EBD 1° Trimestre de 2020 LIÇÃO 2 – Família: princípios e valores -BETEL Dominical – Adultos
TEXTO ÁUREO
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se
o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” Salmos 127.1
VERDADE APLICADA
O primeiro ato divino após criar a família foi abençoá-la. Além disso, Ele
também estabeleceu princípios e valores para protegê-la e fortalecê-la.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar acerca dos fundamentos que edificam a família.
Apresentar os princípios divinos para o matrimônio.
Mostrar os valores que devem ser agregados ao matrimônio.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
LUCAS 14
- Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta
primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a
acabar?
- Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e
não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer
dele,
- Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.
- Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se
assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao
encontro do que vem contra ele com vinte mil?
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Sl 127.1
Uma casa edificada pelo Senhor
TERÇA / Mt 7.24-25
O fundamento de toda família saudável é Cristo
QUARTA / Mt 19.6
O casamento é uma união permanente
QUINTA / Lc 14.28-30
É necessário planejamento para edificar uma casa
SEXTA / Rm 12.1-2
A mentalidade e a permanência do casamento
SÁBADO / 1Co 13.2-3
O amor solidifica o relacionamento
HINOS SUGERIDOS
150, 193, 198
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore por um avivamento nas famílias, através do exercício da Palavra de
Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
- Casa alicerçada na rocha
- Princípios divinos para o matrimônio
- Agregando valores ao matrimônio
Conclusão
INTRODUÇÃO
Em um tempo de tanta pluralidade e desconstruções, é fundamental
permanecermos nos princípios e valores expostos na Palavra de Deus,
que devem nortear a construção e preservação da família, por ser
instituição divina. [ EBD 1° Trimestre de 2020 LIÇÃO 2 – Família: princípios e valores -BETEL Dominical – Adultos ]
PONTO DE PARTIDA
O fundamento de toda família saudável é Cristo.
- Casa alicerçada na rocha
Toda construção começa no alicerce e continua pela estrutura, logo virá
o teto e por último o acabamento. Para construir um matrimônio forte,
devemos pensar e trabalhar nestas coisas a partir da Palavra de Deus
[Mt 7.24].
1.1. Uma casa se edifica na rocha. A rocha é uma base estável para a
construção de uma casa. A parábola dos dois alicerces enfatiza duas
atitudes: prudência e insensatez [Mt 7.24-27]. Faz-nos lembrar da
relevância de sermos cuidadosos e sábios ao iniciarmos a formação de
uma família. Nenhum construtor começará a obra pelo teto, sempre a
iniciará pelo alicerce. Aqui Jesus está alertando que não basta saber
quem Ele é e o que diz. É preciso colocar em prática e viver de acordo.
Assim, o lar estará preparado para futuras tempestades, mas sempre
seguro [Mt 7.25].
Subsídio do Professor: Somente a casa cujos alicerces são firmes
pode suportar os embates da tormenta. E somente a vida cujo
fundamento é firme pode suportar as provas. Estar alicerçado em Deus é
não somente ser ouvinte, mas praticante [Tg 1.22]. Por ser de origem
divina, a firmeza do casamento está em os cônjuges atentarem para os
princípios estabelecidos pelo Criador. Enquanto o casamento
permanecer nesse âmbito, nada poderá destruí-lo [Mt 7.25].
1.2. Uma casa edificada na areia. A areia é considerada um
fundamento instável. A areia lembra uma vida carnal, sem princípios
divinos, onde imperam apenas os desejos, os pensamentos e a vontade
da carne [Gl 6.8]. O resultado de uma vida sem princípios é a ruína.
Jesus chamou de insensatos aqueles que apenas ouviam, mas não
praticavam Seus ensinamentos. Não disse apenas que a casa caiu, mas
que foi grande a sua queda [Mt 7.27]. O fundamento de toda família
saudável é Cristo.
Subsídio do Professor: A sociedade atual vive um dos momentos
mais críticos da história no que concerne ao casamento. As famílias
estão se formando precocemente, sem estrutura, sem perspectiva, sem
responsabilidades e, principalmente, sem alicerces espirituais [Lc 6.49].
