EBD Editora Betel | 3° Trimestre De 2025 | TEMA: JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS: A verdade que Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de João | Escola Biblica Dominical | Lição 13: O Filho de Deus e a Vida Eterna – A Eterna Promessa da Salvação
TEXTO ÁUREO
“Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo”, João 5.26.
VERDADE APLICADA
Permaneçamos em Cristo, pois somente Ele tem as palavras de Vida Eterna.
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OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer que a Vida Eterna é mediada por Cristo, o Autor da Salvação.
Compreender que não sabemos quando Cristo virá, mas devemos estar atentos.
Reiterar que a vida eterna proporciona a entrada do crente na presença de Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 17
1 Jesus falou assim, e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
2 Assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos Lhe deste.
3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
4 Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
5 E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
11 E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 10.9 Jesus é a Porta para a Eternidade.
TERÇA | Jo 3.16 O amor de Deus nos concede a Vida Eterna.
QUARTA | Ef 2.6 Ressuscitado em Jesus Cristo.
QUINTA | 1Jo 2.25 A morte não é o fim.
SEXTA | Rm 6.23 Quem aceitar Jesus viverá para sempre.
SÁBADO | Jo 6.40 Quem crê no Filho tem a Vida Eterna.
HINOS SUGERIDOS: 90, 118, 209
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que alcancemos a Vida Eterna reservada aos justos.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- No Filho de Deus está a vida
2- A Vida Eterna com Cristo
3- A esperança dos salvos
Conclusão
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos alguns aspectos de um tema bem presente no Evangelho de João: a vida. Diante da realidade e da influência do pecado na existência humana, Deus, por amor, enviou o Seu Filho, que tem vida e concede vida. Veremos as respostas necessárias por parte do ser humano para desfrutar da Vida Eterna no presente e no futuro glorioso reservado a todos que permanecerem em Cristo Jesus.
PONTO DE PARTIDA: O Filho de Deus nos concede a Vida Eterna.
1- No Filho de Deus está a vida
Um assunto importante no Evangelho de João é a vida, e está presente no início (1.4) e no final (20.31) do livro. Vemos que o conceito de vida é relevante não somente no evangelho, mas também em outros escritos de João.
1.1. Sentidos da palavra vida no NT. Conforme o Dicionário VINE (2016, p. 1057), a palavra “vida” é usada no NT como: “princípio; vida no sentido absoluto; vida como Deus a tem; aquilo que o Pai tem em Si mesmo (Jo 5.26); a qual o Filho manifestou no mundo (1 Jo 1.2)”. Em outro sentido, a palavra se refere à vida física do ser humano e sua existência em si (Lc 16.25; At 17.25). Encontramos o termo também no sentido de “vida eterna” daqueles que estão em Cristo Jesus (Jo 3.15-16; 5.24; Fp 2.16). Assim, ao conhecer o que as Escrituras revelam sobre a vida, nosso entendimento vai além da existência física e da realidade debaixo do sol. O Senhor Deus fez o ser humano um “ser vivente” (Gn 2.7) e tem propósitos conosco que não estão limitados às ações de sobrevivência física (comer, beber, multiplicar-se), mas inclui a comunhão com Ele durante a vida debaixo do sol e também por toda a eternidade (Jo 5.28,29; At 17.25-28).
Wycliffe Dicionário Bíblico (2019, p.2016): ” “Vida Eterna, uma frase que aparece 30 vezes no NT, na versão KJV em inglês, das quais 15 usos ocorrem no Evangelho e nas epístolas de João; e 43 vezes na versão RSV em inglês, com 25 ocorrências nos escritos de João. A palavra “eterna” (aionios) é derivada da palavra que significa “era”, um período indefinido de tempo, e, dessa forma, duradouro, e consequentemente infinito. A vida eterna refere-se invariavelmente à vida de Deus, ou ao estado futuro dos justos (Mt 25.46). Os escritos de João a definem em termos de conhecimento, fazendo dela sinônimo da experiência de Deus (Jo 17.3). A vida eterna não pode ser adquirida pelos homens, mas lhes é conferida como uma dádiva em resposta a fé (Jo 3.15-16; 1Jo 5.1; Rm 6.23), e torna-se uma fonte perpétua de poder e refrigério (Jo 4.14)”.
