EBD 1° Trimestre de 2020 – LIÇÃO 4 Orientações bíblicas sobre a intimidade do casal BETEL Dominical – Adultos
TEXTO ÁUREO
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém
aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.” Hebreus
13.4
VERDADE APLICADA
É fundamental que os cônjuges cultivem uma intimidade baseada no
amor, respeito e cuidado mútuo, de acordo com a Palavra de Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar que Deus criou o sexo para o bem-estar do casal no
casamento.
Mostrar os cuidados que os cônjuges devem ter para que a vida
sexual seja plena e efetiva entre eles.
Apresentar três princípios básicos para uma intimidade sadia e feliz.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
PROVÉRBIOS 5
- Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu poço.
- Derramar-se-iam por fora as tuas fontes, e pelas ruas, os ribeiros de
águas?
- Sejam para ti só, e não para os estranhos contigo.
- Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua
mocidade.
- Como cerva amorosa e gazela graciosa, saciem-te os seus seios em
todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA / Gn 1.28 A Bíblia e a intimidade sexual
TERÇA / Gn 2.24 O casamento e a vida sexual
QUARTA / 1Co 7.5 O perigo da abstinência sexual no casamento
QUINTA / 1Co 7.33-34 Cultivando uma boa comunicação
SEXTA / 1Pe 3.7 Convivendo com entendimento
SÁBADO / Tg 5.16 Enfrentando a raiz dos problemas
HINOS SUGERIDOS
121, 154, 200
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que os casais cristãos saibam como ter um casamento
saudável baseado na Bíblia.
ESBOÇO DA LIÇÃO
- Matrimônio e vida sexual
- Dois numa só carne
- Princípios para uma intimidade sadia
INTRODUÇÃO
Em um tempo de tantas distorções dos valores cristãos e invasão de
muitos lares pela pornografia e a indústria da imoralidade, é fundamental
o resgate das orientações bíblicas acerca da intimidade conjugal. EBD 1° Trimestre de 2020 – LIÇÃO 4 Orientações bíblicas sobre a intimidade do casal BETEL Dominical – Adultos
PONTO DE PARTIDA
O sexo foi criado por Deus.
Matrimônio e vida sexual
Tudo o que Deus criou tem um propósito, inclusive o sexo. Desse modo,
é preciso compreender não somente o que o sexo representa para o
casal, mas, principalmente, os propósitos e princípios pelos quais Deus o
criou. Sexo exige responsabilidade e entendimento [Pv 7.1-5].
1.1. Deus criou a sexualidade. O sexo foi criado por Deus. Desse
modo, o sexo não deve ser visto como algo pecaminoso, sujo ou
proibido. Ele é prazeroso, mexe com os sentimentos, as emoções e os
desejos mais profundos de uma pessoa [1Co 7.3]. O grande problema é
que isso pode acontecer tanto de maneira positiva, quanto negativa [Rm
1.23-28; Hb 13.4]. Por esse motivo, é importante compreender que
apenas o fato de duas pessoas se amarem não torna legítimo seu direito
de ter relações sexuais, visto que essa atividade constitui a mais íntima
expressão do amor conjugal, e somente através do matrimônio poderá
alcançar sua plena realização.
Subsídio do Professor: José Humberto de Oliveira escreveu sobre a
sexualidade: “Ao afirmarmos que Deus criou a sexualidade, estamos
enfatizando ‘Deus’ e não o sexo, porque os meios de comunicação já
propagam e deturpam esta bênção divina de forma sedutora e
dominadora. Todavia, ‘na perspectiva cristã, o corpo e a alma são
sagrados. A sexualidade está inscrita tanto no corpo como na alma.
