EBD – Lição 04: 1 Coríntios 5 e 6 – Imoralidade e Litígios |  2° Trimestre de 2023 | PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 2° Trimestre De 2023 | TEMA: 1 CORÍNTIOS – Façam tudo com Amor, Decência e Ordem | Escola Biblica Dominical | Lição 04: 1 Coríntios 5 e 6 – Imoralidade e litígios

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em 1 Coríntios 5 e 6 há 13 e 20 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, 1 Coríntios 5.1-13, 6.1-12 (5 a 7 min). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Uma das marcas da cidade de Corinto era a imoralidade sexual e, alguns cristãos de lá estavam sendo influenciados por isso, ao praticarem ou aceitarem tais comportamentos com uma naturalidade preocupante. Eles acreditavam que não importava o que fizessem, já estavam salvos.

A fé cristã está pautada na confiança no sacrifício de Jesus, mas esta deve resultar no compromisso de cada cristão de permanecer fiel aos ensinamentos de Cristo, em constante aperfeiçoamento. Por isso, a orientação de Paulo era que eles consertassem a percepção deles a respeito de sua vida espiritual, bem como se dissociassem daqueles que viviam em práticas de impureza sexual, reprovando tais comportamentos.

OBJETIVOS

Entender que devemos fugir da imoralidade.
Saber que associações ruins prejudicam nosso testemunho
Compreender que é preferível sofrer a causar injustiças.

PARA COMEÇAR A AULA

Querido professor, inicie esta aula mostrando que Paulo estava indignado com o posicionamento da Igreja em relação à prática da imoralidade sexual, que ele já iniciou seu discurso de uma forma abrupta, exortando a igreja sem se preocupar em suavizar suas palavras. Destaque na aula as três causas principais da reprovação de Paulo
1) a aceitação de práticas imorais
2) a prática de atos imorais e comportamentos mundanos;
3) a amizade e a convivência com pessoas de dentro da igreja que praticavam tais atos.

LEITURA ADICIONAL

A proposta de Paulo não está focada no direito e na justiça, mas no exercício do perdão e da misericórdia. Paulo diz que sofrer o dano é me­lhor do que ganhar uma causa e envergonhar o nome do evangelho. Leon Morris enfatiza que o ponto que Paulo assinala é que ir a juízo com um irmão já é incorrer em derrota, seja qual for o resultado do processo legal. Obter a vitória no veredicto pouco significa. Já se perdeu a causa quando um cristão abre um processo.

Diz o apóstolo: “O só existir entre vós demandas já é uma completa derrota para vós outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?” (6.7). Nós não gostamos des­sa proposta. Definitivamente que não! Os coríntios não estavam prontos para sofrer a injustiça, mas eles estavam ativamente fazendo a injustiça uns aos outros. Assim, eles estavam cometendo um duplo pecado; pecado contra os padrões éticos e pecado contra o amor fraternal.

O alerta de Paulo para nós é este: Cuidado com os seus direitos! Você conhece aquele tipo de gente que diz: “É melhor passar por cima do meu cadáver do que por cima dos meus direitos!” Conhece gente assim? Paulo diz para não brigarmos pelos nossos direitos. Jesus também recomendou sofrer o dano. A nossa atitude é dar a outra face, andar a segunda milha e dar também a capa (Mt 5.38-42). Viver bem com as pessoas quando elas nos tratam bem não é muita coisa. Deus espera de nós reação transcendental! Abraão agiu assim.

Quando houve a contenda entre os seus pastores e os pastores de Ló, Abraão se dispôs a sofrer o dano. Livro: 1 Coríntios: Como resolver conflitos na Igreja (LOPES, Hernandes Dias. São Paulo: Hagnos, 2008, págs. 113-114).

TEXTO ÁUREO

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” 1Co 6.12

Leitura Bíblica Para Estudo

1 Coríntios 5.1-13, 6.1-12

Verdade Prática

O Evangelho impõe uma separação clara das práticas erradas que o mundo acha normal.

