EBD | 2° Trimestre De 2021 – Editora Betel Jovens Conectar | Tema: Os Evangelhos – A representação de Jesus em quatro dimensões | Lição 10: Lucas e a Visão do Reino de Deus
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Analisar a expressão Reino de Deus;
Avaliar a visão do Reino de Deus em Lucas
Estudar as características do Reino de Deus
Texto de Referência:
VERSÍCULO DO DIA
“Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus”. Lc 18.16
VERDADE APLICADA
As Leis do Reino de Deus são diferentes das leis deste mundo.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que a vontade de Deus venha a ser concretizada na terra como ela é feita nos céus.
LEITURA SEMANAL
SEG | Lc 11.2 Orando pela vinda do Reino.
TER | Lc 9.62 Os que olham para trás não são aptos ao Reino.
QUA | Lc 14.11 No Reino, os humilhados serão exaltados.
QUI | Lc 18.29-30 As recompensas do Reino.
SEX | Lc 12.31 Colocando o Reino como primazia.
SÁB | Lc 14.33 O Reino exige renúncia.
INTRODUÇÃO
O Evangelho de Lucas apresenta detalhes sobre o Reino de Deus, enfocando que os que fazem parte do reino precisam se comprometer em renunciar e seguir a ética do Reino. Nós, como discípulos de Cristo, precisamos honrar e propagar o Evangelho do Reino.
Ponto Chave
“O personagem central do Reino não é o homem e sim Jesus Cristo”.
1- O QUE SIGNIFICA O REINO DE DEUS?
Uma boa definição para Reino de Deus seria um governo que teria Deus como Seu soberano. Na oração do Pai nosso, é perceptível a necessidade de implantação do Reino de Deus. Quando o governo humano se firma com corrupções, o de Deu se estabelece com justiça.
1.1. Reino de Deus ou Reino dos Céus?
Encontramos estas duas expressões sendo usadas pelos Evangelistas, porém, Mateus opta por usar a expressão Reino dos Céus tendo em vista que escreve para os judeus, por isso, evita ao nome de Deus; e seu principal objetivo era de apresentar Jesus como cumprimento das profecias messiânicas. Lucas usa a expressão Reino de Deus com mais veemência, pois, seu objetivo era mostrar a supremacia de Deus sobre os demais conceitos religiosos daquele tempo. Concluímos que as duas expressões têm a mesma ideia, um governo de Deus baseado em Seus atributos, tais como soberania e justiça.
1.2. O Reino na visão escatológica
Embora o Reino de Deus esteja entre os homens, sabemos que ele se consumará de fato quando Jesus vier para estabelecer Seu Reino milenial e, posteriormente, a implantação do novo céu e da nova terra. Em Salmos 72, vemos que Seu domínio será de mar a mar e o Seu julgamento terá como base a justiça. Jesus, no Sermão da Montanha, chegou a dizer que os que têm fome e sede de justiça terão seu desejo saciado (Mt 5.6), pois o juiz de toda a terra será Jesus Cristo. A nós, como seus discípulos, além de desejar ardentemente a implantação do Reino, precisamos viver de acordo com os estatutos do Reino.
Refletindo
“Se fazemos parte do Reino de Deus, logo não temos alvedrio”. (Pr. César Roza)
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2- O DESENVOLVIMENTO DO REINO DE DEUS
A visão lucana a respeito do crescimento do Reino é demonstrada através de duas parábolas, onde é possível ver o quão sobrenatural é o Reino. João Batista, o percussor de Jesus, veio pregando e avisando que era chegado o Reino dos Céus, Jesus mostrou que quando o grão de trigo morre ele produz muitos frutos (Jo 12.24).
2.1. O Reino comparado ao grão de mostarda
O que chama a atenção na Parábola do Grão de Mostrada é o tamanho da semente comparado à grandiosa árvore que cresceu, servindo de apoio para as aves do céu. Embora o Reino tenha começado de forma pequena e sem chamar a atenção, alcançou um crescimento sobrenatural com a morte, ressurreição e comissionamento dos Apóstolos. Aquela semente que começou em Jerusalém se espalhou de maneira sobrenatural, alcançando muitas nações.
A semente do Evangelho é a principal causa do crescimento, pois o Evangelho é o poder de Deus (Rm 1.16). Quando estudamos a História da igreja, vemos que, mesmo diante de perseguições e martírio, o Reino de Deus crescia. Tertuliano chegou a dizer que o sangue dos mártires é a semente dos cristãos. A atuação do Reino de Deus é sobrenatural e poderosa.
2.2. O Reino é semelhante ao fermento
Ao comparar o Reino de Deus como o fermento em uma massa, Jesus estava enfatizando o poder de influência do Reino, mesmo que, de maneira invisível aos olhos humanos, os efeitos são profundos e abrangentes. Outra grande verdade a ser explorada é que o fermento age se estiver dentro da massa e não do lado de fora. A influência de transformação do Evangelho é sobrenatural. Podemos ver a maneira sobrenatural como Saulo foi transformado em Paulo (At 9); Em Atos 19, vemos que os que eram envolvidos com artes mágicas queimaram seus livros na presença de todos.
