EBD – 1° Trimestre De 2020 – LIÇÃO 6: A necessidade de um planejamento financeiro

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1° Trimestre De 2020 - LIÇÃO 6: A necessidade de um planejamento financeiro



TEXTO ÁUREO

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro

a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?”

Lucas 14.28




VERDADE APLICADA

O planejamento financeiro é imprescindível para a administração das

finanças no lar.




OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar a importância do planejamento familiar.

Apresentar como manter as finanças sob controle.

Ensinar como administrar com sabedoria a mordomia familiar.




TEXTOS DE REFERÊNCIA

ECLESIASTES 5

  1. E quanto ao homem, a quem Deus deu riquezas e fazenda e lhe deu

poder para delas comer, e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho,

isto é dom de Deus.




LUCAS 14

  1. Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta

primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a

acabar?

  1. Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e

não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer

dele,

  1. Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.




LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Pv 21.5, 20 A Palavra de Deus diz que é sábio economizar

TERÇA / Pv 22.26-27 A Palavra de Deus recomenda prudência

QUARTA / Ec 6.7 A Palavra de Deus condena a ambição e a cobiça

QUINTA / Lc 14.28, 31 A Palavra de Deus aconselha evitar a precipitação

SEXTA / 1Tm 6.10 A Palavra de Deus adverte sobre o amor ao dinheiro

SÁBADO / Hb 13.5 A Palavra de Deus e o perigo do materialismo




HINOS SUGERIDOS

151, 370, 578

 LIÇÃO 6: A necessidade de um planejamento financeiro




MOTIVOS DE ORAÇÃO



Ore a Deus pela manifestação da Sua fidelidade e provisão na vida dos

casais.




ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

  1. Planejamento, um princípio bíblico
  2. Administrando com sabedoria
  3. A presença de Deus no planejamento

Conclusão

INTRODUÇÃO



É fundamental que a família entenda e aplique o princípio da mordomia

cristã no uso do dinheiro e dos bens, pois tal atitude evitará muitos

desgastes e resultará em melhor proveito para o bem-estar de todos no

lar. [ EBD 1°Trimestre de 2020 – LIÇÃO 6 A necessidade de um planejamento financeiro – BETEL ]




PONTO DE PARTIDA

O planejamento financeiro é essencial para a administração das finanças

no lar.


Planejamento, um princípio bíblico

Um dos aspectos mais relevantes na vida familiar é o que envolve as

finanças, requerendo atenção e equilíbrio no trato com as mesmas. Para

tanto, é fundamental que o planejamento faça parte das ações que

envolvem este aspecto. É importante sabermos que a Bíblia também

trata deste tema que envolve a família.




1.1. Evitar a precipitação. No dicionário encontramos várias ideias

sobre “precipitação” ou “precipitado”, que são bastante adequadas para

serem consideradas quando o assunto é economia doméstica: “pressa

irrefletida; imprudente”. Infelizmente, não são poucos casais que iniciam

a vida conjugal de maneira precipitada e irrefletida, pois se deixam ser

dominados pelas emoções e desejos. Interessante notarmos que o

Senhor Jesus usou por duas vezes a expressão “se assenta primeiro”

nas parábolas sobre discipulado [Lc 14.28, 31]. Tal princípio também

pode ser aplicado quando o assunto é casamento e economia

doméstica, considerando que faz parte da vida do discípulo de Cristo.

Aprendemos, assim, a importância de refletirmos e não sermos

apressados na administração financeira do lar.




Subsídio do Professor: Lia Temple Ciribelli, terapeuta familiar,

escreveu sobre finanças no casamento: “Diferentes estudos sobre vida

conjugal apontam que as discordâncias financeiras estão dentre os

fatores primeiros para o divórcio. Se você fizer uma rápida busca na

internet ou pensar em casais que conhece que separam, verá que o

dinheiro quase sempre aparece como motivos de brigas conjugais, seja

pela falta, pelo excesso ou simplesmente por desacordo na

administração (…)”.




