EBD – 1° Trimestre De 2020 – Lição 7: A ameaça aos valores cristãos na família

EBD 1° Trimestre de 2020 – Lição 7: A ameaça aos valores cristãos na famíliaBETEL

1° Trimestre De 2020 - Lição 7 A ameaça aos valores cristãos na  família

TEXTO ÁUREO

“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a

concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do

mundo.” 1 João 2.16

VERDADE APLICADA

A família cristã não deve ser passiva diante das muitas mudanças, mas

permanecer alicerçada na Palavra de Deus, enfrentando a astúcia do

inimigo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Explicar que o mau uso dos meios de comunicação prejudica a família

cristã.

Apresentar as leis e os diversos desafios do presente século.

Mostrar a importância dos valores cristãos e como agir para recuperá los.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1TIMÓTEO 4

  1. Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos,

apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a

doutrinas de demônios,

  1. Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a

sua própria consciência,

  1. Proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que

Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de

usarem deles com ações de graças;

  1. Porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo

recebido com ações de graças,

  1. Porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Êx 20.13 O aborto e a ordenança divina

TERÇA / Mc 10.5 O problema espiritual do divórcio

QUARTA / At 1.1 O método de ensino de Jesus

QUINTA / 1Co 10.31 O uso das redes sociais para a glória de Deus

SEXTA / 2Co 6.14 A Bíblia e o jugo desigual

SÁBADO / 1Jo 2.16 O perigo da pornografia e da imoralidade

HINOS SUGERIDOS

75, 266, 432

Lição 7 A ameaça aos valores cristãos na  família

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore por capacitação e criatividade para os produtores de programas

cristãos de rádio, TV e Internet.[  EBD 1° Trimestre de 2020 – Lição 7 A ameaça aos valores cristãos na 

família – BETEL ]

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento tecnológico, as novas leis e a pós-modernidade têm

provocado mudanças na soIs 5.20ciedade moderna, que precisam ser vistas e

tratadas com cuidado, porque podem causar rupturas nos valores e

princípios da família [].

PONTO DE PARTIDA

O mau uso dos meios de comunicação prejudica a família cristã

O mau uso dos meios de comunicação

A família cristã deve estar precavida contra os assédios produzidos pela

mídia, pois neles está contido todo tipo de carnalidade. O mau uso dos

recursos tecnológicos pode ser um veneno mortal para os cristãos que

não estão alicerçados na Palavra de Deus [1Ts 5.21].

1.1. As redes sociais. Parece que a tendência é a redução da

comunicação verbal entre os membros da família, porque geralmente

estão ocupados com seus celulares, como que hipnotizados [1Co 6.12].

É incrível como crianças com até menos de dez anos já possuem celular,

já têm Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp, canais no YouTube etc.

As redes sociais podem ser uma bênção para todos nós se soubermos

usá-la, sempre filtrando o que é bom daquilo que é ruim [Mt 6.22]. Mas,

infelizmente, não é assim. Muitos jovens e adolescentes de nosso tempo

se tornaram reféns da pornografia e da imoralidade [1Jo 2.16].

Subsídio do Professor: A família não pode ficar apática ou indiferente

à realidade das redes sociais. Assim, é importante procurar entender

como usá-las para benefício da sociedade e para a glória de Deus [1Co

10.31]. Quantos pais acompanham sistematicamente seus filhos nas

redes sociais? O professor Ricardo Marques, em palestra sobre a

relação entre as tecnologias e comportamento humano, disse em 2016:

“60% das crianças brasileiras têm perfil em redes sociais (…) 9 anos é a

média de idade que uma criança entra na internet (…)”. É um perigo

deixar os filhos terem acesso indiscriminado ao conteúdo das redes

sociais sem um acompanhamento.