1.2. O efeito do pecado. O pecado afetou a vida física, conforme o Criador já tinha anunciado ao primeiro casal: “certamente morrerás” (Gn 2.17). Mas também o relacionamento com Deus, pois a pessoa que ainda não nasceu de novo está separada da “vida de Deus” (Ef 4.18), estando espiritualmente morta (Ef 2.1). Vide a parábola que Jesus contou sobre o filho que voltou à casa do pai. Em dois versículos, o Senhor usou estas frases: “estava morto, e reviveu” (Lc 15.24,32). O Apóstolo Paulo escreveu que aquele que vive dominado pela prática pecaminosa, “vivendo, está morto” (1Tm 5.6). Todo ser humano depende da luz da Palavra de Deus e da ação do Espírito Santo para não viver espiritualmente enganado, achando-se vivo quando, na verdade, Deus diz que está morto (Ap. 3.1).
Francis Foulkes (1983, pp. 58-59), comenta sobre Efésios 2.1: “O problema do homem não é simplesmente o fato de estar em desarmonia no seu ambiente e com os seus semelhantes, pois todos os homens estão “alheios à vida de Deus” (4.18), o que significa com respeito à verdadeira natureza espiritual que estão “mortos (…) nos delitos e pecados”. […] Esta morte não é basicamente física, mas a perda da vida espiritual recebida, da vida de comunhão com Deus e da consequente capacidade de atividade e desenvolvimento espirituais. Descreve a condição atual do ser humano, e na realidade a Bíblia frequentemente fala do homem como estando espiritualmente morto devido ao pecado (Ez 37.1-4; Rm 6.23; 7.10,24; Cl 2.13), e necessitando de nada menos que uma nova vida da parte de Deus (Ef 5.14; Jo 3.3; 5.24)”.
1.3. O Filho de Deus veio para dar vida. O Apóstolo João registrou que no Filho de Deus, que se fez carne e habitou entre nós, está a vida (Jo 1.4). Ele tem vida e dá vida. O Evangelho de João registra que os estudiosos da Lei buscavam ter Vida Eterna por intermédio do estudo das Escrituras. A questão é que, quando veio o Filho de Deus, aqueles mesmos estudiosos não creram nEle. Eles não perceberam que a vida estava nAquele de quem as mesmas Escrituras que eles estudavam testemunhava (Jo 5.39,40).
R.N. Champlin (2014, pp. 452-453), comentando sobre João 5.39, menciona um texto de Lange’s Commentary: “Conheciam a casca da Bíblia, mas ignoravam a amêndoa que estava dentro dela. Rebuscavam as Escrituras minuciosas, pedante e supersticiosamente, na letra; mas não sentiam simpatia nenhuma pela alma que nelas habitam . Idolatravam o volume escrito, ao mesmo tempo que resistiam à palavra viva ali contida”.
EU ENSINEI QUE:
O Pai promete Vida Eterna a todo aquele que crer no Filho.
2- A Vida Eterna com Cristo
João não se limitou a escrever que a vida estava no Filho de Deus, mas procurou expor a necessidade de receber essa vida e a possibilidade de desfrutar a Vida Eterna. Essa exposição, que envolve a vida como dádiva de Deus, é feita num contexto cristológico e soteriológico.
2.1. Crer em Jesus Cristo. Considerando o exposto no tópico anterior, o Filho de Deus tem vida e dá vida, vemos que João enfatiza a relevância da fé em Jesus Cristo como o enviado de Deus ao mundo para nos salvar dos nossos pecados. Logo no início do evangelho, encontramos: “aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12). Fé é a exigência para a pessoa receber a Vida Eterna (Jo 3.16). A mensagem no Evangelho de João revela que as bênçãos e privilégios que o Filho de Deus veio proporcionar com Sua vinda à terra, inclusive ser membro da família de Deus e ter a vida eterna, são desfrutadas por todos que creem no Filho (Jo 3.36).
