despertamento para você hoje, é: ore, leia e medite nas Escrituras, jejue. Afinal de contas: “Educação cristã é pesquisar em oração, preparar a aula em oração, ensinar em oração e continuar em oração”. Deus te abençoe!

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PONTO DE PARTIDA

Alguém já disse que perdão é graça encarnada. Por quê? Porque graça é favor imerecido, é o ato de dar algo a alguém que não merece receber, é Deus estendendo a mão para resgatar quem não merece e nos ensinando a tomar a mesma atitude para seguir a caminhada sem o peso do ressentimento, da mágoa e do ódio. Hoje falaremos sobre a graça de ser perdoado e a responsabilidade de oferecer perdão aos nossos ofensores. Por mais dolorosa e difícil que seja a prática dessa virtude cristã, ela é imprescindível, uma vez que Deus não mediu esforços para nos perdoar. Que o Senhor nos fortaleça em graça, trazendo consciência, arrependimento e quebrantamento a cada coração quando precisamos perdoar alguém.

VAMOS DESCOBRIR

Você sabe o que é perdão? Você já precisou pedir perdão a alguém? O perdão nunca foi um caminho fácil de ser percorrido; caso fosse, seu preço não seria a cruz. Somente aqueles que sofreram a dor de ser traídos, decepcionados, enganados, caluniados, trapaceados ou machucados sabem o quanto é difícil lidar com esse tema. Na aula de hoje, falaremos sobre a graça de receber o perdão e a responsabilidade de compartilhá-lo com o próximo.

HORA DE APRENDER

A lição de hoje está focada na parábola do empregado mau. Jesus contou essa história em um contexto muito interessante. Foi assim: após ouvir Jesus falar sobre a importância da correção de um irmão que erra, Pedro, um discípulo de Jesus, questiona quantas vezes deveria perdoar a um irmão. Ele sugere que sete vezes era uma boa quantidade. Confiante que sua proposta era suficiente, Pedro é, de certa forma, surpreendido por Jesus ao ser ensinado que ele deveria perdoar quantas vezes fosse necessário (Mt 18.21,22).

Jesus, então, lhe conta uma história para ilustrar a importância do perdão e a gravidade em sonegá-lo a quem precisa (vv. 23-35). Certamente Jesus sabia da complexidade desse tema, mas não deixou de tratá-lo. A parábola do empregado mau nos mostra reflexões profundas sobre a nossa condição de pecadores e o ato deliberado e gracioso de Deus em nos perdoar. Além disso, ensina também a resposta que o Senhor espera que ofereçamos ao nosso próximo. Vejamos:

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I- O REI PERDOA A DÍVIDA COM UM ATO DE GRAÇA

Um rei resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Ao analisar sua “listagem de devedores”, observa que no topo da lista tem um que deve milhões de moedas de prata. Em função do tamanho de sua dívida, sabendo que não teria condições de pagá-lo, o rei, ao invés de sentenciá-lo à morte, ordena que o servo, sua esposa e seus filhos sejam vendidos como escravos. O servo, então, suplica desesperadamente por tempo para pagar o que deve. Entretanto, o rei move-se de compaixão e resolve, deliberadamente, perdoar a dívida e deixar o servo ir embora. Essa primeira parte da história nos ensina duas importantes lições:

1- Todos temos uma dívida impagável. Segundo Jesus, a dívida do servo era de “milhões de moedas de prata” (v.24). Além do rei, pouquíssimas pessoas seriam capazes de possuir uma quantia como essa. Tal valor era impossível de ser quitado, ainda que esse servo trabalhasse durante toda sua vida. Jesus usa esse valor exorbitante para ilustrar o tamanho da nossa dívida com Deus. Afinal de contas, nossos pecados são tão imensos aos olhos do Senhor quanto a dívida do servo com o rei da parábola. Como diz a Escritura “todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus” (Rm 3.23)

2- Todos carecemos de uma atitude graciosa. O rei, movido de compaixão, perdoa a dívida contraída e libera o servo para viver em paz o resto dos seus dias com sua família. Assim como o rei, o nosso Deus, por graça, bondade e generosidade, resolveu perdoar nossa dívida enviando o seu Filho para morrer pelos nossos pecados (Jo 3.16; Rm 4.25) e, com base na sua justiça, nos reconciliar consigo mesmo (2 Co 5.19); e agora “[…] Deus perdoou todos os nossos pecados e anulou a conta da nossa dívida, com os seus regulamentos que nós éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz” (Cl 2.13,14)

I- AUXÍLIO PEDAGÓGICO

Sugerimos a “dinâmica da pedra” para você aplicar na introdução desta lição. É bem simples. Faça assim: entregue uma pedra pequena para cada aluno da classe. Em seguida, peça para eles realizarem diferentes atividades, como bater palma, dar um pulo ou arrumar as cadeiras, sempre com a pedra na mão. Depois que eles realizarem as atividades, pergunte se eles se sentiram incomodados com a pedra na mão. Provavelmente a resposta será, sim. Diga então que ela representa uma ofensa que não foi perdoada e que por alguma razão está promovendo algum desconforto na vida. Em seguida, faça uma reflexão sobre a importância do perdão e sobre como a não liberação do perdão pode ser prejudicial em nossa vida.

