EBD | 1° Trimestre De 2021| Ester: A Soberania e o pode de Deus na preservação do seu povo| Betel Adultos | CPAD |Escola Bíblica Dominical |Lição 04: A Fidelidade do Cristão ao Senhor
TEXTO ÁUREO
“Depois destas coisas, o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou, e pôs o seu lugar acima de todos os príncipes que estavam com ele.” Ester 3.1
VERDADE APLICADA
O Espírito Santo nos auxilia a permanecermos fiéis ao Senhor em todo o tempo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar que a nossa fé é testada a todo o momento.
Mostrar que há esperança em meio à adversidade.
Alertar sobre a luta diária do cristão.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
ESTER 3
2 E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã, porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava.
3 Então os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o mandado do rei?
4 Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isto de dia em dia, e não lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Hamã, para verem se as palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele lhes tinha declarado que era judeu.
5 Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Êx 23.22 – A importância de obedecer ao Senhor.
TERÇA / Mq 7.8 – O Senhor é a minha luz.
QUARTA / Mt 5.43-44 – A importância de amar os nossos inimigos.
QUINTA / 1Co 15.26 – O último inimigo é a morte.
SEXTA / Ef 6.11-12 – A importância de vestir a armadura de Deus.
SÁBADO / 1Pe 5.8-9 – A importância de vigiar e resistir firme na fé.
HINOS SUGERIDOS: 370, 459, 535
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que Deus encoraje os cristãos a não retrocederem.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução – 1. Prova de fé – 2. Uma luz no fim do túnel – 3. A luta diária contra nossos inimigos – Conclusão
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INTRODUÇÃO
Veremos nesta lição que nossa confiança deve estar pautada em Deus acima de tudo. Iremos aprender que o Senhor transforma as perseguições em bênçãos para nossa vida, pois em tudo Ele tem propósito.
PONTO DE PARTIDA
Devemos ser fiéis a Deus em todo tempo.
I – Prova de fé
Sempre que nos vem à memória a história de alguém que não se curvou perante alguém que não seja o Deus de Israel, nossos olhares incidem sobre a figura dos amigos de Daniel: Sadraque, Mesaque e Abednego, que não se curvaram perante a estátua que Nabucodonosor mandou fazer [Dn 3.12]. E nos esquecemos da prova de fé e de coragem do judeu Mardoqueu.
A Bíblia expõe que o perverso Hamã foi nomeado pelo rei acima de todos os príncipes, e deu uma ordem a todos os servos, que deveriam se curvar diante dele [Et 3.2]. Todavia Mardoqueu não se curvou diante de Hamã e de suas ordens. O Senhor conta com homens e mulheres nesta geração que não se curvem diante do pecado [Ap 2.10].
1.1. Grande é o Senhor. O salmista escreveu que o Senhor é grande e tal grandeza não é possível conhecê-la plenamente [Sl 145.3]. Bem-aventurado são os que buscam se relacionar com Deus, Grande e Criador de todas as coisas. Apesar de tal grandeza, Ele está interessado em relacionamento com o ser humano e age para tal [Is 57.15]. Contudo, para que tal relacionamento ocorra, é preciso que o ser humano responda positivamente à manifestação da graça de Deus e Seu convite [Mt 23.37].
O registro no evangelho de Mateus revela que o Senhor disse que queria, mas o povo não quis! Nada e ninguém pode impedir que o propósito de Deus se cumpra na vida dos que são discípulos de Cristo, ovelhas do Seu rebanho.
Subsídio do Professor: O profeta Isaías nos dá a entender a dimensão de Deus: “Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cortina e os desenrola como tenda, para neles habitar.” [Is 40.22].
Mardoqueu tinha convicção de que há somente um Deus, que é Grandioso e Verdadeiro, e que os chamados de “deuses” por outros povos são divindades improfícuas, criadas pela imaginação humana ou forjadas pelo engano do diabo. O apóstolo Paulo escreveu: “…ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém.” [1Tm 1.17].
1.2. A vitória é do povo de Deus. Hamã fazia parte de um povo que foi o primeiro a atacar os israelitas, quando eles estavam saindo da escravidão do Egito rumo à Terra Prometida. Foi uma ofensiva covarde sobre uma nação que acabara de recuperar sua liberdade, após séculos de cativeiro e de sofrimento. Este embate se deu em Refidim, perto do monte Sinai.
Como consequência, o Senhor estabeleceu que os Amalequitas, por fim, seriam extintos [Êx 17.14, 16; Nm 24.20; Dt 25.17, 19]. Entendemos então que Hamã manifestava as características dos Amalequitas em querer destruir o povo de Deus. Entretanto, a justiça divina sempre proverá salvação [Sl 71.2] e abrirá porta de escape, para que possamos suportar [1Co 10.13].
Subsídio do Professor: O Senhor dera uma ordem a Saul: “Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até os de peito, desde os bois até as ovelhas, e desde os camelos até os jumentos.” [1Sm 15.3]. Deus tinha conhecimento de que a destruição deste povoado se fazia necessária pela gravidade de seus pecados.
