EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 1° Trimestre De 2025 | TEMA: ISAÍAS – O Profeta Messiânico | Escola Biblica Dominical | Lição 04: Isaías 24 a 27 – O Apocalipse de Isaías
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Isaías 24 a 27 há 69 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Isaías 27.1-13 (2 a 3 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
A Paz do Senhor, professor(a)! Hoje exploraremos o trecho de Isaías conhecido como “O Apocalipse de Isaías”. Ele apresenta uma visão abrangente do juízo divino, estendendo-se sobre toda a criação corrompida pelo pecado, mas também traz a promessa de restauração e vitória final de Deus. Isaías descreve a devastação causada pelo juízo, destacando a justiça de Deus contra o pecado universal. Porém, ele também aponta para a redenção, com promessas como a derrota da morte, o banquete escatológico e a restauração do povo de Deus. Este contraste entre juízo e restauração nos desafia a confiar em Deus como “Rocha eterna” e a viver proclamando a esperança da vitória final de Cristo. Reforce com seus alunos que somos chamados a proclamar o Evangelho e a certeza da nova criação prometida por Ele.
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OBJETIVOS
Compreender o julgamento de Deus sobre as nações.
Identificar os elementos de restauração e ressurreição em Sião.
Reconhecer a vitória final de Deus e a restauração de Israel.
PARA COMEÇAR A AULA
Pergunte aos alunos: “O que você entende por apocalipse: medo ou esperança?” Explique que, biblicamente, apocalipse revela tanto o juízo de Deus quanto a restauração. Proponha que imaginem como seria um mundo restaurado por Deus, destacando justiça e paz. Compare as ideias com Isaías 24-27, mostrando o plano de Deus para renovar a criação e derrotar o mal. Finalize lendo Isaías 26.3-4, reforçando a importância de confiar em Deus como “Rocha eterna”.
LEITURA ADICIONAL
Depois de profetizar sobre onze nações, Isaías ampliou a abrangência de suas profecias e descreveu o julgamento que viria sobre todo o mundo. A palavra hebraica erets, usada dezesseis vezes no capítulo 24, é traduzida por terra e mundo. Nem sempre é fácil dizer quando erets refere-se a apenas um país ou a todo o planeta, mas o contexto normalmente indica qual é o caso. Isaías 24-27 descreve um julgamento global que terminará com a destruição dos inimigos de Deus e a restauração de seu povo Israel em sua terra. Isaías advertiu o reino do Norte de que os assírios os destruiriam e disse a Judá que os babilônios o levariam cativo, mas essas calamidades locais eram apenas precursoras de uma catástrofe maior no fim dos tempos e que sobreviria ao mundo todo. O profeta chamou esse tempo de terrível juízo de “Dia do Senhor”, e no Novo Testamento esse dia é descrito em Mateus 24, Marcos 13 e Apocalipse 6.19. Isaías faz três declarações que servirão de consolo ao povo escolhido de Deus naquele terrível dia de juízo. Essas declarações também nos encorajam hoje ao vermos nosso mundo mergulhando de cabeça no pecado e na rebelião contra Deus. Será que Deus irá, de fato, castigar o perverso? E que esperança há para os justos?
TEXTO ÁUREO
“Eis que o Senhor vai devastar e desolar a terra, vai transtornar a sua superfície e lhe dispersar os moradores.” Isaías 24.1
LEITURA BÍBLICA COM TODOS
Isaías 27.1-13
VERDADE PRÁTICA
Confiar em Deus nos garante força para resistir ao mal enquanto aguardamos Sua segunda vinda e o estabelecimento de Seu reino justo e pacífico.
INTRODUÇÃO
I- O JULGAMENTO DAS NAÇÕES 24.1-23
1- A destruição da terra 24.1
2- A violação da aliança 24.5
3- O efeito do juízo 24.6
II- RESTAURAÇÃO DE SIÃO E RESSURREIÇÃO 25.1-12
1- O cântico dos remidos 25.1-5
2- O banquete em sião 25.6
3- A derrota da morte 25.8
III- A VITÓRIA FINAL DE DEUS 26.1-21; 27.1-13
1- A Salvação dos Justos 26.3.4
2- A derrota do dragão e da serpente 27.1
3- A restauração de Israel 27.13
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Isaías 24.1
Terça – Isaías 24.14
Quarta – Isaías 25.1
Quinta – Isaías 25.8
Sexta – Isaías 26.3
Sábado – Isaías 27.6
Hinos da Harpa: 525 – 48
INTRODUÇÃO
O “Apocalipse de Isaías” ou “pequeno apocalipse” refere-se, em geral, aos capítulos 24 a 27 do livro de Isaías, onde Isaías profetiza sobre o fim dos tempos e a intervenção final de Deus na história humana. Esses capítulos retratam uma visão de julgamento global e redenção, com elementos escatológicos que ecoam temas encontrados no livro de Apocalipse no Novo Testamento.
