EBD – Lição 01: GÊNESIS – O Inicio de Tudo | 1° Trimestre De 2022 | Pecc

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 1° Trimestre De 2022 | Tema: GÊNESIS – O Livro dos Começos | Lição 01: GÊNESIS – O Inicio de Tudo Escola Biblica Dominical

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Gênesis 1 há 31 versos. Suge­rimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Gênesis 1-2.1 (5 a 7 min). A revista funciona como guia de es­tudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Caro(a) professor(a), neste primeiro encontro concentre-se na compreensão do livro de Gênesis como princípio da revelação divina. Segundo a tradição judaica, Deus revelou a Moisés as maravilhas da Sua criação e os primeiros acon­tecimentos da vida humana para que os hebreus abandonassem a idolatria que haviam aprendido no cativeiro egípcio. Concentre sua aula no propósito de destacar a grandiosidade e a perfeição do Criador, bem como a beleza da criação. Mostre aos alunos que tudo foi criado segundo o propósito original de Deus e que nenhuma existência pode criar a si mesma. Para o cristão, a ciência é uma pe­quena confirmação do poder e da glória de Deus, mas de forma alguma pode negá-lo.

OBJETIVOS

Ressaltar a importância do livro de Gênesis.
Conscientizar os alunos da missão do homem de zelar pela criação de Deus.
Encorajar os alunos a glorificarem o Criador por Suas obras.

PARA COMEÇAR A AULA

Professor(a), começa sua aula propondo que cada aluno cite uma grande realização humana. A seguir, destaque que cada rea­lização citada só passou a existir a partir das perfeitas criações de Deus – terra, luz, água, calor – sem as quais nada pode ser feito por mãos humanas. O motivo é muito simples: o próprio homem é criatura e deve sua vida e suas capacidades ao Criador. Lembre aos alunos que nada foi criado quando cada um deles citou obras humanas, mas pela Palavra de Deus tudo foi criado.

LEITURA ADICIONAL

Observe que, no princípio, não havia algo desejável para se ver, pois o mundo estava informe e vazio; era confusão e desolação. De modo similar, a obra da graça na alma é uma nova criação; e em uma alma sem a graça, que não nasceu de novo, existe desordem, confusão e toda a má obra: está vazia de todo o bem, porque está sem Deus; é escura, está em trevas; este é o nosso estado por natureza, até que a graça do Todo-Poderoso realize em nós uma mudança. Disse Deus: “Haja luz”; Ele a quis, e imediatamente houve luz. Que poder existe na Palavra de Deus! Na nova criação, a pri­meira coisa que é levada à alma é a luz: o Espírito Santo opera na vontade e nos afetos iluminando o entendimento. Aqueles que por causa do pecado estavam em trevas, pela graça encontraram luz no Senhor. As trevas estariam sempre sobre o homem caído se o Filho de Deus não tivesse vindo para dar-nos o entendimento, conforme registra 1 João 5.20. Deus aprovou a luz que Ele mesmo desejou.

Deus separou a luz das trevas, pois que comunhão tem a luz com as trevas? No céu há perfeita luz e nenhuma escuridão; no inferno, a escuridão é absoluta e não há sequer um raio de luz, o dia e a noite pertencem ao Senhor; utilizemos então ambos para a sua honra, cada dia no trabalho para Ele, descansando nEle a cada noite e meditando diariamente em sua lei. A terra estava desolada; porém, através de uma só palavra, encheu-se das riquezas de Deus; essas riquezas continuam pertencendo a Ele. Ainda que seja permitido ao homem utilizá-las, elas pertencem a Deus e devem ser empregadas para o seu serviço e honra.

