EBD Revista Editora Betel | 1° Trimestre De 2024 | Tema: FAMILIA, UM PROJETO DE DEUS – Moldando lares estruturados, saudáveis e estabelecendo um legado de valores segundo a Bíblia Sagrada | Lição 02: Namoro, Noivado e Casamento
TEXTO ÁUREO
“Aquele que encontra uma esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do Senhor”. Provérbios 18.22
VERDADE APLICADA
Dependemos da luz da Palavra de Deus e da ação do Espírito Santo para vivenciarmos o namoro, noivado e casamento para a glória de Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar que o namoro é a fase do conhecimento.
Destacar que o noivado é a fase do planejamento
Ressaltar que o casamento não pode ser experimental.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
DEUTERONÔMIO 20
7 E qual o homem que está desposado com alguma mulher e ainda a não recebeu? Vá e tome-se sua Casa, para que, porventura, não morra na peleja, a algum outro homem a receba.
1 CORÍNTIOS 7
2 Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, a cada uma tenha o seu próprio marido.
9 Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque melhor casar do que abrasar-se.
1TESSALONICENSES 4
3 Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Gn 2.18 Deus viu que não era bom o homem estar só.
TERÇA – Ec 9.9 Desfrutar a vida com a sua mulher.
QUARTA – Am 3.3 O acordo é indispensável no casamento
QUINTA – Mt 19.6 O casamento não é experimental.
SEXTA – Mt 19.8 A falta de perdão mostra dureza de coração.
SÁBADO – 1 Co 13.5 O amor não se porta levianamente
HINOS SUGERIDOS: 175, 150, 195
EBD Revista Editora Betel | 1° Trimestre De 2024 | Tema: FAMILIA, UM PROJETO DE DEUS – Moldando lares estruturados, saudáveis e estabelecendo um legado de valores segundo a Bíblia Sagrada | Lição 02: Namoro, Noivado e Casamento
MOTIVO DE ORAçãO
Ore para que os jovens façam a escolha certa na hora de namorar, noivar e casar-se.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- O namoro cristão
2- O noivado cristão
3- O casamento cristão
Conclusão
INTRODUÇÃO
Na presente lição trataremos acerca da relevância do namoro, noivado e casamento serem vivenciados pelo povo de Deus de acordo com os princípios bíblicos. São aspectos da vida que precisam de atenção e cuidado, pois fazem a diferença no testemunho cristão, na qualidade de vida e na formação das futuras gerações.
1- O namoro cristão
Namoro é a fase de conhecimento mútuo. Nesta fase procura-se conhecer o temperamento, o caráter, a vida pregressa e os antecedentes da pessoa amada, os seus familiares, checar como ela se comporta dentro de casa, como ela trata os seus pais, como ela trata as coisas de Deus. Qual o seu interesse pelo trabalho e pelo crescimento pessoal. Elas irão compartilhar novas experiências e, mesmo tendo uma relação afetiva e comprometida socialmente, ainda não se tem vínculo matrimonial perante a lei civil nem religiosa. O compromisso é ético e moral, pois não se avança o sinal.
1.1. Conceito de namoro cristão. O conceito de namoro cristão é diferente daquele que não tem terror a Deus, pois o namoro não é brincadeira, nem passatempo de quem não tem o que fazer. Ele segue os princípios da Palavra de Deus, pois não é a fase de conhecimento íntimo, nem aumento das intimidades. Muito menos dar prova de amor e chegar até ter filhos antes do casamento. Muitas jovens ainda estão caindo nesse conto. Biblicamente, a relação conjugal é homologada pelo casamento [ 1 Co 7.28]. O amor não se porta com indecência [1Co 13.5]. Frederick K. C. Price: “A ordem de Deus é que as atividades sexuais do homem e da mulher sejam concretizadas dentro do casamento”.
O conceito de namoro é para conhecer melhor, por meio do diálogo, que é a forma mais adequada de se comunicar, e, também, da observação. Para identificar na pessoa amada pontos positivos e negativos. Para se chegar uma conclusão se a melhor escolha, a pessoa certa. Lembre-se: não existem pessoas perfeitas, mas precisa chegar mais próximo daquilo que é o ideal ou que se espera. Dizem que o amor e cego; eu discordo; para mim a paixão é que cega, porque acabando a paixão aparecem todos os defeitos. A paixão tira o raciocínio lógico.
