EBD 1° Trimestre De 2020 – Lição 6 Mestre e Discipulador – CPAD Adolescentes/Professor
Objetivos
Ensinar as bem-aventuranças do Mestre Jesus;
Apontar que a palavra do cristão deve ser verdadeira;
Conscientizá-los de que o maior lição aprendida como discípulos é servir.
Texto Bíblico
Mateus 5.1-16
Destaque
“Quando Jesus viu aquelas multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus discípulos chegaram perto dele, e ele começou a ensiná-los” (Mt 5.1,2).
Leitura Devocional
Seg – Mt 5.1,2
Ter – Mc 4.2
Qua – Jo 14.6
Qui – Mt 5.37
Sex – At 2.42
Sáb – Mt 11.29
Dom – Jo 13.12-15
Material Didático
Envelope meio-ofício;
Folhas de papel sulfite
Canetas.
Quebrando a Rotina
Ser discípulo de Jesus é muito mais do que somente conhecer os escritos da Bíblia. A maneira como Cristo ensinou os seus discípulos, tinha como propósito, levá-los além da simples observância de preceitos e mandamentos. Jesus os ensinou que deveriam praticar a justiça e amar uns aos outros com o mesmo amor demonstrado por Ele. Além disso, o Mestre também ensinou que seus discípulos deveriam ter comprometimento com o que falassem.
A palavra do cristão deve ser sim, sim ou não, não. A fim de estimular os seus alunos a falarem sempre a verdade, proponha a seguinte atividade: elabore uma lista de perguntas sobre situações que eles deverão responder sim ou não. Cada aluno deverá fazer sua lista. As perguntas deverão ser respondidas e colocadas em um envelope. Todos os dias, eles deverão ler as perguntas e respostas e verificar se cumpriram ou não com aquilo que prometeram. Na próxima aula, converse com eles sobre as dificuldades que encontraram para colocar em prática tudo aquilo que se comprometeram a fazer.
Estudando a Bíblia
Professor, na aula desta semana, seus alunos aprenderão que o propósito de Cristo era ensinar seus discípulos a serem não somente observadores da Palavra de Deus, mas praticantes. Por esta razão, Ele os ensinava com autoridade e exemplo. Nós como professores, temos muito a aprender com Jesus, o mestre dos mestres. Ele era a própria expressão do que ensinava. Sendo assim, você também deve dar um exemplo de alguém que é comprometido com a verdade que ensina.
Aproveite a aula e estimule seus alunos a olharem para Jesus e falarem sempre a verdade. Ensine-os que somos as pessoas mais felizes do mundo porque já reconhecemos Jesus como o nosso Senhor e Salvador. Sendo assim, fazemos parte de um Reino que se comporta de maneira oposta ao do mundo. E, como discípulos desse reino espiritual, nós devemos agir não somente como observadores, mas praticantes dos valores do Reino.
Na presente lição, vamos conhecer o lado pedagógico de Jesus, o mestre de todos os tempos. A maneira gloriosa como o Mestre de Nazaré ensinava surpreendia até mesmo os mais sábios em Israel. Eles se perguntavam: “Como é que ele sabe tanto sem ter estudado?” (Jo 7.15). E Jesus respondia: “O que eu ensino não vem de mim, mas vem de Deus, que me enviou” (7.16). Jesus não ensinava como os demais mestres israelitas, pois sua pregação era revestida de uma autoridade não proveniente dos homens, mas de Deus; a fim de tornar conhecida aos seus discípulos qual era a boa, a agradável e a perfeita vontade divina.
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Aprendendo sobre as Bem-aventuranças
Com o propósito de ensinar aos seus discípulos os valores do Reino de Deus, Jesus subiu a um monte e começou a ensinar aos discípulos sobre as verdades que deveriam colocar em prática no caminho da vida. Em cada ensinamento, o Mestre revelava a verdadeira felicidade dos filhos do Reino. Ora Jesus não os chamou para viverem conforme os fariseus, que cumpriam uma série de protocolos externos, mas eram vazios de uma vida verdadeiramente espiritual e de comunhão com o Altíssimo.
Pelo contrário, os discípulos de Jesus deveriam viver de acordo com os padrões revelados nas Sagradas Escrituras, praticando a justiça, a bondade e a misericórdia a fim de que desfrutarem das bênçãos do Reino dos Céus. Para isso, o Mestre ensinou as seguintes lições: Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas (Mt 5.3). Significa sabermos que não temos nada que nos tornem autossuficientes e que somos inteiramente dependentes de Deus.
Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará (v.4). Do mesmo modo, para os que choram, isto é, sofredores por causa das agruras da vida, Ele promete consolo (v.4).
Felizes as pessoas humildes, pois receberão o que Deus tem prometido (v.5). Ou seja, você que é humilde e que se preocupa com o Reino de Deus, herdará a terra por herança.