Portanto, jamais deveria ser vista e vivida de outra forma que não fosse
sagrada’ (Amauri Cardoso). E somente aqueles que estão em Cristo
podem compreender e viver a plenitude da sexualidade”
1.2. O casamento e a vida sexual. “…apegar-se-á à sua mulher, e
serão ambos uma carne” [Gn 2.24]. Este texto, que indica a união
sexual, é o clímax de um processo que teve início em Deus, que viu não
ser bom o homem estar só. A seguir providenciou uma companheira e
levou-a a Adão. Adão a recebeu de Deus. O relato bíblico deste
processo constitui-se em um verdadeiro manual de casamento: tudo
deve começar em Deus; Deus está atento à todas as necessidades do
ser humano; Deus provê também o cônjuge; é precioso “deixar” [Gn 2.24] para se unir (“apegar-se-á”) – indica algo consciente, não movido
pela “paixão” ou por “instinto”; e, então, vem a união sexual.
Infelizmente, muitos não atentam para os princípios bíblicos acerca do
casamento e da sexualidade. EBD 1° Trimestre de 2020 – LIÇÃO 4 Orientações bíblicas sobre a intimidade do casal BETEL Dominical – Adultos
Subsídio do Professor: Carlos Grzybowski escreveu: “A sexualidade
humana é uma expressão da intensidade relacional, em que o outro é
tão significativo para mim que eu me permito gerar com ele uma unidade
funcional, a qual tem um caráter transcendente e nos conecta de forma
misteriosa. Essa unidade funcional é denominada de casamento e
constitui-se de três elementos fundamentais: maturidade (deixar pai e
mãe), compromisso (unir-se com o cônjuge) e união sexual (tornar-se
uma só carne) [Gn 2.24]”.
1.3. O ato sexual. Tendo visto nos tópicos anteriores que Deus criou a
sexualidade e promoveu a união de homem e mulher, é importante
conhecermos o que a Bíblia diz sobre a intimidade sexual: 1) É
considerada “sem mácula” quando dentro do matrimônio [Hb 13.4]; 2)
Trata-se de um dos deveres dos cônjuges, um para com o outro [1Co
7.3]; 3) Não deve ser usada para manipulação ou chantagem de um para
com o outro [1 Co 7.4-5]; 4) A abstinência do ato sexual no casamento
deve ser uma exceção e somente com mútuo consentimento [1Co 7.5];
5) Tratar a esposa, também no aspecto sexual, com respeito, dignidade,
cuidado, honra e sabedoria [1Pe 3.7]. Estes são apenas alguns textos
que tratam do tema.
Subsídio do Professor: Tim e Beverly LaHaye escreveram: “O ato
conjugal é essa bela relação íntima de que partilham marido e mulher, na
seclusão de seu amor – e ela é sagrada. Prova disso é o fato de que
Deus tenha apresentado esta experiência sagrada em seu primeiro
mandamento para o homem [Gn 1.28]. Esse encargo foi dado ao homem
antes de o pecado entrar no mundo (…)”. Evidentemente, como deixa
transparecer o texto bíblico – 1Co 7.3-5 – a função do ato sexual não se
limita a procriação, mas, também, para prazer mútuo [Pv 5.18-19].
EU ENSINEI QUE:
Tudo o que Deus criou tem um propósito, inclusive o sexo. Por essa
razão, é fundamental compreender que o sexo exige responsabilidade e
entendimento.
Dois numa só carne
O descuido quanto ao cultivo da intimidade entre os cônjuges têm
facilitado o pecado da infidelidade conjugal em muitos lares. Deus
instituiu o matrimônio para ser tanto permanente quanto saudável. Por
esse motivo, é importante que os cônjuges saibam como completar-se
nesse quesito [1Co 7.3, 5].
2.1. Homem e mulher: iguais e diferentes. É muito importante que o
esposo e a esposa tenham sempre em mente que ambos foram criados
e amados por Deus, bem como são “co herdeiros” da mesma graça [1Pe
3.7], feitos para amar e serem amados. Porém, a maneira como
exteriorizam e lidam com esta necessidade é diferente. Tal consciência
nos ajuda a encarar a tendência ao egoísmo – “eu quero é ser feliz”. Mas
as pessoas se casam para ser felizes ou porque são felizes e querem
fazer feliz a quem amam? Assim, havendo amor [1Co 13.5], há atenção
com o outro, interesse em conhecer mais o outro, superação das
diferenças, melhorando a qualidade da intimidade do casal.
