EBD Editora Betel | 4° Trimestre De 2025 | TEMA: PERSONAGENS BÍBLICOS VIRTUOSOS E MARCANTES – Homens e mulheres que permaneceram fiéis a Deus diante das circunstâncias da vida | Escola Biblica Dominical | Lição 09: Lázaro – Amigo de Jesus, testemunha da vida
TEXTO ÁUREO
“Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono”. João 11.11.
VERDADE APLICADA
Cada discípulo de Cristo é escolhido por Jesus para fazer a Sua vontade e ser Seu amigo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Identificar a amizade entre Lázaro e Jesus.
Reconhecer a necessidade de crer para ver a Glória de Deus
Ressaltar que Jesus ressuscitou Lázaro
TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 11
1- Estava então enfermo certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
2- E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão, Lázaro, estava enfermo.
3- Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.
4- E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.
5- Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Mt 6.25-34 Não andeis ansiosos por coisa alguma.
TERÇA | Lc 10.38-42 Escolhendo a melhor parte.
QUARTA | Jo 11.45-57 A trama para matar Jesus
QUINTA | Jo 12.5-8 A ganância pode levar à desonestidade.
SEXTA | Jo 12.9-11 O para matar também a Lázaro.
SÁBADO Jo 12.12-15 A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
HINOS SUGERIDOS: 8, 198, 200
MOTIVO DE ORAÇÃO – Ore para que sejamos obedientes às ordenanças de Jesus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- Lázaro, o amigo de Jesus
2- Quem crer verá a Glória de Deus
3- Jesus traz Lázaro de volta à vida
Conclusão
INTRODUÇÃO
Lázaro, um amigo próximo de Jesus, adoeceu e morreu em Betânia. Após quatro dias de sua morte, Jesus chegou ao túmulo e, em um ato de poder divino, chamou Lázaro para fora, trazendo-o de volta à vida. Esse milagre, testemunhado por muitos, demonstrou a autoridade de Jesus sobre a morte e fortaleceu a fé de Seus seguidores (Jo 11.1-44).
PONTO DE PARTIDA: Crer para ver.
1- Lázaro, o amigo de Jesus
Um amigo é alguém de quem gostamos e em quem confiamos e com quem compartilhamos alegrias e tristezas. Lázaro teve o privilégio de ser considerado por Jesus um amigo (Jo 11.11), o que significa que ele tinha qualidades e virtudes segundo os padrões do Mestre.
1.1. A história de Lázaro. Não sabemos muita coisa sobre Lázaro, apenas que tinha duas irmãs, Marta e Maria, e experimentou o milagre de ter sido ressuscitado por Jesus após quatro dias de morto. Ele era de Betânia da Judeia, onde morava com suas irmãs. Seu nome é uma forma abreviada do nome hebraico Eleazar, que significa “aquele a quem Deus ajudou”.
Novo Dicionário da Bíblia: “Os estudiosos do Novo Testamento conhecem bem as duas irmãs da casa de Betânia, onde Jesus era sempre bem recebido, mas nada em absoluto sabem sobre o caráter e o temperamento de Lázaro. […J Ele aparece na história evangélica não por causa de quaisquer qualidades excelentes em sua personalidade, nem por causa de qualquer grande realização, mas unicamente por causa do maravilhoso milagre que foi operado nele. Talvez fosse do tipo mais comum possível de homem, dificilmente conhecido além de um quilômetro de sua casa; e, no entanto, foi com ele que aconteceu esse fato maravilhoso’.
1.2. A melhor parte. Jesus vou visitar seu amigo Lázaro, onde foi recebido por Marta. Ela, então, disse a Jesus que sua irmã, Maria, não queria ajudá-la a preparar as refeições nem servir as visitas, e ela estava cuidando de tudo sozinha (Lc 10.38-40). Maria, por sua vez, estava aos pés de Jesus, ouvindo a Sua Palavra. Diante do embate, Jesus ressaltou o excesso de zelo de Marta e explicou a ela que Maria escolheu a melhor parte: aprender Seus ensinamentos.
Pr. Valdir Oliveira, no livro Ouro Refinado, comenta: “Jesus visita Marta e Maria em Betânia, uma pequena aldeia na encosta oriental do Monte das Oliveiras, cerca de 3km de Jerusalém. Ele se depara com uma situação desconfortável entre as duas irmãs anfitriãs, uma reclamando da outra por assuntos domésticos. Jesus tem uma saída digna, sem ofender nenhuma delas”.