Temos ainda o exemplo de Zaqueu que, após receber Jesus em sua casa, estava disposto até mesmo a ressarcir as pessoas que foram lesadas por ele (Lc 19.8). O coração do homem é onde o Evangelho trabalha de maneira silenciosa para a salvação e transformação das pessoas, tornando-as novas criaturas (2Co 5.17).
3- CARACTERÍSTICAS DO REINO DE DEUS
Jesus foi categórico ao dizer que o Reino de Deus não vem com aparência exterior (Lc 17.20); e que o homem precisa empregar força para entrar nele (Lc 16.16). Lucas narra alguns fatos que ampliam ainda mais a visão acerca do Reino de Deus e suas características.
3.1. O Reino de Deus se preocupa com os perdidos
A Parábola da Ovelha Perdida e da Dracma Perdida, relatadas por Lucas evidenciam a preocupação de Jesus com os perdidos. Ao saber que faltava uma ovelha, o pastor deixa as noventa e nove e vai atrás da ovelha perdida e só retorna após achá-la. Semelhantemente, a mulher procura a dracma perdida de maneira diligente até achar. Para Jesus, os perdidos merecem atenção e empenho em sua busca.
Deus sempre se preocupou com o homem, basta ver o episódio em que, no Jardim do Éden, Ele vai atrás do homem para restaurar. Em Lucas 19.10, vemos que Jesus veio buscar e salvar os que se haviam perdido. Os discípulos de Jesus têm a responsabilidade de pregar o Evangelho a toda a criatura (Mc 16.15), independente de raça, religião ou classe social, os perdidos precisam ser buscados para a Casa de Deus.
3.2. O Reino de Deus e a morte
Uma das passagens mais contundentes acerca da vida após a morte é relatada por Lucas, mostrando a realidade da vida eterna (Lc 16.22-26). No Evangelho do Reino, encontramos respaldo para afirmar que a vida não termina com a morte, continua na eternidade. A passagem do rico e Lázaro mostra que a maneira como vivemos determina o lugar onde viveremos na eternidade (céu ou inferno); há de se ressaltar que não existe o caminho alternativo.
Em João 3.16 vemos que, por intermédio de Jesus, o pecador arrependido tem direito a vida eterna. Paulo chega a dizer que o Reino de Deus não é bebida nem comida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). É necessário que, a cada momento, venhamos estar preparados, pois o Filho do Homem virá como relâmpago (Lc 17.24). Paulo diz que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite (1Ts 5.2). Em Mateus 13.43, diz que os justos resplandecerão como sol no Reino de Deus.
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Subsídio Teológico
A palavra grega para reino é “Basileia”, indicando que existe um rei no comando. Por isso é de vital importância perceber que, na oração do Pai Nosso, Jesus insere o desejo pelo Reino, na expressão “venha o Teu Reino”. O Seu intuito era que os Seus discípulos anelassem pelo Reino de Deus e sua implantação. No Reino, está evidente a soberania e a vontade de Deus. A soberania é a maneira como Deus dirige o mundo baseado em Sua Onisciência. A visão da soberania de Deus foi profetizada por Isaías ao dizer que ele está assentado sobre o globo da terra (40.22). O salmista reconhece a soberania ao dizer que do Senhor é a terra e tudo o que nela existe (24). Infelizmente, vivemos num mundo onde os sistemas vigentes tentam excluir Deus de seus governos e negócios; colocando-o à margem da História.
A Bíblia diz que para tudo existe um tempo determinado, e, no tempo de Deus, Sua vontade será implementada na terra e Seu governo jamais terá fim. Querendo o homem ou não, a vontade de Deus se consolidará sobre a terra, conforme está escrito em Apocalipse quando diz que “o Reino do mundo passou a ser do nosso Senhor” (11.15). O Rei dos reis domina nos céus e na terra, o Seu poder não tem limite e Sua vontade é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).
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CONCLUSÃO
O Reino de Deus nos mostra que a nossa vida não é regida por leis humanas e sim pelas leis do governo soberano de Deus.
Complementando
A Antiguidade foi marcada por um período em que grandes cidades, civilizações e reinos surgiram. Ela também foi marcada por conflitos e guerras de expansão, pois se concentrava no poder humano: Sumérios, Assírios, Babilônicos, Caldeus, Pérsia, Grécia e Roma antiga, entre outros. Mas, o Reino de Deus será regido pelo Altíssimo, onde desfrutaremos de paz e justiça.
Eu ensinei que:
O Reino de Deus no âmbito invisível está entre nós, porém chegará o dia em que esse Reino será implantado e os remidos glorificados reinarão com Cristo.
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