EBD – Lição 01: O Amor de Deus na Bíblia | 4° Trimestre de 2023 | ADOLESCENTES

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Lição 01: O Amor de Deus na Bíblia | 4° Trimestre de 2023 | EBD ADOLESCENTES

LEITURA BÍBLICA

Deuteronômio 7.7-13

A MENSAGEM

Agradeçam a Deus, o SENHOR, anunciem a sua grandeza e contem às nações as coisas que ele fez. Salmos 105.1

Devocional

Segunda >> Êx 34.5-7
Terça >> 2 Rs 19.32-34
Quarta >> Sl 23.3
Quinta >> Pv 14.22
Sexta >> Ct 1.1,2
Sábado >> Jo 15.9

Objetivos

EXPLICAR o conceito de amor no Antigo e no Novo Testamento;
DESTACAR o amor de Deus pela criação;
APONTAR o amor de Deus revelado na história de Israel.

Ei Professor!

A lição desse trimestre tem como proposta central apontar a relevância do amor para a vida cristã. Vivemos em uma sociedade materialista e secularizada onde o conceito de “amor” tem sido distorcido ou banalizado. Para muitos, o amor já não existe e as relações humanas estão fundamentadas apenas na troca de interesses ou negociação de benefícios. Em contrapartida, os Evangelhos apresentam o Filho de Deus como a expressão máxima do amor que traz luz à compreensão humana (Jo 3.16). O verdadeiro amor só pode ser encontrado em Deus porque Ele é amor (1 Jo 4.8). Portanto, amigo(a) professor(a), enfatize aos seus alunos que o amor verdadeiro existe e podemos encontrá-lo na presença de Deus. Ele nos convida a viver essa experiência maravilhosa.

Ponto de Partida

Prezado(a) professor(a), o assunto tratado neste trimestre é o amor. Assim sendo, para iniciar a aula de hoje, prepare na lousa ou quadro branco um mapa mental. Como assim? Escreva a palavra “amor” no centro do quadro e pergunte aos alunos o que eles sabem sobre esse conceito. À medida que forem respondendo, desenhe setas no entorno da palavra “amor” e escreva as definições mencionadas por eles. Após este momento de construção coletiva, utilize um dicionário para trazer a definição técnica do conceito de amor. Em seguida, converse com seus alunos sobre as diversas interpretações que existem na sociedade a respeito do que significa amar. Por fim, aponte que a Palavra de Deus nos mostra o sentido certo de amar.

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Vamos Descobrir

A lição deste trimestre tem como tema central o amor. Apesar de ser um conceito muito usado no dia a dia, a maioria das pessoas desconhece o seu real significado. As Escrituras Sagradas discorrem sobre o amor em diversas ocasiões. Há, inclusive, um livro inteiro dedicado a esse tema, o Livro de “Cântico dos Cânticos”. Então, vamos descobrir como o amor aparece na Palavra de Deus.

Hora de Aprender

O sentido de amor aparece na Bíblia de diversas formas. Em cada uma delas, podemos aprender lições diferentes no que diz respeito a nossa relação com Deus e com o próximo. Veremos também que o nosso Deus dedica amor pela sua criação, bem como pelo seu povo, que Ele separou para a glória do seu nome.

I- A PALAVRA “AMOR”

Quando lemos a palavra “amor” na Bíblia, veremos que ela pode ser a tradução de diversos termos. Se estamos lendo o Antigo Testamento, encontramos algumas expressões que têm origem no hebraico e referem-se à relação entre Deus e o seu povo. No caso do Novo Testamento, a palavra origina-se no grego e pode referir-se ao amor de Deus ou ao amor humano. Vejamos:

1.1. No Antigo Testamento. Em hebraico, os dois termos mais frequentes para falar de amor são ahava e hesed. Ahava pode expressar o amor entre seres humanos, do ser humano por Deus, do ser humano por coisas, de Deus pelo ser humano, indivíduos ou grupos, e pela criação em geral. O termo hesed é uma palavra com diversas possibilidades de tradução. Ela aparece não só com o sentido de amor, como também de misericórdia, bondade, favor e sempre num contexto envolvendo pessoas em algum tipo de relacionamento. Esse termo não está relacionado a objetos ou conceitos.

Quando se lê em Salmos 45.7, por exemplo, o rei ama o bem e odeia o mal. Amar, no manuscrito hebraico do Antigo Testamento, é ahava e se trata de um conceito abstrato, ou seja, algo que não é concreto. Já na história de Rute, Boaz avalia que ela agiu com lealdade, ou seja, com hesed, em relação à família do sogro (Rt 3.10). Jacó pediu que José fosse fiel e honesto, isto é, hesed para com ele e não o enterrasse no Egito (Gn 47.29-31). Êxodo 20.6 aparecem os dois termos: “Porém sou bondoso [hesed] com aqueles que me amam [ahava] e obedecem aos meus mandamentos e abençôo os seus descendentes por milhares de gerações”.

