EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2024 | TEMA: JOÃO – O Evangelho do Filho de Deus | Escola Biblica Dominical | Lição 10: João 13 – Lição de Humildade e o Novo Mandamento do Amor
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em João 13 há 38 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, João 13.1-17, 31-35 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Cristo sabia que Deus havia dado tudo em suas mãos, sabia que tinha vindo de Deus e que para o Seu pai teria que retornar (Jo 13.3). Ele sabia que era poderoso. E, após estar ciente disso, sabe o que Ele fez? Foi servir os Seus discípulos lavando os pés deles. Jesus transformou o seu poder em serviço! Ensinando-nos que o nosso poder deve virar serviço, e nisso deveria haver uma disputa, quem fosse mais poderoso, mais deveria servir.
Caro professor, nesta lição, exorte seu aluno a não esperar encorajamento de outras pessoas para servir, como alguns sempre demandam; se receber elogios, ensine-o a agradecer, senão diga que devemos prosseguir, pois somos servos, e como tais, temos um Senhor, que há de recompensar-nos.
OBJETIVOS
Aprender a amar, inclusive, os que podem nos causar algum mal.
Desenvolver um amor perseverante.
Descobrir o significado profundo de “amar como Jesus amou”.
PARA COMEÇAR A AULA
Inicie a aula pedindo que alguns alunos relatem experiências de algum serviço ao próximo que trouxe satisfação simplesmente pelo fato de ver que alguém foi beneficiado por ser ajudado. Logo em seguida, esclareça a turma que o prazer de ver as pessoas bem é o que deve motivar o nosso serviço.
Jesus sabia que o coração de Judas estava vendido a Satanás, e ainda assim o serviu. Porque o nosso serviço, além de beneficiar as pessoas que nos amam, também deve alcançar aqueles que não têm apreço por nós (Jo 13.9).
LEITURA ADICIONAL
Sua humildade não procedeu da sua pobreza, mas da sua riqueza. Sendo rico, fez-se pobre. Sendo rei, fez-se servo. Sendo Deus, fez-se homem. Sendo soberano do universo, cingiu-se com uma toalha e lavou os pés dos discípulos.
Era costume que, antes de se assentarem à mesa, as pessoas lavassem os pés. Os discípulos tinham vindo de Betânia. Seus pés estavam cobertos de poeira. Eles não podiam assentar-se à mesa antes de lavar os pés. Esse era o serviço dos escravos, principalmente do escravo mais humilde de uma casa. Jesus estava no cenáculo com eles. Ali não havia servos. Jesus esperou que eles tomassem a iniciativa de lavar os pés uns dos outros. Mas eles eram orgulhosos demais para fazer um serviço de escravo. Ninguém tomou a iniciativa. Aliás, os discípulos abrigavam no coração a dúvida de quem era o mais importante entre eles (Lc 22.24-30). O vaso de água, a bacia, a toalha-avental, dispostos ali à vista de todos, os acusavam. Esses utensílios constituíam uma acusação silenciosa contra aqueles homens! Mesmo assim, ninguém se mexia. Eles pensavam que privilégios implicava grandeza, reconhecimento, aplausos e regalias. Jesus, porém, reprova a atitude deles, mostrando-lhes que, entre os que o seguem, mede-se a grandeza de qualquer um pelo serviço prestado. D. A. Carson diz corretamente que os discípulos ficariam felizes em lavar os pés de Jesus; eles não podiam conceber, entretanto, a ideia de lavar os pés uns dos outros, visto que essa era uma tarefa normalmente reservada aos servos inferiores. Pares não lavam os pés uns dos outros, exceto raramente e como sinal de grande amor.
Foi no meio de tais homens que se sentiam muito importantes, entre eles Judas Iscariotes, o traidor, que Jesus se levanta. Mesmo sabendo que era o Filho de Deus e que tinha vindo do céu e voltava para o céu, Jesus cinge-se com uma toalha, deita água em uma bacia e começa a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha. Jesus repreende o orgulho dos discípulos com sua humildade. Jesus mostra que, no reino de Deus, maior é o que serve. A grandeza no reino de Deus não é medida por quantas pessoas estão a seu serviço, mas a quantas pessoas você está servindo. Devemos ter o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.
