EBD Editora Betel | 3° Trimestre De 2025 | TEMA: JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS: A verdade que Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de João | Escola Biblica Dominical | Lição 03: Rejeição e Oposição – Nada Impediu a Missão do Filho de Deus

TEXTO ÁUREO
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”, João 1.11.
VERDADE APLICADA
Assim como Jesus, Seus discípulos devem perseverar na caminhada a fim de cumprir sua missão, mesmo diante de oposições e rejeições.
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OBJETIVOS DA LIÇÃO
Saber que o Filho de Deus foi rejeitado por muitos.
Compreender que a rejeição não faz parte dos que amam a Deus.
Ressaltar que o Pai não se agradou dos que rejeitaram Seu Filho.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 6
60 Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isso, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?
61 Sabendo, pois, Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto vos escandaliza?
66 Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram-se para trás e já não andavam com ele.
67 Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?
68 Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | SI 27.10 A rejeição fere.
TERÇA | Jo 6.37 Jesus não rejeita ninguém.
QUARTA | Is 53.3 Jesus foi rejeitado pelos seus.
QUINTA | Lc 17.25 Era necessário que Jesus fosse rejeitado.
SEXTA | Mc 8.31 Jesus foi rejeitado pelos líderes religiosos.
SÁBADO | Dt 31.6 Deus não rejeita Seus filhos.
HINOS SUGERIDOS: 182, 465, 545
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os cristãos não rejeitem os necessitados de Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- Jesus enfrentou a rejeição
2- Jesus não parou diante da rejeição
3- Rejeitado por muitos, exaltado pelo Pai
Conclusão
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos como Jesus enfrentou a rejeição, e isso sem desistir de cumprir o Seu ministério na terra. Ele continuou anunciando o Evangelho e operando curas e milagres. Nosso Senhor soube lidar com a rejeição e com as manifestações de exaltação por parte do povo. Ele bem sabia o que estava para acontecer para cumprir o Plano da Redenção (Mt 16.21; 26.51-56; Jo 18.11).
PONTO DE PARTIDA: A rejeição do Filho e a exaltação Pai. pelo
1- Jesus enfrentou a rejeição
Jesus não paralisou diante da rejeição que sofreu (Jo 1.11); pelo contrário, Ele continua focado na missão que tinha a cumprir. Os Evangelhos Sinóticos registram que o Filho de Deus foi rejeitado até mesmo pela população de Sua cidade natal, Nazaré (Mt 13.54-58; Mc 6.1-6; Lc 4. 16-29).
1.1. Jesus seguiu em Sua missão. Jesus seguiu pregando o Reino e o Amor de Deus para que quem cresse no Filho tivesse a vida eterna (Jo 3.16). Apesar de ter sido rejeitado por muitos, o Filho de Deus foi exaltado pelo Pai, como já previam as Escrituras: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina. Foi o Senhor que fez isto, e é uma coisa maravilhosa aos nossos olhos”, Sl 118.22,23. O Filho de Deus recebeu a missão de reconciliar os perdidos com o Pai, e seguiu firme nesse propósito até o fim (Jo 19.30).
Ralph Earle; Joseph Mayfield (2019, p.30): “Uma tradução literal seria a seguinte: ‘Ele veio para as suas próprias coisas, e o seu próprio povo não o recebeu. Não foi o mundo natural que recusou aceitá-lo. A recusa e a rebeldia vieram dos corações dos homens. João usa a palavra ‘conhecer’ para abraçar mais do que um entendimento intelectual. “O fracasso em conhecer a Deus é um fracasso sobre um plano ético. É a rejeição voluntária de Deus, e o repúdio à sua justiça”. Sem dúvida, a rejeição completa da melhor e mais elevada revelação de Deus foi demonstrada pelos líderes de Israel, geralmente descritos por João como ‘os judeus”.
1.2. Alguns rejeitaram os milagres de Jesus. Em seu Evangelho, João narra sete milagres realizados por Jesus. Entre eles, quando Jesus cospe na terra, faz lama e unta os olhos de um homem cego; depois, manda que ele vá se lavar no tanque de Siloé. O homem obedeceu e voltou a ver (Jo 9.6,7). Esse milagre evidencia, uma vez mais, a divindade de Jesus, irritando grandemente os fariseus (Jo 9.28,29), já que o milagre foi realizado num dia de sábado (Jo 9.16). O fato de aquele homem reconhecer que foi curado pelo Filho de Deus deixou os fariseus furiosos, porque eles se consideravam espiritualmente superiores (Jo 9.34).
César Roza de Melo (2021, L.13): “A análise deste milagre operado por Jesus é interessante, pois Jesus aproveita para corrigir um erro quanto às enfermidades, pois muitos acreditavam que uma deficiência de nascença provinha de algum pecado de seus antepassados, ou até mesmo pecado de uma criança no ventre. Basta olhar a perícope de João 9 e veremos a resposta de Jesus. Ele foi enfático ao dizer que nem a criança e nem seus pais pecaram. Jesus deixa claro que Seu poder é maior do que qualquer tragédia humana ou defeito de nascimento: o Seu poder sobrepujar nossas expectativas. A grande lição é que Deus não está preso aos métodos humanos; Jesus é o Filho de Deus e tem poder sobre a vida e as circunstâncias”.
