EBD Editora Betel | 2° Trimestre De 2025 | Tema: MORDOMIA CRISTÃ – A Gratidão e Fidelidade na Administração dos Recursos que Deus nos Confiou | Escola Biblica Dominical | Lição 8- A fidelidade na mordomia cristã: um chamado à responsabilidade e ao compromisso

TEXTO ÁUREO
“Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito”. Lucas 16.10
VERDADE APLICADA
O discipulado cristão envolve lidar com os bens materiais e as finanças conforme os princípios bíblicos.
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OBJETIVOS DA LIÇÃO
Saber que a avareza e o egoísmo desagradam a Deus.
Ressaltar que a fidelidade leva o crente a reconhecer que tudo vem de Deus.
Compreender que todo cristão prestará contas de sua mordomia.
TEXTOS DE REFERÈNCIA
Lucas 16
1 E dizia também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens.
2 E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo.
3 E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o meu senhor me tira a mordomia? Cavar, não posso mendigar tenho vergonha.
4 Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas.
5 E, chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
6 E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e, assentando-te já, escreve cinquenta.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA I Gn 15.2 O mordomo exemplar.
TERÇA l 1 Cr 29.1 Tudo que temos vem do Senhor
QUARTA I Mt 6.20 Devemos ajuntar tesouros no céu.
QUINTA l 1 Rs 3.11-13 Em Sua soberania, Deus nos dá riquezas.
SEXTA l Êx 19.5 Deus é Criador e Dono de tudo.
SÁBADO I Pv 14.31 Nossos bens são para glorificar a Deus.
HINOS SUGERIDOS: 400, 4, 126
A MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que tenhamos entendimento de que tudo que temos pertence a Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- O princípio da mordomia
2- O Pai zeloso
3- Sejamos mordomos fiéis
Conclusão
INTRODUÇÃO
O exercício da mordomia cristã está fundamentado na verdade bíblica de que tudo pertence ao Senhor (Sl 24.1; Ag 2.8). Assim, o discípulo de Cristo deve ter profundo senso de responsabilidade e consciência de que prestaremos contas ao Senhor de como administramos o que nos foi confiado, incluindo os bens materiais e as finanças.
1- O princípio da mordomia
Em Lucas 16.1-13, temos uma das parábolas de Jesus sobre as riquezas (dinheiro); portanto, o discipulado cristão inclui a maneira como lidamos com o dinheiro e os bens materiais. A primeira parte do capítulo 16 do Evangelho de Lucas encerra com uma advertência do Senhor: “Nenhum servo pode servir a dois senhores [ … ] Não podeis servir a Deus e a Mamom”, Lc 16.13. Daí a necessidade de buscar no Senhor sabedoria e habilidade necessárias para administrar o que Deus permite que esteja sob a nossa responsabilidade.
1.1. O conceito de mordomia. A expressão “mordomia cristã” refere-se à gestão dos bens que nos são dados por Deus. A raiz da palavra vem do grego oikonomia, termo encontrado em alguns trechos do NT, como na Parábola do Mordomo Infiel (Lc 16.2- 4). Na Bíblia, o termo mordomo também é traduzido por despenseiros cuja característica principal é a fidelidade: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel”, 1 Co 4.1,2. O princípio da mordomia, portanto, refere-se ao cuidado que o cristão fiel deve ter com todos os bens recebidos de Deus, sejam materiais ou espirituais, pois um dia seremos chamados para prestar contas deles.
Bispo Samuel Ferreira: “No sentido cristão, a mordomia se refere basicamente à oportunidade de servir a Deus com tudo aquilo que Ele nos concede durante nossa vida profissional. Os bens que nos foram dados a administrar são tudo que conquistamos nesta vida: propriedades, posição social, família e até mesmo o nosso corpo físico. Todas essas coisas nos são colocadas à disposição pelo Supremo Deus, durante algum tempo, a fim de serem bênção universal; mas, na realidade, não nos pertencem”.
1.2. Você é um mordomo fiel? Tudo que somos e temos pertence a Deus (1 Cr 29.11,12), por isso devemos viver como bons mordomos, administrando com cuidado o que recebemos do Senhor (Lc 16.1-13). O mordomo fiel administra os bens que recebe segundo os padrões e as orientações do Dono dos bens e não segundo seus desejos. Deus é dono de tudo: da vida, do tempo, do dinheiro, e o cristão deve viver como um administrador fiel de tudo que lhe é confiado.