Felizes as pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará completamente satisfeitas (v.6). Aos que têm desejo de justiça e retidão de Deus no mundo, Ele os fará satisfeitos.
Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia delas (v.7). Para os misericordiosos, Ele retribuirá a misericórdia; aos que sentem compaixão pelo próximo, se compadecerá deles.
Felizes as pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus (v.8). Quem possui o coração limpo, sem ódio nem rancor,”verá a Deus”.
Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos (v.9). Aos pacificadores, isto é, os que trabalham pela paz e se engajam por ela, Deus os tratará como filhos.
Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas (v.10). Para quem faz a vontade de Deus e cumpre a sua justiça, o Reino dos Céus o pertence.
Alegrai-vos por causa da perseguição (vv. 11,12). O Senhor declara que não importa o que façam para deter os seus discípulos: há uma recompensa preparada no céu e, por isso, eles devem se alegrar em Deus. Caro adolescente, é um desafio viver de acordo com os princípios do Reino num mundo sem os princípios deste Reino. Mas não seja tímido! Procure conhecer a Palavra de Deus, a fim de que você se prepare a adentrar as mansões celestiais na vinda do grande Rei.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“O Sermão do monte.
Nos capítulos 5-7, temos o que é comumente chamado de o Sermão do Monte. Contém a revelação dos princípios divinos de justiça, segundo os quais todos os cristãos devem viver pela fé no Filho de Deus (GI 2.20), e mediante o poder do Espírito que neles habita (cf. Rm 8.2-14; GI 5.16-25). Todos nós, que pertencemos ao Reino de Deus, devemos ter uma intensa fome e sede de justiça de que trata este sermão de Cristo (Mt 5.6)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1392).
A Mentira na época de Jesus
Na época de Jesus, a cúpula farisaica estava mergulhada na corrupção e na mentira. Eles aparentavam demonstrar uma religiosidade sincera, mas Jesus lhes chamou de “túmulos pintados de branco”, por fora pareciam belos, mas por dentro estavam mortos em pecados (Mt 23.27,28). Suas ações religiosas, como jejuns ou ofertas ou mesmo orações pelas praças, eram apenas para cumprir um formalismo vazio, quando na verdade deveriam praticar o amor ao próximo e perdoar as dívidas daqueles que eram seus devedores (Mt 6.1-18).
Assim, o Senhor espera que você pense sobre o tipo de adoração prestada a Ele: Você vai à igreja só para agradar os seus pais? Ou por medo do mundo? Não reduza a sua experiência com Deus em cumprir uma mera obrigação religiosa. Saiba que o Senhor o ama muito e deseja se revelar mais a você. Clame por Ele! Revele todo o seu coração a Deus, pois certamente Ele dará a você uma resposta.
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AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A literatura rabínica frequentemente usa a fórmula ‘ouvistes que foi dito’. Basicamente, isto era feito quando se levantava um ponto teórico, mas que logo seria rejeitado. Ou, para destacar uma interpretação, prestes a estender-se a uma análise mais detalhada. Isto é exatamente o que Jesus vai fazer, e assim sua frase de abertura tema força de ‘vocês entenderam’.
Ao dizer ‘Eu, porém, vos digo’, Jesus indica que Ele vai expor um significado mais profundo e mais verdadeiro da Lei. É importante observar que Jesus não está criticando a lei do Antigo Testamento.No entanto, Ele está dizendo que o verdadeiro significado da Lei foi mal interpretado pelos mestres contemporâneos. […] Jesus estava tentando convencer as pessoas: a justiça não está relacionada aquilo que fazemos,mas ao que somos. A justiça é uma questão do coração” (RICHARDS, Laurence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.28).
Ele nos Ensinou a ser Verdadeiros
Uma das maiores declarações de Jesus aos seus discípulos acerca do caminho que eles deveriam seguir na vida, foi quando Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim” (Jo 14.6).
A verdade no Reino de Deus é o caminho que aponta para a vida e, por isso, os discípulos de Jesus devem andar neste caminho. Talvez você conheça pessoas que só mentem. O pior da mentira é que ela sempre é sustentada por outra para subsistir. Os que mentem, pensam que por um momento sairão ilesos, mas chega uma hora que a mentira se torna insustentável e aí vêm as consequências.
Muitos adolescentes fazem coisas às escondidas e pensam que seus pais nunca irão descobri-las. Ledo engano! Entretanto, – há uma coisa mais séria ainda: Deus vê tudo! Todavia, Ele deseja que sejamos sinceros adoradores (Jo 4.23,24). Ainda que você se sinta tentado a mentir, pense bem! Você não precisa disso! Há um Deus que o entende na íntegra e conhece as suas limitações e conhece as suas limitações. Ele o ajudará a praticar a justiça.