Livro: Comentário bíblico de Mathew Henry (4° ed – Rio de Janeiro, CPAD, 2004, pp. 2-3)

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Texto Áureo

“No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Gn 1.1

Leitura Bíblica Para Estudo

Gênesis 1.1-21

Verdade Prática

O Mundo não é obra do acaso,nem de um poder impessoal. Deus é o seu Criador

INTRODUÇÃO
I- OBJETIVOS DE GÊNESIS Gn 2.7-17
1- Mostrar a origem das coisas Gn 2.4
2- Reorientar a visão de mundo Gn 2.9
3- Mostrar a razão de certas leis Gn 2.17
II- O CRIADOR Gn 1.1
1- É autoexistente Gn 1.1
2- É transcendente Gn 1.1
3- É Todo-poderoso Gn 1.1
III- A CRIAÇÃO Gn 1.1-31
1- Obra de Deus Gn 1.1
2- Pela Palavra de Deus Gn 1.3
3- Fruto da vontade de Deus Gn 1.31
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Gn 1.10
Terça – Gn 1.12
Quarta – Gn 1.18
Quinta – Gn 1.21
Sexta – Gn 1.27
Sábado – Gn 1.28

Hinos da Harpa: 526 – 124

INTRODUÇÃO

O livro de Gênesis apresenta três grandes divisões: do capítulo 1 ao 11, a história dos primórdios; do 12 ao 36, a história dos patriar­cas do povo hebreu; e do 37 ao 50, a ida da família eleita para o Egito. É consenso entre os judeus que Moisés é o autor não apenas de Gênesis, mas de todo o Pentateuco, excetuando-se, evidentemente, a parte final de Deuteronômio, que fala da sua morte.

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I- OBJETIVOS DE GÊNESIS (Gn 2.1-17)

O livro de Gênesis é para a Bíblia o que os alicerces são para uma casa.

1- Mostrar a origem das coisas (Gn 2.4) “Esta é a gênese dos céus e da ter­ra quando foram criados, quando o Senhor Deus os criou.”

Imaginemos: como seriam as Escrituras sem o livro de Gênesis ou o de Apocalipse? Se o segundo mostra a consumação e nos tranquiliza dizendo como tudo terminará, o primeiro nos revela como foi o começo de tudo. Gênesis é o livro das origens. O nome hebraico do livro deriva da sua primeira palavra, “Bêreshit” (“No princípio”). Reshit, “princípio”, significa, literalmente, “cabeça”. O livro é o princípio, a cabeça da revelação. O título em português, “Gênesis”, vem do grego Geneseos, que significa “nascimento”. Esse livro é fundamental no câ­non sagrado. Sem ele, não apenas não saberíamos como foi o início de tudo, mas também aquilo que vem depois não faria o menor sentido.

2- Reorientar a visão de mundo (Gn 2.9) “Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.”

Após Moisés sair com o povo do cativeiro, eles precisavam ser instruídos nos caminhos de Deus. Devemos lembrar que Israel vi­veu 400 anos como escravo numa nação pagã. Os egípcios adoravam muitos deuses e isso afetou profun­damente a cosmovisão dos descendentes de Abraão. Ao dar essa revelação, Deus queria que seu povo olhasse o mundo, não como os egípcios olha­vam, atribuindo tudo a divindades sem vida, ou adorando a criação em vez do Criador. Nesse sentido o livro de Gênesis reorienta toda visão e compreensão dos hebreus sobre quem é Deus e como Ele é distinto da Sua criação. O livro de Gênesis não possui uma linguagem científica, pois tra­ta-se de uma revelação divina. Isso não significa, evidentemente, que ele contraria a ciência. Como já foi dito: a ciência devidamente estabelecida e a Bíblia, corretamente in­terpretada, nunca se contradizem, pois possuem o mesmo Autor.

3- Mostrar a razão de certas leis (Gn 2.17) “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”

Gênesis também serve a esse propósito. Por exemplo: “por que ser fiel no casamento?”. Gênesis responde: porque Deus só criou um homem e uma mulher e disse a estes que deveriam ser uma só carne. Não foram criados dois homens para uma mu­lher, nem criadas duas mulhe­res para um homem. “Por que não se pode matar?” Porque Deus criou e zela pela vida. Ele tem poder sobre a vida e sobre a morte, não sendo lícito aos homens decidirem sobre quem deve viver ou morrer. “Por que não podemos ado­rar imagens? Ou adorar a criação, como os egípcios e outros povos fazem?” Porque Deus é Espírito e é o Criador de tudo, não podendo ser confundido com Sua criação. E assim, muitas outras questões básicas (como a origem do pecado) têm em Gênesis sua resposta.