1.3. Rejeitado pelos irmãos. Jesus teve irmãos biológicos, também filhos de Maria, entre eles: Tiago, José, Judas e Simão (Mc 6.3). Porém, houve um tempo em que eles também O rejeitam: “Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes, Jo 7.3. Ou seja, os irmãos de Jesus não estavam entre os Seus seguidores até aquele momento (Jo 7.5).
French Arrington; Roger Stronstad (2009, pp.528,529): “Como os irmãos de Jesus falam claramente os coloca na categoria dos incrédulos. Jesus se distingue ainda mais dos seus irmãos. Seus irmãos foram vistos pela última vez em João 2.12. Jesus não confiava neles e também não confia agora. Nestes pequenos parágrafos, estes irmãos desempenham papel importante e tornam-se antagonistas de Jesus, aparecendo duas vezes (vv.3,10). Eles estão com o mundo (que o odeia) em seu pecado e incapacidade de conhecer as coisas espirituais. Mais tarde, em João 20.17, Jesus envia uma mensagem a seus irmãos acerca de ir para o Pai, muito veemente a fim de encorajá-los a crer”.
EU ENSINEI QUE:
Jesus teve irmãos biológicos, entre eles: Tiago, José, Judas e Simão.
2- Jesus não parou diante da rejeição
O Filho de Deus foi rejeitado pelas autoridades religiosas (Jo 11.57), pelo Seu próprio povo (Mt 23.37) e por alguns de Seus seguidores (Jo 6.66). Porém, nada disso fez com que Ele deixasse de cumprir a Sua missão.
2.1. Rejeitado pelas autoridades religiosas. A Presença de Jesus revelou como os líderes religiosos de Seus dias estavam vazios e longe de Deus. No entanto, Jesus sabia que seria rejeitado por eles: “É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia”, Lc 9.22. Ainda no AT, o Profeta Isaías escreveu que ele seria o mais desprezado e o mais rejeitado entre os homens (Is 53.3).
Matthew Henry (2003, p.783): “Realmente somos o que somos por dentro. Os motivos externos podem manter limpo o exterior, enquanto o interior está imundo; porém, se o coração e o espírito são feitos novos, haverá vida nova; aqui devemos começar por nós mesmos. A justiça dos escribas e dos fariseus era como os adornos de uma tumba ou o vestido de um cadáver, que só serviam como espetáculo. O engano dos corações dos pecadores se manifesta em que navegam, rio abaixo, pelas torrentes de pecado de sua própria época, enquanto se sentem orgulhosos de oporem-se aos pecados mais frequentes em épocas anteriores”.
2.2. Rejeitado pelo povo escolhido. A rejeição do Filho de Deus pelos líderes de Israel levou muitos israelenses a também rejeitar o Senhor: “(…) porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser Ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga”, Jo 9.22. O evangelista Mateus relata o alerta de Jesus: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!”, Mt 23.37.
Leon L. Morris (1983, pp. 103-14), comenta sobre Lucas 4.28-30: “A ira propagou-se pela congregação inteira e se propuseram a linchar Jesus. A tentativa de precipitá-Lo do cume do monte parece ser um esforço para jogá-Lo por um precipício. Ressalta-se também a majestade da presença de Jesus. Meramente passando por entre eles, retirou-se. Não falou nenhuma parada irada, nem operou qualquer milagre espetacular. Simplesmente andou por meio da turba. […] Em tudo isto, temos um comentário sobre a terceira tentação. O povo procurou colocar Jesus na posição que Satanás sugerira. Mas Ele não deixou”.
2.3. Rejeitado por alguns de Seus seguidores. Jesus não atendeu às perspectivas materialistas de alguns de Seus seguidores, pregando uma mensagem dura, a qual eles não suportaram (Jo 6.60). Jesus, portanto, foi rejeitado por quem ouviu Suas pregações e presenciou Seus milagres (Jo 6.66).
French Arrington; Roger Stronstad (2009, pp.526): “Neste momento do ministério de Jesus, Ele tinha vários seguidores que poderiam vagamente serem chamados de seus discípulos. Estes ‘discípulos’ não eram os doze, e muitos deles não receberiam a sua mensagem. Eles demonstram dificuldade para aprender. O motivo por trás das palavras ásperas de Jesus não é difícil de se ver: Ele queria que as pessoas considerassem o custo de segui-lo (Lucas 14.25-33)”.