Livro: “João: As Glórias do Filho de Deus” (Hernandes Dias Lopes, Editora Hagnos Ltda, 2015, São Paulo-SP, págs. 347-348).
TEXTO ÁUREO
“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” Jo 13.34
LEITURA BÍBLICA COM TODOS
João 13. 1-17; 31-35
VERDADE PRÁTICA
O verdadeiro amor se transforma em ações de serviço e humildade
INTRODUÇÃO
I- AMOR A TODA PROVA Jo 13.1-3
1- Sua hora havia chegado Jo 13.1
2- Jesus sabia que seria traído Jo 13.2
3-Jesus sabia da confiança do Pai Jo 13.3
II- LAVA OS PÉS DOS DISCÍPULOS Jo 13.4-30
1- Amor perseverante Jo 13.1
2- Lavou os pés dos discípulos Jo 13.4,5
3- Pedro e Judas Jo 13.18-30, 36-38
III- O NOVO MANDAMENTO Jo 13.31-35
1- Tema chave de Jesus Jo 13.33
2- Novo mandamento Jo 13.34
3- Testemunho do amor Jo 13.35
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Jo 13.16-19
Terça – Fp 2.6-8
Quarta – Jo 13.6-8
Quinta – Jo 13.20-26
Sexta – Jo 13.27-30
Sábado – Jo 13.31-33
Hinos da Harpa: 227 – 355
INTRODUÇÃO
A partir de agora, Jesus não se dirige mais ao povo, às multidões, ao mundo como um todo, mas apenas aos Seus discípulos. O ministério público de Jesus havia chegado ao fim. João 13 a 17 é a mensagem de despedida de Jesus para Seus discípulos amados, culminando com Sua oração intercessora por eles e por nós. Hoje estudaremos João 13, que nos ensina a humildade de Jesus, lavando os pés dos discípulos, incluindo Judas e Pedro.
I- AMOR A TODA PROVA
No recôndito do tabernáculo, Jesus confronta o orgulho de Seus discípulos, lavando seus pés. Depois, desmascara Judas Iscariotes, apontando-o como traidor. Se não bastassem todos esses acontecimentos, Jesus comunica a Seus discípulos que partirá e que eles não poderão segui-lo. Quando Pedro se dispõe a dar a própria vida, Jesus o admoesta dizendo que essa coragem toda se tornaria pó diante da prova, e Pedro o negaria três vezes naquela mesma noite. O texto destaca três coisas importantes que Jesus sabia, e que ainda assim, mantém o Seu exemplo de amor.
1- Sua hora havia chegado (Jo 13.1). Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.
Jesus sabia que sua hora tinha chegado. Ele andou rigorosamente debaixo da agenda do céu. Cumpriu cabalmente a agenda traçada pelo Pai.
Jo 2.4 – Jesus disse para a sua mãe em Caná: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
Jo 7.30 – “Então, procuravam prendê-lo; mas ninguém lhe pôs a mão, porque ainda não era chegada a sua hora”.
Jo 8.20 – “Proferiu ele estas palavras no lugar do gazofilácio, quando ensinava no templo; e ninguém o prendeu, porque não era ainda chegada a sua hora”.
Jo 12.23 – Quando Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém, anunciou: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem.
Jo 13.1 – Antes da festa da Páscoa: “Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim”.
Jo 17.1 – Tendo terminado seus ensinos no cenáculo, antes de ir para o Getsêmani, Jesus disse: “Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti”.
2- Jesus sabia que seria traído (Jo 13.2). E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse,
Jesus nunca esteve enganado acerca de Judas Iscariotes. Desde o início, sabia que Judas Iscariotes haveria de traí-lo. O discípulo traidor é mencionado oito vezes no Evangelho segundo João. Satanás havia entrado em Judas (Lc 22.3) e lhe dera a inspiração necessária para iniciar o processo que terminaria com a prisão e a crucificação de Cristo.
