EBD Revista Editora Betel | 2° Trimestre De 2022 | Tema: APOCALIPSE – Mensagem sobre o triunfo de Cristo, exortações e promessas ao povo de Deus | Lição 04: A Realidade do Arrebatamento | Escola Biblica Dominical
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Falar sobre a volta de Jesus Cristo.
Destacar a esperança dos que morrem em Cristo.
Mostrar como será o arrebatamento.
TEXTO ÁUREO
“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” Apocalipse 3.10
VERDADE APLICADA
O estudo acerca do arrebatamento deve nos mover ao cultivo de um viver moderado, justo e piedoso, servindo ao Senhor.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
1CORÍNTIOS 15
51- Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados.
1TESSALONICENSES 4
16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
17-Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
18- Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Jó 7.9 A vida é como uma nuvem que passa.
TERÇA / Sl 90.9 Os nossos anos são como um conto ligeiro.
QUARTA / Sl 102.11 Os nossos dias são como a sombra que declina.
QUINTA / 2Tm 4.8 O cristão deve amar a vinda de Cristo
SEXTA / Tt 1.2 Nós temos uma esperança viva e firme.
SÁBADO / Tt 2.13 Volta de Cristo: a bem-aventurada esperança.
HINOS SUGERIDOS 70, 74, 94
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que a Igreja esteja preparada para a volta de Cristo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- A esperança para os que morrem em Cristo
2– A Igreja e a esperança do porvir
3- O mistério do arrebatamento
Conclusão
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a doutrina acerca do arrebatamento da Igreja de Cristo. Veremos como acontecerá e que é uma promessa para todos os que morrem em Cristo, bem como a nós que estamos vivos.
PONTO DE PARTIDA
Nós temos uma esperança: Cristo voltará.
1- A ESPERANÇA PARA OS QUE MORREM EM CRISTO
No Apocalipse vemos a Igreja de Cristo arrebatada participando das Bodas do Cordeiro e vindo com Cristo por ocasião de Sua volta triunfal [Ap 19.7-9; 19.14]. Como comentado na Lição 1 desta revista, é importante e esclarecedor que no estudo sobre os acontecimentos dos últimos dias seja considerado outros textos da Bíblia. Assim, na presente lição veremos o que a Palavra de Deus nos revela sobre a ressurreição dos que morreram em Cristo, a transformação dos que estão em Cristo e vivos por ocasião do soar da última trombeta [1Co 15.51-52; 1Ts 4.13-18] e como tais verdades devem afetar o viver do discípulo de Cristo hoje. Stanley Horton (Teologia Sistemática – p. 615) comenta que a garantia de que seremos ressuscitados e transformados é a ressurreição de Cristo mediante o Espírito. Este mesmo Espírito operará no povo de Deus a transformação. Será o clímax triunfante da obra do Espírito Santo [Rm 8.11].
1.1. Cristo, as primícias dos que morrem. A Bíblia deixa claro que este não é um assunto apenas para teólogos e líderes, mas um assunto que todos devem aprender e entender [1Ts 4.13]. Quando Jesus morre na Cruz, por nossos pecados, e ressuscita ao terceiro dia, se torna “as primícias dos que dormem” [1Co 15.20], ou seja, a partir do momento que Cristo morre e ressuscita, está determinado a todos os salvos que morrerem, ressuscitarem para a vida eterna [1Ts 4.14]. Significa que, para os que creem, a morte é uma porta que se abre para a eternidade com Cristo. Morte de salvo não é adeus, mas até breve.
Subsídio do Professor: Antônio Gilberto: “Biblicamente, morte não significa extinção do ser humano, e sim, separação referente a ele. Separação entre corpo e alma é a morte física; separação entre o homem e Deus, nesta vida, é a morte espiritual; separação eterna entre o homem e Deus na outra vida é a morte eterna, também chamada na Bíblia de “segunda morte”.”