INTRODUÇÃO
I- A IMORALIDADE 1Co 5.1-8
1-
Imoralidade em Corinto 1Co 5.1
2– Fornicação, adultério, prostituição 1Co 5.2
3– Velho fermento 1Co 5.6-8
II- ASSOCIAÇÕES PERIGOSAS 1Co 5.9-13
1-
Aos que se prostituem 1Co 5.9
2– Aos que se dizem irmãos 1Co 5.11
3– Afastando o malfeitor 1Co 5.12-13
III- LITÍGIOS JUDICIAIS 1Co 6.1-20
1
– Sofrer ou causar injustiça 1Co 6.1-3
2– Quando recorrer ao Judiciário 1Co 6.4-8
3– Fé e vida andam juntas 1Co 6.20
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – 1 Co 5.5
Terça – 1 Co 5.10
Quarta – 1 Co 6.2
Quinta – 1 Co 6.5
Sexta – 1 Co 6.13
Sábado – 1 Co 14
Hinos de Harpa: 75 – 20

INTRODUÇÃO

No capítulo 5, Paulo alerta a igreja em Corinto sobre a prática de imoralidades no meio dela. Ele os repreende e recomenda que não to­lerem tais práticas, reprováveis até mesmo entre os descrentes, nem se associem com os que as praticam. No capítulo 6, Paulo censura os que estavam litigando na justiça comum romana contra seus irmãos na fé, recomendando que as diferenças entre eles fossem resolvidas internamente, evitando injustiças e o mau testemunho aos que estão de fora. Ao final, Paulo censura práticas impuras que estavam sendo aceitas como normais pelos crentes coríntios, ressaltando que o nosso corpo também pertence ao Senhor; pelo que devemos glorificá-lo através dele.

I- A IMORALIDADE (1Co 5.1-8)

O povo de Corinto era famoso por sua imoralidade. Tamanha era essa fama que quando os romanos queriam se referir a uma “prostitu­ta”, utilizavam a expressão “moças de Corinto”. Além disso, segundo os historiadores, para identificar a fornicação ou prostituição as pes­soas utilizavam um termo equiva­lente a “acorintiar”. Também havia na cidade um templo dedicado à deusa grega da fertilidade, Afrodite, cujas sacerdo­tisas a cultuavam oferecendo “servi­ços sexuais” no interior do templo.

1- Imoralidade em Corinto (1Co 5.1) Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mu­lher de seu próprio pai.

Paulo, inicialmente, refere-se a uma relação incestuosa entre um cristão e sua madrasta. Esse tipo de comportamento era repudiado entre os romanos e, principalmente, pela Lei de Moisés (Lv 18.8; Dt 22.30). A Igreja Primitiva seguiu o exemplo, proibindo a impureza incestuosa no decreto apostólico (At 15.29). É possível que a imoralidade exposta na igreja de Corinto estivesse sendo tolerada. O termo “geralmente” sugere que a imoralidade mencionada no verso 1 era conhecida e tolerada. Este é o problema do pecado e do escândalo tolerado na igreja: espalha como câncer dentro da comunidade. Até os ímpios de Corinto escandalizavam-se com a permissividade.

2- Fornicação, adultério, pros­tituição (1 Co 5.2) E, contudo, andais vós ensoberbeci­dos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou?

Paulo adverte que esta situação deveria ser lamentada pela igreja, mas, ao que parece, alguns até se ensoberbeciam com a fornicação e adultério. Dentro da perspectiva bíblica, entende-se por fornicação prática do sexo por pessoa solteira; e adultério, a prática sexual ilícita envolvendo pessoa casada. Para alguns “bertinos” de Corinto isso era normal. Tal atitude foge totalmente aos princípios estabelecidos por Deus para a humanidade Nos dias atuais, os princípios divinos vem sofrendo ataques cada vez mais Intensos, no que tange a se manter puro na juventude e quanto à fidelidade ao casamento.

Os que vivem na prática de tais atos deveriam ser retirados do meio dos irmãos. Existe uma corrente que defende uma postura “inclusiva” da igreja na qual práticas condenáveis são aceitas e celebradas. Isto não pode acontecer. Paulo trata com todas estas questões, que são mais atuais do que imaginamos. Outro grave perigo que per meara a sociedade da época, e de hoje, é a questão da prostituição Este termo está ligado à troca de sexo por dinheiro, mas havia também a prostituição como uma forma de culto aos deuses pagãos.

