EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2022 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 12: Uma História sobre Dinheiro
OBJETIVOS
COMPREENDER que o amor ao dinheiro é uma fonte de males. E que os bens materiais são transitórios;
FALAR sobre a verdadeira prosperidade à Luz da Bíblia;
ENSINAR a primazia do “ser” sobre o “ter”
LEITURA BÍBLICA
Lucas 12.13-21
A MENSAGEM
“[…] Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas.” Lucas 12.15
DEVOCIONAL
Segunda » Pv 30.7-9
Terça » 1 Tm 6.6-11
Quarta » Fp 4.11-13
Quinta » Mt 6.19-21
Sexta » Sl 62.10
Sábado » Lc 18.24-27
EI PROFESSOR!
Planejar antecipadamente sua aula é algo indispensável para alcançar os resultados esperados em classe. Por essa razão é importante que você estabeleça metas a serem alcançadas. Prepare o esboço da lição e se esforce para estudá-lo durante a semana, selecione os recursos didáticos que utilizará na aplicação da aula; pense nas ilustrações ou exemplos que serão melhores assimilados pelos alunos, elabore algumas perguntas que estimularão seus alunos a pensarem no tema; e. é claro, ore pedindo a capacitação do Espírito Santo. Saiba que Ele é o seu Auxiliador nesse ministério do Ensino. Ao longo da semana interceda também por cada aluno e suas respectivas famílias.
PONTO DE PARTIDA
Introduzo o tema de hoje recitando as palavras de Jesus Cristo registradas em Mateus 6.33: “Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas”. Após, diga-nos que, segundo a Bíblia, não podemos colocar nossa confiança nas riquezas (1 Tm 6.17) e que por isso, não convém acumulá-las (Mt 6.19). Pois, as riquezas, quando não colocadas no seu devido lugar, podem nos levar a cair em tentação, a praticar opressão e nos conduzir ao engano (Tg 5.4). Deixe claro à turma que não é pecado ser rico. A advertência bíblica é sobre amar ao dinheiro. Boa aula!
VAMOS DESCOBRIR
Querido (a) aluno (a), na aula de hoje trabalharemos sobre o tema dinheiro, à Luz das Escrituras Sagradas. Esse assunto tem gerado visões distorcidas sobre o papel do dinheiro na vida das pessoas. Mas, como veremos, o amor ao dinheiro é a causa de todos os males e não o dinheiro em si. Vamos nos aprofundar na questão?
HORA DE APRENDER
O cenário desta parábola é o seguinte: Jesus está ensinando à multidão, quando de repente um homem lhe interrompe solicitando sua ajuda na resolução de um problema familiar. Seu pai havia morrido e o irmão mais velho, em sua opinião, não estava cumprindo o acordado no testamento. Para tristeza do rapaz, Jesus se recusa a se envolver na questão e, ao invés disso, resolve expor a real causa do conflito dos homens: o problema da avareza (Lc 21.13-15)
I – CUIDADO COM A AVAREZA
Você sabe o que é avareza? Os dicionários a definem como “uma característica de quem tem apego demasiado e sórdido ao dinheiro, de quem vive para adquirir e acumular riquezas”. Você reconhece esse comportamento? Infelizmente, esse tipo de atitude tem conquistado o coração de inúmeras pessoas, inclusive de alguns cristãos que foram seduzidos pelo consumismo desenfreado. Entretanto, Jesus faz uma forte advertência aos seus ouvintes, que serve para todas as gerações: “[…] Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza […]” (v.15). Ao percorrermos o texto bíblico, nos deparamos com diversas passagens que nos alertam sobre os cuidados que devemos ter com o dinheiro.
O salmista disse: “[…] Ainda que suas riquezas aumentam, não confiem nelas” (Sl 62.10); Jesus falou que “pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês” (Mt 6.21); Paulo afirmou que “os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes não terão parte no Reino de Deus” (I Co 6.10); e a Timóteo ele fala da causa do problema: “Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos” (1 Tm 6.10). Como observamos, o problema é quando o dinheiro se torna um ídolo oculto em nosso coração.
