EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2022 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 10: O Amor na Prática
LEITURA BÍBLICA
Lucas 10.25-37
A MENSAGEM
“Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros.” João 13.34
DEVOCIONAL
Segunda » 1 Jo 3.18,19
Terça » Mt 22.37-39
Quarta » 1 Co 13.4-7
Quinta » Rm 12.20,21
Sexta » Jo 13.34,35
Sábado » 1 Jo 4.20,21
OBJETIVOS
EXPLICAR a parábola do Bom Samaritano;
ENSINAR sobre a necessidade da prática do amor cristão;
ENCORAJAR os adolescentes a seguirem o exemplo do Bom Samaritano.
EI PROFESSOR!
No livro “Chamados para Liderar” lemos: “adolescentes de hoje não se contentam com qualquer coisa. Eles são enérgicos, críticos, perspicazes e questionadores, e suas ideias precisam ser aceitas e respeitadas”. Por essas razões, você precisa atuar de maneira proativa e não aguardar apenas o momento da sala de aula, para se relacionar com os adolescentes. Pelo contrário, é necessário utilizar as redes sociais e/ou os meios de comunicação para estar em contato constantemente com eles. Durante a aula, desenvolva também dinâmicas pedagógicas e utilize todos os recursos disponíveis para atrair a atenção dos seus alunos. Com práticas assim, você tornará a Escola Dominical um espaço de aprendizagem acolhedor e dinâmico.
PONTO DE PARTIDA
O amor é uma virtude cristã. Jesus, quando questionado sobre os mandamentos, sintetizou a lei em uma Palavra: Amor; e esse amor deve ser orientado em três direções:
1°) Para cima – em relação a Deus; 2°) Para os lados – em relação ao próximo; e 3°) Para dentro – em relação a nós mesmos.
Na aula de hoje, analisaremos a parábola do Bom Samaritano, pela qual Jesus nos ensinou sobre o nosso próximo e a maneira de demonstrarmos nosso amor e compaixão por ele. Infelizmente, em uma sociedade egoísta como a nossa, que funciona a partir da lógica do consumo e da utilidade, muitas relações se tornaram descartáveis e inúmeras pessoas estão sofrendo. Por isso, falaremos do amor cristão, que gera empatia e cuidado com o próximo.
VAMOS DESCOBRIR
Hoje vamos estudar a parábola do Bom Samaritano. Você a conhece? Ela, sem dúvida, é uma das histórias mais conhecidas dentro e fora do contexto cristão. Ela tem inspirado pessoas e instituições a demonstrarem compaixão pelos que sofrem. Então, nesta aula, conversaremos sobre o nosso próximo e qual deve ser a nossa atitude em relação a ele, segundo o ensino de Jesus.
HORA DE APRENDER
A parábola desta lição tem como pano de fundo um diálogo entre Jesus e um estudioso do Antigo Testamento. A conversa gira em torno de duas inteligentes perguntas: “[…] o que devo fazer para conseguir a vida eterna?” (Lc 10.25) e“[…] quem é o meu próximo?” (v.29). Jesus não oferece uma resposta sem antes conduzir seu questionador à uma reflexão sobre o que as Escrituras dizem acerca da primeira questão levantada. O doutor da lei, sem pestanejar, afirma que a resposta está no cumprimento do mandamento duplo: Amar a Deus e amar o próximo (v.27). Concordando com sua resposta, Jesus diz: “faça isso e você viverá” (v.28). Entretanto, a segunda pergunta recebe um pouco mais de atenção. Vamos à questão:
I – QUEM É O MEU PRÓXIMO?
Dando sequência à conversa, Jesus então lhe propõe uma história, cujo enredo gira em torno de um homem que havia sido assaltado e agredido e encontrava-se quase morto à beira do caminho. E que, passando por ele dois representantes da religião judaica, o sacerdote e o levita, ambos escolheram evitá-lo e seguir o caminho como se nada tivesse acontecido, afinal de contas, isso daria muita dor de cabeça para eles. Entretanto, logo a seguir, vinha passando também um samaritano, que vendo o homem, parou e o ajudou. Os samaritanos, aos olhos dos religiosos de Jerusalém, eram pessoas desprezíveis.
