EBD Adolescentes | 3° Trimestre De 2022 | Tema: Apóstolo Paulo – Um Grande Missionário | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 11: A Prisão e o Julgamento de Paulo
Objetivos
ENSINAR como ocorreu a prisão de Paulo;
APRESENTAR o percurso do Apóstolo durante seus julgamentos;
EXPLICAR o processo legal romano no caso de Paulo.
LEITURA BÍBLICA
Atos 23.25-35
A MENSAGEM
“E agora estou aqui sendo julgado porque tenho esperança na promessa que Deus fez aos nossos antepassados.” Atos 26.6
Devocional
Segunda » Mt 23.37
Terça » Mt 5.10-12
Quarta » Ef 3.1
Quinta » 2 Tm 1.16
Sexta » At 28.30,31
Sábado » Hb 11.32-40
Ei Professor!
A lição desta semana cobre diversos capítulos do livro de Atos (21-28). Dedique um tempo para repassar as informações. E observe o conteúdo dos discursos do Apóstolo; Lucas deixou os discursos, que Paulo fez em suas defesas, registrados porque são relevantes. Primeiro, Paulo sempre contava sobre sua experiência do encontro com Jesus na estrada de Damasco e do seu chamado para pregar aos gentios. Em seguida, ele explicava sua origem religiosa e o que havia mudado na sua posição teológica acerca do Cristo. Assim, você perceberá que, mesmo em julgamento, o Apóstolo Paulo aproveitava as oportunidades para pregar o Evangelho.
Ponto de Partida
Nesta aula iremos ver a trajetória do Apóstolo Paulo, desde Jerusalém até a capital do Império. Paulo será conduzido para Roma por embarcações e na condição de prisioneiro. Durante o preparo da aula, pesquise em livros ou na internet fotos ilustrativas de embarcações antigas. Inicie a aula perguntando para os alunos quais são os meios de transportes que eles mais utilizam no dia a dia. Após o compartilhamento, pergunte se alguém já navegou de barco ou navio. Em seguida, a fim de despertar a atenção dos alunos para o tema, mostre as figuras das embarcações antigas que você selecionou e pergunte; “você teria coragem de atravessar rios e mares em um meio de transporte como este”.
Vamos Descobrir
A prisão do Apóstolo Paulo, em Jerusalém, foi só o início de um longo processo judicial. Acompanharemos esse caso, passo a passo. E, assim, conheceremos as últimas viagens de Paulo. A prisão e o julgamento no período romano eram processos diferentes do que conhecemos hoje. Ao longo deste estudo, poderemos observar a beleza e a coerência do ministério de Paulo. Ele era dedicado a pregar o Evangelho porque amava as pessoas e desejava que elas encontrassem Jesus
Hora de Aprender
Paulo foi preso em Jerusalém e enviado para a prisão na Cesareia, a fim de ser julgado. Ali, permaneceu um tempo até ser enviado para Roma. Parecia que as viagens missionárias tinham acabado, quando, na verdade, elas continuariam de outra maneira. A partir de então, o Apóstolo seguiu a rota determinada pelos romanos, conforme o andamento do seu processo. E, assim, a pregação do Evangelho não parou. As prisões e os julgamentos de Paulo faziam parte do plano de Deus
I- A PRISÃO EM JERUSALÉM
Quando Paulo foi preso em Jerusalém, depois do tumulto que houve no templo (At 21.33,34), ele pediu ao comandante Cláudio Lísias para se defender diante da multidão, antes de ser levado para a prisão (At 21.37-39). Sempre sábio, o Apóstolo aproveitou a oportunidade para pregar o Evangelho. Ele contou seu testemunho (At 22.1-16). Tudo ia bem, até que ele falou do seu chamado de pregar aos não judeus (At 22.21). Nesse momento, a multidão ficou enfurecida novamente e pediu a morte de Paulo. Em consequência, o comandante ordenou que os soldados levassem o Apóstolo para a fortaleza a fim de chicoteá-lo (At 22.24). O açoitamento estava prestes a começar.
Mas, o Apóstolo questionou se os soldados poderiam chicotear um cidadão romano (At 22.25). — Você recorda que Paulo era cidadão romano? Isso fez uma grande diferença porque nem os soldados, nem os oficiais queriam machucá-lo, por causa de sua cidadania (At 22.26-29). Considerando que o assunto contra Paulo era religioso, o comandante o enviou para o julgamento do Sinédrio (At 22.30). Você sabe o que é Sinédrio? Também traduzido por “Conselho Superior”, era a mais alta corte dos judeus, que governava e julgava com base na Lei de Moisés.