A partir desse momento, aquilo que conquistamos para o nosso benefício e das pessoas que nos cercam, passa a nos conquistar e nos tornamos escravos. Foi assim com o jovem rico, que amou tanto o dinheiro que escolheu não seguir a Jesus (Lc 18.18,22-25). Afinal de contas, não podemos servir a Deus e também servir ao dinheiro (Mt 6.24). Guarde o seu coração! Não se esqueça que ele tem um dono: Jesus Cristo, o Senhor
I – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Frequentemente, as pessoas citam este versículo erroneamente (1 Tm 6.10). Mas é contra o amor do dinheiro que Paulo fala. O dinheiro em si não é mau; na verdade, o dinheiro pode fazer muita coisa boa para o avanço do reino de Deus. O dinheiro sustenta missionários em todo o globo terrestre; […] ajuda a alimentar os famintos e vestir os pobres. Obviamente, embora Deus não precise de dinheiro (na verdade, todo o dinheiro do mundo pertence a Ele), Ele pode usar o dinheiro doado por pessoas generosas para ajudar os necessitados. Estas pessoas podem dar porque elas controlam o seu dinheiro. O problema aparece quando é o dinheiro que controla as pessoas. As pessoas que amam o dinheiro são controladas por um senhor cruel e insaciável, pois o amor ao dinheiro nunca pode ser satisfeito.
O amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males: problemas matrimoniais, atos ilegais, rompimentos de relacionamentos, inveja, imoralidade, mentira, crueldade, roubos, e um desejo de até mesmo ferir outras pessoas, se isto resultar em dinheiro. O pior cenário, naturalmente, é aquele em que o dinheiro efetivamente afasta uma pessoa da fé. É trágico quando o dinheiro substitui a Deus na vida de uma pessoa” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. VOL 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.511).
II – A PROSPERIDADE ILUSÓRIA GERA ESQUECIMENTO
A história contada por Jesus nos mostra como um homem que recebe uma bênção é capaz de torná-la uma maldição. O fazendeiro rico da parábola foi agraciado com uma grande colheita, sendo necessário ampliar seus depósitos de cereais (Lc 12.16-18). Entretanto, em nenhum momento, o fazendeiro agradece a Deus pela produção abundante da terra ou cogita demonstrar generosidade com o próximo. Pelo contrário, diante da colheita abundante, ele planeja construir um novo depósito para guardar tudo apenas para si (vv. 18,19).
Ele estava tão equivocado em suas prioridades que, segundo Jesus, sua Loucura é revelada no esquecimento de algumas verdades básicas e essenciais da vida:
1- Ele se esqueceu de Deus.
Deus não fazia parte da equação de sucesso desse fazendeiro tolo. Ele estava convencido de que era possível ser bem-sucedido sem o Altíssimo. Sua fé e esperança estavam depositadas exclusivamente nos bens materiais, por isso ele diz confiantemente: “[…] homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se” (v.19). Ele escolheu amar as coisas criadas no lugar do Criador. Seu coração foi iludido pela falsa prosperidade; confiou que tudo que precisava estava diante dos seus olhos. Tolo, ignorou o primeiro mandamento (Mc 12.30).
2- Ele se esqueceu do próximo.
Sua colheita abundante seria uma ótima oportunidade para compartilhar generosamente as bênçãos recebidas com outras pessoas, mas, como se esqueceu de Deus (sua fonte de provisão, amor e contentamento), ele também esqueceu o próximo. Ele escolheu viver como que se o próximo não existisse; preferiu a apatia ao invés do envolvimento com as necessidades dos seus semelhantes. Tolo, desconsiderou o segundo mandamento (Mc 12.31).
3- Ele se esqueceu que era mortal.
Infelizmente ele se esqueceu de que a vida é como um sopro e que não temos qualquer controle sobre os acontecimentos futuros (Tg 4.13-15). O mesmo bem material que gera um aparente conforto, segurança e tranquilidade, quando idolatrado, pode escravizar, matar e inquietar a alma. Deus faz questão de Lembrá-lo: “seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?” (Lc 12.20). Afinal de contas, “o que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira?” (Mc 8.36).
II – AUXÍLIO DIDÁTICO
“Sucesso e consumo são termos que definem bem o que seja hoje uma vida próspera. Por outro lado, prosperidade no Novo Testamento não está vinculada a uma vida de realização material, mas com a restauração da comunhão com o Senhor que havia sido perdida. Se a ideia que se tem hoje de alguém próspero é a daquele que galgou os degraus do sucesso e da fama, no Novo Testamento ser próspero significa até mesmo a perda desse sucesso e dessa mesma fama (Fp 3.7,8; Lc 18.22; 19.2,8). O Novo Testamento grego possui dois vocábulos que expressam bem o sentido daquilo que é um viver próspero no Novo Testamento. A primeira palavra, euodoo, é um composto de duas outras: eu, que significa passar bem, e hodos, significando caminho.