Subsídio do Professor: Luciano Subirá escreveu sobre a relação
sexual: “Os homens e as mulheres funcionam de forma diferente. A
prontidão do homem para o ato sexual, salvo exceções, é praticamente
instantânea, mas com a mulher as coisas funcionam de modo diferente”.
O que ocorre é que alguns cônjuges não atentam para a realidade das
diferenças também neste aspecto, o que faz com que diminua a
qualidade da intimidade sexual do casal. Vários textos bíblicos apontam
para ações que muito contribuem na fase preliminar do ato sexual:
Cantares 1.2; 2.6; 5.16; 7.9. Vemos a importância do falar, perfume,
ambiente, carinho, abraço, beijo etc.
2.2. Enfrentar a raiz dos problemas. Vários fatores contribuem para
uma intimidade do casal com baixa qualidade: o ativismo em excesso
(não proporcionando tempo para investir em relacionamento com o
cônjuge); não estabelecer prioridades na rotina do lar (inclusive quando
do nascimento dos filhos – o casal precisa estar atento para não deixar
de investir no relacionamento conjugal); a não valorização do outro (com
palavras e gestos); problemas de saúde, entre outros. Assim, se faz
necessário que tanto o esposo como a esposa estejam sempre atentos
quanto ao relacionamento conjugal considerando o que a Bíblia expõe e
para contribuir na formação de outras gerações.
Subsídio do Professor: Roberto Márcio Gomes escreveu sobre
intimidade entre os cônjuges: “(…) a intimidade de conhecer vai além do
ato sexual, ela envolve a compreensão dos pensamentos, sentimentos,
desejos, sonhos e experiências compartilhadas com o outro. Cultivar a
intimidade requer esforço, pois exige honestidade, transparência e
afetividade, além de admitir as próprias limitações, fraquezas e defeitos,
fazendo esforço de mudar o que desagrada a Deus, em primeiro lugar, e
depois ao outro [Tg 5.16]”.
2.3. Respeitar-se mutuamente. Mesmo casados, o homem e a mulher
não devem esquecer que pertencem, acima de tudo, a Deus, sendo,
portanto, constituídos para Seu serviço. Por isso, imprimiu em cada um
de nós a Sua imagem e semelhança. De acordo com a revista Nossa Fé,
da Editora Cultura Cristã: “O uso do corpo deve ser respeitoso, de modo
que nem esposo, nem esposa, o usem indevidamente, sem objetivar a
glória de Deus [1Co 6.18-20; 7.4]. Infelizmente, diante de tanta
perversão sexual, muitos cristãos adotaram algumas formas grotescas
de sexo, que desvirtuam o propósito de Deus para nosso corpo. Para
que um casal cristão não ceda à tentação de imitar o que a pornografia
vende, é preciso que haja respeito entre os cônjuges. Antes de ser meio
de prazer para um casal, o corpo é oferta a Deus [Rm 6.13, 19; 12.1]”.
Subsídio do Professor: O Dr. Douglas E. Rosenau escreveu: “O sexo
é uma força muito poderosa, e a pornografia, com frequência, anda
passo a passo com as compulsões sexuais. O relacionamento sexual é
verdadeiramente prejudicado no mundo viciado em sexo. O cônjuge
perde a importância e a pessoa é mais guiada pela necessidade de se
satisfazer que de se unir de forma descontraída e amorosa ao seu
cônjuge. (…) Superar e recuperar-se (…) envolve todo um processo que
evolui paulatinamente. Isso também é verdadeiro com respeito à vida
cristã em geral, pois você permite que Deus continuamente resplandeça
a luz da divina verdade em sua vida, auxiliando-o a modificar as áreas
imaturas”. [ EBD 1° Trimestre de 2020 – LIÇÃO 4 Orientações bíblicas sobre a intimidade do casal BETEL Dominical – Adultos ]
EU ENSINEI QUE:
Para que um casal cristão não ceda à tentação do pecado da
infidelidade conjugal, é preciso que haja respeito entre os cônjuges,
cultivo da intimidade conjugal e entendimento de que o corpo é oferta a
Deus.