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II- O CRIADOR (Gn 1.1)

Aceitar que há um Criador é uma questão de inteligência e honestidade. Aceitar quem é esse ser Criador, essa é uma questão de fé.

1- É autoexistente (Gn 1.1) “No princípio, criou Deus os céus e a terra.”

Não há nenhuma preocupação por parte do autor sagrado em explicar a origem de Deus, apenas em apresentá-lo. Isso porque Deus sempre existiu, é eterno, auto existente e incriado. Ao contrário da criação, Ele não teve início. Como diz com clareza o Salmo 90.2: “Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus.” Em outras palavras, aqui está sendo dito que nunca houve um tempo em que Deus não existisse. Mas não tente entender isso apenas com a razão. Como al­guém pode não ter início? Nós somos criaturas lineares.

Temos passado, presente e futuro. Isso, porém, é irrelevante para Deus. Por isso, a Moisés Ele se revela como o eterno “EU SOU O QUE SOU” (Êx 3.14). O verbo ser aqui é muito importante, pois revela que Deus vive eternamente. Ele está fora do tempo, não tendo passado nem futuro. Por definição é impossível que alguma coisa crie a si mesma. O conceito de autocriação é uma con­tradição de termos, uma afirmação sem nexo. Nada pode ser autocriado. Nem mesmo o próprio Deus pode criar a si mesmo. Para que Deus pudesse criar a si mesmo, teria de existir antes de si mesmo. O que não faz o menor sentido.

2- É transcendente (Gn 1.1) No princípio, criou Deus os céus e a terra.”

Deus existe independentemente da Sua criação. Quando dizemos que Deus é transcendente, queremos dizer que Ele é totalmente distinto e vai além de Sua criação. A palavra distinto, neste caso, é sinônimo de transcendente. Não devemos fazer com­parações terrenas para tentar compreender Deus, porque nada existe comparável a Ele. Daí Deus proibir a confecção de qualquer tipo de imagem ou figuras para tentar representá-lo (Êx 20.4 e 5). Isso posto, coloca-se por terra a ideia de Panteísmo, ou seja, Deus não pode nunca ser confundido com Sua criação. A Bíblia refuta o Panteísmo e ensina uma radical distinção entre o Criador e a cria­ção.

3- É Todo-poderoso (Gn 1.1) “No princípio, criou Deus os céus e a terra.”

Deus criou os céus e a terra. O verbo hebraico é barah. Todas as ocorrências deste verbo no Antigo Testamento apontam para Deus como sujeito. Portanto, sua utilização nunca é relacionada ao ho­mem. “Deus” é tradução de Elohim, uma forma plural seguida de um verbo singular. A raiz de Elohim é El que significa “ser forte; ser poderoso; aquele que manifesta o Seu poder criando”. Ele é o Todo-poderoso. Deus nunca perdeu ou co­nheceu o empate. Ele é o campeão invicto do universo. As Escrituras deixam claro que Ele apenas não pode negar-se a si mesmo (2Tm 2.13); não pode mentir (Tt 1.2) nem fazer aquilo que negaria Sua natureza. Onipotência deve ser entendida sob a perspectiva de que Deus pode tudo o que o amor pode, ou seja, Deus pode tudo aquilo que está em consonância com sua natu­reza. Para o cristão, a onipotência de Deus é uma grande fonte de confor­to. Sabemos que o mesmo poder que Deus demonstrou ao criar o univer­so está à disposição Dele para asse­gurar nossa salvação. Ele mostrou Seu poder sobre a morte por meio da ressurreição de Cristo. Não existe uma única molécula independente, solta no universo, ou qualquer coali­zão que possa resistir ou comprometer os planos de Deus.

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III- A CRIAÇÃO (Gn 1.1-31)

A criação é perfeita demais para ser fruto do acaso ou de uma simples explosão. Quando olha­mos à nossa volta, vemos um tea­tro da revelação divina.

1- Obra de Deus (Gn 1.1) No princípio, criou Deus os céus e a terra.”

