EBD – Lição 02: Uma História sobre a Oração | 2° Trimestre De 2024 | Adolescentes

EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2024 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Lição 02: Uma História sobre a Oração | Escola Biblica Dominical | CPAD

LEITURA BÍBLICA

Lucas 11.1-13

A MENSAGEM

Por isso eu digo: peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês.” Lucas 11.9

DEVOCIONAL

Segunda » Hb 5.7
Terça » Sl 4.3
Quarta » Mt 6.7-13
Quinta » Mt 21.22
Sexta » Lc 18.1-8
Sábado » Fp 4.6

OBJETIVOS

ENSINAR ao adolescente sobre a importância da oração;
ESTIMULAR a prática da perseverança na oração;
SALIENTAR a bênção de se viver uma vida de oração.

EI PROFESSOR !

A oração está para o discípulo de Jesus, assim como o ar está para os pulmões. É impossível pensar em vida espiritual saudável, sem uma vida de oração abundante. Orar não é uma opção para os cristãos, é uma necessidade básica e vital. Inúmeras pessoas morrem por insuficiência respiratória todos os dias. Da mesma forma, muitos cristãos estão mortos espiritualmente, pois não oram mais. Considere, ninguém em plena saúde, diz: ‘‘hoje eu não vou respirar, estou cansado . Igualmente, como cristãos, não podemos deixar de orar porque estamos cansados ou atarefados. Não pare de orar! E lembre-se, seus alunos precisam de você e de sua oração perseverante. Entregue-os constantemente diante de Deus.

PONTO DE PARTIDA

Todos os homens e mulheres que caminharam com Deus consideravam a oração a atividade principal da vida. Eles oravam sozinhos e acompanhados. Ensinar essa disciplina aos adolescentes não é uma tarefa tão simples, mas também não é impossível. Por essa razão, sugerimos que no início da aula de hoje você divida sua classe em duplas ou trios de oração e dê um momento para eles orarem entre si. O ideal é que eles compartilhem motivos de oração (ex.: salvação dos pais, renovação espiritual, batismo com o Espírito Santo, etc). Eles precisam ter uma experiência com o Deus que nos ensina a orar e que diz que ouve e responde a nossa oração. Ao final da aula, estimule seus alunos a orar uns pelos outros com regularidade. Boa aula!

VAMOS DESCOBRIR

Jesus Cristo fez do oração uma atividade permanente em seu ministério. Ele falava com o Pai incessantemente. Tal prática fez com que seus discípulos se interessassem pela oração e o pedissem que os ensinassem a orar. Ele é uma inspiração para todos nós. Hoje vamos conversar sobre a importância da oração na vida do discípulo de Jesus, bem como acerca da necessidade de se perseverar em oração. Você está pronto para aprender?

HORA DE APRENDER

Você sabia que Lucas é o evangelista que mais falou sobre oração em comparação a Mateus, Marcos e João? Seu livro dá uma ênfase tão grande à oração que é considerado o “Evangelho da Oração”. Veremos através do capítulo 11 de Lucas o que o Senhor tem a nos ensinar sobre essa importante disciplina espiritual.

I – A IMPORTANCIA DA ORAÇÃO

1- Jesus, um homem de oração. No Evangelho escrito por Lucas, vemos Jesus orando em seu batismo (3.21); num lugar deserto (5.16); antes de escolher os doze apóstolos (6.12,13); sozinho (9.18); acompanhado no monte da transfiguração (9.28,29); ensinando a orar e a perseverar em oração (11.1-9); orando por Pedro (22.31,32); orando por si mesmo (22.41,42); por seus inimigos (23.34); e, também, clamando antes de morrer (23.46). Mesmo sendo o Filho Unigênito do Pai, Jesus orava constantemente. Lendo todos esses textos, fica mais do que evidente que a oração não era um “faz de conta” na vida de Jesus. Pelo contrário, era algo profundamente essencial. Afinal, antes de falar sobre oração, Ele orava; antes de falar sobre o Pai, Ele falava com Deus. Ele foi um verdadeiro exemplo de homem de oração. Siga os passos do Mestre e seja você também um adolescente de oração!

2- Jesus, um homem disponível a ensinar. Além da oração, outra característica marcante da vida de Jesus é a sua capacidade e disponibilidade em ensinar. Ele ensinava no templo (Lc 19.47), nas sinagogas (Mt 4.23), nas casas (Lc 7.36,40), no monte (Mt 5.1,2), na beira de um poço (Jo 4.6,7), e em tantos outros lugares. O Mestre não desprezava um coração sedento por aprender. Em Lucas 11.1, vemos que após ser visto novamente orando, um dos seus discípulos resolveu “matricular” todos na escola da oração ao dizer: “Senhor, nos ensine a orar” (Lc 11.1). Você já se matriculou nesta escola? Aproveite, pois ainda há vagas; essa disciplina mudará sua vida! Assim como os discípulos, todos nós devemos aprender a orar. E você pode pedir a ajuda ao Espírito Santo, pois Ele irá te ensinar.

