EBD | 2° Trimestre De 2021 – Editora Betel Jovens Conectar | Tema: Os Evangelhos – A representação de Jesus em quatro dimensões | Lição 13 – João: Jesus como Filho de Deus
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Conceituar o termo Filho de Deus;
Explicar a importância do Evangelho de João;
Entender o título, Filho de Deus.
VERSÍCULO DO DIA
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Jo 3.16
VERDADE APLICADA
Os milagres e discursos de Jesus em João revelam sua natureza divina.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos a fim de que Jesus, o Filho de Deus, seja conhecido em países de extrema opressão.
LEITURA SEMANAL
SEG | Cl 1.15 Jesus é a imagem do Deus invisível.
TER | Jo 1.3 Jesus o Criador de todas as coisas.
QUA | 1Jo 3.8 O Filho de Deus destrói as obras do diabo.
QUI | Fp 2.9-11 Jesus nome acima de todos os nomes.
SEX | 1Jo 4.14 Jesus como enviado do Pai.
SÁB | Hb 7.3 Jesus como sacerdote eterno.
INTRODUÇÃO
A visão de João acerca de Jesus mostra a quarta face vista por Ezequiel, cujo rosto era semelhante a águia. João descreve Jesus como enviado de Deus e enfatiza o título, Filho de Deus. Nesta lição, veremos a importância deste termo no Evangelho de João, bem como na comunidade da época.
Ponto Chave
“O Evangelho de João evidencia a preexistência de Jesus”.
1- POR QUE O TÍTULO FILHO DE DEUS?
Sabemos que os quatro Evangelhos foram produzidos a partir de perspectivas diferentes, porém João não faz parte do grupo dos sinóticos pelo fato de apresentar a Majestade Divina de Jesus e Sua relação como parte integrante da essência Divina.
1.1. A expressão mostra a preexistência de Jesus
Um dos pontos-chave a ser destacado é a preexistência de Jesus, ou seja, Jesus era um com Deus na eternidade. Estava na criação do homem, a palavra usada em Gênesis 1.26 é clara ao dizer “façamos”. Paulo deixa relatado que, na plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher (Gl 4.4). Em Lucas 10.18, encontramos Jesus dizendo que viu Satanás como um raio caindo do céu. Como diz Paulo, a revelação de Jesus como Filho de Deus veio no tempo certo, porém, Jesus já existia antes da fundação do mundo, sendo assim, Ele é eterno. Quando Jesus se apresenta a João, na ilha de Patmos, Ele diz: “Eu sou o alfa e o ômega” (Ap 1.8).
1.2. O termo expressa Sua origem
Em diversas passagens do Evangelho joanino, encontramos a expressão “o Pai me enviou”, evidenciando a origem de Jesus. João 3.16 diz que Deus deu Seu Filho unigênito. Portanto, a expressão Filho de Deus mostra de onde Jesus veio. Jesus não nasceu da necessidade de uma religião, mas foi enviado de Deus com uma missão específica de resgatar a humanidade. Jesus entra na História da humanidade através do ventre de Maria, porém sua origem de paternidade é Divina. A mente finita e mortal jamais será capaz de entender o grande mistério da Cristologia: o verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). Jesus é o pão vivo que desceu do céu para saciar a fome da humanidade. Em Mateus 27.54 um centurião, presenciando os eventos que sucedera com a crucificação, exclamou: “Verdadeiramente, este era o Filho de Deus”.
Refletindo
“É impossível afirmar a existência do Pai e do Filho, sem a pessoa do Espírito Santo”. (Bp. Primaz Manoel Ferreira).
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2- A PROFUNDIDADE DOS DISCURSOS EM JOÃO
O Evangelho de João se caracteriza pela profundidade Teológica dos discursos. Apesar dos relatos de milagres, a intenção de João é narrar as falas de Jesus que evidenciam sua divindade. O teor da Sua revelação foi tão grande que os religiosos da época sentiram-se incitados a se opor a Ele e a investigá-lo, mas Jesus permanecia firme em Sua missão.
2.1. O uso da expressão “Eu Sou”
Dentro da visão bíblica, este é um dos termos mais fortes, pois quando Moisés pergunta para Deus acerca do Seu nome, a resposta foi: “Eu Sou o que Sou”, Êx 3.14. No Evangelho de João, vemos Jesus a todo o momento usando esta expressão; advogando para si a essência e atributo das coisas, tais como: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, (14.6), “Eu sou a ressurreição” (11.25). Em um de Seus discursos, os religiosos pegaram pedras para Lhe atirar, pois Jesus havia dito que Sua existência era antes de Abraão (Jo 8.58-59).
Declarar-se eterno era o mesmo que dizer que era divino. Na concepção dos judeus, isto era blasfêmia e deveria ser punido com o apedrejamento. Torna-se imprescindível aos cristãos entender que Jesus era o próprio Deus, andando com os homens e conhecendo Suas necessidades, para assim, se tornar Sumo Sacerdote e interceder pelo Seu povo.