Revista Betel Dominical (4° Trimestre de 2017. Professor, pp. 52-53): “É importante estarmos atentos para não confundir a fé que salva e sustenta a vida cristã com outros tipos de fé. Existe a “fé natural”: a semeia na terra crendo que vai colher; é possuída por todos em diferentes graus e situações do cotidiano. Existe a “fé exclusivamente intelectual” (crê na existência de Deus, acredita que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Não é suficiente apenas conhecer, pois os demônios também conhecem a Pessoa e as Obras de Deus (Tg 2.19). Há pessoas que professam a “fé utilitária”, baseada somente nos desejos e interesses humanos (Jo 2.23-24; 12.42-43). É a fé que não conduz ao comprometimento e à renúncia. A pessoa crê, mas não está disposta a se arrepender e passar a viver de acordo com a vontade de Deus”.
2.2. Receber a Palavra de Deus. Há uma íntima conexão entre crer em Jesus, ter Vida Eterna, ser de Deus e como lidamos com a Palavra de Deus. O Evangelho de João enfatiza bem essa conexão: (a) 5.24 quem ouve a Palavra de Jesus e crê em Deus tem a vida eterna; (b) 5.47 -quem é de Deus escuta as Palavras de Deus; (c) 17.6 – Jesus, em Sua oração, menciona que as pessoas dadas ao Senhor como Seus discípulos são caracterizadas por ter recebido as palavras que lhes foram entregues pelo Filho de Deus enquanto nesta terra. Nosso Senhor disse que Suas Palavras transmitidas aos Seus discípulos “são espírito e vida” (Jo 6.63). Portanto, não podemos desprezar, desvalorizar ou colocar em “segundo plano” as Escrituras Sagradas ao longo da nossa jornada cristã. É uma questão de vida.
D. A. Carson (2007, p. 303) comenta sobre João 6.63: “As palavras de Jesus corretamente entendidas e absorvidas, geram vida, cf. 5.24. Se as palavras de Jesus nesse discurso forem corretamente captadas, então o povo, em vez de rejeitar a Jesus, o verá como o pão do céu, aquele que dá sua carne pela vida do mundo, aquele que é o único que provê vida eterna, e eles o receberam e creram nele, provarão a vida eterna imediatamente e desfrutarão da promessa de que ele os ressuscitará no último dia […] Não é possível se alimentar de Cristo sem se alimentar das palavras de Cristo, porque crer realmente em Jesus não pode estar separado de realmente crer nas palavras de Jesus (5.46,47)”.
2.3. A relevância de praticar a Palavra de Deus. No Evangelho de João, Nosso Senhor Jesus Cristo foi claro ao afirmar que não é suficiente conhecer a Palavra de Deus, concordar, ter em mente, se o discípulo de Cristo não a aplicar no dia a dia. Até mesmo para entender a Palavra de Deus é preciso, antes, disposição para cumprir, fazer a vontade de Deus (Jo 7.17). Precisamos nos aproximar das Escrituras com um compromisso de fé que resulte em comprometimento em cumprir a vontade de Deus. Esse comprometimento parece que estava faltando em muitos que manifestavam crer em Jesus (Jo 8.30,31).
F. F. Bruce (1987, p. 173), comenta sobre João 8.31: “Permanecer nas palavras de Jesus significa aderir ao seu ensino – orientar a vida por ele. O poder com que ele falava já levara alguns dos seus ouvintes a crer nele, mas ser discípulo é algo constante; é um estilo de vida. Um verdadeiro discípulo está em sintonia com a instrução do seu mestre, e a aceita, não cegamente, mas com inteligência. A instrução do mestre torna-se regra de fé e prática do discípulo “. Ou seja, como em João 13.17, a bem-aventurança está interligada a um ponto crucial, que vai além de ouvir, compreender e concordar com a Palavra de Deus: é preciso praticar.
EU ENSINEI QUE:
Após Sua morte, Jesus ressuscitou e voltou ao Céu para nos preparar para o lugar.
3- A esperança dos salvos
O Evangelho de João não destaca somente o desfrutar da Vida Eterna por aquele que crê, recebe Jesus e permanece em Suas Palavras ao longo da jornada nesta terra, mas também pontua alguns aspectos que compõem a realidade futura do discípulo de Cristo.