1.2. A ressurreição dos mortos. A base de nossa fé, sobre a ressurreição dos mortos, é sólida e consistente, é a Palavra de Deus [1Ts 4.16]. A Bíblia nos dá detalhes sobre a ressurreição dos mortos, por ocasião do arrebatamento. No momento que for tocada a última trombeta [1Co 15.52], o Espírito Santo, assim como ressuscitou a Cristo dentre os mortos, “as primícias dos que dormem”, ressuscitará os salvos para a vida eterna [Rm 8.11]. A Bíblia ainda acrescenta uma informação importante, diz que os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro [1Ts 4.16]. Naquele dia, o Pai da Eternidade ressuscitará todos os salvos do Antigo e Novo Testamento.
Subsídio do Professor: Geziel Gomes: “Quando os crentes de Tessalônica viam morrer os seus familiares e amigos, começavam a entristecer-se sobremaneira. Eles imaginavam que nunca mais os veriam, pois a morte parecia ser o fim de todas as coisas. Ficavam muito pesarosos também porque imaginavam que a morte roubaria aos crentes o privilégio de participar da vinda do Senhor. Paulo, então, movido de plena inspiração do Espírito de Deus, lhes esclarece que de modo algum deveriam ignorar o sentido da morte dos cristãos, pois na bem-aventurada manhã da ressurreição, os mortos em Cristo seriam aquinhoados com o privilégio de ressuscitarem primeiro [1Ts 4.16-17].”
1.3. Consolai-vos com estas palavras. Como é efêmera a vida! A Bíblia afirma que a vida é: um conto ligeiro [Sl 90.9]; uma nuvem que passa [Jó 7.9]; uma sombra que declina [Sl 102.11]; como a erva que se seca [Sl 102.11]. Pela brevidade e fragilidade humana, muitas pessoas, sem fé em Cristo, sentem-se perdidas e sem esperança, quando pensam na morte. Mas nós temos uma esperança viva e firme [Tt 1.2]. Sabemos o que aguarda o ímpio, mas também o que está reservado aos santos. A ordem que temos de Jesus é que nos consolemos uns aos outros com estas verdades. Em tempos de materialismo, onde muitos buscam consolo em coisas mundanas e transitórias, o crente deve amar a vinda de Cristo [2Tm 4.8].
Subsídio do Professor: Stanley M. Horton: “Ainda que o corpo natural inevitavelmente se enfraqueça, interiormente o crente “se renova de dia em dia” [2Co 4.16]. Consequentemente, podemos enfrentar a morte e ser “mais que vencedores, por aquele que nos amou”, pois “nem a morte, nem a vida… nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” [Rm 8.36-39]. A morte não interrompe a comunhão que temos com nosso Senhor. Pode ser que lamentemos a morte daqueles a quem amamos, por causa da perda pessoal, mas não nos entristecemos “como os demais (homens caídos e descrentes), que não têm esperança” [1Ts 4.13].”
EU ENSINEI QUE:
A base de nossa fé, sobre a ressurreição dos mortos, é a Palavra de Deus.
2- A IGREJA E A ESPERANÇA DO PORVIR
O arrebatamento da Igreja terá um alcance mundial. A promessa de Cristo alcançará os que morreram em Cristo, mas será sentida na sociedade pelo impacto do desaparecimento, em todos os lugares, dos salvos que não mais serão encontrados nesta terra.
2.1. Nem todos dormiremos. O arrebatamento não é uma teoria. Mas um fato real que está prestes a acontecer. A Palavra de Deus nos revela: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados” [1Co 15.51]. No passado, gerações de cristãos leram, pregaram e ensinaram sobre este texto bíblico, contudo morreram sem terem testemunhado o cumprimento desta promessa. Mas a Bíblia nos fala que virá o arrebatamento, então podemos afirmar que haverá uma geração de cristãos que não passará pela morte. É possível que esta geração seja a nossa, considerando o estado no qual se encontra a humanidade e as muitas profecias que estão se cumprindo. O conhecimento disto deve nos levar a um despertamento genuíno, para as coisas espirituais e uma comunhão profunda com Deus [1Jo 1.7; Ap 22.12].