O Sinédrio, porém, não se resolveu o caso. O julgamento de Paulo se tornou um debate teológico entre fariseus e saduceus e escalou para outra confusão (At 23.6-9). Assim, uma vez mais o comandante interferiu para proteger a vida de Paulo (At 23.10). Percebendo que os meios Legais não estavam ajudando, alguns judeus combinaram uma emboscada para matar Paulo (At 23.12-14). Então, por questões de segurança, Paulo foi enviado a Cesaréia, a capital romana da Judéia (At 23.23,24).
I- AUXÍLIO DIDÁTICO
“O Sinédrio, o órgão supremo, administrativo e Legal dos judeus, consistia de 71 membros. Jerusalém também tinha dois outros tribunais inferiores, cada um deles com 23 membros, aos quais este nome foi dado. A tradição atribui a sua origem aos 70 anciãos que auxiliavam Moisés. Muitos dos seus membros, incluindo o sumo sacerdote, eram saduceus; consequentemente, o Sinédrio era um grupo aristocrático’’ (BEERS, V. Gilbert. Viaje através da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 347).
II- OS JULGAMENTOS EM CESAREIA
1- O Julgamento por Félix. Assim, o Grande Sacerdote, alguns líderes e o advogado Tértulo, que representavam o lado da acusação, viajaram para a Cesareia para o julgamento (At 24.1). As acusações contra Paulo foram as seguintes:
(1°) ser provocador de desordens entre os judeus do mundo inteiro,
(2°) ser o líder do partido dos nazarenos,
(3°) ter tentado profanar o templo (At 24.5,6).
Quando chegou o seu momento de falar, Paulo se defendeu, afirmando que:
(1°) ele esteve poucos dias em Jerusalém e não causou desordem (At 24.11-13),
(2°) ele tinha a mesma fé em Deus que seus acusadores, embora seguisse a Cristo (At 24.14-16) e (3°) não havia presente no julgamento nenhuma testemunha que confirmasse a suposta profanação (At 24.17-19).
Não houve uma decisão nesse julgamento. Félix, o governador e responsável pelo caso, adiou sua decisão. Ele manteve Paulo preso por dois anos. Durante esse período ele chamou o Apóstolo para conversar várias vezes. E Paulo utilizava essas oportunidades para falar de Cristo. Félix queria agradar aos judeus e também receber alguma propina de Paulo (At 23.22-27).
2- O Julgamento por Pórcio Festo. Após esse período, Félix foi substituído por Pórcio Festo. Algumas semanas depois da sua posse, Festo realizou um novo julgamento com Paulo e seus acusadores (At 25.1-8). Durante o julgamento, Paulo apelou para o imperador César, ou seja, pediu para que seu caso fosse transferido para Roma (At 25.10,11). Enquanto esperava pela transferência, Paulo fez um discurso de defesa diante do rei Agripa e sua esposa Berenice. Este casal estava visitando o Pórcio Festo. E, mais uma vez, Paulo teve a oportunidade de contar seu testemunho e explicar sobre a salvação em Jesus (At 25.23; 26.1). Depois de tanto tempo preso, as autoridades romanas chegaram à conclusão de que Paulo era inocente. No entanto, nada podiam fazer, porque ele já havia apelado para César. Portanto, Paulo precisava ir a Roma (At 27.1).
3- A viagem até Roma. A viagem até Roma foi longa e difícil. Paulo foi Levado junto com outros prisioneiros (At 27.1,3). A viagem durou alguns meses (At 27.7,9). Paulo e seus companheiros de viagem passaram por uma dezena de lugares e tiveram que trocar de meio de transporte algumas vezes. O navio que levava o Apóstolo atravessou uma longa tempestade (At 27.10,13) e acabou sofrendo um naufrágio (At 27.39-41). Em meio a essa crise, Paulo atuou como um mediador de conflitos (At 27.30,31), acalmou as pessoas (At 27.34-36) e falou de Deus para todos (At 27.22-25). O Senhor prometeu a Paulo que ele e todas as demais 275 pessoas, que estavam no navio, teriam a vida preservada durante a viagem. E foi exatamente isso o que aconteceu.
Mesmo havendo um naufrágio, ninguém morreu (At 28.1). Toda a tribulação e passageiros chegaram a nado à ilha de Malta. Lá, Paulo foi picado por uma cobra, mas Deus lhe deu mais um livramento (At 28.4,5). Após 3 meses, o Apóstolo conseguiu seguir viagem e, finalmente, chegou a Roma (At 28.14,15). Ali, Paulo conseguiu permissão para aguardar o julgamento em prisão domiciliar (At 28.16). E, assim, ficou mais dois anos preso em Roma e continuou pregando o Evangelho (At 28.30,31). A demora do julgamento do caso de Paulo se deu, provavelmente, pela lentidão do sistema judicial romano. Porém, mais uma vez, esta demora serviu aos propósitos de Deus.
