EBD Editora Betel | 3° Trimestre De 2025 | TEMA: JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS: A verdade que Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de João | Escola Biblica Dominical | Lição 02: O Evangelho do Filho de Deus – A Revelação da Luz ao Mundo

TEXTO ÁUREO
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, João 1.1.
VERDADE APLICADA
O Evangelho de João revela que o Verbo Divino que se fez carne e habitou entre nós é o Cristo Prometido, o Filho de Deus, enviado para nos salvar.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Conhecer o contexto histórico e religioso do Evangelho de João.
Ressaltar as adversidades que os cristãos enfrentavam nos dias de João.
Compreender a diferença entre o Evangelho de João e os Evangelhos sinóticos.
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TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 1
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo.
10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 1.14 O Verbo se fez carne e habitou entre nós.
TERÇA | Jo 1.12 João apresenta o Filho de Deus como o Salvador.
QUARTA | Jo 8.11 O Filho de Deus ensinou sobre o perdão.
QUINTA | Jo 3.16 Quem crer no Filho tem a vida eterna.
SEXTA | Jo 1.2 O Filho de Deus estava no princípio com o Pai.
SÁBADO | CI 1.17 O Filho de Deus é antes de todas as coisas.
HINOS SUGERIDOS: 88, 111, 139
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que mais pessoas reconheçam o Filho de Deus como o único Salvador.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- O contexto histórico
2- O contexto religioso
3- O propósito
Conclusão
INTRODUÇÃO
O Evangelho de João se destaca dos demais por se aprofundar em temas teológicos, pois enfatiza a divindade de Cristo nos registros dos milagres e ensinos mais do que os outros Evangelhos. Veremos um pouco dos contextos histórico e religioso do tempo em que o Evangelho de João foi escrito, além do propósito que o apóstolo expressou (Jo 20.31).
PONTO DE PARTIDA: Jesus Filho Cristo é o de Deus.
1- O contexto histórico
O Evangelho de João foi provavelmente escrito entre os anos 90 e 100 d.C., em um contexto histórico marcado pela crescente separação entre os cristãos e os judeus. O Apóstolo João teria escrito para fortalecer a fé dos cristãos diante das dificuldades e dos muitos debates com as autoridades das sinagogas.
1.1. A autoria material do Evangelho. Os pais da Igreja, como Eusébio, Clemente de Alexandria, Irineu de Lyon, Teófilo de Antioquia e Policarpo concordam sobre a autoria do Evangelho de João ser do próprio João, que se refere a si mesmo como “o discípulo amado” ou “o discípulo a quem Jesus amava” (Jo 13.23; 19.26, 20.2; 21.7,20). João finaliza seu Evangelho como aquele que “testifica” estas coisas e as escreveu Jo (21.24). Portanto, é razoável supor que o Apóstolo João seja o autor do livro que leva o seu nome.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.480): “Alguém poderia antever que uma pessoa com a personalidade de João destruir-se-ia. Tal pessoa certamente morreria em briga ou choque com o governo de Roma. No mínimo, seria expulso da igreja por ser ambicioso e sedento de poder. Mas esse não era o caso. João transformou-se em alguém poderoso, mas gentil; franco, mas amável; corajoso, porém humilde. Não existe nenhum acontecimento que possa explicar a transformação de João, deve ter sido consequência da companhia de Jesus, de ser aceito, amado e reconhecido pelo Senhor, e também de ter sido cheio do Espírito Santo. João estava tão dominado por Jesus que sequer mencionou seu nome no Evangelho de sua autoria. Ao invés disso, descreveu sua pessoa como “aquele a quem Jesus amava” (Jo 13.23; 19.26; 20.2; 21.20,24)”.
1.2. A data e o local. O quarto Evangelho não contém citações exatas a respeito do local onde foi escrito nem quando isso aconteceu. Entretanto, de acordo com a tradição, estima-se que o livro tenha sido escrito na cidade de Éfeso, atual Turquia, entre os anos 90 e 100 d.C., ou seja, depois da destruição de Jerusalém, em 70 d.C., e antes do exílio de João na Ilha de Patmos. Observa Hernandes Dias Lopes que: “É consenso entre os estudiosos conservadores, estribados nas evidências históricas, que João escreveu esse Evangelho da cidade de Éfeso, capital da Ásia Menor, onde morou por longos anos, pastoreou a maior igreja gentílica da época, liderou as igrejas da região e morreu já em avançada velhice, nos dias do imperador Trajano” (2015, p.15).