1.3. O perigo do excesso de atividades. As vezes, estamos tão atarefados com as coisas deste mundo que deixamos a vida espiritual de lado. Devemos ter a organização e o empenho de Marta no serviço ao Mestre, mas também cultivar um coração disponível como o de Maria. Jesus não condenou Marta, apenas ressaltou que a ansiedade estava roubando o lugar da Palavra, algo que Maria estava priorizando (Mt 6.33).
Pr. Valdir Oliveira em Ouro Refinado: “O que fazer para ter o coração de Maria nos dias de Marta? Não deixe que a vida sufoque você ao ponto de perder Jesus de vista; não dê mais valor às ocupações na igreja do que a sua vida de integridade e intimidade com Deus; não fique prestando atenção no seu irmão, faça o que é certo e desempenhe o seu papel; escolha sempre que possível a melhor parte, a qual não lhe será tirada. Invista mais no espiritual, que a ferrugem não corrói nem o ladrão rouba’.
EU ENSINEI QUE:
Estamos tão atarefados com as coisas deste mundo que, por vezes, deixamos a vida espiritual de lado.
2- Quem crer verá a Glória de Deus
Ao ver a tristeza de Marta pela morte de Lázaro, que estava morto há quatro dia, Jesus lhe disse: “Se creres verás a glória de Deus’; Jo 11.40. Ele, então, mandou remover a pedra do túmulo de Lázaro. Enquanto todos esperavam ver para crer, Jesus ensina o contrário: é preciso crer para ver.
2.1. Presença do Senhor. As irmãs de Lázaro ficaram apreensivas com a demora de Jesus após ter sido avisado que Lázaro, Seu amigo, estava doente. Quando Jesus chegou, elas disseram que se Ele estivesse ali, Lázaro não teria morrido (Jo 11.21,32). Realmente, se Jesus estivesse presente, o irmão delas não teria morrido, mas a incredulidade permaneceria: “Eu não estava aqui por amor a vós, para que acrediteis’; Jo 11.15.
Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento: “Nisto, Marta, como também Maria (Jo 11.32), são muito parecidas com você e comigo. Nós estamos convencidos de que Jesus tem poder para realizar milagres. Estamos convencidos de que Ele pode fazer qualquer coisa. Sabemos e estamos convencidos de que Ele morreu e ressuscitou por nós e, quando retornar, Jesus conduzirá os crentes que morreram à vida eterna. Mas será que uma grande parte de nossa fé no poder que Jesus tem para atuar limita a Sua obra a um passado distante, ou a um futuro longínquo? Quanto da nossa fé se concentra no agora? Com que frequência esperamos que Ele trabalhe em nós e para nós em nosso hoje?”
2.2. Jesus chorou. Na Bíblia, encontramos registros sobre o choro de Jesus em duas ocasiões: na entrada triunfal em Jerusalém, quando disse que dias viriam em que os inimigos os cercariam com trincheiras, os sitiariam e os apertariam de todos os lados, porque não aproveitaram a oportunidade que Deus concedeu para salvá-los (Lc 19.28-44); e quando chegou ao túmulo de Lázaro e viu as pessoas chorando. Isso nos mostra que Jesus se importa com o sofrimento humano, seja como consequência de rebeldia ou atitudes impensadas, seja pelas contingências da vida.
Comentário na Bíblia de Estudo Pentecostal: “Jesus Chorou. Neste pequeno versículo da Bíblia, está revelado o profundo pesar de Deus pelas tristezas do seu povo. O verbo “chorou” (gr. dakruo) indica que, a princípio, Jesus derramou lágrimas e a seguir pranteou em silêncio. Que esse fato seja um consolo para todos aqueles que sofrem. Cristo sente por você o mesmo pesar que Ele sentiu pelos parentes de Lázaro. Ele ama você de igual modo. E note-se que este versículo faz parte do livro da Bíblia que mais ressalta a divindade de Jesus. Aqui vemos Jesus, o Deus feito homem, i.e., o próprio Deus chorando. Deus realmente tem amor profundo, emotivo e compassivo por você e pelos outros (Lc 19.41)’.
2.3. Jesus manda remover a pedra. Jesus manda remover a pedra, um tipo de tampa do sepulcro naqueles dias. Na cultura judaica, o corpo deveria ser sepultado o mais breve possível, de preferência no mesmo dia da morte. Àquela altura, com certeza, já estava em estado de decomposição (Jo 11.39). Para o Senhor Jesus, o estado do corpo não era impedimento; mas, sim, a incredulidade. E Ele disse a Marta: “Se creres verás a glória de Deus?”: Jo 11.40.