1.2. Quando se deve começar o namoro. Para tudo na vida tem o seu tempo determinado, alguns começam prematuramente, precocemente. Namoro muito cedo, com certeza, falta maturidade, responsabilidade e condições para firmar um compromisso mais sério. Interrompem projetos profissionais, sacrificam estudos e a própria adolescência. Cuidado com a motivação para o casamento, muitos querem começar cedo porque não aguentam mais os pais, porque ouviram uma profecia; porque têm medo de perder uma pessoa por causa da beleza ou corpo esbelto, escultural. Deus tem o melhor para você no tempo certo.
Cuidado com o namoro pela Internet, o namoro virtual é muito perigoso e tem muitos inescrupulosos usando desse artifício; eles mudam perfis para enganar os incautos e ingênuos. Quando conhecer uma pessoa via redes sociais, procure conhecê-la também pessoalmente, saber dos seus antecedentes e da história de sua família. Cuidado com o jugo desigual [2Co 6.14-15]. Namorar com pessoas incrédulas, ímpias, infiéis, denominações e seitas que pregam heresias.
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1.3. Namoro escondido a prolongado. O namoro deve ser declarado e compromissado perante as famílias. O cristão não deve ter nada a esconder, deve ser transparente. A verdade e a sinceridade são atitudes de cristão sério. Deve-se respeitar o princípio de autoridade, falando com os pais, pois o consentimento dos pais de suma importância. Quando se começa um namoro será respaldo dos pais, procura de maldição para a sua própria vida. Não é aconselhável um namoro prolongado demais, deve prevalecer o bom senso. Não pode ser curto demais, quando não dá tempo suficiente de conhecimento e casa enganado, deve haver equilíbrio para tudo na vida. Namoro muito demorado pode dar lugar à liberdade excessiva.
Não continue o namoro se já enxergou que não deu certo. Não fique iludindo a outra pessoa, quanto mais o tempo passa mais difícil fica de se desvencilhar. Não deixe para terminar o namoro só depois do casamento, pois normalmente o divorcio começa no namoro com a pessoa errada a não ter coragem de terminar. Não use um namoro atual só para esquecer o outro, sem gostar da pessoa ou para pirraçar a outra.
EU ENSINEI QUE:
Namoro é a fase de conhecimento mútuo.
EBD Revista Editora Betel | 1° Trimestre De 2024 | Tema: FAMILIA, UM PROJETO DE DEUS – Moldando lares estruturados, saudáveis e estabelecendo um legado de valores segundo a Bíblia Sagrada | Lição 02: Namoro, Noivado e Casamento
2- O noivado cristão
Noivado é um período intermediário entre o namoro e o casamento e deve ser usado para planejar a vida a dois. O noivado vem confirmar que o namoro deu certo e que se pode avançar para um compromisso mais sério num futuro próximo. Nesta fase normalmente é declarado publicamente para as famílias e a igreja o interesse de se casarem; colocando-se então em seus dedos um anel como sinal de que estão comprometidos um com o outro e começam os preparativos para o matrimônio. Mas o padrão divino continua prevalecendo como foi no namoro, uma vida casta e santa na presença de Deus.
2.1. O noivado é a fase do planejamento. Planejar é montar hoje o amanha. Enxergar mais longe e se preparar para o futuro; começar a agir e tomar decisões sábias. Algumas perguntas deverão ser respondidas pelos noivos: Onde vamos morar? A residência será própria ou alugada? Onde vamos congregar e servir a Deus? Quantos filhos vamos ter? Qual a nossa renda familiar? Vamos realizar festa de casamento? Quantos convidados e quantas testemunhas? Vamos viajar de lua de mel? Para onde? Que tipo e padrão de móveis teremos em nossa casa? Quais as prioridades na compra dos móveis e eletrodomésticos?