Para César Roza de Melo (2021): “Calcula-se que o Evangelho de João tenha sido escrito no fim do primeiro século da era cristã, por volta do ano 90 d.C., quando morava na cidade de Éfeso. Neste momento, além das perseguições, existiam muitas heresias sendo disseminadas, mormente sobre a vida de Cristo. João deixa claro sua intenção na parte final de seu Evangelho, ao dizer que os milagres e relatos de Jesus tinham a intenção de relembrar aos cristãos da fé. O estilo literário de João é de fácil entendimento, visto ter sido escrito num ambiente gentílico, pois seus relatos das festas e dos costumes de cunho judaico são explicados de maneira minuciosa”.
1.3. Os destinatários. O Evangelho de João foi endereçado tanto aos judeus quanto aos gentios. Embora eles vivessem em um ambiente cercado pelo gnosticismo judaico, o desejo de João era apresentar Jesus como o Cristo, o Filho de Deus (Jo 3.16-18). Assim, quem cresse teria a vida em Seu nome (Jo 20.30,31).
Comentário MacArthur (2019, p.1301): “João escreveu para convencer seus leitores acerca da verdadeira identidade de Jesus. De acordo com os propósitos evangelísticos e apologéticos de João, a mensagem geral do Evangelho é encontrada em 20.31: Jesus é o Cristo, o Filho de Deus”. Portanto, o livro foca na Pessoa e na Obra de Cristo. Os versos 30 e 31 recebem ênfase constante ao longo do Evangelho de João para reforçar a salvação que Ele oferece. Resumindo, o Evangelho de João se concentra: (1) em Jesus como a Palavra, o Messias e o Filho de Deus; (2) nAquele que traz o dom da salvação à humanidade; (3) no que tanto aceita quanto rejeita a oferta.
EU ENSINEI QUE:
É razoável supor que o Apóstolo João seja o autor do livro que leva o seu nome.
2- O contexto religioso
O Evangelho Joanino está entre registros do final do primeiro século os do cristianismo, num tempo de crescente oposição aos cristãos, apostasia e disputas sobre a natureza de Jesus Cristo (Jo 15.20). Naqueles dias, os cristãos sofriam afrontas e perseguição por parte dos judeus, do helenismo e do gnosticismo.
2.1. O judaísmo e o cristianismo. O movimento judaizante fez uso de muitos meios para tentar atingir o cristianismo com suas perspicazes manifestações. Os Evangelhos nos mostram as constantes críticas da liderança religiosa judaica contra o discurso de Jesus e alguns comportamentos dos que O seguiam ou foram beneficiados por Suas ações (Jo 5.10; 8.7). Ao dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”, Jo 14.6, Jesus recusou o ensinamento judaico de que nenhum homem pode ser intermediário entre o Criador e os seres humanos. Os judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei Mosaica (At 15.1-5). Para eles, manter-se fiel à identidade judaica era mais importante que professar a fé em Jesus Cristo.
F.F.Bruce (2012, pp.1112,1113): “Durante o tempo do ministério de Cristo, o povo judeu estava chegando no limite. (…) Há amplas evidências de que a maioria da terra e do comércio estava nas mãos de uma parcela relativamente pequena da população, que normalmente usava a sua posição com pouca humanidade (Tg 2.6; 5.1-6). Os judeus tiveram que escolher entre a jovem igreja com sua mensagem de um Messias crucificado e ressuscitado e os fariseus com o seu culto da Lei”.
2.2. O helenismo e o cristianismo. Posteriormente à morte do Filho de Deus, surgiram diferentes ideias sobre Sua real missão, o que gerou divisões entre alguns grupos que entendiam a mensagem do Evangelho de modo distinto. O helenismo foi considerado uma religião pagã, que se opunha ao cristianismo. Esse grupo possuía uma inquietação filosófica quanto ao sentido da vida e à felicidade do indivíduo em um mundo incerto. As Escrituras nos alertam contra todas essas filosofias: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vās sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”, Cl 2.8.
Dicionário Bíblico Wycliffe (2009, p.882): “Tem sido discutido que os ‘gregos’ eram um grupo religioso no judaísmo, contrários ao Templo e seus cultos sacrificiais, e que era assim chamado por seus adversários. O termo ‘gregos’ aparece apenas na primeira metade de Atos, refletindo a tradição palestina”.
2.3. O gnosticismo e o cristianismo. A Igreja Primitiva teve que lidar com uma doutrina danosa à fé cristã: o gnosticismo. Além da contínua oposição da religião judaica, a Igreja, ainda nos tempos apostólicos, já enfrentava algumas heresias, em especial o gnosticismo, que afirmava que a matéria era má e o espírito bom. Segundo essa crença, o Filho de Deus, por ser bom, não poderia residir em um corpo físico mau. Isso levou João a combater os gnósticos com ímpeto (1Jo 2.23; 4.2,3,15).