Pr. Valdir Oliveira comenta: “Pedra dá uma conotação de coração endurecido (a) A pedra da incredulidade: Sei que vai ressuscitar no último dia (Jo 11.24); Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido (Jo 11.21); Vamos nós também para morrer com ele (Jo 11.16); (b) A pedra da murmuração: Não podia Ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também que este não morresse? (Jo 11.37); (c) A pedra da insensibilidade: A trama para matar Jesus quer eliminar o profeta (Jo 11.53), mas também Lázaro; eliminando o milagre (Jo 12.10)”.
EU ENSINEI QUE:
Enquanto todos esperavam ver para crer, Jesus ensina o contrário: é preciso crer para ver.
3- Jesus traz Lázaro de volta à vida
Quando soube que Lázaro adoeceu, Jesus estava no lado leste do rio Jordão (Jo 10.40), região que ficava cerca de um dia de viagem de Betânia. Como Jesus não partiu de imediato, quando chegou, Lázaro já estava sepultado há quatro dias. Jesus sabia do milagre que iria fazer ali, mas provou a fé daquelas pessoas antes de trazer Seu amigo à vida novamente.
3.1. Jesus é a ressurreição e a vida. “Eu sou a ressurreição e a vida”: Jo 11.25; declarou Jesus para ensinar que somente nEle temos a Vida Eterna. Assim confortou Marta e ressaltou a necessidade de crer: “todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá”: Jo 11.26. Embora Jesus estivesse falando da Vida Eterna, Marta não compreendeu bem: “Eu sei que ele ressurgirá na ressureição, no último dia” (Jo 11.24). E Ele ressaltou que Lázaro ainda não estava partindo para a eternidade, mas seria ressuscitado.
Pr. Amador Carlos dos Santos (Revista Betel, Evangelho de João, 2002) comenta: “A ressureição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras e refere-se ao ato de Deus de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressureição. Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Cristo: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas” (Fp 3.20-21)’.
3.2. Lázaro, venha para fora. Após removerem a pedra do sepulcro, Jesus ordenou que Lázaro viesse para fora, e ele veio, ainda envolto em faixas e com o rosto envolto num pedaço de pano (Jo 11.43,44). Esse milagre rendeu duas coisas: (1) muitos finalmente creram em Jesus como o enviado de Deus; (2) a notícia se espalhou e, daquela hora em diante, os líderes judaicos começaram a planejar a morte de Jesus e também de Lázaro (Jo 11.45-53).
Pr. Amador Carlos dos Santos (2002): “Diante de uma caverna aberta e cheirando mal, Jesus dirigiu-se a um defunto de quatro dias e disse: “Lázaro, vem para fora” (Jo 11.43). Imediatamente, o defunto saiu ligado com faixas e o rosto envolto num lenço (Jo 11.45). Isto tem um simbolismo glorioso com o que acontecerá na ressurreição dos salvos (Jo 5.28-29; 1Ts 4.16-17). Jesus chamou a Lázaro pelo nome, com a autoridade que o Pai lhe conferiu. Tão logo Jesus falou, Lázaro surgiu à porta do sepulcro. Foi, então, que o Senhor disse: `Desatai-o e deixai-o ir”‘.
3.3. O privilégio de ser amigo de Jesus. Jesus disse que dar a vida pelos amigos é uma grande demonstração de amor e que Seus amigos são os que obedecem aos Seus Mandamentos: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando’; Jo 15.13,14.
Comentário no Novo Testamento Interpretado versículo por versículo: …Nosso amigo… “Aqui temos uma expressão de amor e amizade de todo o coração do que os discípulos também participavam e deviam participar[…] Observamos, igualmente, o tipo de condescendência com que nosso Senhor compartilhava de sua amizade pessoal com os discípulos, Jesus chamou de “amigos” aos seus apóstolos (ver João 15.14-15 e Lucas 12.4). […] Compare-se com isso a declaração neotestamentária de que Abraão era “amigo de Deus” (Tg 2.23). […] Essa expressão, pois, relembrou aos discípulos de Jesus que Lázaro era amigo, e precisava de sua ajuda, a despeito dos perigos que haviam sido frisados, e que envolveriam a volta de Jesus à Judeia’.
EU ENSINEI QUE:
Jesus provou a fé daquelas pessoas antes de trazer Lázaro à vida novamente.
CONCLUSÃO
A amizade com Lázaro destaca a humanidade e o cuidado de Jesus, enquanto o milagre de ressuscitar Lázaro aponta para o poder de Jesus como o Filho de Deus.
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