3- Jesus sabia da confiança do Pai (Jo 13.3). Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus,
Mesmo na hora mais angustiosa de Sua humilhação, Jesus sabia quem era, de onde tinha vindo, o que faria e para onde retornaria. Não era uma vítima indefesa. Não era um mártir. Era o Redentor, cumprindo plenamente o projeto do Pai.
II- LAVA OS PÉS DOS DISCÍPULOS
João nos informa duas atitudes de Jesus, ambas sublimes e gloriosas.
1- Amor perseverante (Jo 13.1). Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.
Mesmo sabendo que Seus discípulos o abandonariam vergonhosamente em pouco tempo, deixando-o nas mãos dos pecadores; mesmo sabendo que Judas o trairia, que Pedro o negaria e que os outros se dispersariam, Jesus amou os Seus discípulos até o fim. Jesus amou-nos a ponto de deixar Sua glória, entrar no mundo, fazer-se carne, tornar-se pobre, ser perseguido, odiado, zombado, cuspido, pregado numa cruz, carregando sobre o Seu corpo no madeiro os nossos pecados e morrer por nós em uma rude cruz. Esse é um amor imenso, eterno, infinito. Seu amor excede todo o entendimento e toda possibilidade de plena descrição. O principal dos pecadores pode ir a Jesus com ousadia e confiar no Seu perdão. Jesus se deleita em receber pecadores. Jesus não nos lança fora por causa dos nossos fracassos. Ele jamais nos rejeita por causa da nossa fraqueza. Jesus ama desde o princípio, Ele ama até o fim. Aqueles que vão a Ele jamais serão lançados fora.
2- Lavou os pés dos discípulos com humildade sincera (Jo 13.4,5). Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
Com esse gesto, Jesus nos ensina que privilégios não implicam orgulho, mas humildade. Jesus sabia quem era. Sabia de onde tinha vindo e para onde estava indo. Sabia sua origem e seu destino. Sabia que era o Rei dos reis, o Filho do Deus Altíssimo. Sabia que o Pai tudo confiara a Suas mãos e que era o Soberano do universo. Contudo, Sua majestade não o levou à auto exaltação, mas à humildade mais profunda. O que Ele sabia determinou o que fez. Sua humildade não procedeu da Sua pobreza, mas da Sua riqueza. Sendo rico, fez-se pobre. Sendo rei, fez-se servo. Sendo Deus, fez-se homem. Sendo soberano do universo, cingiu-se com uma toalha e lavou os pés dos discípulos. Humildade e amor são virtudes que as pessoas do mundo podem entender, se elas não compreendem doutrinas. O cristão mais pobre, o mais fraco e o mais ignorante pode todos os dias encontrar uma ocasião para praticar amor e humildade. Cristo nos ensinou a fazer isso. O que Jesus teve em mente não foi um rito externo, o lava-pés, mas uma atitude interna de humildade e vontade de servir.
3- Pedro e Judas (Jo 13.18-30, 36-38). Depois de dizer isso, Jesus perturbou-se em espírito e declarou: “Digo que certamente um de vocês me trairá (13.21)
Pedro revela nesse texto, mais uma vez, o seu temperamento ambíguo e contraditório. Chama Jesus de Senhor e, ao mesmo tempo, o proíbe de lavar-lhe os pés (13.6-8). Em outro momento, quer ser banhado dos pés à cabeça. Pedro não entende o que Jesus está fazendo. Promete ir com Jesus até a morte e então o negaria três vezes (13.36-38).
Judas. Durante os três anos de ministério, Jesus protegeu o traidor, dando-lhe inúmeras oportunidades, mas o coração de Judas tornou-se mais e mais endurecido.
Jesus deu todas as oportunidades para Judas Iscariotes se arrepender. Ele o chamou, o ensinou, o comissionou e lhe lavou os pés. Jesus o tratou como amigo. Deu-lhe todos os privilégios que deu aos outros discípulos. Mas o mesmo sol que amolece a cera endurece o barro. Os discípulos foram salvos; Judas pereceu.