I- O JULGAMENTO DAS NAÇÕES (24.1-23)
O capítulo 24 de Isaías é uma visão do julgamento divino sobre o mundo inteiro. Esse julgamento não é limitado a uma nação específica, como muitas das profecias de Isaías que falam contra Babilônia, Assíria ou outras potências regionais. Ao contrário, expande o escopo do julgamento para abranger toda a criação, trata-se de uma visão cósmica de devastação e renovação.
1- A destruição da terra (24.1) Eis que o SENHOR vai devastar e desolar a terra, vai transtornar a sua superfície e dispersar os moradores.
Isaías 24 começa com a imagem de Deus devastando a terra, espalhando seus habitantes e quebrando a ordem social e natural. Independentemente de classe ou
status, todos são afetados. A linguagem usada por Isaías aqui evoca uma destruição completa, uma reversão das ordens estabelecidas da criação. A terra, corrompida pelo pecado humano, está sob uma maldição, e o juízo divino é inevitável. A ideia de um julgamento universal e abrangente é uma das marcas dos textos apocalípticos. Nesse contexto, o foco não está em um castigo parcial, mas em um juízo sobre toda a humanidade e a criação. O pecado não é apenas local, mas global, e a corrupção se estende por todas as nações, o que justifica o alcance total do julgamento de Deus.
2- A violação da aliança (24.5) Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridam as leis, violam os estatutos e quebram a aliança eterna.
Um ponto importante no julgamento de Isaías 24 é a violação da aliança com Deus. Isaías descreve como a terra está corrompida e identifica a fonte do julgamento: o pecado humano, que viola as leis divinas e a aliança estabelecida entre Deus e a humanidade. Embora o conceito de aliança seja tradicionalmente associado a Israel, aqui Isaías parece expandir essa ideia, sugerindo que toda a humanidade, de alguma forma, é responsável por manter uma aliança com Deus, por isso a quebra dessa aliança resulta em juízo planetário.
3- O efeito do juízo (24.6) Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão.
O resultado do julgamento de Deus é o esvaziamento e a desolação da terra. A imagem é de uma terra devastada, com poucos sobreviventes. A alegria e a vida da terra são substituídas por tristeza e desespero. A criação, antes abundante, agora está seca e sem vida. Este julgamento universal é semelhante ao que vemos em outros textos apocalípticos bíblicos, onde Deus age diretamente para purificar a terra e corrigir as consequências do pecado humano. Isaías 24 é, portanto, um capítulo que nos lembra da seriedade do pecado e do inevitável julgamento de Deus, mas também prepara o caminho para a esperança que virá mais adiante no texto.
II- RESTAURAÇÃO DE SIÃO E RESSURREIÇÃO (25.1-12)
Se o capítulo 24 retrata o julgamento e a destruição, os capítulos 25 e 26 oferecem uma visão de restauração e esperança. O julgamento não é o fim da história. Deus promete restaurar Seu povo e Sua criação, e a cidade de Sião (Jerusalém) se tornará um lugar de redenção e alegria.
1- O cântico dos remidos (25.1-5) Ó SENHOR, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros (25.1).
O cântico dos redimidos é de autoria de Isaías, que se identifica com a comunidade redimida, divulgando o hino em nome dela (25.1). Deus não apenas faz a aliança, mas também a mantém. Na Bíblia, as palavras “fidelidade” e “verdade” expressam o penhor da vitória daqueles que servem a Deus. Assim, tanto Isaías como os redimidos engrandecem ao Senhor por verem a derrota do poder do mal que se opunha aos propósitos divinos no âmbito do reino de Deus. Os justos adoram a Ele pelo ato de libertação e consolação. As cidades opressoras serão destruídas. Esta grande cidade, vista pelo profeta, pode retratar cidades opressoras, tais como Babilônia, Nínive e Tiro, ou representar organizações humanas opostas aos planos divinos, desde a dispensação do governo humano (torre de Babel) até aos dias atuais.
2- O banquete em Sião (25.6) O SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem-clarificados.
O monte, no texto, certamente refere-se ao monte Sião ou Jerusalém. O banquete simboliza a bênção, a provisão e a comunhão de Deus com Seu povo. Após o julgamento, Deus reunirá todos os povos para celebrar a vitória sobre o mal. Esta imagem de um banquete mundial sugere que a salvação de Deus não estará limitada a Israel, mas se estenderá a todas as nações, cumprindo a promessa de que as bênçãos de Deus alcançariam o mundo inteiro. Até os mais poderosos e formidáveis homens conhecerão um poder maior. Os opressores agora reconheceram o poder de Deus (v. 3). Haverá um rico banquete escatológico. Deus trará libertação da fome e da sede (25.6), da ignorância (25.7), da morte e da tristeza (25.8) e das maldições (25.8). Esta profecia de Isaías também se refere ao reino futuro, para os salvos em Cristo após a volta de Jesus (25.6-12; cf. Ap 19-21).
3- A derrota da morte (25.8) Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o SENHOR falou.