Quando o modelo original é ignorado, o resultado é esse que
enfrentamos em nossos dias, onde cada vez mais as famílias se
desintegram. Os bons costumes, os valores e princípios bíblicos estão
sendo desprezados por muitos na construção da família [Sl 11.3].
1.3. Uma casa edificada pelo Senhor. Uma reconstrução é muito mais
difícil que uma construção. Por essa razão, o Senhor Jesus Cristo nos
instrui a fazer os cálculos daquilo que iremos construir, para que, pondo
os alicerces, não deixemos a obra inacabada e sejamos escarnecidos. O
Senhor deve ser o edificador de nossas casas para que não trabalhemos
em vão [Sl 127.1]. As muitas dificuldades vivenciadas por algumas
famílias são resultado de atitudes tomadas no passado sem procurar
saber a vontade do Senhor. Uma casa não se edifica apenas com boa
vontade, é necessário planejamento [Lc 14.28-30].
Subsídio do Professor: A boa administração do convívio familiar não
é obra somente nossa, pois Deus é parte integrante do relacionamento
[Mc 10.9]. Não podemos estabelecer a família ignorando o Criador,
porque acabaremos frustrados. Sem a bênção divina, nos esforçaremos
em vão [Jo 15.4-5]. Nosso Criador deseja abençoar a família. Quando é
Ele quem edifica e guia a família, experimentamos a verdadeira
felicidade que Ele nos presenteia por amor. [ EBD 1° Trimestre de 2020 LIÇÃO 2 – Família: princípios e valores -BETEL Dominical – Adultos ]
EU ENSINEI QUE:
Estar alicerçado em Deus é não somente ser ouvinte, mas praticante.
Por isso, os valores e princípios bíblicos não podem ser desprezados na
construção da família.
Princípios divinos para o matrimônio
Princípios são regras que orientam a ação de um ser humano em todas
as áreas da vida. Deus criou o matrimônio com propósitos, e, para
alcançá-los, estabeleceu princípios para que as famílias ao serem
formadas se orientassem por eles. Desses princípios iremos destacar
três.
2.1. O princípio do novo relacionamento. Ao compreender que aquela
companheira dada por Deus era carne de sua carne e osso dos seus
ossos, Adão revela o princípio mais importante do matrimônio: o “deixar”
[Gn 2.23-24]. A expressão: “Portanto, deixará”, enfatiza a importância de
que um casal se separe de seu núcleo familiar primário para dar início a
um novo lar e uma nova família. O termo “deixar” não se refere a romper
os laços familiares. Refere-se a uma mudança necessária para assumir
a responsabilidade de construir e edificar uma nova família a partir de
suas próprias experiências [Lc 6.48]. A ordem divina tem um propósito
poderoso: desligar o casal da influência e das interferências [Ef 5.31].
Subsídio do Professor: John Stott escreveu sobre a substituição de
um relacionamento humano (pais e filhos) por outro (marido e esposa):
“(…) ambos são complexos e contêm vários elementos envolvidos. Eles
são físicos – em um, há a concepção, o nascimento e a criação, no
outro, o relacionamento sexual -, emocionais – envolvem crescimento,
tanto no processo de sair da dependência da infância quanto na
maturidade necessária para a parceria – e sociais – enquanto as
crianças herdam uma unidade familiar já existente, no casamento, o
casal cria uma nova”.
2.2. O princípio da unidade. O princípio da unidade se deriva do verbo
“unir”, que significa: juntar dois elementos que estavam separados, mas
que agora permanecerão unidos por um vínculo não somente físico, mas
essencialmente espiritual [Ef 5.31]. Como comentou o pastor e escritor
Timothy Keller, a expressão “apegar-se-á”, conforme podemos ler em
Gênesis 2.24, “expressa a força do verbo hebraico. É um termo hebraico
que significa, literalmente, ser colado a algo”. Portanto, não se trata de
uma união superficial ou que possa ser desfeita sem prejuízos.
Descuidar nesse quesito é abrir a porta para grandes problemas [Mt
19.6].