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II- O SERVO PERDOADO NEGA PERDÃO AO SEU PRÓXIMO

Seguindo a história, ao sair feliz e vitorioso da audiência com o Rei, algo inacreditável aconteceu com o servo perdoado. Ele encontrou um companheiro de trabalho, servo como ele, que lhe devia, em comparação com a sua dívida, um insignificante valor de “cem moedas de prata” (Mt 18.28). Para a surpresa de todos que testemunhavam o encontro, o servo agraciado pelo rei se mostrou insensível, indiferente e intolerante à súplica do companheiro devedor. Infelizmente ele decidiu negar ao outro aquilo que havia recebido: o perdão.

Assim como era inimaginável a possibilidade do perdão do rei ao primeiro servo, seria impossível pensar que ele reagiria dessa maneira com o companheiro. Ele havia sido grandemente perdoado e agora, na primeira oportunidade de compartilhar o perdão, ele resolve viver como se nada tivesse acontecido em sua vida e lança na prisão alguém por lhe dever “migalhas”. Infelizmente, esta segunda parte da história nos mostra que é possível fazermos pouco caso do perdão recebido graciosamente.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

As palavras do teólogo Snodgrass podem nos auxiliar no aprofundamento deste tópico. Vejamos: “A parábola ilustra o perdão de Deus, a necessidade de os homens perdoarem em função de Deus nos perdoar e a advertência do juízo divino sobre aqueles que se negarem a perdoar. […] A importância desta parábola não deve ser subestimada, pois a sua posição de destaque no final do discurso eclesiástico a coloca como uma chave hermenêutica para o capítulo (Mt 18) como um todo. Jesus se dirigiu aos seus seguidores que já haviam experimentado o Reino, e não aos judeus em geral, e Mateus estruturou esta seção (Mt 18.15-22) de forma a enfatizar o que significa seguir a Jesus e a forma como isso se relaciona ao pecado e ao perdão.

[…] O Ensino desta parábola é […] a expressão mais contundente da forma como os cristãos deveriam levar suas vidas. No seu viver — em vez de ficar insistindo nos seus direitos — os cristãos deveriam ser distribuidores permanentes da misericórdia e do perdão, ou seja, um reflexo tanto do caráter, quanto do tratamento que Deus dispensa ao seu povo” (SNODGRASS, Klyne. Compreendendo todas as parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 112,113,126).

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III- AS CONSEQUÊNCIAS DE SONEGAR PERDÃO

Jesus termina a história falando sobre a indignação do rei ao ficar sabendo da atitude indesculpável do primeiro servo. O rei que anteriormente agiu graciosamente, agora, aplica a lei com todo rigor e envia o servo ingrato à “cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida” (v.34). Um Deus de misericórdia e compaixão não pode aceitar, como seus filhos, homens e mulheres desprovidos de misericórdia e compaixão. Como vimos, aquele que não perdoa é castigado.

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO

O que acontece quando uma pessoa perdoada nega-se a perdoar o próximo? “O rei chama o servo de “malvado”, rescinde o perdão que ele havia dado e o entrega aos torturadores da prisão até que ele lhe pagasse a dívida. É óbvio que isso se refere ao castigo eterno – item importante na agenda de Mateus. Note também que as palavras ‘dívida’ (opheiletes) e ‘devia’ (opheilomenon, vv. 32-34) são derivadas da mesma família de palavras que se refere a pecado ou ofensa na Oração do Senhor (opheilema; Mt 6.12-15) […] 0 perdão de Deus é de graça e, portanto, trata-se de ato de graça não merecida; o que a pessoa faz em resposta à graça, determina onde ela passará a eternidade. O perdão aceito muda o coração de quem o recebe, se for verdadeiramente eficaz. A Frase “se do coração não perdoares, cada um a seu irmão” (v.35) frustra o pretexto de Legalismo e salvação própria; não obstante, a exigência de Deus para obter um perdão duradouro obsta um programa de graça barata que não transforma aquele que a recebe” (ARRINGTON, French L. & STRONSTAD, Roger (Ed). Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. 4a Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.109).

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CONCLUSÃO

Cada cristão deve se identificar com o servo que devia grande valor ao rei e ver as pessoas que, de alguma forma lhe prejudicam, como o segundo servo. De maneira que a nossa dívida perdoada por Deus é tão grande que qualquer tentativa de recusar o perdão a outras pessoas é tão triste quanto o comportamento do servo incompassível da parábola. Todo aquele que recebeu perdão deve estar pronto a perdoar quem quer que esteja em débito, e deve fazê-lo de todo o coração. Você foi perdoado para ser um perdoador!

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VAMOS PRATICAR

1- Segundo a lição, o que acontece com aquele que não perdoa ao próximo? Aquele que não perdoa é castigado.

2- Responda com (C) Certo ou (E) Errado:
( C ) Você foi perdoado para ser um perdoador.
( E ) Aquele que perdoa é castigado.
( C ) Cada cristão deve se identificar como o servo que devia grande valor ao rei.
( E ) Não precisamos da graça de Deus para nos salvar.

PENSE NISSO

Hoje, o Espírito Santo está nos dando a oportunidade de confessar os nossos pecados, nos arrepender e nos dirigir o quanto antes àqueles que nos ofenderam para lhes oferecer aquilo que de Deus temos recebido: o perdão. Não se esqueça: O perdão é o caminho pavimentado pelo próprio Cristo para nos conduzir da dor à paz.

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