1.2. No Novo Testamento. Percebemos que o amor é um elemento importante para a fé cristã. Ele está presente nos ensinos de Jesus, no Livro de Atos dos Apóstolos e nas Cartas Paulinas. Os termos gregos mais frequentes são ágape e fileo. A expressão fileo caracteriza um sentimento natural; é como você responde ao tratamento recebido da outra pessoa, ou seja, é um amor retribuído.

É, também, o que sentimos pelos pais e amigos. Já o termo ágape refere-se a um sentimento que se baseia no valor da outra pessoa, mesmo quando não há retribuição. A ordem de Jesus é para “amarmos uns aos outros” (Jo 13.34), inclusive, os nossos inimigos (Mt 5.44). Por isso, muitas vezes ouvimos dizer que se trata de um amor incondicional.

I – AUXÍLIO PEDAGÓGICO

Amigo(a) professor(a), seus alunos aprendem não apenas através da exposição dos conteúdos, mas, importa também a forma como esses conteúdos são recebidos, interpretados e aplicados por eles. Para compreender melhor essa dinâmica é fundamental que o professor considere as leis da aprendizagem. “[…] Não podemos ensinar o que não sabemos mais do que podemos dar o que não temos ou voltar de um lugar onde nunca estivemos. Temos de saber o que ensinamos. O que isso significa em termos práticos?

1. Seja autêntico. Em primeiro lugar, pela graça de Deus e pelo poder do seu Espírito Santo, pratique o que você ensina. Os alunos precisam acreditar que, em certo sentido, ouvimos, vimos, contemplamos e tocamos. Em última análise, o poder do ministério do apostolado de Paulo não era quando ele dizia: ouçam-me, mas quando ele podia dizer: imitem-me (veja 1 Co 11.1). Isso não significa que temos de ser perfeitos, mas sim, que temos de estar buscando (Fp 3.12-17).

2. Faça sua lição de casa. Faça a boa e sadia exegeses bíblica para falar com confiança sobre o que a Palavra está ensinando. Considere as perguntas difíceis que podem ser levantadas pelo texto e esteja preparado para tratá-las, caso os alunos perguntem. Saiba pronunciar palavras que você precisará falar como, por exemplo, nomes de lugares bíblicos e nomes próprios.

3. Seja organizado. Tenha uma visão clara do plano de aula. Você está levando os alunos numa jornada. Se quer que confiem em você como guia, você precisará comunicar que sabe para onde está indo. Se for usar recursos tecnológicos, verifique com antecedência e, depois, verifique uma vez mais” (LINHART, Terry. Ensinando as Próximas Gerações: Um guia definitivo do professor de jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp. 252, 253).

II- O AMOR PELA CRIAÇÃO

Deus não apenas criou todas as coisas, Ele também atua na preservação da sua criação. O ser humano, inclusive, foi criado para viver em plena comunhão e paz com Deus.

2.1. Deus criou o universo. Todas as coisas foram criadas por Deus, inclusive, o homem. Após concluir a criação, a narrativa de Gênesis informa que Deus viu que tudo era bom e descansou. Então o Criador abençoou todas as criaturas que deveriam dar fruto e se multiplicar (Gn 1.12, 22, 24, 28, 29). Isso nos mostra que, além de criar, Deus continua atuando para garantir a preservação da vida em todo o universo. O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). Isso o diferencia dos outros seres viventes e o posiciona no topo da criação. E tudo era bom até o pecado atingir a natureza humana e interferir nos nossos relacionamentos (Gn 3).

2.2. Criados para estar em comunhão com Deus. Fomos criados para estar em comunhão com Deus. A desobediência do casal Adão e Eva, no entanto, resultou na separação entre Deus e o ser humano. O infinito amor divino se revelou logo no início, oferecendo uma possibilidade de restauração: “Eu farei com que você e a mulher sejam inimigas uma da outra, e assim também serão inimigas a sua descendência e a descendência dela. Esta esmagará a sua cabeça, e você picará o calcanhar da descendência dela” (Gn 3.15). Essa descendência se referia a Jesus, visto que é por meio dEle que o nosso relacionamento com Deus é restaurado.

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II – AUXÍLIO TEOLÓGICO

“O CRIADOR
Deus, o Criador. Nem sempre o universo existiu. O ensinamento consistente da Escritura é que o cosmos teve um princípio. Ele não foi formado a partir de alguma matéria que já existia. Deus, único Criador do universo, trouxe o mundo à existência exclusivamente pelo poder da sua palavra. Deus não precisava criar o universo, pois Ele é autossuficiente. Ele decidiu trazer todas as coisas à existência para sua própria glória. A criação envolveu todas as três pessoas da Trindade. O primeiro capítulo da Bíblia registra nosso princípio em linguagem majestosa e atemporal que se comunica com todas as culturas e eras.