Subsídio do Professor: Luciano Subirá escreveu sobre a relevância
da participação do Senhor no casamento a partir do texto bíblico –
Eclesiastes 4.9-12: “A presença de Deus é a terceira dobra e deve ser
cultivada na vida do casal. Adão e Eva não ficaram sozinhos no Éden;
Deus estava diariamente com eles e, da mesma forma como idealizou
ser com o primeiro casal, Ele quer participar do nosso casamento
também! Vemos esta questão do envolvimento de Deus na união
matrimonial sob três diferentes perspectivas: 1) Como parte do
compromisso do casal; 2) Como fonte de intervenção na vida do casal; e
Como modelo e referência para o casal”.
2.3. O princípio da permanência. O Senhor Deus criou o casamento
para ser uma união permanente [Mt 19.6]. Infelizmente, o pecado causou
muitos estragos na vida das pessoas e estas, ao unirem-se em
matrimônio, levam consigo conceitos totalmente avessos acerca dele.
Conceitos errôneos e avessos às Sagradas Escrituras irão minar e
acabar com a relação [1Co 15.33]. A mentalidade das pessoas é
determinante para que o casamento permaneça [Rm 12.1-2]. A atitude
de ambos ajudará a formar a mentalidade de permanência no
matrimônio. Deus deseja que os cônjuges aprendam a aceitar-se e a
trabalhar, com respeito, as suas diferenças e discordâncias.
Subsídio do Professor: O Pr. Eliezer Lira escreveu: “Jesus é enfático
ao dizer que o divórcio foi permitido (e não instituído) por Moisés devido
à dureza do coração dos homens e de sua obstinação. O divórcio
tornou-se uma das maiores manifestações da condição pecaminosa do
homem. Assim, faz-se necessário reconhecer os primeiros sinais deste
sintoma fatal. Quando se permite que a vontade humana prevaleça
sobre a de Deus, a semente da obstinação floresce e gera rebelião
espiritual, que leva ao endurecimento do coração, provocando morte
espiritual e conjugal”. [ EBD 1° Trimestre de 2020 LIÇÃO 2 – Família: princípios e valores -BETEL Dominical – Adultos ]
EU ENSINEI QUE:
Deus criou o casamento para ser uma união permanente. Ele deseja que
os cônjuges, longe das influências e das interferências, aprendam a
aceitar-se e a trabalhar, com respeito, as suas diferenças e
discordâncias.
Agregando valores ao matrimônio
Para que o matrimônio tenha a forma de uma união abençoada por
Deus, é necessário que ele seja acrescido de valores. Um matrimônio
sem valores é um matrimônio fraco e propenso a deteriorar-se, porque
não tem forma [Sl 127; 128; Ef 5.22, 25, 28].
3.1. O temor a Deus. O temor a Deus significa “reverência, respeito ou
honra, tratando-se de um profundo e reverente sentimento de
responsabilidade perante Deus ou Cristo”. Indica a plena consciência de
quem é Deus e de quem somos nós. Portanto, se somos discípulos de
Jesus Cristo, esta consciência abrange, também, o contexto matrimonial
e toda a família. Desse modo, o temor a Deus deve ser acompanhado da
procura em conhecer a Sua vontade e da prática da mesma. É bastante
significativa a mensagem do Salmo 128, pois o primeiro aspecto
destacado no Salmo é “teme ao Senhor”, depois vem trabalho, casa,
mulher e filhos. Bem-aventurado aquele que busca construir uma família
sendo temente a Deus, como fruto de saber que o Senhor instituiu a
família, revelando Seus propósitos e princípios que devem nortear o
relacionamento familiar.
Subsídio do Professor: Leslie C. Allen comentou sobre o Salmo 128:
“O segredo da bênção, destaca o salmista (v. 1, 4), é uma vida dedicada
a Deus em obediência reverente à sua vontade moral. O que é essa
bênção? As respostas simples desenvolvidas nos versículos 2-3 têm
pouca afinidade com os sonhos mirabolantes do homem materialista
moderno. É o contentamento e a alegria como o fruto do trabalho
honesto (contraste com Lv 26.15-16; Is 65.21-22). É a satisfação
doméstica da mulher e da família. A videira e a oliveira não representam
somente a fertilidade, aqui sexual. Mas implicitamente atribuem a sua
origem a Deus como seus presentes (cf. Dt 8.7-10)”.