Subsídio do Professor: De acordo com Claudionor de Andrade: “Esperança abençoada (do grego makarían elpída) assim é denominado o arrebatamento da Igreja [Tt 2.13], por representar a suma realização de toda a esperança cristã: “Aguardando a bem-aventurada esperança, e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo”. Sem a expectativa da volta de Jesus, o conceito teológico de esperança há muito já teria perdido todo o seu significado.”
2.2. Não precederemos os que dormem. No momento do arrebatamento, já vimos que os mortos salvos ressuscitarão primeiro. Após a ressurreição dos salvos, nós que estamos vivos seremos igualmente transformados e subiremos juntos para o encontro com Cristo nos ares [1Ts 4.17]. Este é o momento onde a sociedade em geral sentirá o impacto do arrebatamento. Pessoas de todas as idades simplesmente desaparecerão em todo o mundo. Imagine o que será no domingo seguinte ao arrebatamento, nos templos, para aqueles que ficaram. Que dias serão estes!
Subsídio do Professor: Stanley Horton (Nosso destino – CPAD – p. 76), ao comentar sobre o texto de 1Tessalonicenses 4.14-18, afirma que a “única exigência tanto para os crentes mortos quanto, obviamente, para os vivos é estar ‘em Cristo’, ou seja, num relacionamento de fé nEle e de fidelidade a Ele”. A expressão “estar em Cristo” nos remete às palavras do próprio Cristo: João 15.4 (“Estai em mim”), 5 (“Quem está em mim”), 7 (“Se vós estiverdes em mim”). Pelo poder do Espírito Santo perseveremos em Cristo, até que Ele venha!
2.3. Todos seremos transformados. Uma pergunta importante surgiu na igreja de Corinto: “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?” [1Co 15.35]. A Bíblia faz questão de explicar o que acontecerá conosco, no momento do arrebatamento da Igreja. Os que morreram em Cristo e nós, que estamos vivos, teremos nossos corpos transformados [1Co 15.51]. A Bíblia utiliza duas palavras para explicar como se dará esta transformação: receberemos um corpo incorruptível e imortal [1Co 15.53-54]. Significa que receberemos corpos não mais sujeitos à velhice, às doenças, à dor, à morte e à decomposição. Para que possamos viver para sempre com Cristo. Paulo diz que o Senhor Jesus Cristo transformará o nosso corpo, “para ser conforme o seu corpo glorioso” [Fp 3.21].
Subsídio do Professor: Claudionor Corrêa de Andrade: “O vocábulo grego é incrivelmente claro: anlásso, implica em mudança e profunda alteração. Trata-se de uma inexplicável metamorfose que ocorrerá no corpo e na alma dos crentes, tornando-os verdadeiros isângelos: semelhantes aos anjos [Lc 20.30-36]. A transformação dos santos é vista pelo apóstolo Paulo como um dos mais distinguidos mistérios do Novo Testamento.”
EU ENSINEI QUE:
A promessa de Cristo alcançará os que morreram em Cristo, mas será sentida na sociedade pelo impacto do desaparecimento, em todos os lugares, dos salvos que não mais serão encontrados nesta terra.
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3- O MISTÉRIO DO ARREBATAMENTO
Entender como será o arrebatamento da Igreja é manter viva nossa esperança, principalmente nos momentos difíceis, ao mesmo tempo que serve de alerta para que estejamos vigilantes, esperando Cristo a qualquer momento.
3.1. Será extraordinariamente rápido. Deus não revelou a nós quando será o arrebatamento [Mt 24.36], mas revelou que será “num momento” – Leon Morris (1Coríntios – Editora Vida Nova – p. 187): “Momento é átomos (“aquilo que não pode ser cortado ou dividido”, isto é, a menor coisa possível…). Significa a mais curta fração de tempo possível.”. Não haverá tempo para ir à igreja naquele dia, dobrar os joelhos e orar. O momento de clamar, se arrepender e buscar a Deus é agora. Sua volta para arrebatar a Igreja será repentina e surpreenderá o mundo [1Ts 5.2; Mt 24.44]. Devemos estar vigilantes e preparados pois “o noivo se aproxima” [Mt 25.6].