EU ENSINEI QUE:
O Filho de Deus foi rejeitado pelos líderes religiosos, pelo Seu próprio povo e por alguns de Seus seguidores. 6061, 19109
3- Rejeitado por muitos, exaltado pelo Pai
Mesmo o Filho sendo rejeitado por muitos, o Senhor perseverou no cumprimento da missão. Assim, muitos não se deixaram ser levados pelos que O rejeitavam, mas creram em Jesus, receberam a Sua Palavra e O exaltaram. Vemos isto no Evangelho de João: Primeiramente, no testemunho de João Batista (Jo 1.29-34); depois, na cura do cego de nascença (Jo 9.1-41); por fim, diante de uma grande multidão em Sua entrada triunfal em Jerusalém (Jo 12.12-19).
3.1. João Batista testemunha Filho de Deus. João Batista testificou do Filho de Deus ao dizer que o Cristo viria após ele (Jo 1.15). Essa certeza de João Batista fez com que, ao ver Jesus caminhando em sua direção, ele o reconhecesse, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, Jo 1.29. Aqui, João Batista cumpre com firmeza a missão de testemunhar e exaltar Jesus Cristo ao relatar que viu o Espírito Santo descer do céu como uma pomba e repousar sobre Ele (Jo 1.32).
Merril Unger (2006, p.440): “As autoridades judaicas queriam saber por que João batizava ou realizava um rito oficial sem status oficial. Sua resposta foi que a cerimônia da água que ele oficiava não era um fim em si mesma, mas a introdução e preparação para uma realização espiritual de importância bem maior a ser executada por aquele cujo caminho ele preparava e cujas correias das sandálias ele não era digno de desatar (função de escravos)”.
3.2. A Luz que ilumina os rejeitados. O Evangelho de João nos apresenta a história de um homem cego de nascença que experimentou tanto a rejeição quanto a exaltação divina (Jo 9.6,7). Jesus, ao encontrá-lo, fez lama com sua própria saliva e a aplicou sobre seus olhos, ordenando-lhe que se lavasse no tanque de Siloé. Obediente à palavra do Mestre, ele se lavou e passou a enxergar, surpreendendo a todos ao seu redor (Jo 9.8). Esse milagre não apenas restaurou sua visão física, mas revelou uma verdade espiritual ainda mais profunda. Enquanto ele foi curado e teve seus olhos abertos, os religiosos da época permaneceram cegos espiritualmente, recusando-se a enxergar a obra de Deus. O próprio João descreve que, após o milagre, aquele homem creu em Jesus e o adorou (Jo 9.35-38), em contraste com os que, apesar de sua visão perfeita, estavam presos à escuridão da incredulidade.
Bíblia de Estudo Wiersbe (2016, p.1662): “O mendigo era físico e espiritualmente cego, mas tanto seus olhos como seu coração foram abertos. Por quê? Porque ele ouviu a Palavra, creu, obedeceu e experimentou a graça de Deus. Os fariseus tinham, fisicamente, uma boa visão; mas eram cegos espiritualmente. Se tivessem ouvido a Palavra e, sinceramente, considerado as evidências do Senhor, também teriam crido em Jesus Cristo e tido a oportunidade de nascer de novo”.
3.3. A entrada em Jerusalém e a revelação do Messias. Os evangelistas Mateus (Mt 21.1-11), Marcos (Mc 11.1-11), Lucas (Lc 19.28-44) e João (Jo 12.12-19) relataram a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, mostrando que Ele é o Messias, o Filho de Davi, cumprindo as profecias. Este que está sendo recepcionado em Jerusalém está prestes a ser levantado na cruz, ressuscitar e retornar à glória que tinha com o Pai antes da fundação do mundo (Jo 12.32; 17.5,24). Os discípulos testemunhariam o que Jesus já lhes tinha revelado (Mt 16.21). O Filho de Deus não veio como um líder para libertar Israel do jugo romano, mas como o Redentor da humanidade.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.560): “Eles acreditavam que aquele que viesse em nome do Senhor fosse o Rei de Israel (SI 118.25-26; Sf3.15; Jo 1.49). Portanto, os judeus pensavam que estavam saudando a chegada de seu Rei. Mas aquelas pessoas que estavam louvando a Deus por lhes ter dado um rei tinham uma ideia equivocada a respeito de Jesus. Elas tinham a certeza de que ele seria um líder nacional, que iria restaurar a nação deles à sua glória anterior; desse modo, estavam surdos em relação às palavras de seus profetas e cegos em relação à verdadeira missão de Jesus”.
EU ENSINEI QUE:
João Batista testemunhou sobre o Filho de Deus, declarando que Cristo viria depois dele.
CONCLUSÃO
O próprio Senhor Jesus Cristo, em Seu discurso de despedida, advertiu que Seus discípulos enfrentaram rejeição e oposição ao longo da caminhada cristã (Jo 15.18-20). No entanto, Ele também assegurou que o Espírito Santo os fortaleceria e capacitá-los-ia para perseverar na missão (Jo 15.26-27). Dessa forma, nenhuma forma de rejeição ou oposição pode impedir o avanço da Igreja quando ela caminha no poder do Espírito Santo.
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