1.2. É preciso cuidado com as dívidas. É evidente que a realização do

casamento e a lua de mel são momentos marcantes na vida de um

casal. É natural que o casal deseje organizar uma festa especial e uma

viagem para após a cerimônia. Porém, o ideal é que tudo seja planejado

com antecedência, inclusive o aspecto financeiro. A Bíblia recomenda

prudência para não contrair dívidas acima da capacidade financeira [Pv

22.26-27]. Para tanto, o casal precisa agir com planejamento, análise,

sinceridade e transparência. Os jovens casais têm sido tremendamente

influenciados e pressionados pela força do consumismo e pelo

marketing. É preciso prudência e domínio próprio.

1° Trimestre De 2020






Subsídio do Professor: Erika Strassburger, em artigo no site

família.com.br, aborda a questão financeira na preparação do casamento

apresentando algumas sugestões, entre outras: “1) Definir o padrão de

vida que terão inicialmente; 2) Definir o papel de ambos nas finanças da

família; 3) Organizar as finanças; 4) Investir no futuro; 5) Evitar despesas

e dívidas desnecessárias”. Ou seja, é possível administrar com equilíbrio

as finanças do lar, porém, é fundamental que o casal esteja consciente

da importância do diálogo e do planejamento.




1.3. A relevância do local de moradia. Evidentemente que nem todo

casal consegue iniciar a vida conjugal em um imóvel próprio. Contudo,

não significa que este aspecto não necessite de diálogo e planejamento

para uma definição. Há um princípio bíblico que deve ser considerado

também neste aspecto: “…deixará…e apegar-se-á” [Gn 2.24].

Dependendo de como é a relação com os pais ou os futuros sogros, é

muito difícil o início da vida conjugal quando o casal decide morar com

os pais ou muito próximo. Pois prejudicará a adaptação e o

amadurecimento do casal, além da possibilidade de provocar conflitos

que podem afetar a relação conjugal. Às vezes, o mais prudente é adiar

o casamento até que o casal esteja com uma estrutura financeira mais

adequada à realidade de uma vida conjugal.




Subsídio do Professor:
Às vezes começamos errado por falta de

instrução, de conhecimento da verdade, ou porque queremos agir

apenas com nossos impulsos. A Palavra de Deus é sempre nossa

bússola. Ela tanto nos previne quanto nos orienta nas questões da vida.

Um pouco de sensibilidade e veremos como as famílias que se

formaram sem planejamento lutam para sobreviver e estar de pé em

nossa sociedade. É uma luta constante, que poderia ter sido evitada se

houvesse planejamento [Lc 14.28-30].  [ EBD 1°Trimestre de 2020 – LIÇÃO 6 A necessidade de um planejamento financeiro – BETEL ]




EU ENSINEI QUE:

É fundamental que o planejamento faça parte das ações que envolvem

as finanças, um dos aspectos mais relevantes na vida familiar.


Administrando com sabedoria

As necessidades e os desejos de aquisição em conjunto com os vários

imprevistos normalmente excedem os recursos financeiros da família.

Assim, é muito importante buscar no Senhor sabedoria para administrar

os recursos disponíveis.






2.1. Arrecadar mais do que gastar. Quem não gostaria de ter sempre

dinheiro? Todos nós. Para que isso aconteça, é necessário apenas pôr

em prática o mais básico princípio de administração financeira: gastar

menos do que se arrecada. Pondo em prática tal princípio e seguindo-o

mês a mês, além de sempre ter dinheiro, a cada mês se terá menos

surpresas nessa área [Pv 6.5]. Segundo Jorge Mashah: “Um orçamento

é uma excelente ferramenta para administrar bem os gastos, de acordo

com os rendimentos disponíveis. Nele devem ser anotados todos os

ganhos, para saber, de fato, quanto se tem para gastar. Em seguida,

pode-se planejar e controlar todos os gastos, de modo que seja possível

verificar para onde está indo o dinheiro” [Pv 6.6-8].