1.2. A televisão. Não é pecado ter uma TV. Pecado é permitir que

programações ilícitas, pecaminosas e avessas à verdade de Deus e Sua

santidade tenham livre acesso em nossos lares, como se fossem coisas

comuns. Com o progresso da TV a cabo e da tecnologia de satélite, todo

esse kit de pecado pode ser levado para as casas. Os roteiros das

novelas parecem fazer apologia ao adultério e à fornicação. Apresentam

o amor entre dois homens ou duas mulheres como algo extremamente

normal. Isso sem contar a violência, a licenciosidade, a leviandade e, até

mesmo, mensagens subliminares para os mais diversos fins [Gl 5.16;

1Pe 4.2].

Subsídio do Professor: O Pr. Elinaldo Renovato escreveu sobre

como usar o televisor no lar cristão: “Os pais podem ajudar sua família a

não ser escrava da TV secular, de maneira sábia e eficaz, adotando

algumas das providências sugeridas a seguir: 1) Procurar controlar o uso

do aparelho de televisão; 2) Determinar o horário em que os filhos

podem assistir TV; 3) Procurar ocupar o tempo da família com atividades

interessantes; 4) Fazer o culto doméstico todos os dias; 5) Dedicar mais

tempo para dar atenção aos filhos”. [ EBD 1° Trimestre de 2020 – Lição 7 A ameaça aos valores cristãos na 

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1.3. A dependência da Internet. De acordo com Sandra Kiefer, em

matéria do jornal Estado de Minas: “O Brasil já conta com 22 milhões

dos chamados nativos digitais, nascidos e criados a partir da década

1980, na era dos games e da internet”. A série de reportagens do jornal

sobre o problema revela que muitas crianças e adolescentes nunca

estiveram tão desconectados do mundo. Parecem hipnotizados por seus

aparelhos móveis, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre

e até de conversar entre si e com os familiares, sem intermediação das

telas.

Subsídio do Professor: Além dos distúrbios provocados pelo vício da

Internet, a pornografia, pedofilia e o envolvimento com pessoas

desconhecidas são assuntos que rodeiam o dia a dia de nossos jovens e

adolescentes. O namoro via Internet e até o tráfico de drogas são um

perigo iminente para os nossos jovens. Se não formos rigorosos no

controle destes veículos, consentimos que eles influenciam os lares e

causem danos irreparáveis aos nossos [Dt 7.26; Sl 101.2-4].

EU ENSINEI QUE:

O mau uso dos recursos tecnológicos pode ser um veneno mortal para

os cristãos que não estão alicerçados na Palavra de Deus

Leis e desafios do presente século

Sem o temor a Deus, os homens estabelecem leis que defendem

inteiramente seus interesses pecaminosos. Entre as mais novas leis que

já vigoram em muitos países, estão: a legalização do aborto, a

legalização da prostituição e o casamento de pessoas do mesmo sexo

[Sl 11.3; Jr 3.30; 6.15].

1° Trimestre De 2020 -

2.1. O aborto. A pressão da cultura contrária aos princípios bíblicos

rodeia a Igreja, como no caso do aborto. Porém, é preciso que todo

cristão tenha em mente que a questão do aborto envolve as doutrinas

bíblicas sobre Deus e a humanidade [At 17.24-28]. Cremos que a vida

de um ser humano começa no momento da concepção ou fecundação

[Sl 139]. O próprio Jesus, ao assumir a forma humana, se identificou

com o ambiente do ventre materno. Assim, o aborto é o

“quebrantamento da sacralidade da vida”, pois a ordenança divina é “não

matarás” [Êx 20.13; Mt 5.21]. O Didaquê, obra preparada provavelmente

entre 70-100 d.C., visando instruir os cristãos acerca de vários assuntos,

em seu segundo mandamento, condena o aborto e o infanticídio.