3.2. O amor e o respeito mútuo. O amor como valor é a inspiração total
de cada ato para o bem da pessoa amada. É uma forte inclinação
emocional para uma pessoa. É a força mais poderosa que podemos ter
para nos impelir a desejar e fazer o bem para a pessoa amada [Rm
13.10; 1Jo 4.16]. Em relação ao casal, esse valor deve ser cultivado e
protegido com muito cuidado. Por amor, marido e mulher compreendem
que são responsáveis pela felicidade um do outro, e entendem que
devem fazer todo o possível para produzir a felicidade que o parceiro
deseja e espera. O amor é a argamassa que solidifica o relacionamento
[1Co 13.2-3]. O descuido do ato de cultivá-lo tem se tornado um dos
maiores inimigos do matrimônio [Ef 5.28].
Subsídio do Professor: Leonora Ciribelli escreveu sobre o amor no
casamento: “Quando não há distinção entre amor e paixão no
relacionamento conjugal, surgem sentimentos distorcidos (…) A boa
notícia é que o casal pode desfrutar do amor do começo ao fim (…) Estar
seguro desta verdade antes mesmo de se casar é um privilégio. Veja o
que Paulo, no capítulo 13 de sua primeira carta aos Coríntios, afirma: o
amor jamais acaba. Então, por que muitos casais afirmam que o amor
entre eles acabou? A resposta é simples: o que acabou não foi o amor,
mas a decisão de amar”.
3.3. O exercício do perdão. O casal se sairá muito bem aprendendo a
perdoar. Todos os problemas podem ser superados com a ajuda de
Deus e a disposição para perdoar. O casal que não aprende a perdoar
se expõe a que o ressentimento e rancor destruam toda a beleza que
eles pensavam em viver como casal e em comprometer-se [Ef 4.32; Cl
3.13]. É importante destacar aqui algumas considerações sobre o perdão
mencionadas em um artigo da revista “Construindo a Espiritualidade
Cristã”: 1) O perdão é uma questão de obediência; 2) O perdão é uma
forma de ver o ofensor como instrumento de Deus em sua vida; 3) O
perdão é uma decisão de não “desenterrar” mais as ofensas.
Subsídio do Professor: Ciro e Iara Lima escreveram sobre a
importância do perdão no casamento: “Existem quatro expressões
fundamentais no relacionamento conjugal. Escritores famosos na área
de família ressaltam a importância de tais expressões. São elas: ‘Eu
errei’, ‘Por favor, me perdoe’, ‘Eu te perdoo’ e ‘Eu te amo’. (…) Perdoar é
uma atitude de coração através da qual absolvemos, liberamos o nosso
próximo de uma falta, ofensa ou dívida. Estar absolvido significa não ter
sobre si nenhum peso de culpa, condenação ou acusação. Isto leva a
pessoa a ser reintegrada no relacionamento, experimentando a alegria
do estágio anterior à transgressão”. [ EBD 1° Trimestre de 2020 LIÇÃO 2 – Família: princípios e valores -BETEL Dominical – Adultos ]
EU ENSINEI QUE:
Para que o matrimônio tenha a forma de uma união abençoada por
Deus, é necessário que ele seja acrescido de valores, como o temor a
Deus, o amor e o respeito mútuo e o exercício do perdão.
CONCLUSÃO
Segundo Jaime Kemp, Deus idealizou a família para proporcionar ao
homem e à mulher amor incondicional, suprir as necessidades físicas e
emocionais de cada um de seus membros, suavizar a solidão e fornecer
refúgio certo e seguro contra os turbulentos ataques do mundo. [ EBD 1° Trimestre de 2020 LIÇÃO 2 – Família: princípios e valores -BETEL Dominical – Adultos ]