Deus, o Sustentador. A Bíblia ensina que Deus, o Criador, também é o provedor e sustentador de tudo que trouxe à existência. Ele não é um Deus ausente que fez o mundo e, depois, deixou-o por conta própria. Longe de permanecer indiferente quanto à sua criação e afastado dela, Deus continua a operar nela. Ele está intimamente envolvido no governo do universo e nas formas da natureza, tem controle total dos governos e comunidades. Cristo também ensinou a preocupação do Pai com a menor de suas criaturas” (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 424).

III- O AMOR POR ISRAEL

O termo hesed não só expressa sentimentos relacionados a amor, favor, misericórdia, mas, tem também implicações teológicas quando se trata do relacionamento de Deus com Israel. Além de informar que Deus ama o seu povo, revela também o comprometimento divino com Israel pela aliança feita no Sinai (Êx 19.3-8).

3.1. Deus escolheu Israel. Deuteronômio 7.7-13 nos conta que o Senhor Deus amou e libertou a Israel do Egito para cumprir o juramento que tinha feito aos seus antepassados. Quem são esses antepassados? Os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. O amor de Deus pelo seu povo está relacionado à promessa feita no passado a esses homens.

3.2. Deus se revela na história de Israel. O salmo 105 conta parte da história de Israel de forma poética. Primeiro, o povo de Deus é convidado a louvar ao Senhor por tudo o que Ele tem feito e a compartilhar as suas obras para outros povos. O amor de Deus se revela pelo desenrolar dos acontecimentos de Israel: a história dos patriarcas, o tempo no Egito e a libertação. Os israelitas deviam sempre pensar nisso, lembrar-se de onde saíram e para onde foram guiados pelo Senhor. Hoje, esse salmo nos convida a glorificar a Deus, a ter um coração agradecido e alegre. O salmo nos ensina também a buscar a presença de Deus. É uma rotina que devemos criar em resposta ao amor que Deus já demonstrou a Israel e que se estende também a nós.

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO

“O Êxodo como eleição da realeza.
A escolha de Israel como povo-servo já estava implícita nas declarações do concerto patriarcal (Gn 12.1-3; 15.13-21; 1818; 22.18; 26.3,4; etc.), mas foi somente com a libertação ocasionada pelo êxodo que a nação como tal entrou em existência histórica. O êxodo é de extrema importância teológica como ato de Deus que destaca um momento decisivo na história de Israel, um evento que marcava a transição de povo para nação. Mas transcende isso em significação, pois, corretamente compreendido, o êxodo também é precisamente o evento e o momento que coincide com a expressão histórica da eleição de Israel feita por Deus. A escolha de Israel como povo especial do Senhor não aconteceu no monte Sinai, mas na terra de Gósen.

O êxodo foi o evento eletivo; o Sinai foi a formalização do concerto. Vemos que esta é a intenção da estrutura canônica na leitura compenetrada e cuidadosa dos primeiros capítulos de Êxodo que estão repletos de alusões a esta ordem de eventos. Temos de admitir que até a libertação ocorrida no mar Vermelho, o povo hebreu era visto como herdeiro das promessas do concerto patriarcal, mas a eleição à servidão como evento histórico e até teológico só tomou forma decisiva no próprio ato redentor” (ZUK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 44).

CONCLUSÃO

O sentido de amar não é uma emoção, mas expressa comprometimento e devoção. O amor de Deus por nós é de tal forma que Ele entregou o seu único Filho para morrer em nosso lugar. É muito bom saber que somos amados por Deus. Ele já provou o seu amor por nós. E você? Já abriu o seu coração para o amor de Deus? Pense nisso.

VAMOS PRATICAR

1- Marque V para Verdadeiro e F para Falso. Observe o significado das palavras no grego e no hebraico:
(V) A palavra ahava vem do hebraico e expressa o amor entre os seres humanos.
(F) A palavra hesed vem do hebraico e significa ressentimento.
(F) A palavra ágape vem do grego e significa amor incondicional.
(V) A palavra fileo vem do hebraico e significa amor quando se refere ao afeto entre irmãos.

2- Preencha as palavras que estão faltando:
AGRADEÇAM a Deus, o Senhor, anunciem a sua GRANDEZA e CONTEM às nações as coisas que ele FEZ .” (Salmos 105.1)

3- Em poucas linhas, procure explicar com suas palavras o que é amor. Na Bíblia, encontramos várias definições para a palavra “amor”, que pode significar amor entre seres humanos, do ser humano por Deus, por coisas, por outro ser humano. O amor corresponde também à essência de Deus, quem Ele é. E, por fim, o amor corresponde ao tratamento recebido ou retribuído aos amigos ou aos inimigos.

Pense Nisso

A palavra “amor” na Bíblia abrange diversas ideias. Qual significado mais chamou a sua atenção na aula de hoje? Converse sobre isso com uma pessoa da sua classe que não estava presente na Escola Dominical e convide-a para a próxima aula. Dedique esta semana a demonstrar o amor de Deus pelas pessoas.

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