Um dos momentos mais poderosos em Isaías 25 ocorre no versículo 8. Essa promessa de que Deus destruirá a morte é central para o pensamento apocalíptico e é uma das promessas mais reconfortantes das Escrituras. A morte, o maior inimigo da humanidade, será derrotada. Deus não apenas trará alívio imediato da dor e do sofrimento, mas destruirá permanentemente a morte, garantindo a vida eterna. Esta visão apocalíptica de Isaías ecoa na teologia cristã, especialmente no Novo Testamento, onde Paulo fala da vitória de Cristo sobre a morte (1 Coríntios 15.54-55), e o livro de Apocalipse descreve o fim da morte (Apосаlipse 21.4). A ideia de que Deus enxugará todas as lágrimas reforça a esperança de um futuro sem dor, sofrimento ou luto. O cântico chega ao clímax com uma das duas ocorrências, em todo o Antigo Testamento, da promessa de ressurreição (a outra é Dn 12.2). O profeta declara com vívida fé que a vida é mais poderosa do que a morte. A morte não é a palavra final; a palavra final é a ressurreição. Os salvos em Cristo devem orar ambiciosamente pela volta do Senhor, a fim de que Este possa arrebatá-los da terra e levá-los com Ele para sempre.
III- A VITÓRIA FINAL DE DEUS (26.1-21; 27.1-13)
Isaías 26 e 27 concluem esta seção apocalíptica com a visão da vitória final de Deus sobre Seus inimigos e a restauração completa de Israel. O simbolismo deste capítulo é rico, especialmente a imagem de Deus destruindo o Leviatã, a grande serpente.
1. A Salvação dos Justos (26.3,4) Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti. Confiai no Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna.
Isaías 26 continua com cânticos de louvor pela salvação de Deus. O capítulo celebra a confiança que os justos podem ter em Deus em meio às adversidades e destaca a fé e a confiança em Deus como a fonte de paz e estabilidade em tempos de caos e julgamento. Mesmo diante da destruição global descrita no capítulo 24, aqueles que confiam em Deus têm a promessa de paz e segurança. Convictos de que Deus cumprirá o Seu propósito redentor, os santos irromperão em louvor e adoração. Este cântico diz respeito à completa aniquilação, por Deus, de todo mal e ao estabelecimento do Seu Reino.
2- A derrota do dragão e da serpente (27.1) Naquele dia, o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o dragão, serpente veloz, e o dragão, serpente sinuosa, e matará o monstro que está no mar.
A imagem da tríade maligna parece indicar atuação nas três esferas de vida da criação: Serpente veloz (ares), Serpente sinuosa (terra) e o Monstro (mar); essas figuras apontam para uma criação infestada por poderes estranhos em sua inteireza, que serão destruídos no dia do SENHOR. Observe a tripla adjetivação da arma (dura, grande e forte), demonstrando sua compatibilidade frente a um adversário triplo. O termo “dragão” traduz a palavra hebraica Leviatã, usada em diversos contextos no Antigo Testamento. Em Jó 41.1 e Salmo 104.26, por exemplo, o termo descreve grandes bestas aquáticas (não importando se reais ou imaginárias). Esta passagem tipifica o imenso poder que se contrapõe ao SENHOR dos Exércitos, mas que sempre sucumbirá diante do Deus de Israel.
3- A restauração de Israel (27.13) Naquele dia, se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que forem desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo em Jerusalém.
Após a derrota dos inimigos, Deus promete restaurar Israel, que é descrito como uma vinha. “Naquele dia, dirá o SENHOR: Cantai a vinha deliciosa!” (27.2). Essa imagem de Israel como uma vinha frutífera aponta para a bênção futura de Deus sobre Seu povo. A restauração de Israel faz parte do plano final de Deus de redenção e renovação. Essa restauração também sugere um mundo livre da maldição do pecado (Gn 3.17,18). A parte final do cântico resume a conduta de Deus para com Seu povo. As interrogações contidas no versículo 7 demonstram que o “exílio” (v.8) que o povo enfrentará não será uma condenação sumária, mas sim, uma lição amorosa e pedagógica. O profeta aponta que, como resultado, o povo abandonará os ídolos frios e, consequentemente, terá seus pecados expiados: “Portanto, com isto será expiada a culpa de Jacó, e este é todo o fruto do perdão do seu pecado: quando o Senhor fizer a todas as pedras do altar como pedras de cal feitas em pedaços, não ficarão em pé os postes-ídolos e os altares do incenso” (27.9). O capítulo termina com a promessa de que Deus reunirá Seu povo dos cantos mais distantes da terra, reunindo os filhos de Israel um por um e trazendo-os de volta à terra prometida. Isso reforça a ideia de restauração e renovação total, segundo a qual o povo de Deus será reunido e restaurado à sua plena glória.
APLICAÇÃO PESSOAL
O “Apocalipse de Isaías” nos lembra da seriedade do pecado, do inevitável juízo e do triunfo final de Cristo em Sua vinda gloriosa.
RESPONDA
1) Qual é o propósito do julgamento universal em Isaías 24?
R. Mostrar que o pecado e a corrupção da humanidade exigem um juízo divino abrangente.
2) O que simboliza o banquete em Sião descrito em Isaías 25?
R. A celebração da salvação e a comunhão de Deus com todos os povos
3) Como Isaías descreve a restauração de Israel em Isaías 27?
R. Deus reunirá e restaurará seu povo, trazendo-o de volta ao monte santo em Jerusalém.
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
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