3- A oração ensinada por Jesus. Jesus ensinou uma bela oração que podemos ler em Lucas 11.2-4, que muitas vezes é chamada de “a oração do Pai Nosso”. Através dela, Ele nos ensina três importantes lições:
a) O primeiro princípio é que podemos chamar Deus de Pai
O Deus a quem oramos não deve ser tratado como um ser distante e indiferente a nós; Ele deve ser visto como alguém próximo e amoroso: o nosso “Pai”, ou melhor, “Paizinho”. Pode parecer infantil essa expressão, mas ela manifesta com precisão o direito e o privilégio que temos por sermos seus filhos (Rm 8.15; Gl 4.6). Através de Jesus Cristo, fomos inseridos na Família de Deus.
b) O segundo princípio é que deve haver o reconhecimento e a exaltação de Deus. Jesus disse “Pai, que todos reconheçam que o teu nome é santo” (Lc 11.2). O nome de Deus não é apenas uma combinação de letras. Seu nome representa sua pessoa, seu caráter e, por isso, devemos honrar a sua santidade em toda nossa maneira de viver. Jesus também declarou “Venha o teu Reino” (v.2). Pedir pelo Reino é orar pela sua “presença e manifestação agora. Isso inclui a operação do poder de Deus entre o seu povo para destruir as obras de Satanás, curar os enfermos, salvar os perdidos, promover a justiça e derramar o Espírito” (BEP).
c) O terceiro princípio é que deve haver uma entrega total de todas as nossas necessidades ao Pai. A necessidade de ordem material (o pão cotidiano), espiritual (o perdão dos pecados) e a necessidade moral (o livramento do mal) precisam ser apresentadas a Deus em oração (vv. 3,4).

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I – AUXÍLIO PEDAGÓGICO

Estima-se que os brasileiros investem cerca de 5 horas por dia em sites e programas de interação com outras pessoas. Os aplicativos mais usados são o WhatsApp (aproximadamente 30 horas por mês) e o Facebook (aproximadamente 15 horas por mês). —Esses dados nos levaram ao segundo lugar do ranking global dos países com maior tempo de uso das redes sociais, perdendo apenas para a Indonésia. Ao apresentar esses dados, não há nenhuma tentativa de demonizar a internet e a utilização de redes sociais. Pelo contrário, a reflexão que devemos fazer é como tem ficado a nossa vida de oração diante de imersão nas redes sociais? Será que temos gasto proporcionalmente a mesma quantidade de tempo, concentração e envolvimento na oração? Este é um oportuno momento para incentivar os alunos à prática da disciplina da oração e leitura da Palavra. Ajude-os a reverem suas prioridades. Ensine-os a interagiram de forma saudável com as redes sociais, administrando bem o tempo e priorizando a Deus. Esteja atento e disponível para auxiliá-los.

II – UMA HISTÓRIA SOBRE PERSEVERANÇA NA ORAÇÃO

Após ensinar os seus discípulos a orarem, Jesus contou uma história a fim de destacar a importância da perseverança na oração. Na parábola, temos a presença de três personagens: o viajante que chega a meia-noite de surpresa; seu amigo, que irá hospedá-lo, mas que não tem pão em casa para recebê-lo adequadamente; e o vizinho, pai de família, que já está deitado e não quer ser importunado (Lc 11.5-7). De acordo com a cultura judaica da época, o amigo hospedeiro tinha o dever sagrado de oferecer uma boa estadia ao amigo viajante, o que incluía um lugar para passar a noite e uma alimentação adequada. Faltando o que comer, ele sai ao encontro do vizinho para lhe pedir pães emprestados. Entretanto, mesmo diante de uma porta fechada, (um claro sinal de que o dono da casa já se recolhera para descansar), correndo o risco de ser taxado de inconveniente, ele insistentemente pede ajuda ao vizinho. O amigo não demonstra qualquer amizade pelo vizinho hospedeiro e, embora não lhe negue os pães, está decidido a ficar deitado com seus filhos (v.7).

Mas de acordo com Jesus, a insistência do hospedeiro fará com que o seu vizinho lhe atenda (v.8). Antes que você pense em vincular a ideia de Deus à imagem do vizinho que está deitado com seus filhos, com as portas trancadas sem disposição para levantar, é importante que você entenda que não é isso que a parábola está dizendo. A proposta da história é nos ensinar por contraste. Ou seja, se até um homem indisposto é capaz de atender um amigo persistente, quanto mais o nosso Pai amoroso que atenderá as orações de seus filhos que perseverantemente lhe clamam. A lição é que a oração perseverante produz grandes resultados.