Subsídio do Professor: Na Revista da Escola Bíblica de Obreiros e

Membros (EBOM) da AD Madureira há uma recomendação: “Todas as

despesas da família devem estar restritas às suas rendas; assim, cada

despesa com aluguel, alimento, roupas, livros e outros gastos deve ser

colocada dentro de um percentual correspondente ao salário, não

devendo exceder os limites deste”. É preciso atentar para o texto bíblico:

1 Timóteo 6.6-8.




2.2. Controlar nossos impulsos. De acordo com Jorge Mashah,

precisamos frear o “impulso consumista”. Mesmo que haja dinheiro

disponível, não significa que ele precisa ser gasto. Por mais dinheiro que

uma pessoa receba, sempre haverá onde gastar, pois a tendência

humana é ter sempre mais. As coisas que compramos nos satisfazem

por algum tempo, depois queremos mudar, inovar, porque somos

seduzidos por desejos consumistas [1Ts 5.21-22]. Por isso, precisamos

nos conscientizar e aprender a controlar esse “impulso”, caso contrário,

gastar mais do que ganhamos será frequente e os problemas financeiros

estarão presentes no dia a dia [1Tm 6.9-10].




Subsídio do Professor: O Pr. Eliezer de Lira e Silva escreveu sobre

os perigos da cobiça e do consumo inconsciente: “A cobiça de Acã

trouxe-lhe completa destruição [Js 7.1-26]. Até mesmo Israel foi

prejudicado, pois perdeu uma importante batalha. A cobiça, ou seja, o

desejo descontrolado de adquirir bens materiais tem levado alguns

crentes a serem incluídos no rol dos serviços de proteção ao crédito.

Atraídos pelo desejo de consumir insaciavelmente, compram e depois

não podem pagar, perdendo toda a credibilidade e, ainda, recebendo a

fama de mau pagador. A Palavra de Deus condena a ambição e a

cobiça, pois elas são perigosas e fatais [Ec 6.7; Pv 27.20]. O crente não

deve permitir que nada o domine. Aliás, o domínio próprio também é

fruto do Espírito Santo [Gl 5.22]”.




2.3. A importância da reserva. A Bíblia diz que é sábio economizar [Pv

21.5, 20]. Todos nós enfrentaremos períodos de escassez e

circunstâncias adversas. Por isso, é bom estarmos sempre preparados.

Os especialistas financeiros aconselham as pessoas a guardar algum

dinheiro, ter uma poupança. Aqueles que se exercitam nessa disciplina

alcançam êxito [Pv 6.6-8]. Essa é uma atitude sábia de proteção para

evitar problemas financeiros.




Subsídio do Professor: Pr. John D. Barnett escreveu: “Muitas

pessoas chegam à idade de 65 anos e têm poucos recursos para viver

na velhice. É bom economizar – ter uma poupança (sugestão de 10%)

para ser usada em emergência, educação, aposentadoria. Muitos casais

jovens cedem à tentação de gastar em excesso. E quando incorrem em

despesas inesperadas, têm de tomar emprestado. Isso frequentemente

os precipita rumo ao endividamento de longo prazo – imite a formiga:

separe uma reserva no verão para estar preparado para o inverno”. [ EBD 1°Trimestre de 2020 – LIÇÃO 6 A necessidade de um Planejamento financeiro – BETEL ]




EU ENSINEI QUE:

Para administrar com sabedoria os recursos financeiros da família, é

muito importante arrecadar mais do que se gasta, controlar os impulsos

consumistas e ter consciência da necessidade de uma reserva

financeira.

A presença de Deus no planejamento

O Senhor é o dono de tudo, inclusive de nossas vidas [Sl 24.1].

Reconhecê-lo como Senhor e pedir Seu auxílio e orientação são sempre

as mais sábias das escolhas que fazemos.




3.1. Reconhecer Deus como Senhor de tudo. Uma família submissa

ao Senhor Jesus faz a diferença em todas as áreas do lar. O Senhor

alertou o povo de Israel sobre a tendência de esquecer que Ele é quem

dá força para trabalhar e todas as riquezas do mundo Lhe pertencem [Dt

8.10-11, 14, 17-18; 1Cr 29.11-14]. Grande parte de nossas vidas

passamos trabalhando pelo dinheiro, tomando decisões em como gastá lo

e viabilizando uma forma de economizá-lo ou investi-lo. Busquemos a

direção do Senhor em todo o tempo.