Subsídio do Professor: De acordo com Geziel Gomes: “Quando a Bíblia nos exorta à vigilância, isto confere com as profecias que abordam o caráter inesperado do regresso do rei. Devemos estar preparados, com as vestes brancas, porque a volta do Senhor há de surpreender o mundo que não o espera. O mundo inteiro se surpreenderá quando constatar a ausência dos filhos de Deus. Será tarde demais. Já estaremos com Jesus.”
3.2. Encontraremos Cristo nos ares. Há dois aspectos importantes sobre o arrebatamento da Igreja, que não podem ser esquecidos: o primeiro é que somente os que estão em Cristo participarão, como vimos no tópico 2. Portanto, o mundo somente perceberá quando notar o desaparecimento de muitos [Ap 16.15]. O segundo aspecto importante sobre o arrebatamento é que a Igreja encontrará com Cristo nos ares, Ele não pisará na Terra [1Ts 4.17]. Vários comentaristas pontuam que a segunda vinda de Jesus se dará em duas fases, enquanto outros usam termos diferentes para definir estas fases, como arrebatamento (Jesus vem até as nuvens para o Seu povo) e revelação (Jesus vem com o Seu povo e será visto por todo o mundo).
Subsídio do Professor: A volta de Cristo ocorrerá em duas fases: 1) A primeira (arrebatamento): será em segredo [Mt 24.36]; vem para a Igreja [1Ts 4.17]; antes da grande tribulação [Ap 3.10]; virá nos ares [1Ts 4.17]; só os santos o verão [1Ts 4.17]; 2) A segunda (volta de Cristo): será pública [Ap 1.7]; Cristo vem com a Igreja [Jd 14]; depois da Grande Tribulação [Mt 24.29-30]; pisará no Monte das Oliveiras [Zc 14.4]; todo olho o verá [Ap 1.7].
3.3. Estaremos para sempre com Cristo. Enquanto a vida aqui é breve e tudo é passageiro, temos a promessa, com Sua vinda, de estarmos para sempre com Cristo. Jesus prometeu que onde Ele estiver nós estaremos com Ele [Jo 14.3]. Antes de ser crucificado, Jesus intercedeu pelos discípulos e por toda a Igreja, para que estejamos sempre com Ele e vejamos a Sua glória [Jo 17.24]. A promessa final, ao que vencer, na carta à igreja de Laodicéia, é de que nos assentaremos com Cristo no Seu trono e reinaremos com Ele [Ap 3.21]. O futuro do salvo não é incerto ou sombrio. A morte não é nosso fim [1Co 15.54-57]. Devemos nos alegrar, pois somos a Igreja de Cristo e estaremos para sempre com Ele [Rm 12.12].
Subsídio do Professor: Antônio Gilberto: “O arrebatamento é a retirada instantânea e sobrenatural, deste mundo, de multidões de crentes salvos (falecidos e vivos; transformados); de todas as partes da Terra, levando-os ao seu encontro nos ares. O verbo traduzido por ARREBATAR [1Ts 4.17] significa um ato de demonstração de força divina e sobrenatural + momentaneidade + saída deste mundo.”
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EU ENSINEI QUE:
O arrebatamento da Igreja mantém viva nossa esperança, principalmente nos momentos difíceis, ao mesmo tempo que serve de alerta para que estejamos vigilantes, esperando Cristo a qualquer momento.
CONCLUSÃO
É reconfortante estudar o livro do Apocalipse e entender que, para nós, não há o que temer. Nós temos esperança. A Igreja espera a volta de Cristo, quando os mortos e os vivos receberão corpos incorruptíveis e imortais e estarão para sempre com o Senhor.
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