II -AUXÍLIO TEOLÓGICO

“Esta parábola incentiva abertamente que sejamos persistentes na oração. Não precisamos nos envergonhar de continuar pedindo. Deus eventualmente responderá nossa persistência e atenderá nossa oração, porque Ele verdadeiramente nos ama e cuida de nossas necessidades. Que melhor motivação podemos ter para sermos persistentes na oração? Nosso alvo não deve ser bajular Deus para que ele mude de mente quando Ele diz “não”. Deus não nos retém nada do que precisamos. Ele reserva suas bênçãos mais seletas para os que o estimam e continuam orando até que recebam” (Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Volume 1. Rio de Janeiro, CPAD, 4a Edição 2006, p. 391).

III – PEÇA, BUSQUE, BATA E RESPOSTA VIRÁ

Se o Filho de Deus não abriu mão de uma vida de oração enquanto esteve na Terra (Hb 5.7), quanto mais nós, que somos frágeis e limitados. Não podemos desprezar essa disciplina espiritual tão importante para vida cristã. Devemos orar o tempo todo (Ef 6.18; 1 Ts 5.17). Jesus exorta seus discípulos a continuarem pedindo e buscando em oração (Mt 7.7,8). Através dessa parábola, em outras palavras, Jesus estava dizendo: não procurem o Pai apenas quando surgirem situações emergenciais à meia noite; antes, permaneçam em comunhão com Deus através das orações constantes.

Sabendo que há promessa para os que pedem (receberão) e buscam (acharão) e batem (Lc 11.9,10). É importante destacar que Jesus não está dizendo que Deus sempre dará aquilo que pedimos. Afinal de contas, muitas vezes os motivos de nossos pedidos são maus (Tg 4.3). Na verdade, Jesus está ensinando que Deus responderá ao filho que ora. Mas, nem sempre essa resposta estará em conexão com a nossa vontade. O Pai Celestial pode dizer “Sim”, “Não” ou “Espere”. Sua vontade é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2). Ela sempre será a nossa melhor resposta. Por isso, não importa qual seja a sua situação, continue orando!

III – AUXÍLIO PEDAGÓGICO

Termine a aula de hoje lendo a frase do irmão Warren Wiersbe que diz: “orar é pedir que Deus nos use para realizar aquilo que ele deseja, de modo que seu nome seja glorificado, seu reino seja expandido e fortalecido, e sua vontade seja feita”. Após, diga aos alunos que Deus os chamou para se relacionarem com Ele e também para realizarem uma grande obra na Terra. Mas, isso só será possível se eles dedicarem suas vidas à oração. Afinal de contas, como dizia nosso irmão Matthew Henry “quando Deus pretende dispensar grandes misericórdias a seu povo, a primeira coisa que faz é inspirá-lo a orar”. Como último ato, faça um círculo de oração, com os alunos de mãos dadas, e ore junto com eles, pedindo que Deus desperte-os a uma vida de oração. Você pode dar oportunidade para dois ou três adolescentes orar nesse momento. Não se preocupe com o tempo. Lembre-se que orar é mais impactante do que falar e pensar sobre oração.

CONCLUSÃO

Como vimos, a oração é algo maravilhoso, pois é um diálogo com o Pai. Através dela temos o privilégio de rasgar o nosso coração diante de Deus e a garantia de que Ele não apenas nos ouvirá, mas também nos responderá. Aconteça o que acontecer não desista de orar por sua família, sua igreja, seu pastor, seus vizinhos e por seus sonhos. Saiba que o nosso Deus intervém na nossa história. Tenha uma vida de oração.

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VAMOS PRATICAR

1- Cite três referências bíblicas sobre oração: Resposta pessoal.

2- Responda com (C) Certo ou (E) Errado:
(E) Jesus não era um homem de oração.
(C) Na oração podemos chamar Deus de Pai.
(C) Na oração deve haver uma entrega total de todas as nossas necessidades ao Pai.

3- Relacione o versículo e a referência bíblica corretamente:
(A) “[…] Senhor, nos ensine a orar […].”
(B) “Mas você, quando orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai […].
(C) “[…] Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês.”
(D) “Orem sempre.

(A) Lucas 11.1
(B) Mateus 6.6
(C) Lucas 11.9
(D) 1 Tessalonicenses 5.17

PENSE NISSO

Você já parou para pensar que os automóveis precisam de combustível para chegar a algum lugar? Eles podem ser velhos ou novos, pintados ou arranhados, sem combustível não vão a lugar nenhum. Assim também somos nós, precisamos do combustível da oração diariamente
para atravessar as dificuldades da vida, chegarmos próximos de Deus e para fazermos a sua vontade.

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