II- AUXÍLIO DIDÁTICO
Paulo viajou como um prisioneiro. Apesar de Paulo ter tido alguns momentos de relativa segurança, ele estava sujeito a ser tratado como um encarcerado. “Os guardas romanos tinham várias maneiras de manter os prisioneiros disciplinados. Primeiro, os prisioneiros eram algemados pelos pés. Suas pernas eram esticadas e presas entre duas pranchas, onde havia furos para se introduzir os calcanhares. As pranchas eram travadas juntas com grampos de ferro. Esta geringonça era chamada de tronco. Os guardas também podiam chicotear os presos [que não possuíssem cidadania romana]. Os chicotes usados por eles possuíam geralmente pedaços de ossos ou chumbo atados na ponta, que machucavam ou cortavam as costas do prisioneiro. Ser açoitado era extremamente doloroso’’ (Bíblia do Adolescente Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 1366).
III- O SISTEMA LEGAL ROMANO
Os acusadores do Apóstolo usaram a principal preocupação dos romanos, que era manter a estabilidade do Império, para culpar Paulo (At 24.5a). De acordo com o sistema romano, a crença religiosa era livre, desde que não provocasse confusão na sociedade. Pela Lei criminal romana, o encarceramento da pessoa não era para punir. As punições mais frequentes eram: execução, exílio, trabalho nas minas ou multas.
A prisão servia apenas para deter o acusado para interrogatório e julgamento, ou, em alguns casos, para deter alguém que desrespeitou uma autoridade. Ou seja, a prisão era o lugar de aguardar o julgamento e o tempo de espera variava conforme o andamento do sistema. Familiares e amigos podiam visitar o preso. Paulo ficou do ano 60 d.C. ao 62 d.C. sob prisão domiciliar em Roma. Durante esse tempo, além de receber visitas, escreveu as cartas que ficaram conhecidas como “epístolas da prisão”: Colossenses, Efésios, Filipenses e Filemom.
III- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Lucas mostrou que o evangelho se espalhou de Jerusalém a Roma pelo poder do Espírito Santo. Muitos gentios aceitaram a mensagem de salvação, mas o povo judeu como um todo torna-se cada vez mais hostil ao evangelho. Contudo, sua oposição não para o avanço das Boas-Novas […]. Lucas oferece poucos detalhes dos dois anos que Paulo passou em Roma. Enquanto o apóstolo mora em uma casa às suas próprias custas, ele espera por julgamento no tribunal de César, e com toda a Liberdade’, ‘sem impedimento algum’, prega o evangelho […]. A proclamação desimpedida no centro do mundo gentio tange poderosa nota de triunfo da missão cristã.
A despeito das cadeias, Paulo está Livre para pregar a salvação do evangelho […]. O evangelho continuou triunfando sobre todas as barreiras quando Paulo, missionário e apóstolo inspirado pelo Espírito, chegou como prisioneiro a Roma. Perto do fim de sua vida ele permaneceu confiante no triunfo do evangelho. Assim, ele escreveu que sofre ‘até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa’ (2 Tm 2.9)” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 802,803).
CONCLUSÃO
Muitas vezes planejamos como viver a vida, mas as circunstâncias podem ser contrárias ao programado. Para Paulo, o mais importante era cumprir sua missão de anunciar as Boas-Novas de Jesus (At 20.24). Sua alegria estava na salvação (2 Co 4.16,17).
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lc 6:38
VAMOS PRATICAR
1- Coloque na ordem correta os eventos ocorridos com o Apóstolo Paulo, desde a sua prisão até chegada em Roma.
(5) Encontro com o rei Agripa e Berenice, em Cesareia;.
(1) Ida ao Templo em Jerusalém;
(7) Chegada à ilha de Malta;
(2) Julgamento no Sinédrio;
(4) Encontro com Pórcio Festo, em Cesareia;
(6) Naufrágio;
(8) Chegada em Roma;
(3) Encontro com Félix, em Cesareia;
2- Qual o nome da ilha onde Paulo foi picado por uma cobra?
( ) Chipre
(X) Malta
( ) Cesareia
( ) Antioquia
Pense Nisso
Jesus disse: “os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve” (Mt 11.30). Mas passar por perseguição não é difícil? O Apóstolo Paulo nos ensina que isso é somente uma pequena e passageira aflição que antecede a Glória eterna que virá (2 Co 4.16,17).
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
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