Os noivos ainda deverão responder outras perguntas, tais como: Quais as nossas pretensões intelectuais? Vamos continuar estudando depois de casados? Quais as nossas pretensões profissionais? Vamos buscar a especialização numa determinada área? Quais as nossas pretensões espirituais? Vamos ajudar em alguma área específica na igreja? O crescimento do casal deverá acontecer junto, em acordo [Am 3.3]. Nunca deverão ser concorrentes, mas parceiros e um lutar pelo progresso e felicidade do outro.
2.2. A compreensão de que cada um leva um tipo de bagagem para o casamento. Algumas bagagens só serão conhecidas depois do casamento. Muitas jamais serão resolvidas ou sanadas, mas todas poderão ser amenizadas com compreensão e ajuda mútua. Normalmente bagagens de traumas, de complexos pessoais, de frustrações, de sequelas de sofrimento, discriminação, preconceito. Normalmente da falta de infância, molestamentos, assédios, abusos sexuais, abandonos, pais separados. Normalmente órfãos ou que nunca chegou a conhecer os pais. Normalmente traumas por ter sido adotado quando criança por outra família. Normalmente de privações e necessidades básicas mal atendidas. Normalmente uma doença congênita ou hereditária, por exemplo, diabetes. Os noivos precisam estar dispostos a ajudar um ao outro e, às vezes, levar por toda a vida [1 Co 13.7].
Quando os noivos sabem de fato o que amar um ao outro, a situação fica mais branda e conseguimos ajudar e passar por cima de tudo, porque o amor se torna mais forte. Amar é se importar com alguém. O amor não tem padrão, nem forma, mas essência. Amar e fazer o bem a outra pessoa a ponto de ela esquecer as mazelas do passado e ganhar uma nova disposição para a vida. Amar e fazer o que a outra pessoa gosta e procurar fazê-la feliz. Quando você ama de verdade, você ama a pessoa Como ela e, sem precisar remodelar ou mudar, você a ama do jeitinho dela.
2.3. A consciência de que está começando uma nova família. A Bíblia diz: “Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher” [Mt 19.5]. O destino dessa nova família está na responsabilidade e comando do casal. Não se aceita intromissões, interferências a pitacos de ninguém. Conselhos dos pais são bem-vindos, desde que não coloque um contra o outro ou afete o relacionamento dos dois. Constituir uma nova família dá a entender que é viver financeiramente próprias custas e uma compreensão que é deixar geograficamente, estar morando em outra residência. Quando você vive às custas dos pais ou sogros, abre-se brechas para que eles interfiram no seu casamento. Aprender a conviver com os parentes harmonicamente será prejudicar o seu casamento.
Os laços de intimidade com a família de origem devem ser cortados, pois quem não consegue se desvencilhar da família de origem terá dificuldade em constituir uma nova. Entenda também que a vida de solteiro depois do casamento acabou. Muitos casamentos têm problemas de relacionamento porque alguns cônjuges querem continuar a viver a vida de solteiro. Fazer o que querem sem acordo da pessoa amada. Tudo agora tem que convergir para os dois, infelizmente quem quer continuar uma vida a não pode pretender casar-se, porque a vida de solteiro não coaduna com a vida de casado.
EBD Revista Editora Betel | 1° Trimestre De 2024 | Tema: FAMILIA, UM PROJETO DE DEUS – Moldando lares estruturados, saudáveis e estabelecendo um legado de valores segundo a Bíblia Sagrada | Lição 02: Namoro, Noivado e Casamento
EU ENSINEI QUE:
Noivado um período intermediário entre o namoro e o casamento a deve ser usado para planejar a vida a dois.
3- O casamento cristão
Hebreus 13.4 diz que o matrimônio deve ser digno de honra e o leito deve ser sem mácula, pois Deus julgará aos devassos e adúlteros. Em todos os casamentos têm opiniões contrárias, pontos de vista diferentes, discordâncias em alguns assuntos e atitudes, as vezes isso gera conflitos. Podem estar relacionados a administração financeira, práticas sexuais, ao lazer, a férias, educação dos filhos e outros assuntos inerentes ao casamento, mas as diferenças podem ser vistas como desafios a aprendizado para os cônjuges, isso vai depender de como encarar e resolver os assuntos.