R.N. Champlin: ”Um administrador ou mordomo cuida da riqueza de outrem. Na realidade, essa é a verdade de toda posse de bens materiais, porquanto, em última análise ninguém possui qualquer riqueza material. Assim sendo, somos meros administradores, e não proprietários. Somos mordomos tanto das riquezas físicas como das riquezas morais ou espirituais. O que possuímos é apenas um empréstimo, e esse empréstimo, a qualquer momento, nos pode ser tirado. Se não pudermos provar nossa “fidelidade” em tais possessões, como poderíamos esperar receber algo que seria eternamente possessões?”
1.3. Administrando os bens recebidos. O mordomo da parábola não agiu corretamente; além de mau administrador, ele ainda fraudou os bens do seu senhor (Lc 16.6,7). Deus é justo, por isso não aprova nenhum tipo de negócio fraudulento; quem enriquece às custas de mentiras cai em uma armadilha mortal (Pv 21.10). Por sua vez, os mordomos fiéis serão abençoados (1Pe 2.12). Na parábola, a má fama do empregado chegou ao patrão (Lc 16.2), que logo avisou que o tiraria da administração de seus bens (Lc 16.1,2).
Comentário Bíblico Beacon: Esse administrador cuidava dos negócios e bens do homem rico, incluindo se as propriedades. Ele evidentemente havia recebido amplos poderes para administrar e controlar as riquezas do dono e, portanto, tinha várias oportunidades de ser desonesto. Ele foi acusado de desperdiçar os bens do seu senhor. A palavra grega traduzida como dissipar significa literalmente “desperdiçar”, “espalhar” como em uma companhia militar. Parece que o mordomo estava realmente roubando os bens, ou administrando-os em seu benefício”.
EU ENSINEI QUE:
A expressão “mordomia cristã• refere-se à gestão dos bens que nos são dados por Deus
2- O Pai Zeloso
Todas as coisas pertencem a Deus, que nos oferece Suas muitas bênçãos. Como um Pai zeloso, Deus tem prazer em abençoar Seus filhos (2Co 9.8). Isso, porém, não significa que temos livre gestão sobre as coisas que recebemos do Alto. É preciso empenho para administrar os bens e as finanças sob nossa responsabilidade, sendo bons mordomos do que Deus nos confiou (Lc 12.42·46).
2.1. O caráter do mordomo fiel. No livro Que Pregues a Palavra (2019, p.264), Bispo Abner Ferreira e Pastor Marcos Sant’anna comentam que a mordomia “é um assunto relevante, que exige nossa atenção como discípulos de Cristo”. Considerando que somos discípulos de Cristo, a quem pertence todo o nosso ser (SI 24.1), precisamos estar atentos a esse importante aspecto da vida cristã. A Parábola do Mordomo Infiel nos ensina que o verdadeiro caráter cristão se expressa também no modo como lidamos com os bens que Deus nos confia (Lc 16.5,6). “Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito”. Lc 16.10.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal: “( … ) é importante evitar julgamentos equivocados. Muitas pessoas ricas são cristãs autênticas e amadurecidas. A riqueza não é o problema. Muitos cristãos amadurecidos trabalham arduamente e esperam receber por isto. Este também não é o problema. O dinheiro, para estas pessoas, é somente um meio para atingir um fim. Mas algumas pessoas tragicamente fizeram da riqueza o fim propriamente dito – a coisa a ser servida, o seu deus”.
2.2. Os mordomos do Senhor. O mordomo infiel tinha total autoridade sobre os bens do seu senhor, que confiava nele até para fazer acordos em seu nome (Lc 16.5-8). Os que recebem a Cristo devem compreender o significado da mordomia cristã, que exige um caráter reto, próprio de quem teme a Deus. Quando o cristão é zeloso e correto na administração de tudo que está sob seus cuidados, o Nome de Deus é honrado (1 Pe 4.11; Cl 3.17).
Bispo Abner Ferreira e Pastor Marcos Sant’anna: “”Considerando que somos discípulos de Cristo e que agora todo o nosso ser pertence ao Senhor, então a exortação em Romanos 12.2 também inclui a maneira como lidamos com os bens e as finanças’: Klyne Snodgrass: “( … ) o discípulo, no Reino de Deus, exige um melhor redirecionamento acerca de como pensamos e empregamos os nossos bens. Isso não representa nenhuma surpresa, já que o uso dos bens é uma revelação do nosso verdadeiro ser”.
2.3. O que você tem nas mãos hoje? O Apóstolo Paulo alertou o jovem Timóteo acerca do apego aos bens: “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele”, 1Tm 6. 7. Essa realidade soa como uma exortação para não nos esquecermos de que tudo pertence a Deus. O que o Senhor tem colocado em suas mãos, sob a sua administração? Você tem cuidado dessas coisas com zelo e integridade? Cabe a nós refletir sobre esses questionamentos com a fidelidade que o Senhor espera de Seus filhos amados.