AUXÍLIO DIDÁTICO
“O Filho de Deus era o Mestre dos mestres, não apenas porque era um com o Pai ou por- que conhecia o homem em sua essência, mas também porque a Palavra de Deus permeava todo o seu ser. Jesus utilizava a Palavra de forma direta e indireta, formal e informal. Ele utilizou versículos de todas as partes do Antigo Testamento. Não raro, entrelaçava essas passagens em suas conversas com indivíduos e em seus discursos para a multidão. Ele considerava o homem responsável por conhecer e cumprir a vontade de Deus.
As Escrituras impregnavam de tal modo o seu seu ser que Ele as utilizava para muitos propósitos e de diversas formas. Ele as utilizou para derrotar Satanás e para revelar sua própria identidade. Ele utilizou as Escrituras para dar autoridade às suas palavras e ações, demonstrar o cumprimento de profecias, estimular o raciocínio, responder perguntas, instruir na justiça de Deus e corrigir práticas e conceitos errôneos.
Ele sempre demonstrava a relação entre o assunto tratado e o Antigo Testamento. Ele resumiu todos os Dez Mandamentos veterotestamentários em dois, que demandavam amor em vez de conhecimento – apesar de este amor ser logicamente, baseado no conhecimento. O pecado dos fariseus estava no fato de que, apesar de conhecerem a lei, deixavam de captar seu espírito e relacioná-la à sua vida íntima. Embora conhecessem as palavras das Escrituras, não conheciam aquele de quem as Escrituras falavam. O conhecimento que tinham das Escrituras levava-os ao orgulho e à presunção, mas não realizava o propósito para o qual elas foram oferecidas” (LEBAR, Lois E. Educação que é Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.132-33).
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Ele nos Ensinou a ser Discípulos
Uma das mais importantes lições de Jesus aos seus discípulos, durante o tempo do ministério terreno, foi a de aprender a servir. Ser discípulo de Jesus é se conscientizar de que o Reino de Deus não funciona do mesmo modo que o reino dos homens. No Reino de Deus, todo aquele que se faz humilde como uma criança será grande (Mt 18.2-4). De modo que os se fazem grande serão pequenos.
No mundo, os grandes dominam sobre as massas e sobre elas impõem a própria vontade, as governando pela força. Mas no Reino de Deus é diferente. Nada é por obrigação, pois todos servem mediante a ação do Espírito Santo em cada coração (Mt 20.25-28). Jesus deu o maior exemplo de humildade quando lavou os pés de seus discípulos, mostrando que eles deveriam fazer o mesmo com as pessoas (Jo 13.12-15).
Mas tudo deveria ser espontâneo e voluntário: fruto de um coração amoroso em Cristo. Talvez você já tenha cansado de ver no meio de suas amizades, na escola ou até mesmo na igreja, muitos tentarem levar vantagem em tudo. São pessoas que não aceitam perder e só pensam em si mesmas. Elas acham que o mundo “gira em torno de si” e se mostram insatisfeitas com tudo. Mas a maior alegria para aqueles que pertencem ao Reino de Deus é servir e se doar pelo bem do próximo, pois eles sabem que já encontraram a razão da própria existência: o privilégio de conhecer o Senhor Jesus, a verdade que faz todo sentido.
Recapitulando
Jesus foi e é o maior Mestre que já existiu. Sua simplicidade para ensinar serviu de exemplo para muitas gerações de educadores que conhecemos. Ele não escreveu nenhum livro sequer, mas a sua vida serviu de exemplo para muitos em sua época e continua sendo o melhor modelo hoje. Sua sabedoria e amor trouxeram luz aos olhos daqueles que estavam perdidos na escuridão do pecado. Ele chamou os seus discípulos para serem felizes, os ensinou sobre como fazer a diferença no mundo e de falar a verdade sempre com o seu próximo.
Para além de todo o seu ensino, o privilégio de estar sempre disposto a servir, sem dúvida, é um dos fundamentos do ministério de Jesus. O mais retumbante exemplo dEle foi a entrega de si mesmo: “Pois eu desci do céu para fazer a vontade daquele que me enviou e ndo para fazer a minha própria vontade” (Jo 6.38). Ele renunciou a si mesmo a fim de agradar ao Pai é por intermédio de sua morte sobre a cruz, nos conceder o privilégio de também servimos a Deus e ao próximo com a nossa vida.
Refletindo
1 – Qual o propósito do ensino de Jesus no Sermão da Montanha?
R: Ensinar aos discípulos quais são os valores do Reino de Deus e explicá-los as verdades que deveriam colocar em prática.
2 – De que maneira você pode influenciar a sua geração?
R: Vivendo de acordo com a Palavra de Deus: falando a verdade e praticando a justiça.
3 – Reflita por um instante sobre como você tem adorado a Deus.
Resposta pessoal.
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