Subsídio do Professor: No comentário da Bíblia King James sobre

Mateus 6.24, vemos que “Mamom” é uma palavra aramaica “para

personificar um dos mais poderosos deuses pagãos de todos os tempos:

o Dinheiro. (…) o Senhor adverte para a impossibilidade de se servir com

lealdade a Deus e ao mesmo tempo amar o deus Dinheiro. Isso não quer

dizer que Jesus seja contra os ricos e prósperos, mas, sim, que o amor

ao dinheiro é a raiz de todos os males [1Tm 6.10].”.




3.2. Administrar com sabedoria a nossa mordomia familiar. O rei

Davi, ao ofertar, disse: “…tudo vem de ti…” [1Cr 29.14]. Está conosco

para que cuidemos bem e depois prestemos conta diante do Senhor.

Para o Pr. Elinaldo Renovato, o cristão deve administrar bem seus

recursos, a fim de não pecar contra Deus e não expor a sua família ao

vexame moral e privações. Quando Salomão se tornou rei, ele fez uma

oração pedindo a Deus sabedoria para administrar o reino. Ele conhecia

o poder do relacionamento com Deus. O sucesso de todo homem ou

mulher de Deus estará sempre associado à sua comunhão com Deus

[Gn 39.2].




Subsídio do Professor: A Professora Odila Braga de Oliveira

escreveu: “Todo crente, como bom mordomo, deve aplicar os talentos

que Deus lhe deu ganhando dinheiro, mas com o joelho em terra, em

oração, e com o coração na obra do Senhor. Uma coisa absolutamente

necessária é que esse dinheiro seja ganho com um trabalho honesto. O

nosso emprego, o nosso negócio, o nosso ganho, não podem ir contra

as normas da vida cristã. Não pagar dívidas, aproveitar-se do próximo,

explorar o semelhante, ser irresponsável no trabalho, não pagar imposto,

lesar o fisco, são atitudes condenáveis”

[ EBD 1°Trimestre de 2020 – LIÇÃO 6 A necessidade de um Planejamento financeiro – BETEL ]



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3.3. Honrar a Deus também com as finanças. Adorar a Deus também

envolve as finanças e os bens da família [Pv 3.9]. Portanto, na

elaboração do planejamento financeiro familiar, o primeiro item deve ser

o dízimo e na distribuição ao longo do mês é necessário que as ofertas

sejam consideradas [2Co 9.7-11]. A prática familiar em participar dos

dízimos, ofertas, campanha do quilo e ajuda aos mais necessitados é

uma verdadeira fortaleza contra o consumismo desenfreado e a

tendência do esquecimento das orientações bíblicas, além de ser

didático, pois contribui na formação de um caráter generoso e altruísta

nos filhos.




Subsídio do Professor: Dentre as muitas exortações encontradas em

Hebreus 13, uma se refere ao perigo do materialismo: “Sejam vossos

costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes…” [v.5].

Avareza se refere ao amor ao dinheiro [1Tm 6.10], que é a raiz de todos

os males. Este tipo de amor ocorre quando o dinheiro se torna uma

finalidade em si mesma. As famílias da igreja precisam meditar

constantemente nestes textos, pois o escritor sagrado acrescenta que o

Senhor Deus não abandonará, nem desamparará aqueles que nEle

confiam, mas será um presente e atuante Ajudador [Hb 13.6]. Sim, Deus

cuida das famílias que O honram de maneira completa.




EU ENSINEI QUE:

Para que possamos administrar com sabedoria o nosso lar, precisamos

reconhecer Deus como Senhor de tudo e honrá-Lo também com as

nossas finanças.


CONCLUSÃO



Que o Espírito Santo nos conduza também no planejamento e

administração das finanças e dos bens que Deus tem permitido que

estejam conosco. Que cada cristão se lembre que é possível desfrutar

de um ambiente saudável no lar, mesmo não tendo abundância de

riquezas [Pv 15.16; 17.1].

[ EBD 1°Trimestre de 2020 – LIÇÃO 6 A necessidade de um Planejamento financeiro – BETEL ]