César Roza de Melo (2021): “Neste momento, além das perseguições, existiam muitas heresias sendo disseminadas, mormente sobre a vida de Cristo. João deixa bem claro sua intenção na parte final de seu Evangelho, ao dizer que os milagres e relatos de Jesus tinham a intenção de relembrar aos cristãos os fundamentos cristocêntri-cos da fé”.
EU ENSINEI QUE:
A Igreja Primitiva teve que lidar com uma doutrina danosa à fé cristã: o gnosticismo.
3- O propósito
O Apóstolo João declarou claramente o propósito do seu Evangelho: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”, Jo 20.31.
3.1. Um Evangelho distinto dos demais. O Evangelho de João nos é apresentado após os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, conhecidos como Evangelhos Sinóticos. Eles são assim chamados por partilhar uma composição história semelhante e conter relatos em comum. João seguiu um caminho diferente dos outros evangelistas, pois seu relato visa despertar e nutrir a fé do povo, apresentando Jesus como o Filho de Deus que se fez carne (Jo 1.1,14).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.483): “Ele descreveu muitos incidentes da vida de Cristo que não estão registrados nos outros Evangelhos. Esses Eventos incluem: a declaração de João Batista de que Jesus é o Messias, a transformação da água em vinho, a visita feita por Nicodemos a Jesus durante a noite, a conversa de Jesus com a mulher samaritana junto ao poço, a cura do filho do oficial romano, a cura do homem aleijado junto à fonte, Jesus sendo ridicularizado por seus irmãos, a cura do homem cego de nascença, a ressurreição de Lázaro, Jesus ensinando sobre o Espírito Santo e sobre a vinha e os ramos, Jesus aparecendo a Tomé e o restabelecimento de Pedro depois da ressurreição”.
3.2. A teologia joanina. Logo no início de seu Evangelho, João identifica Jesus como “o Verbo” e afirma que “o Verbo era Deus” (Jo 1.1), revelando a divindade e a verdadeira identidade de Jesus. As mensagens principais do Evangelho de João são: Jesus Cristo, o Filho de Deus; fé; o outro Consolador; morte; ressurreição e vida eterna. Ao ler o relato de João, notamos que a relação entre a fé e a vida eterna estão contidas na teologia Joanina. No que se refere à teologia, João se diz testemunha dos milagres registrados em seu Evangelho e testifica que Jesus é o Filho de Deus (Jo 20.31).
Bíblia de Estudo Wiersbe (2016, p.1639): “Testemunho é um tema central no Evangelho de João. A palavra ‘testemunhar’ e suas variações são usadas mais de trinta vezes, além de seu sinônimo ‘testificar’. Conforme se aproxima do fim de seu livro, João, novamente, afirma a credibilidade de seu testemunho. O livro termina com Pedro e João seguindo juntos, mostrando que João mesmo testemunhou os eventos que registrou para nós, conforme guiado pelo Espírito Santo”.
3.3. João nos ensina a evangelizar. João 3.16 talvez seja o texto mais conhecido e usado na evangelização. Neste evangelho, podemos aprender muito sobre o modelo de Jesus para o evangelismo pessoal, como: a quebra do preconceito social (Jo 4.16-18), o valor do perdão (Jo 8.11) e o seu profundo amor pelos perdidos (Jo 1.11).
Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016): “A profunda visão e compaixão de Jesus do estado espiritual dos filhos de Israel em Seus dias, fez com que Ele convocasse a Seus discípulos. Dentre tantos discípulos, chamou a si doze, para que estivessem com Ele e pudessem receber treinamento. Este é um grande princípio multiplicador utilizado por Jesus, pois, ao formar seis duplas e espalhá-las pelas cidades e povoados com a mesma mensagem que pregava, dava mais oportunidade às pessoas de ouvi-la”.
EU ENSINEI QUE:
O Apóstolo João declara a Jesus como o Filho de Deus (Jo 1.1,2), revelando a divindade e a verdadeira identidade de Jesus.
CONCLUSÃO
O Evangelho de João revela que Jesus Cristo é a maior revelação de Deus (Jo 10.30; 14.9) e que o nosso relacionamento com Deus passa, necessariamente, por nosso relacionamento com Jesus Cristo (Jo 8.19, 42; 14.6). Louvemos ao Senhor pela preciosidade da mensagem deste Evangelho ter chegado até nós e podermos desfrutar da vida em Cristo Jesus.
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