O sentido, portanto, de euodoo é prosperar, ser bem-sucedido (1 Co 16.2; 3Jo 2). Ainda outros termos que possuem significados semelhantes são: perisseuo e perissos, ambos traduzidos em nossas bíblias como abundância. A primeira palavra é um verbo, cujo sentido é o de ter em excesso, e a última é um adjetivo, que mantém o significado de mais do que é necessário (Jo 10.10; Fp 4.12,18)” (GONÇALVES, José. A prosperidade à luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 71).
III – SER OU TER, EIS A QUESTÃO
Vivemos em uma cultura consumista, de maneira que, para muitos, nosso valor está na quantidade de bens que possuímos, na marca de roupa que vestimos, no lugar em que trabalhamos, etc. Por essa razão, inúmeras pessoas, inclusive jovens, seduzidos pela Lógica do “ter”, acabam comprando o que não precisam, com o dinheiro que não possuem, para mostrar o que não são, a pessoas que não conhecem. Mas, graças a Deus que no seu Reino a Lógica é diferente. Aqui, o importante não é o que temos, mas o que somos diante de Deus. Somos desafiados a viver uma vida de essência e não de aparência. Somos movidos por princípios e valores eternos, nossa vontade é fazer a vontade de Deus.
Pela Palavra, somos ensinados a amar pessoas, de maneira que, os que invertem tal lógica estão literalmente na contramão do Reino de Deus. Usando as palavras de Jesus, estão ajuntando “[…] riquezas para si mesmos, mas para Deus não são ricos” (Lc 12.21). Ser rico para com Deus é valorizar e amar aquilo que é importante para Deus. O fazendeiro da parábola escolheu “ter” riqueza material e “ser” miserável diante de Deus. Que o Espírito Santo nos desperte para sermos tudo o que Deus espera que sejamos: obedientes, fiéis, amorosos e santificados (Ef5.8-11; Cl 3.5-14; 1 Pe 1.15,16), porque isso é importante no Reino de Deus. Que vivamos para a Glória de Deus, buscando as riquezas do seu Reino.
III – AUXÍLIO DEVOCIONAL
“O homem rico não estava preocupado com mais ninguém, nem mesmo com Deus. Sem nenhuma perspectiva eterna, a vida do homem estava completamente concentrada nas coisas temporais. O seu objetivo era descansar, comer, beber e folgar […]. A moral da história: o tolo passa todo o seu tempo acumulando tesouros terrenos mas não é rico para com Deus. A questão decisiva é para quem os tesouros estão sendo guardados. Se para si mesmo, então os males da riqueza sobrevirão. Ser rico para com Deus significa usar a riqueza que Ele provê para satisfazer as suas prioridades.
As pessoas que são “ricas” desta maneira amam a Deus e são cheias de uma paixão por obedecer e servir a Ele e dar a outros. Sendo assim, os “tesouros” que uma pessoa pode ganhar nesta vida podem ser alegremente colocados à disposição de Deus, para que sejam utilizados em benefício do aumento de seu Reino” (Comentário Bíblico do Novo Testamento – Aplicação Pessoal (Vol). Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.407).
CONCLUSÃO
A prosperidade sem Deus tem seus perigos (Pv 30.7-9). A riqueza é capaz de sufocar a Palavra de Deus semeada no coração (Mt 13.22), de criar armadilhas e tentações desnecessárias (1 Tm 6.6-10) e de oferecer uma falsa sensação de segurança (1 Tm 6.17). Assim, devemos procurar incessantemente juntar “[…] riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las, e os ladrões não podem arrombar e roubá-las” (Mt 6.20).
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VAMOS PRATICAR
1- Avalie as afirmativas abaixo e preencha com “E” errado ou “C” certo.
(E) O dinheiro é a raiz de todos os males.
(E) Ser rico é pecado à luz da Bíblia.
(C) O fazendeiro rico pecou ao se esquecer de Deus, do próximo e de que era mortal.
(C) Avareza é a característica de quem vive para adquirir e acumular riquezas.
(E) “Ter” é mais importante do que “Ser”.
2- O que é avareza? Uma característica de quem tem apego demasiado e sórdido ao dinheiro, de quem vive para adquirir e acumular riquezas.
3- Onde estão na Bíblia os versículos abaixo?
a) “Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês.” Mateus 6.21 ou Lucas 12.34.
b) “Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos.” 1 Timóteo 6.10.
PENSE NISSO
Para muitas pessoas ser rico é melhor do que ser amigo de Deus. Enquanto que para outras, ter riquezas é sinal da graça generosa de Deus, como foi o caso de Abraão, José, Jó, José de Arimateia, Dorcas, etc. O importante é entendermos que rico ou pobre, na visão deste mundo, todos nós podemos ser ricos para com Deus. Basta vivermos para sua glória e fazermos de suas prioridades as nossas.
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
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