Qual é a diferença entre Judas, que traiu Jesus, e Pedro, que negou Jesus? Pedro se arrependeu, Judas não.
III- O NOVO MANDAMENTO
Jesus comunica aos discípulos a mais dolorosa notícia: Ele partirá, e eles não poderão acompanhá-lo. Em seguida, dá-lhes um novo mandamento.
1-Tema chave de Jesus (Jo 13.33). Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou não podeis vós ir
Warren Wiersbe diz que, no texto original, o termo “amor” e seus correlatos são usados 12 vezes em João 1 a 12, enquanto em João 13 a 21 aparecem 44 vezes. Trata-se de um tema chave no ensinamento de Jesus daqui para a frente. Agora, Jesus choca os discípulos, dizendo que Ele partirá, e os discípulos não poderão acompanhá-lo (13.33). Pedro havia dito a Jesus: Senhor, para quem iremos? (6.68). Na mente dos discípulos, havia uma incógnita: Como Jesus pode nos amar até o fim (13.1), se vai partir e nos deixar? Quem ama, fica”, pensaram eles. Nessa hora em que Jesus vê diante de si a aflição de Seus discípulos, Ele emprega o termo “filhinhos”.
2- Novo mandamento (Jo 13.34,35). Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.
Amar ao próximo como a si mesmo não era um mandamento novo, mas uma prescrição da lei. Agora Jesus dá um novo mandamento (13.34; 15.12,17; 1Jo 3.23; 2Jo 5).
Em que sentido esse é um novo mandamento?
a) O mandamento é novo pelo exemplo de Jesus (13.34). Assim como eu vos amei. Jesus amou os discípulos e andou com eles. Jesus amou os discípulos e os ensinou. Jesus amou os discípulos e os exortou. Jesus amou os discípulos e os serviu. Jesus amou os discípulos e deu Sua vida por eles. Jesus amou os discípulos não como a si mesmo, porém mais do que a si mesmo. Ele amou os discípulos de tal maneira que morreu na cruz por eles (Jo 3.16).
b) O mandamento é novo pela sua exigência de prática (13.34). “Que vos ameis uns aos outros”. Jesus não apenas deu Sua vida pelos discípulos, mas agora ordena que os discípulos amem uns aos outros da mesma maneira como Ele os amou. O apóstolo João expressa essa ideia claramente em sua epístola: “Nisto conhecemos o amor: Cristo deu sua vida por nós, e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3.16).
3- Testemunho do amor (Jo 13.35). Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
Jesus ensina que o amor é a apologética final, o argumento decisivo, a evidência mais robusta de que somos Seus discípulos. O discípulo é aquele que transforma suas palavras em ações, e seu amor, em serviço sacrificial. Não há maior força evangelística do que a prática desse novo mandamento, o exercício do amor.
A vida em amor, alegria, paciência, amabilidade, bondade e brandura representa por si mesma uma poderosa evangelização, um testemunho eficaz para o mundo, que em suas aflições anseiam por comunhão autêntica.
É importante enfatizar que Jesus não está dizendo que os dons espirituais, os milagres, a ortodoxia ou o conhecimento bíblico são as marcas do verdadeiro discípulo. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros (Jo 13.35).
APLICAÇÃO PESSOAL
Temos hoje muitas pessoas importantes na igreja, mas poucos servos. Muita gente no pedestal, mas poucas inclinadas com a bacia e a toalha na mão. Muita gente querendo ser servida, mas poucas prontas a servir. A humildade de Jesus repreende o nosso orgulho.
RESPONDA
Marque V (verdadeiro) e F (falso) nas afirmações abaixo:
(F) Jesus foi um mártir indefeso ao ser levado à cruz.
(F) Judas traiu Jesus porque este não lavou os seus pés lhe tratando com indiferença em relação aos demais discípulos.
(V) O mandamento do amor é novo não porque ele não existia na lei, mas porque, agora, ele tem um exemplo, que é o amor de Jesus.
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