Mas, foi ele quem tratou as feridas do desconhecido, o retirou da estrada e o colocou em segurança em uma pensão. Então, a partir dessa parábola, Jesus devolve a pergunta ao intérprete da Lei: “[…] Na sua opinião, qual desses três foi o próximo do homem assaltado?” (v.36). Jesus o deixou em uma situação desconfortável. Mesmo contra sua vontade, ele diz: “aquele que o socorreu” (v.37), sem referir-se ao samaritano, tendo em vista a hostilidade existente entre os judeus e o povo de Samaria. Jesus então o diz: “[…] pois vá e faça a mesma coisa” (v.37). Esse relato é capaz de nos ensinar três importantes lições sobre o próximo. Em primeiro lugar, o próximo é um ser humano sem distinção de cor, nacionalidade, religião ou condição social.
Em segundo lugar, ele é uma pessoa que compartilha conosco o dom da vida. Em terceiro lugar, ele é uma pessoa sujeita às mesmas lutas, dificuldades e dores impostas pela presença do pecado no mundo. Como fica evidente, o próximo é sempre um indivíduo, criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27), em necessidade, a quem devemos nos aproximar com compaixão para auxiliá-lo.
I – AUXÍLIO DIDÁTICO
“Este doutor da lei era um homem que tinha como profissão conhecer e entender os detalhes da religião judaica. Ele tinha estudado as Escrituras (o Antigo Testamento – a Lei, os Salmos e os Profetas). Ele também conhecia todas as tradições. O fato de que este homem quisesse tentar Jesus não indica necessariamente hostilidade. Ele queria saber o que ele tinha que fazer para herdar a vida eterna. Este doutor da lei obviamente conhecia a lei de Moisés. Na sua resposta, ele citou Deuteronômio 6.5 e Levítico 19.18. Ele entendeu corretamente que a lei exigia devoção total a Deus e amor ao próximo. Amar a Deus desta maneira é obedecer completamente a todos os mandamentos relativos ao relacionamento “vertical” de alguém. Mas outro mandamento da lei diz que devemos amar o próximo. Isso se refere aos relacionamentos “horizontais” – entre as pessoas. Uma pessoa não consegue manter um bom relacionamento vertical com Deus sem também cuidar do seu próximo. A palavra ‘próximo’ se refere aos seres humanos em geral” (Comentário do Novo testamento Aplicação Pessoal (Vol.1). Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 395, 396).
II – AMOR NA PRÁTICA
A lição central da parábola do Bom Samaritano, para os discípulos de Jesus, é que todo cristão é chamado a demonstrar compaixão pelo necessitado. E por isso, vamos analisar mais de perto algumas ações do samaritano que devem servir de princípios para nossa prática cristã:
1- Uma visão atenta e cuidadora do outro.
Jesus diz que, quando o samaritano viu o homem, ficou com muita pena dele” (Lc 10.33). Nós vivemos em uma sociedade com inúmeras pessoas egoístas. Elas não conseguem ver além de si mesmas e de seus sonhos pessoais. Mas Jesus é o mestre da compaixão e do cuidado (Mt 9.36) e nos chama a seguir seu exemplo (Jo 13.15,35 e 15.12,14).
2- Aproximação.
Jesus destacou que o samaritano chegou perto do homem ferido. Vivemos um tempo marcado por contradições, pois ao mesmo tempo que estamos perto, por meio das redes sociais, também estamos mais longe das pessoas. Rompa a barreira da distância e se aproxime de pessoas que precisam de ajuda.
3- Atitudes concretas.
Diz o texto que o samaritano “limpou os seus ferimentos com azeite e vinho e em seguida os enfaixou” (v.34). Ele fez o que era possível naquele momento para auxiliar o necessitado.
Através dessa parábola, Jesus nos mostra que não podemos fechar os olhos à dor do outro (1 Jo 3.18). Amar é a vocação de cada cristão!
II – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“O amor do qual trata o primeiro mandamento não é um amor retórico […]. Deus nos mostra e exemplifica o amor verdadeiro no texto de João 3.16 quando diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O apóstolo Paulo em Romanos 13.10 diz: “O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”. Cristo ensina que não basta dizer que amamos, há que se avançar para o segundo estágio que é compadecer-se. Segundo o Dicionário da Bíblia de Almeida, compaixão é: Pena; piedade; dó (Mc 9.22). Não há vida piedosa sem piedade, não há amor sem compaixão.
Ainda no texto de João 3.16 note que Deus amou, mas também observe-se que Deus deu seu Filho. Não bastou a Deus amar, não bastou a Deus mover-se de íntima compaixão pelo mundo perdido. Deus se compadece, mas avança para a prática, para a práxis, para a efetivação do amor na ajuda às necessidades humanas expressas no mundo” (GABY, Wagner Tadeu & GABY, Eliel dos Santos. As parábolas de Jesus – as verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 99).
III – O AMOR CRISTÃO NA SOCIEDADE
Através dessa a parábola, Jesus nos mostra que há sempre uma possibilidade concreta de ferirmos como os ladrões da parábola; de sermos feridos como o homem encontrado semimorto; de ignorarmos o ferido como fizeram o sacerdote e o levita; ou de socorrermos o ferido como fez o samaritano. O fato de sermos ainda adolescentes não tira de nós a responsabilidade de discernir entre o que é certo e errado. Pelo contrário, temos os mandamentos e devemos guardá-los em nossos corações (81119.11; 1 Jo 2.14). Também temos acesso às Escrituras para leitura (Js 1.8; 811.2; 1 Tm 4.13,15), a fim de aprender a seguir o caminho correto. Então, siga os mandamentos de Jesus e ame o próximo.
III – AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Prezado (a) professor (a), infelizmente, o bullying é uma prática cruel que tem crescido nas escolas do nosso país e devastado emocionalmente a vida de inúmeras crianças e adolescentes. Alguns de nossos meninos e meninas certamente já foram vítimas dela, ou quem sabe, até mesmo algozes. Por essa razão, sugerimos que ao fim desse tópico você proponha um fórum de debate com os seguintes questionamentos: O que devo fazer quando testemunho um bullying? E se for comigo, como devo agir ao sofrer bullying? Após ouvi-los atentamente, relacione algumas respostas e a seguir, diga-lhes o seguinte: “Em casos de testemunharem o bullying não sejam omissos e ofereçam apoio e solidariedade àqueles que estão sendo perseguidos. E se forem alvos do bullying orem ao Senhor, procurem ajuda de um adulto responsável e não permita que esse episódio faça você pensar que não tem valor. Lembre-se sempre: Deus te ama!”
CONCLUSÃO
Constantemente somos desafiados a vivermos fora da lógica do amor de Deus. Mas como vimos o amor é a única possibilidade de escolha para os discípulos de Jesus. Amar é um mandamento. Por essa razão, nosso desafio hoje e sempre é mantermo-nos fiéis ao Senhor, amando-o acima de todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmo.
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VAMOS PRATICAR
1- Explique com as suas palavras quem é o próximo, segundo a lição? O próximo é sempre um indivíduo, criado à imagem e semelhança de Deus, em necessidade.
2- Relacione os agentes abaixo, segundo a parábola estudada:
(A) Os que feriram
(B) 0 que foi ferido
(C) 0 que tratou as feridas
(D) Os que ignoraram o ferido
(B) O homem agredido
(D) O sacerdote e o levita
(A) Os assaltantes
(C) O bom samaritano
PENSE NISSO
O amor é o alicerce da mensagem cristã. Falamos de amor, mas, às vezes, temos dificuldades em vivenciá-lo. Não devemos ter um discurso lindo e cativante e uma prática pálida e irrelevante. A mensagem do bom samaritano é um lembrete à nossa consciência de que não há outro caminho para ser trilhado por nós, que não seja o amor compassivo e generoso.
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
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