EBD – BETEL – 2° Trimestre 2020 – Lição 1 SALMOS: Um Guia Devocional Para O Cristão – SALMOS: Uma referência para a vida de adoração e oração do cristão. Comentários da revista da Editora Betel:
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► APRESENTAR uma visão panorâmica dos Salmos.
► MOSTRAR a importância dos cânticos;
► DESTACAR alguns termos específicos dos Salmos.
TEXTO ÁUREO
Cantai louvores ao Senhor com a harpa; com a harpa e a voz do canto. Salmos 98.5
VERDADE APLICADA
O livro de Salmos muito contribui para a vida de adoração e oração do discípulo de Cristo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
SALMOS 42
1 – Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha por ti, ó Deus! SALMOS 44 1 – Ó Deus, nós ouvimos com os nossos ouvidos, e nossos pais nos têm contado os
feitos que realizastes em seus dias, nos tempos da antiguidade.
SALMOS 45
1 – O meu coração ferve com palavras boas; falo do que tenho feito no tocante
ao Rei; a minha língua é a pena de um destro escritor.
INTRODUÇÃO
Caros irmãos, neste trimestre teremos o prazer de estudar o livro de Salmos, que muito colabora para a vida de adoração e oração do cristão. O comentarista da revista é o pastor Adriel Gonçalves do Nascimento vice-presidente do ministério de Madureira em Uberlândia/MG. Meus amigos, sabemos que estamos passando por uma grave de crise na área da saúde, não apenas em nosso país, mas em todo o mundo causada pelo Coronavírus Covid-19, o que tem preocupados a todos.
Mas felizmente, temos a nossa disposição a palavra de Deus que é sem dúvida poderosa e eficaz em nossas vidas. Assim, estudar o livro de Salmos neste momento é muito gratificante, em Salmos encontramos diversos temas que vem fortalecer a seu povo. Jamais podemos perder de vista que permeia por todo Salmos a confiança exclusiva no Deus de Israel. Precisamos ter fé e confiar no Seu amor na Sua graça e misericórdia, e acreditar plenamente de que a Sua vontade é o melhor para cada um de nós. Deus é fiel e justo, por isso, devemos colocar nossa confiança nEle, Ele acalma o nosso coração. Por Deus sempre ser fiel e ter o controle de tudo, podemos confiar plenamente em Sua pessoa
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1. TÍTULO, DIVISÃO DO LIVRO E AUTORES
Nesta seção vamos abordar as divisões do livro, bem como, os autores que Deus usou para escrever o livro de Salmos. A Bíblia de Aplicação Pessoal comenta que os Salmos são cânticos de louvor a Deus como nosso Criador, provedor e Redentor. Esse louvor incide em reconhecer, apreciar e expressar a grandeza de Deus. Quando elevamos nossos pensamentos em Deus, isto nos faz a louvá-lo. Quanto mais o conhecemos, mais apreciamos o que Ele fez por nos.
1.1. Título
No texto hebraico, a coleção completa dos Salmos chama-se Tehillim, ― cânticos de louvores. Esse título refletia o principal conteúdo dessa coletânea em geral. Mais tarde, os rabinos passaram a chamá-la de ― O livro dos louvores. A Septuaginta, tradução grega do Antigo Testamento, chamou-a de ―Salmos. O verbo grego do qual o substantivo ―salmos é derivado indica, basicamente, ― tocar ou tanger em cordas‖, o que sugere uma associação com acompanhamento musical. O título em português deriva do termo grego e seu contexto.
Os Salmos compunham o antigo hinário de Israel inspirado por Deus (2Tm 3.16), que definia o
espírito apropriado e o conteúdo da adoração. Os salmos formam um preceito de vida divinamente estabelecida, pela qual podemos julgar a nós mesmos. O valor destes é muito grande a partir deste ponto de vista, e a sua utilização aumentará com o crescimento da verdadeira fé no coração. O Espirito Santo nos ajuda a orar quando utilizamos as expressões do salmista.
1.2. Divisão do livro O livro de Salmos é subdividido em cinco livros menores. Sendo que cada livro é uma união de diversas coleções antigas de cânticos e poemas. Uma doxologia apropriada foi colocada pelos editores no final de cada livro.