Bispo Samuel Ferreira: “Os bens que nos foram dados a administrar são: propriedades, fortuna, posição social, família e até mesmo nosso corpo físico. Todas essas coisas nos são colocadas à disposição pelo Supremo Senhor, durante algum tempo, para serem usadas em benefício geral; mas, na realidade, nada disso nos pertence (Is 45.3 ). A prova disso é que sempre chega o dia em que seremos despojados delas, querendo ou não (Ec 5.19,20)”.
EU ENSINEI QUE:
Todas as coisas pertencem a Deus, que nos . oferece Suas muitas bênçãos
3- Sejamos mordomos fiéis
A infidelidade do mordomo se tornou conhecida, e seu senhor o interrogou: “Que é isso que ouço de ti?”, Lc 16.2. O mordomo infiel esbanjou os bens do seu patrão, e isso evidenciou um caráter distorcido (Lc 16.1,2).
3.1. Mordomia e caráter Íntegro. Para cuidar das coisas que recebemos de Deus, é preciso cultivar um caráter íntegro (Lc 16.10, 11). A integridade é um dos atributos de Deus, que é íntegro, justo, correto e perfeito (Dt 32.4). Não devemos agir como o mordomo da parábola, de modo fraudulento (Lc 16.4-7). Jesus rejeita a mordomia dúbia e mentirosa: “Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer a um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”, Lc 16.13.
R.N. Champlin: “O administrador era um homem iníquo, embora fosse astuto, e os discípulos de Jesus são exortados a empregar a sua sabedoria para propósitos superiores. O versículo 9 mostra, de maneira bem definida, que um dos principais propósitos desta parábola é o de ensinar o uso sábio do dinheiro, ainda que os versículos seguintes façam uma aplicação mais ampla, isto é, o uso da sabedoria em todos os tipos de mordomia. É possível que Jesus tivesse usado essa parábola, originalmente, no caso de um grupo de coletores de impostos; pois, apesar de saberem empregar astutamente o seu dinheiro, Jesus queria ensinar- -lhes como agir com lisura nas questões monetárias”.
3.2. O mordomo fiel. Como vimos, •mordomia• é administrar os bens de outrem com fidelidade. A Bíblia relata o exemplo de Eliézer, mordomo de Abraão (Gn 15.2). Ele administrava tudo que seu senhor possuía, inclusive sendo enviado por Abraão para procurar uma noiva para seu filho, Isaque (Gn 24.2-14). Eliézer foi um bom exemplo de mordomo, porque conhecia bem o seu senhor, Abraão, a quem obedecia. O mordomo de Cristo precisa conhecer bem o seu Senhor, a quem deve obedecer para que seja aprovado no exercício da mordomia (Mt 25.21).
Bispo Samuel Ferreira: “Alguns seres humanos são capazes de fazer qualquer coisa escusa para se beneficiar. Um líder honesto, entre uma pessoa e outra, está se tornando cada vez mais raro (Pv 20.6). A desonestidade na utilização do dinheiro é uma evidência segura de um coração que não é reto diante de Deus”.
3.3. Administrando com honestidade. Como mordomo, o cristão é provado ou não conforme a maneira como administra os bens que lhe são confiados pelo Senhor (Lc 12.15). Em um mundo materialista, a Bíblia nos ensina a viver um estilo de vida diferente, que agrada a Deus. Onde a mordomia não é honesta, não existe graça divina (SI 112.5).
Bispo Abner Ferreira: “Se colocarmos nosso amor nas coisas deste mundo, certamente iremos entristecer ao Senhor, pois Seu desejo é que apenas administram os bens que Ele nos dá nesta terra. Si• gan10s obedecendo e andando ao Senhor, oferecendo com alegria, pois Ele deseja cumprir Sua promessa em nós, fazendo os celeiros se encherão de cereais e nossos túneis transbordarem de vinho abundante (Pv 3.9,10)”.
EU ENSINEI QUE:
Para cuidar das coisas que recebemos de Deus. é preciso cultivar um caráter íntegro.
CONCLUSÃO
Devido à tamanha responsabilidade no exercício da mordomia cristã, à certeza de futura prestação de contas e às qualidades que se exige do mordomo, devemos buscar sabedoria e habilidade no Senhor e em Sua Palavra, além da indispensável capacitação do Espírito Santo, para que em tudo Deus seja por nós glorificado (1 Co 10.31; 1 Pe 4.11).
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