Princípios para uma intimidade sadia
Casais que não se comunicam perdem a oportunidade de descobrir as
chaves que conduzem à felicidade. Saber como agradar e aquilo que dá
prazer e alegria torna o relacionamento mais especial.
3.1. Um amor cuidadoso e protetor. Escrevendo acerca do amor,
Paulo diz que podemos fazer tudo na vida, mas sem amor tudo fica sem
sentido [1Co 13.1-3]. O amor conjugal possui muitos adjetivos, entre eles
está o cuidado, o carinho, a atenção e o serviço. O amor é a soma de
várias atitudes combinadas durante o curso do dia a dia da convivência.
Quando falta um desses ingredientes, ele começa a ficar deficiente e
pode ser minado [Ct 2.15]. Devemos entender que, de acordo com a
Bíblia, o amor é fruto do Espírito [Gl 5.22]. Esse amor é fortalecido por
uma vida regrada pela Palavra e guiada pelo Espírito Santo.
Subsídio do Professor: Luciano Subirá sobre a importância de focar
no interesse do outro: “Precisamos aprender a servir nosso cônjuge! É
uma clara ordenança bíblica e, como toda ordem divina, é para o nosso
próprio bem [Fp 2.4-8]. Gary Chapman, um extraordinário estudioso e
observador do comportamento conjugal, afirmou (via Twitter): ‘Se me
pedissem para dar uma chave que abre um casamento feliz, esta seria a
atitude de serviço mútuo. Praticar o serviço.’”.
3.2. Conviver com entendimento. O apóstolo Pedro nos chama
atenção quando instrui os maridos a conviver com suas esposas com
“entendimento” e “honrando-as” porque elas são “vasos mais fracos”
[1Pe 3.7]. Tanto o homem quanto a mulher têm seus dias de reclusão.
Existem dias que a mulher não quer sexo, quer apenas se sentir
protegida, quer carinho, quer apenas estar ao lado do marido. Às vezes
o homem também deseja estar só, quer estar com os amigos, quer
assistir algum esporte. Um casal maduro sabe respeitar os espaços um
do outro, as diferenças entre si, os limites que não se deve ultrapassar, e
a vontade e a opinião um do outro [Lc 6.31].
Subsídio do Professor: Leonora Ciribelli escreveu sobre a relevância
de um relacionamento interdependente diante da realidade das
diferenças do casal: “No relacionamento interdependente preza-se pela
relação, sem perder de vista o valor individual de cada um. A proposta é
a convivência de duas liberdades, que encontram juntas a capacidade
de desfrutar do que há de melhor na outra pessoa, pois há abertura para
o diferente.”.
3.3. Cultivar uma boa comunicação. O casal deve estar aberto para
conversar sobre todas as coisas, até mesmo seus desejos mais secretos
e seus pontos de vista. Devem falar sobre as coisas que aborrecem e as
que trazem felicidade. As coisas simples também devem ser conhecidas,
como: cor predileta, comida que mais aprecia, lugar que mais gosta de
passear etc. Muitas brigas de casais poderiam ser evitadas se os
cônjuges se conhecessem mais [1Co 7.33-34]. [ EBD 1° Trimestre de 2020 – LIÇÃO 4 Orientações bíblicas sobre a intimidade do casal BETEL Dominical – Adultos ]
Subsídio do Professor: Jasiel Botelho e Marcos Kopeska escreveram
sobre a comunicação afetiva: “A comunicação que vai além de palavras
e tange o coração é a antessala da relação sexual. A comunicação do
coração leva o casal a fazer amor e não apenas sexo”.
EU ENSINEI QUE:
Os princípios para uma intimidade conjugal sadia envolvem: um amor
cuidadoso e protetor, conviver com entendimento e cultivar uma boa
comunicação.
CONCLUSÃO
Ao mencionar a importância da intimidade na vida conjugal, é relevante
pensarmos além do ato sexual. Envolve cuidado mútuo, serviço, respeito
e um permanente cultivo por parte de ambos os cônjuges, com a
imprescindível orientação bíblica e a ajuda do Espírito Santo.