No livro I (Sl1-41), A maioria dos Salmos é autoria do rei Davi. O Livro II (Sl 42-72) é uma coleção de cânticos por, de, ou para os filhos de Corá, Asafe, Davi e Salomão; aqui nessa coleção, quatro escritos permanecem anônimos. O Livro III (Sl 73-89) é marcado por uma grande coleção de cânticos de Asafe. Asafe foi o chefe dos cantores do rei Davi (1Cr 16.4-7). Embora a maioria dos salmos no Livro IV (Sl 90-106) não tenha os seus autores citados, Moisés, Davi e Salomão colaboraram também. No Livro V (Sl 107-150) registram-se vários cânticos de Davi. A série de cânticos chamada de Hallel Egípcio (Sl 113-118) também está no Livro V. Os cânticos finais nesse livro (Sl 146-150) são conhecidos como o ―Grande Hallel (Hallel é uma palavra de origem hebraica que significa ― cânticos de louvor
a Deus) Cada cântico começa e termina com a exclamação hebraica de louvor, ―Hallelujah (palavra de origem hebraica cujo significado quer dizer ―louvai a Deus).
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1.3. Autores
O Livro de Salmos é um ajuntamento de várias coleções antigas de cânticos e poesias próprias para ser usado tanto no culto congregacional quanto para a devoção particular. Em determinadas coleções, os compiladores antigos reuniram a maior parte dos maravilhosos cânticos de Davi. Porém em outras, eles coletaram salmos de uma variedade de autores, como Moisés, Asafe, Hemã, os filhos de Corá, Salomão, Etã e Jedutum.
Muitos destes cânticos, cerca de 50, são de fonte desconhecida. Os estudiosos judeus os chamam de ―salmos órfãos. O período dos salmos se estende de Moisés, c. 1410 a.C. (Sl 90) ao período pósexílio do final do século 6º ou começo do século 5º (SI 126), abrangendo c. 900 anos da história judaica.
2. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO LIVRO
O livro dos Salmos é uma coleção de poesia hebraica inspirada, declarando a adoração e delineando as experiências espirituais do povo judaico. É a parte mais íntima do Antigo Testamento, dando-nos uma revelação do coração do judeu santo, e cursando todas as escalas de suas experiências com Deus e a humanidade.
A principal característica do livro é a literatura poética hebraica que são poesia por excelência. Diferentemente do estilo de poesia ao qual estamos habituados, que está baseada na rima e na métrica, a poesia hebraica é essencialmente caracterizada por paralelismos lógicos. Alguns dos tipos mais importantes de paralelismos são:
1) sinonímico (o pensamento da primeira linha é repetido com conceitos similares na segunda [p. ex., Sl 2.1]); 2) antitético (o pensamento da segunda linha é contrastado com o da primeira [p. ex., Sl 1.6]); 3) climático (o pensamento da segunda linha e das subsequentes retoma uma palavra, frase ou conceito para aprimorar o desenvolvimento da ideia principal [p. ex., Sl 29.1-2]); e 4) quiástico ou introvertido (as unidades logicas são desenvolvidas em um padrão. A… B… B’… A’… [p. ex., Sl 1.2]).
2.1. A poesia hebraica
O livro de Salmos é uma ampla coletânea de composições poéticas da Bíblia. Ficamo-nos maravilhados diante da qualidade de muitas dessas antigas peças literárias, algumas das quais são obras-primas em miniatura. A poesia teve uma antiga e longa tradição na literatura dos hebreus. Seus temas envolvem não apenas louvores ao Senhor, mas também alegria e tristeza pessoais, redenção nacional, festividades e eventos históricos.
Os salmos refletem as mais profundas experiências e necessidades do coração humano, e assim desempenham uma atração permanente sobre as pessoas de todas as religiões. Incorporaram o que havia de melhor nas formas poéticas dos hebreus, tendo-as desenvolvido, e eram acompanhados por um surpreendente desenvolvimento musical, com frequência usada para acompanhar a recitação dos salmos na adoração formal de Israel.
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2.2. Acrósticos
Champlin diz que um salmo acróstico é aquele em que cada linha ou segunda linha começa com uma letra sucessiva do alfabeto hebraico. Esse estilo literário bastante artificial fez com que os salmos assim escritos se tornassem um tanto desconjuntados, pois as ideias ficavam frouxamente vinculadas. A palavra acróstico vem do grego akros (fim ou ponta) + stixos (linha de um
versículo). Nas composições em hebraico, essas letras especiais figuram no começo das linhas, mas nas composições em outros idiomas podem figurar em qualquer lugar. O Salmo 119 citado pelo pastor Adriel, autor da revista é um exemplo deste recurso literário usado na poesia hebraica. Confira os Salmos
9,10, 25 e 37, quanto a esse artificio literário.