3- Velho fermento (1Co 56-8) Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal foi imolado (5.7)

O apóstolo faz referência à Páscoa judaica e também ao ensino de Jesus em relação ao fermento dos fariseus. Seu intento é mostrar como este pecado que eles permitiram “permanecer” na congregação iria se espalhar e fermentar a todos.

O pecado de um membro poderia afetar a todo o corpo. A solução seria lançar fora este fermento para conservar toda a massa. No caso específico do capítulo 4, a fala de Paulo também é um apelo para que a igreja em Corinto tire do meio de si pessoas que se dizem cristãs, mas insistem em um estilo de vida mundano. Estamos diante de um caso de disciplina. A Festa dos Pães Asmos era uma celebração judaica que começava no sábado da Páscoa e seguia até ao sábado seguinte (Ex 12.14- 18).

Durante este tempo, os Israelitas deveriam jogar fora todas as massas levedadas e não poderiam comer qualquer alimento fermentado, simbolizando a purificação do povo de qualquer impureza. Jesus usou o simbolismo do fermento em relação aos ensinos equivocados dos fariseus e saduceus, dos quais os seus discípulos deveriam se resguardar (Lc 12.1).

Para nós, cristãos, lançar fora o fermento também simboliza valorizar o sacrifício de Cristo, nosso Cordeiro Pascal, livrar-se de antigos hábitos pecaminosos, adotando hábitos sãos e um padrão de vida santificada ao Senhor.

II- ASSOCIAÇÕES PERIGOSAS (1Co 5.9-13)

1- Aos que se prostituem (15.9) Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros.

Paulo recomenda aos cristãos em Corinto que não flertam com o pecado. E, mais uma vez, adverte-os para não se associarem com o pecado. Alguns interpretaram erroneamente a fala de Paulo como uma advertência para não manter amizade ou negócios com pessoas de fora da igreja. Devemos conviver com o mundo, sem nos deixarmos influenciar por este. Ao contrário, devemos ser sal e luz para as pessoas que nos cercam, influenciando positivamente a nossa sociedade (Mt 5.13-16).

2- Aos que se dizem irmãos (1Co 5.11) Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador, com esse tal, nem ainda comais.

Na trajetória cristã há muitos que entram nas igrejas, mas se recusam veementemente a abandonar práticas condenáveis e incompatíveis com o Evangelho. Esses são os “que se dizem” irmãos mas, na verdade, não são ” (Ap 2.9; 3.9). Essas pessoas militam para que a igreja mude seus valores e passe a aceitar certas práticas como normais em seu meio. Destes, Paulo recomenda distância ainda mais severa: “Não vos associeis” e “nem ainda comais”.

Mudança de curso e arrependimento são condições inegociáveis para que o Reino de Deus se estabeleça (Mc 1.15). A igreja é uma comunidade de pessoas “chamadas para fora”, ou seja, para deixar para trás antigas práticas e submeter-se aos valores ensinados por Jesus. Devemos receber todas as pessoas de braços abertos, porém, se recusarem o ensino de Cristo sobre arrependimento e transformação, sua permanência no seio da igreja, em amor, também deve ser recusada [Mt 10.33-39).

3- Afastando o malfeitor (1 Co 5.12-13) Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai pois, de entre vás a malfeitor (5.13).

Para as pessoas de fora, sejamos luz e deixemos o julgamento para Deus. Não podemos “limpar o peixe antes de pescar”. Primeiro pescamos e depois limpamos com a Palavra e com a ação do Espírito Santo. Quanto aos “de dentro”, nota-se que a recomendação de Paulo não é o afastamento de quem está lutando contra o pecado e eventualmente falha, mas a respeito daqueles que deliberadamente vivem no pecado e o celebram.

É preciso tratar essas pessoas demonstrando desaprovação ao seu comportamento, chamando-as ao arrependimento. Caso não se arrependam e mudem de atitude, a única alternativa é afastá-las da comunhão com os irmãos. São casos extremos e isolados, mas, como no caso exposto por Paulo, é a única alternativa para evitar que o seu mau exemplo corrompa outros irmãos.