Subsídio do Professor: O Pr. Douglas Baptista escreveu: “Na

legislação brasileira atual, o aborto é permitido nos casos de risco de

morte à mulher e estupro (Art. 128, CP). Também é permitido a prática

do aborto nos casos de anencefalia, conforme decisão do Supremo

Tribunal Federal – ADPF n. 54. Nos demais casos o aborto ainda é crime

(Art. 124, CP). Contudo, em novembro de 2016, a 1ª Turma do Supremo

Tribunal Federal (STF) – em julgamento de uma ação movida pelo

Ministério Público envolvendo pessoas de Duque de Caxias (RJ) com a

prática do crime de aborto consentido pela mãe – considerou que aborto

até os três meses não é crime, abrindo um precedente para a

descriminalização, apesar da decisão ter efeito exclusivamente para o

caso de Duque de Caxias”.

2.2. O grande número de divórcios. Os sistemas jurídicos de quase

todos os países ocidentais já não apoiam o matrimônio. Atualmente, o

divórcio é concedido de maneira rápida e fácil. Deus criou o casamento

para ser uma união permanente [Mt 19.6]. Infelizmente, a

incompatibilidade, a ausência de diálogo, a falta de unidade de

propósitos e a infidelidade conjugal se alastraram no seio familiar e o

divórcio se tornou uma tragédia comum até mesmo nos lares cristãos.

Segundo o Pr. Eliezer de Lira e Silva: “O divórcio também pode ser visto

como um problema espiritual que está relacionado às consequências da

natureza carnal, do pecado e do endurecimento dos corações” [Mc 10.5].

Subsídio do Professor: O Pr. Cláudio Duarte escreveu: “A

naturalidade com que é tratada a separação faz com que muitos casais

não busquem solução para superar suas crises conjugais. Esse cenário,

aliado à negação dos princípios bíblicos e à superficialidade dos

relacionamentos, é o resultado de uma geração que está perdendo o

temor a Deus e o zelo por Sua Palavra”. John Stott aponta que o

aumento do número de divórcios “é o declínio da fé cristã no Ocidente,

juntamente com a perda de compromisso com a visão cristã de

santidade e permanência do casamento e o crescente ataque de

conceitos não cristãos a temas como sexo, casamento e família”.

2.3. Aliança entre a luz e as trevas. A Bíblia é muito clara quando fala

acerca do jugo desigual [2Co 6.14]. O ciclo de amizades cristãs deve ser

diferente, os locais e diversões cristãs também. É claro que estamos no

mundo, mas isso não nos dá o direito de ser como o mundo [1Jo 2.15].

Muito contribui no período que antecede o namoro e o casamento que o

cristão invista em oração, diálogo e observação, além de evitar

envolvimento com uma pessoa não convertida [Sl 119.63]. Não há

garantia de que a pessoa não nascida de novo, após se casar com um

cristão, se tornará uma discípula de Cristo. A experiência tem

demonstrado isso. Infelizmente, por vezes, o que ocorre é o esfriamento

espiritual daquele que professa a fé em Cristo.

Subsídio do Professor: Leonora Ciribelli escreveu: “Muitos optam por

se casar sem se darem conta do quanto a escolha do cônjuge é mais do

que a de um companheiro. Para se casar é preciso ter propósito, saber

por que Deus pensou o casamento. Infelizmente, muitos, por medo da

solidão, ou pensando que o casamento será o remédio para a felicidade,

negociam este princípio inegociável: ter alguém que esteja disposto a

glorificar a Deus e a refletir a sua imagem. Casar-se com alguém que

busca viver como Jesus não o isentará de passar por perdas, dores,

problemas, mas fará toda a diferença”.

EU ENSINEI QUE:

A falta de temor a Deus faz com que os homens estabeleçam leis que

defendam seus interesses pecaminosos. A legalização do aborto, o

grande número de divórcios e a aliança entre a luz e as trevas, por

exemplo, são alguns dos desafios do presente século.

Recuperando valores perdidos

Lucas registra a história de uma mulher que possuía dez dracmas e

perdeu uma delas “dentro de casa” [Lc 15.8]. Essa parábola, no contexto

da presente lição, nos faz lembrar da importância dos valores e nos

estimula a procurar com diligência.