Caso contrário, algum remanescente de coração endurecido poderia surgir, e retomar a sua odiosa disposição contra o escolhido povo de Deus, como foi o caso de Hamã. A decisão de Saul nos faz lembrar que a repercussão de nossas escolhas – obedecer ou desobedecer – pode ir muito além do momento no qual vivemos. Diferentemente de Saul, carecemos de ser a geração que escuta e obedece a voz de Deus. Apenas uma geração que escuta e obedece a Deus terá capacidade e autoridade para confrontar as investidas de Satanás.
1.3. Deus tinha um plano com Mardoqueu. Ai de quem tocar em um servo do Senhor, mesmo que, aos olhos do homem, aquela pessoa seja tida como insignificante. Hamã olhava para o exterior de Mardoqueu, contudo o Senhor sondava o seu interior [1Sm 16.7-8]. O rei Davi nos dá um grande exemplo de que não devemos afrontar um ungido do Senhor [1Sm 24.6]. A expressão “não toqueis nos meus ungidos” em 1Crônicas 16.22 e em Salmos 105.15 aponta para “a ação e o cuidado de Deus, protegendo o Seu povo e preparando tudo para o cumprimento da sua promessa”, como comentado por Leslie C. Allen.
Subsídio do Professor: O texto de 1Samuel 24.6 transmite uma reflexão relevante para nossos dias, como a registrada no Comentário Bíblico Broadman: “Davi, contudo, não estava ansioso por tomar controle pessoal de questões sob jurisdição divina. Diferentemente de Saul, ele estava disposto a aguardar o tempo divinamente apontado [cf. 13.1-15] para levar a efeito a ordem do Senhor [cf. 15.1-23]. Davi, portanto, controlou seus homens, que recomendavam a pronta execução de Saul, e, em vez disso, apenas cortou a barra do seu manto. Se Saul devia ser deposto como rei de Israel, Deus teria de prover seus próprios meios para depô-lo. Davi não ergueria a mão contra o ungido do Senhor”.
EU ENSINEI QUE:
O Senhor conta com homens e mulheres nesta geração que não se curvem diante do pecado.
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II – Uma luz no fim do túnel
As pessoas que são resilientes como Mardoqueu adquirem o domínio de sua vida. Quando uma tragédia advém, elas são capazes de manter o equilíbrio e de trabalhar seu caminho através dos contratempos. Suas atitudes podem ajudar a protegê-las da desesperança e de outros problemas. Mardoqueu se encontrava num momento em que parecia que tudo estava perdido diante de Hamã, não havia luz no fim do túnel. Entretanto ele demonstrou ser resiliente diante desta situação. Mardoqueu viu no clamor a oportunidade da resposta de Deus [Sl 91.15].
2.1. O cristão é afrontado todos os dias. Mardoqueu era um homem que não fazia mal a ninguém. Ainda assim despertou o ódio e a atenção negativa de Hamã. Jesus disse: “E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” [Mt 10.22]. Enfurecido pela recusa de Mardoqueu em se curvar diante dele, Hamã forjou o extermínio não só de Mardoqueu como também de todos os judeus no império persa.
Ainda hoje cristãos são atacados e sofrem por causa de sua fé, passando por todo o tipo de preconceitos, abusos, e até martírio.
Subsídio do Professor: Para garantirmos o triunfo contra as afrontas do diabo, temos que conhecer as estratégias e as armas que Satanás usa contra nós. Jesus disse: “Bem-aventurados os que sofrem perseguições por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” [Mt 5.10-12].
2.2. Momento de perseguição. A perseguição é uma das tribulações que pode sobrevir durante nossa caminhada cristã. Era assim que Mardoqueu e os judeus da Pérsia estavam vivendo. Esta perseguição se deu em virtude de Mardoqueu ter a sua fé estabelecida em Deus. O cristão se alegra na perseguição, porque sabe que isso é uma bem-aventurança na vida dele. Ele confia nas palavras de Cristo: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.” [Mt 5.10]
Subsídio do Professor: Em nossa vida atravessamos por várias perseguições que geram muita angústia e inquietação. Mardoqueu teve sua fé desafiada por Hamã trazendo-lhe ansiedade e até tristeza. Às vezes, Deus permite que venham aflições, perseguições, sofrimentos sobre os que são Seus.
Evidente que não conhecemos todos os caminhos do Senhor, porém sabemos, por Sua Palavra que chegou até nós, que o Senhor trata com Seu povo visando crescimento, aperfeiçoamento, preparação, fortalecimento, manter-nos dependentes dEle, despertar-nos, entre outros objetivos [Dt 8.2-3; 2Co 12.7-10; 1Pe 5.9-11]. É importante que cada discípulo de Cristo esteja firmado na certeza de que o Deus que nos chamou é Poderoso para agir em todas as circunstâncias visando o nosso bem [Rm 8.28-29].
2.3. Uma atitude em meio à aflição. Seguramente você já ouviu alguém interrogando ao Senhor pelos motivos de haver tanta amargura e aflição no mundo ou em sua vida em particular. Mardoqueu passou por um momento assim. A Bíblia relata: “Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu os seus vestidos, e vestiu-se de um saco com cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor” [Et 4.1].