2.2. Jesus se declara igual a Deus
João registra um dos discursos mais profundos de Jesus, no qual, além de se declarar Filho de Deus, diz que é semelhante ao Pai. Imagine para um judeu monoteísta, convicto de que o Deus eterno é único (Dt 6.4), escutar agora um homem, filho de carpinteiro, dizer que é Filho de Deus. Mesmo diante de tanta incredulidade e perseguição, Jesus não cessava de revelar as grandezas de Deus. O discurso de João 5.16-47 mostra que, de maneira nenhuma Jesus agia independentemente do Pai, mas sempre em harmonia com Ele, pois compreendia que ambos eram um(Jo 10.30). Assim sendo, a autoridade não era usurpada, mas outorgada pelo Pai ao Seu Filho.
Uma das maiores revelações quanto à divindade de Jesus encontra-se na resposta de Pedro, ao dizer: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus foi enfático ao dizer que Pedro não chegou a esta conclusão por exercício mental nem elucubração, mas por intermédio de revelação do Pai (Mt 16.16-17).
3- OS MILAGRES RATIFICAM A NATUREZA DE JESUS
Quando Jesus começou a ensinar, a multidão se maravilhava de seus ensinamentos, pois eram revestidos de autoridade. Seus ensinamentos eram corroborados por milagres, que objetivam revelar o grande amor de Deus.
3.1. O primeiro milagre
João é seletivo nos milagres, mesmo tendo outros milagres realizados pelo Mestre, elabora seus escritos relatando apenas sete milagres dos enésimos realizados por Jesus. O primeiro é sobre a transformação da água em vinho: o texto é enfático ao dizer que Ele manifestou a Sua glória e Seus discípulos creram nEle (2.11). O objetivo dos milagres de Jesus era fazer com que as pessoas cressem que Ele era enviado do Pai, pois o termo “creiais” é usado cerca de cem vezes no Evangelho.
Que venhamos aprender com Jesus, pois os dons de Deus não são para exibicionismo, nem para promoção pessoal, mas para que as pessoas tenham conhecimento e a fé no verdadeiro Deus. Paulo entendeu esta verdade e disse que o Evangelho é poder de Deus, bem como a manifestação do poder de Deus sobre as enfermidades, fenômenos da natureza e sobre a morte. Que venhamos crer a todo o instante que não existe nada impossível para o nosso Deus.
3.2. A cura de um cego de nascença
A análise deste milagre operado por Jesus é interessante, pois Jesus aproveita para corrigir um erro quanto às enfermidades, pois muitos acreditavam que uma deficiência de nascença provinha de algum pecado de seus antepassados, ou até mesmo pecado de uma criança no ventre. Basta olhar a perícope de João 9 e veremos a resposta de Jesus. Ele foi enfático ao dizer que nem a criança e nem seus pais pecaram. Jesus deixa claro que Seu poder é maior do que qualquer tragédia humana ou defeito de nascimento, o Seu poder sobrepuja nossas expectativas.
Este milagre merece enfoque também pelo método usado por Jesus. Ele poderia ter liberado uma palavra ou tocado naquele cego, mas o que o texto diz é que Jesus cuspiu na terra, fez lodo e passou nos olhos daquele homem. A grande lição é que Deus não está preso aos métodos humanos; Jesus é o Filho de Deus e tem poder sobre a vida e as circunstâncias.
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Subsídios Teológico e Histórico
Assim como o Pai enviou Seu Filho, Jesus fez alusão ao Espírito Santo, que viria para estar com Seus discípulos. João mostra com detalhes e profundidade a pessoa do Espírito Santo em Sua narrativa. Em João 14.26, Jesus diz que o Pai enviará o Espírito Santo no nome dEle. No versículo 16, diz que o Pai daria outro Consolador para que estivesse com Seu povo. Duas verdades a serem extraídas das passagens em questão: o vocábulo grego “paracletos”, para o Consolador que seria enviado por Deus, trazendo a ideia de estar ao lado para nos amparar.
Outro termo que merece destaque é o pronome “outro”; que no grego é “allos”, referindo-se a algo da mesma espécie. O que fica evidente é que Deus enviaria aos Seus filhos uma pessoa com a mesma essência de Jesus, visto que Seus discípulos estavam temerosos com a possibilidade de Sua partida. Como estava findando o ministério de Jesus na terra, era necessário falar que o Espírito Santo, como terceira pessoa da trindade estaria conosco, ou seja, o Espírito Santo é a presença invisível de Cristo no meio do Seu povo e somente pela fé somos capazes de lograr de tal presença.
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CONCLUSÃO
Jesus é revelado em João como Filho de Deus, trazendo-nos total confiança em Suas palavras e promessas.
Complementando
Muitos teólogos liberais têm atacado a inerência das Escrituras, bem como a natureza e a pessoa de Cristo, por isso, é necessário nos dedicarmos mais no estudo das Escrituras.
Eu ensinei que:
O Filho de Deus não apenas é semelhante ao Pai, mas é parte integrante da natureza Divina.
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