3.1. A família e os valores cristãos. Mesmo que a sociedade tenha

mudado, a Palavra de Deus não mudou e seus valores estabelecidos

para o matrimônio continuam os mesmos. Eles são inegociáveis e

mantê-los significa prevenção e sobrevivência para a família [1Tm 4.1-3].

Os valores são princípios que nos ajudam a construir e a melhorar nossa

qualidade de vida. A Bíblia fala de coisas perdidas dentro de casa [Lc

15.8]. Caso não sejam recuperadas, outros valores podem se apoderar

de nossas famílias, causando grandes prejuízos [Sl 11.3].

Subsídio do Professor: Gilmar Vieira Chaves escreveu: “Na família

apreende-se os primeiros valores, enquanto a criança está crescendo e

se desenvolvendo, principalmente nos anos mais tenros. Os pais, com

mais intensidade, e os irmãos mais velhos, de modo secundário,

exercerão esta influência no aprendizado e fixação dos valores na

criança”.

3.2. Buscando e mantendo os valores cristãos. A parábola da dracma

perdida também nos traz à mente a responsabilidade do compromisso

com o que nos foi entregue, de coisas que não podemos abrir mão [Lc

15.8-9]. Precisamos ser diligentes para manter nossa casa iluminada

pela Palavra de Deus e ação do Espírito Santo, pois o mundanismo tem

entrado nos lares através das novelas, da Internet e das redes sociais.

Subsídio do Professor: Jaime Kemp, escrevendo sobre diversos

desafios que ameaçam a estabilidade e integridade da família no século

XXI, concluiu: “Diante de um quadro como esse, pode-se antever que o

futuro que se vislumbra para a família não é muito promissor. Cabe aqui

um alerta: jamais devemos nos esquecer de cultivar o amor, a

afetividade, a cumplicidade, a intimidade, o diálogo e, principalmente, a

comunhão com Deus dentro de nossa casa.”.  [ EBD 1° Trimestre de 2020 – Lição 7 A ameaça aos valores cristãos na 

família – BETEL ]

3.3. Responsabilidade dos pais na transmissão dos valores. Nas

mãos de pais responsáveis, crianças são educadas para serem cidadãos

responsáveis. Quando os pais definem padrões de moralidade e são

modelos vivos desses padrões, os filhos crescem tendo diante de si não

apenas conceitos, mas referenciais de vida [Pv 1.8]. Quando os pais os

cobrem de atenção, carinho e de disciplina, eles crescem equilibrados e

emocionalmente saudáveis.

Subsídio do Professor: O Pr. Cláudio Duarte escreveu: “Aquilo que

um pai e uma mãe fazem tem mais impacto sobre os filhos do que

qualquer palavra que lhes digam. É fundamental, portanto, que as ações

dos pais sempre estejam alinhadas com suas palavras. Lucas, por

exemplo, destacou que Jesus ensinava, mas também fazia [At 1.1]. (…)

O método de ensino mais utilizado pelos judeus era o treinamento

prático.”.

EU ENSINEI QUE:

A parábola da dracma perdida nos faz lembrar da importância dos

valores cristãos e nos estimula a procurá-los com diligência; também nos

traz à mente a responsabilidade do compromisso com o que nos foi

entrega, de coisas que não podemos abrir mão.

CONCLUSÃO

O inimigo deseja destruir a sociedade. Para tanto, ele tem atacado

ferozmente a base da sociedade: a família! Como cristãos, precisamos

permanecer firmados na Palavra de Deus, vigiando, orando e buscando

a indispensável ajuda do Espírito Santo no enfrentamento dos diversos

desafios atuais. 

 [ EBD 1° Trimestre de 2020 – Lição 7 A ameaça aos valores cristãos na 

família – BETEL ]