III- LITÍGIOS JUDICIAIS (1Co 6.1-20)

Na comunidade cristã, nenhuma diferença interpessoal deve ser irreconciliável. Paulo confronta a situação em que um membro da comunidade de Cristo leva outro membro ao tribunal de incrédulos antes de buscar uma solução entre os irmãos.

1- Sofrer ou causar injustiça (1 Co 6.1-3) Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante os santos? (6.1).

A preocupação geral de Paulo nesses versículos é com o testemunho cristão da igreja. Quando a igreja usa os mesmos meios que as comunidades não cristãs para resolver seus desentendimentos, não há diferença real entre uma e outra. A extensão da “crise de testemunho” dos coríntios é salientada ainda mais por preferirem resolver suas contendas através de melos seculares e não através da própria igreja.

Paulo diz que é preferível, e mais semelhante a Cristo, ser injustiçado do que sacrificar o próprio testemunho, resolvendo conflitos por meios que excluem ou violam princípios cristãos, ensino também ministrado por Pedro (1Pe 3.17-18). Uma caminhada cristã mais profunda permite que o poder do Espírito volte a ser visível, pois ao resolverem seus conflitos dentro da própria igreja os irmãos mostram ao mundo o seu bom testemunho.

2- Quando recorrer ao Judiciário (1Co 6. 4-8) Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituído um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja (6.4).

A pergunta que sempre se faz é: os cristãos podem contender uns contra os outros em processos judiciais? A resposta não é um simples “sim” ou “não”. O valioso ensino de Paulo nos permite estabelecer alguns importantes pontos de reflexão:

• A igreja pode resolver o desentendimento entre os irmãos? Existe alguma forma de a questão ser mediada fora do Judiciário?
• Um processo judicial prejudicará o testemunho dos litigantes, levando à conclusão de que Cristo não faz diferença em suas vidas?
• A parte que se afirma vitimada já refletiu sobre a alternativa de assumir a perda e sofrer o prejuízo?
• O objetivo é vencer uma simples disputa individual ou resolver uma questão mais ampla a fim de promover a paz, a unidade ou mesmo a proteção de outras pessoas?

De acordo com o ensino bíblico, é preferível abrir mão de direitos, ou sofrer injustiça, a cometer injustiça contra um irmão em Cristo ou expor a Igreja (1Co 6.7; Mt 5.38-41; 1Pe 2.18-23). Só em última instância, a depender da situação e após esgotadas todas as possibilidades cristãs, é que se poderia cogitar da justiça humana, cujo acesso é reconhecidamente um direito na sociedade atual. Não esqueçamos, porém, da sadia diretriz bíblica: nossos conflitos precisam ser resolvidos internamente, em oração, buscando sabedoria do alto, com espírito de perdão e desprendimento.

3- Fé e vida andam juntas (1Co 6.20) Porque estes comprados por preço Agora pois glorificai a Deus no vosso corpo.

Não se pode separar a vida espiritual da vida material. Paulo conclui dizendo que o Espírito Santo habita em nosso corpo (6.19). E dá dois conselhos para a igreja.

O primeiro é: “Fugi da impureza” (6.18). Em relação às tentações sexuais, a Bíblia simplesmente manda fugir. É um erro pensar que você conhece seus limites e sabe até onde pode ir e quando deve parar. A mesma Bíblia que nos manda resistir ao Diabo, manda-nos fugir da impureza.
O segundo conselho que Pau­lo dá é: “Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (6.20). Glo­rificamos a Deus no nosso corpo quando entendemos que este é o templo de Deus e que não deve ser associado a imoralidade. Glo­rificamos a Deus no nosso corpo quando empregamos nossas for­ças, energias, dons e talentos para servirmos ao Senhor e fazermos a Sua vontade.

APLICAÇÃO PESSOAL

A igreja de Cristo na terra deve ficar afastada do pecado e não dos pecadores.

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RESPONDA

1) Defina o que significa o termo fornicação. R. Pratica do sexo por pessoa solteira
2) Que tipo de companhias devem ser evitadas pelos cristãos? R. Com falsos crentes que estimulam dissensões no meio da igreja.
3) Qual a relevância espiritual dos nossos corpos? R. O corpo é templo de adoração a Deus.

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