Gênesis começa com a expres­são “no princípio, criou Deus”. Com isso, deixa bem claro que o sujeito da criação é Deus. A ciên­cia diz que nossa galáxia possui mais de 100 bilhões de estrelas, e que o Sol fica a 240 trilhões de quilômetros do centro da nossa galáxia. Se a distância entre a Terra e o Sol fosse alterada em apenas 2%, a vida seria impos­sível. A nossa galáxia é apenas uma de, ao menos, um bilhão de ou­tras. A mais próxima galáxia da nossa fica a 30 milhões de anos-luz. Isso significa que se o ser humano pudesse viajar à velocidade da luz (300.000 Km por segundo) e vivesse o suficiente, ele precisaria de 30 milhões de anos para lá chegar. Quando vol­tamos os olhos para essa imen­sidão, enchemo-nos de espanto e genuína adoração ao Senhor. Não é difícil vermos que a perfeição da criação revela a grandeza do Criador. Assim como o desenho aponta para o dese­nhista; assim como a existência do relógio, com toda sua eficácia e precisão, exige que reconheça­mos a existência de um talentoso relojoeiro, toda a ordem, beleza e detalhes da criação não seriam possíveis sem uma mente pode­ rosa e superior por trás de tudo. O projeto da criação é eficiente e perfeito demais para ter existido sozinho. Como atribuir toda essa lógica ao acaso fortuito?

2- Pela Palavra de Deus (Gn 1.3) “Disse Deus: Haja luz; e houve luz.”

Temos a irrefutável verdade bíblica de que tudo foi criado pela Palavra de Deus (Hb 11.3). Não ha­via nenhuma matéria preexistente quando Deus a criou. Só havia Ele. Então, em Seu soberano querer, Deus decide criar o mundo. Ele não precisava criá-lo. Deus não depen­de de nada, exceto de si mesmo. Então, o meio, a “matéria prima” que Deus usa para criar, é a Sua Palavra, apenas a Sua Palavra. Deus cria desde o nada. O ser humano é bastante criativo, toda­via, tudo que criamos é produto de outras matérias-primas. Deus, no entanto, não precisa de nada para criar, apenas da Sua Palavra. Imagine um mundo sem oxigênio, carbono, hidrogênio, espaço, tempo etc. Assim era até que, num dado instante, Deus disse: “Haja”. E tudo passou a ser. Nada havia antes de Ele ordenar. Temos dificuldade de com­preender isso porque uma mente finita por certo terá dificuldades de compreender um ser infinito. Por isso, o autor de Hebreus ensina que isso precisa ser aceito pela fé (Hb 11.3). Crer que o mundo se autogerou, além de ser uma incongruência, exigiria mais fé do que simplesmen­te crer no relato bíblico. Fiquemos com ele.

3- Fruto da graciosa vontade de Deus (Gn 1.31) “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.”

Deus não precisava criar o mundo. Ele não estava solitário ou sozinho e nunca foi nem será refém de nada nem de ninguém. Ele existe eternamente em três pessoas divinas, sem necessidade de nada além de si mesmo. Portanto, a criação é fruto da Sua soberana e graciosa vontade. Deus planejou cada detalhe da criação. Ela obedece um plano perfeito e pré-ordenado, pois Deus é organizado e inteligente­ mente superior. Não seria possível toda ordem e beleza da criação surgirem de uma fonte impessoal. Do impessoal poderia advir o pes­soal? Não! A Bíblia não é um trata­do sobre ciência, mas a revelação de Deus aos homens, mostrando-Lhes como se relacionar com Ele, o que não significa dizer que o re­lato da criação seja anticientífico, mas, sim, que é teológico.

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APLICAÇÃO PESSOAL

Para o cristão fiel, crer que o mundo veio da mente e das mãos de Deus proporciona descanso e revela que há propósito e sentido na criação.

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RESPONDA

Marque V para verdadeiro e F para falso nas afirmativas abaixo:

[V] 1- O livro de Gênesis nos ajuda não apenas mostrando a origem de tudo, mas tam­bém trazendo sentido àquilo que vem depois.
[V] 2- A criação funciona como um espelho e um teatro, revelando a glória e a majestade divinas.
[F] 3- O materialista está certo ao afirmar que nada faz sentido e não há valor moral na criação.

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