3.1. O casal cristão não deve andar pela própria cabeça nem pela cabeça dos outros. Não ande pela sua própria cabeça, use o manual do casamento: a Bíblia Sagrada. Ela tem instruções e respostas para todas as situações. Nem sempre o que a licito me convém [1Co 6.12]. Nem sempre o que a licito me edifica [1 Co 10.23]. Nem sempre o que eu posso fazer é o melhor para o meu casamento. Não ande pela cabeça dos outros, eles não conhecem a realidade do seu casamento. Muitos querem ser “salvador da pátria” dando conselhos, mas não sabem nem para eles. São pouquíssimas as pessoas preparadas para dar conselhos conjugais.
Como que uma pessoa descasada pode dar conselhos a quem está lutando pelo seu casamento? A não ser que essa pessoa tenha se arrependido amargamente de sua separação. Se for pedir conselhos, olhe primeiro a vida pregressa, o passado limpo e a experiência conjugal da pessoa naquele conselho que você precisa. Uma pessoa que destruiu o seu casamento não pode ser líder de casais, dar palestras, fazer encontros de casais ou até mesmo realizar um casamento, porque ele precisa dizer: até que a morte os separe [Rm 7.2-3]. De incoerências já estamos cheios.
3.2. Os cônjuges precisam saber que eles representam um tesouro um para o outro. Quem não cuida bem do seu tesouro poderá ter surpresa ao longo do casamento, pois se alguém não cuida bem do seu tesouro, aparecerá outro para cuidar. Se alguém não cuida bem do seu tesouro, está desprezando o presente de Deus e o que Ele instituiu [Gn2.18-24]. Não podemos deixar exposto o nosso tesouro. O ladrão gosta de roubar tesouro e tem muitos gaviões soltos! Quem ama o seu tesouro não negligencia, não é relaxado, não trata de qualquer maneira. Antes cuida, protege a guarda com todo cuidado e carinho [Mt 6.21].
Muitas pessoas tratam os parentes, os irmãos da igreja e as pessoas de fora melhor do que o seu cônjuge. Um homem deve amar sua esposa como parte de si próprio; e a esposa deve cuidar e respeitar profundamente o marido [Ef 5.22-33]. Trate bem, seja educado, honre, respeite, cuidado com o mau humor frequente. Não seja uma pessoa antipática: desagradável, discordante, implicante, que critica tudo e nunca faz um elogio ou reconhece os dotes da pessoa amada.
3.3. O casal cristão precisa dar bom exemplo da união conjugal. O nosso verdadeiro testemunho sai de dentro da nossa Casa. Use o seu casamento para ser exemplo de união consolidada para a sociedade, para os seus filhos e seus netos. A sociedade está precisando ver em nós, cristãos, famílias estruturadas e lares sólidos. De maus exemplos a sociedade está cheia. Como os vizinhos nos veem? Como a igreja nos vê? Como os parentes nos veem? Como os amigos nos veem? Como os filhos e netos nos veem? Pense no que você poderá deixar de born para a sua posteridade. Pense no legado que ficará. O bem maior que podemos deixar para a nossa descendência não é a escolaridade (diplomas), não é a herança patrimonial (bens), mas uma vida digna, honrada e exemplar [Pv 22.1].
Procure ter ética no casamento, não fale mal um do outro para outras pessoas, não divulgue as coisas negativas do seu casamento. Não discuta com o seu cônjuge na frente dos filhos, tudo que a gente conversa perto dos filhos, eles assimilam. Não exponha a vida financeira, vida sexual, conflitos conjugais, a família do seu cônjuge. Se você contar a sua vida, as suas intimidades, não estará dando bom testemunho e servindo de exemplo para outros casamentos.
EU ENSINEI QUE:
O matrimônio deve ser digno de honra e o leito deve ser sem mácula.
CONCLUSÃO
Como povo de Deus temos a responsabilidade de fazer “tudo para glória de Deus” [ 1 Co 10.31], inclusive o namoro, noivado e casamento. Para tanto, é importante termos a consciência de que dependemos da ajuda do Espírito Santo, da luz da Palavra de Deus a de cultivarmos uma vida de oração e de vigilância também em relação a estes aspectos.
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