A atitude de Mardoqueu foi clamar, pois cria que o Senhor Deus socorre o Seu povo, mesmo em terra estranha. Nossas lágrimas são ouvidas pelo Senhor, Ele as sabe interpretar. Por isso, o salmista disse: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” [Sl 30.5].
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Subsídio do Professor: O cristão tem sofrido perseguição em todas as áreas da vida cristã. O apóstolo Paulo deixou registrada a graça que é sofrer por Cristo: “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.” [Fp 1.29]. Jesus ensinou que o reino dos céus pertence aos perseguidos e que a recompensada está na vida futura.
Em Romanos 8.17, a palavra que nos encoraja é esta: “Se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”.
EU ENSINEI QUE:
A atitude de Mardoqueu foi clamar, pois cria que o Senhor Deus socorre o Seu povo, mesmo em terra estranha.
III – A luta diária contra os nossos inimigos
Assim como nos dias de Mardoqueu, inimigos surgem de todos os lados para tentar destruir o povo de Deus. Satanás não é um inimigo imaginário, é real e suas artimanhas também. Ao estudarmos as Escrituras, entendemos com nitidez o quanto Deus espera que Seus filhos tenham consciência de que existe uma guerra sendo travada pelo reino das trevas contra os santos. Entretanto, Ele promete guerrear juntamente conosco [2Cr 20.15].
3.1. Uma missão e uma exposição. Milhares de vidas todos os dias estão sendo ceifadas por Satanás. Deus nos convoca para uma missão especial, como discípulos de Cristo: pregar o Evangelho, para que estas pessoas conheçam o caminho para Deus. Bem como, precisamos estar preparados e convictos para apresentar as razões da nossa fé, “com mansidão e temor” [1Pe 3.15], além de permanecermos na exposição do evangelho genuíno [2Tm 4.1-5].
Subsídio do Professor: Nossa missão como defensores do Evangelho deve ser cumprida de modo consistente, não duvidando. Se a Igreja de Cristo não denunciar o pecado ao mundo, ela estará traindo o seu Senhor. Isto incide em doutrinar e amparar a verdade eterna da maneira que o Pai Celestial nos entregou.
O profeta Ezequiel enfatiza isso: “Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei. Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma.” [Ez 3.18-19].
3.2. A igreja deve se manter fiel a Cristo. Uma coisa que devemos saber é que a fidelidade caminha junto com a dependência. Muito se tem ouvido falar sobre fidelidade, sobre ser fiel, porém poucos querem de fato ser submissos. Não existe fidelidade sem submissão. Mardoqueu era um homem comum, como eu e você. Ele passou por múltiplos problemas e amarguras, contudo foi submisso e fiel diante de Deus. O fato de Mardoqueu crer somente em Deus foi a chave da sua vitória.
Tenhamos certeza de que as dificuldades vão tentar nos induzir a nos ajoelharmos diante delas, porém, como Mardoqueu, precisamos saber a quem nós servimos.
Subsídio do Professor: Por sua fidelidade, mais tarde Mardoqueu foi exaltado pelo rei pelas mãos do próprio Hamã [Et 6.10]. Este é o resultado daqueles que são fiéis e submissos ao Senhor. Não desista daquilo que Deus tem para você, seja fiel a Ele, e a recompensa é o Senhor quem vai te dar [Mt 25.21].
3.3. Nosso alvo é Cristo. O nosso alvo deve ser, em primeiro lugar, procurar nos achegar mais a Deus, tornando-nos imitadores de Cristo através de uma vida de santidade. Em nossa caminhada cristã, devemos anunciar a Cristo e tudo o que Ele representa em nossa vida. Não podemos admitir que as vozes daqueles que estão nas trevas nos façam desviar da nossa principal missão, que é levar a Palavra de Deus aos corações perdidos. Não devemos nos acovardar.
Subsídio do Professor: Se formos cristãos de verdade, não é admissível errarmos o alvo. Verdadeiros adoradores necessitam ter mais coragem nesta vida do que qualquer outra pessoa, porque reconhecemos que o Filho de Deus está acima de todo o domínio e poder. Deus não quer seus servos camuflados, mas prontos para lutar.
Quantas vezes em nossa vida, na hora das dificuldades, em vez de avançarmos, retrocedemos e nos ocultamos. Esse não é o papel de um servo de Deus. O apóstolo Paulo deixou registrado: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.” [2Tm 1.7].
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EU ENSINEI QUE:
Deus espera que Seus filhos tenham consciência de que existe uma guerra sendo travada pelo reino das trevas contra os santos. Entretanto, Ele promete guerrear juntamente conosco.
CONCLUSÃO
Nesta lição, fomos ensinados a convidar ao Senhor para fazer parte de nossa vida e de nossa família. Aprendemos que as dores permitem uma busca apurada por Sua presença. E que devemos lutar, para que os princípios éticos fundamentais da família sejam preservados dos ataques de Satanás.
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