2.3. Refrão
O refrão são recursos bastante utilizados nos Salmos, como descrito na revista, trata-se de outras características literárias. O refrão é a repetição de uma
frase, é importante, pois ajuda na organização do poema e aviva o tema abordado. Servindo de exemplos, observem os salmos 42 e 43 são dois poemas tão
intimamente ligados em conteúdo e estilo que desafiam a separação. A ocorrência do mesmo refrão em 42.5; 42.11; e 43.5, o fato do Salmo 43 ser sem título, e a
forma interna dos dois salmos, tudo indica uma só composição original.
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3. ESCLARECIMENTOS DE ALGUMAS EXPRESSÕES
Nos Salmos existem algumas palavras que são difíceis de entender, assim, neste tópico vamos destacar algumas dessas palavras na tentativa de facilitar ao leitor um melhor entendimento desses termos.
3.1. Selá, Higaion e Mictão Estes termos provavelmente estão correlacionados na área musical, e são encontrados em alguns Salmos. Segundo o Dicionário da Bíblia de Almeida, a palavra SELÁ é um termo que parece indicar uma pausa no cântico, enquanto os instrumentos continuam a tocar ou enquanto se introduz uma DOXOLOGIA, um AMÉM, A etc. Ocorre 71 vezes em Sl (ver Sl 3.2) e três vezes em (Hc 3).
Por causa dessa incerteza e também por não ter sido parte do texto de cada salmo quando
originalmente escrito, essa palavra é omitida em grande número de traduções modernas da Bíblia, inclusive a RA e NTLH. Quanto ao termo HIGAION, é um termo musical que provavelmente significa ―melodia para meditação‖ ou ―interlúdio‖ (Sl 9.16). MICTÃO é um título hebraico de seis Salmos, podendo referir-se a uma oração silenciosa (16; 56-60).
3.2. Jedutum e Masquil
Jedutum era um levita da família de Merari a serviço do templo de Jerusalém, que foi nomeado pelo rei Davi, para dirigir a música e o grupo dos cantores do
Templo. Também havia outros dois levitas que o ajudavam eram eles Hemã e Asafe (veja 1Cr 25,1.3.6, e outros). Por fazer parte do grupo dos músicos seu nome
aparece muitas vezes no livro dos Salmos (Conf. Sl 39, 62, 77).
Davi nomeou como chefe dos músicos do TABERNÁCULO (1Cr 25.1-3). Masquil – Término hebraico aparece nos encabeçamentos dos seguintes Salmos: 32;
42; 44; 45; 52; 53; 54; 55; 74; 78; 88; 89 e 142. É um termo que significa ― instrução‖, estes Salmos davam instruções para o remanente fiel. A mesma palavra, no plural ―maschilim‖ significa ―os sábios‖ e ―os entendidos‖ (cf. Dn. 11.33, 35; 12:3, 10).
3.3. Degraus
Cada um desses quinze salmos também conhecido como ― Cântico de Romagem‖. O termo hebraico traduzido por ― romagem igualmente pode significar ― degraus ou ― escaladas e vem de um radical que quer dizer ―subir, como quem sobe uma escada. Dez desses salmos são anônimos, quatro são atribuídos a Davi (122, 124, 131, 133) e um a Salomão (127).
Esses salmos foram escolhidos a fim de compor um ―hinário para ser usado pelo povo que ia a Jerusalém celebrar as três festas anuais (Êx 23.14-19) – a Pascoa, na primavera; Pentecostes, no começo do verão; e Tabernáculos, no outono. Os peregrinos entoavam esses cânticos em conjunto, enquanto viajavam em grupos de famílias para Jerusalém (Lc 2.41-52), e isso os ajudava a concentrar os pensamentos naquilo que o Senhor havia feito por sua nação.
CONCLUSÃO
Os salmos incorporaram o que havia de melhor nas formas poéticas dos hebreus, tendo-as desenvolvido, e eram acompanhados por um surpreendente desenvolvimento musical, com frequência usada para acompanhar a recitação dos salmos na adoração formal de Israel. Ambrósio dizia que ― Os salmos são a bênção do povo, o louvor de Deus, elogio dos fiéis, o aplauso de todos, a linguagem universal, a voz da Igreja, a profissão harmoniosa de nossa fé, a expressão de nossa entrega total, a alegria de nossa liberdade, o clamor de nossa alegria transbordante.
Eles acalmam nossa ira, afastam nossas preocupações e nos confortam e nossas tristezas. De noite é uma arma, de dia um ensinamento; no perigo é nossa defesa, nas
festividades nossa alegria; expressam a tranquilidade de nosso espírito; são uma prenda de paz e de concórdia‖. — Ambrósio (cerca de 339–397).
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