3.1. A Esperança que impulsiona o discípulo. A esperança no retorno de Jesus Cristo gera a certeza de que as dores e os sofrimentos da vida terrena são pequenos diante dos bens eternos preparados para os filhos de Deus (Jo 14.3). No Livro de Apocalipse, João ressalta que vamos morar com o Pai em Seu Tabernáculo Eterno: seremos o Seu povo; e Ele, o nosso Deus (Ap 21.3). Lá não haverá pranto, nem morte, nem clamor, nem dor (Ap 21.4). Tamanha esperança nos motiva a perseverar em Cristo Jesus, pois nEle está a Vida Eterna (Jo 3.15).
Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016, p.106): “Diante de tudo que a Palavra de Deus nos apresenta, concluímos que todo cristão pode e deve crer que o Senhor Jesus voltará. A vinda de Jesus não pode, em hipótese alguma, apavorar o salvo. Devemos viver motivados, alegres, deixando Cristo viver através de nós porque, quando esse momento chegar, valerá todas as afrontas e sofrimentos que já vivemos (1 Jo 3.2; Ap 21.2,3).
3.2. A dimensão futura da vida eterna. Nosso Senhor declarou que, no fim desta era, os que morreram em Cristo participarão da ressurreição para a vida (Jo 5.29). É uma garantia que foi revelada pelo próprio Senhor em um outro momento: Jo 6.40,54. Todo aquele que crê no Filho de Deus, e nEle permanece, já tem uma experiência parcial da Vida Eterna e vive na esperança de participar da dimensão futura desta vida em Cristo. O Apóstolo Paulo, escrevendo sobre essa dimensão futura, registrou: “partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.23). Hoje, já desfrutamos da bênção de viver em Cristo (“tem a vida eterna”, Jo 5.24), mas o discípulo de Jesus também vive na esperança de vivenciar a “glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.17).
William Barros (2022, L.13): “Toda a tragédia que acometeu a raça humana desde a Queda de Adão será finalmente superada por um novo tempo. Um tempo sem Satanás e seus demônios, sem a maldição do pecado e suas consequências terríveis, vistas ao longo da história do homem (Ap 21.4). Assim, vemos que a morte, o último inimigo do homem, será definitivamente derrotada (1Co 15.54). Esse propósito será agora cumprido, e Deus habitará com o homem (Ap 21.3). Que tempo glorioso será este!”
3.3. Estar onde Jesus Cristo está. No início do chamado “discurso de despedida”, o Senhor prepara os discípulos para Sua partida. Inicia dizendo que eles não poderiam ir para onde Ele estava indo (Jo 13.33). Podemos imaginar o espanto, a preocupação e a apreensão daqueles que ali estavam. E, então, Nosso Senhor lhes diz: “Não fiquem tristes e preocupados”, Jo 14.1. A mensagem foi que deveriam continuar crendo na provisão, no cuidado e nas promessas do Senhor. Um dia Ele voltará para buscar os Seus que estão nesta terra. Os que morreram em Cristo serão ressuscitados, e os que estiverem vivos em Cristo serão transformados (Jo 14.3; 1Ts 4.13-18). Para estar com o Senhor por toda a eternidade, é preciso viver no Senhor enquanto nesta terra.
F. F. Bruce (1987, p. 255) comenta sobre João 14.2-3: “A casa de meu Pai já foi mencionada por Jesus em outro sentido, em 2.16: “a casa de meu Pai” é o templo de Jerusalém. Aqui, todavia, a casa (oikia) de meu Pai obviamente não é na terra; é o lar celestial para onde Jesus está indo e onde sua gente também tem um lugar prometido. Antes, durante a mesma semana, Jesus havia dito: “Onde eu estou, ali estará também o meu servo” (12.26); agora ele amplia esta promessa dizendo que levará seus seguidores pessoalmente para lá”.
EU ENSINEI QUE:
Morar no Céu e desfrutar a Vida Eterna é o desejo dos salvos em Cristo.
CONCLUSÃO
Que o Espírito Santo nos ajude a permanecer em Cristo, pois somente Ele tem as Palavras da Vida Eterna” (Jo 6.68). Jesus Cristo é o Bom e Perfeito Pastor que pode prover tudo o que Suas precisam para viver plenamente.
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