EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 3° Trimestre De 2024 | TEMA: O LIVRO DOS SALMOS – “Aleluia” Louvai ao Senhor! | Escola Biblica Dominical | Lição 11: Salmo 128 – Uma Família feliz
SUPLEMENTO ESCLUSIVO DOPROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Que lição maravilhosa temos para esta aula, pois falaremos sobre família, esta que já se tornou desacreditada por uma parcela da sociedade, mas nós continuamos acreditando nela, que ela é boa. Família não é um projeto de homens, é uma ideia de Deus. Dê uma ênfase especial ao versículo 6, pois este fala a respeito das bênçãos de Deus sobre os filhos dos nossos filhos, isso significa que as maravilhas que o Senhor tem para nós, não cessarão em nossa geração, mas alcançarão os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos. Assim como antes de Davi, ninguém da sua casa era rei, mas depois dele, todos foram reis, Deus pode fazer com que a partir de nós, a salvação alcance toda nossa posteridade.
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OBJETIVOS
Identificar autor, título, data, classificação e contexto histórico do salmo.
Entender que as bênçãos para a família estão diretamente relacionadas ao temor a Deus.
Compreender que o templo e o lar são lugares de excelência para o Senhor, de onde ele ordena bênçãos.
PARA COMEÇAR A AULA
Dê início a esta aula de forma diferente das demais, escolha previamente algum aluno que tenha um testemunho na sua família de alguém que foi o primeiro de todos a ter um encontro com Jesus, e que posteriormente essa bênção da salvação foi alcançando um por um até nessa casa a salvação tornar-se plena. Dessa forma, prossiga a aula, abordando que essa profecia do salmo 128 tem alcançado todos aqueles que creem no Senhor Jesus como salvador, bem como toda sua casa.
LEITURA ADICIONAL
Cântico de Degraus. Há uma subida evidente do último salmo: aquele apenas indicava a maneira como uma casa pode ser edificada, mas este dá uma imagem da casa edificada, e adornada com alegria doméstica, por intermédio da bênção do próprio Senhor. Há, claramente, um avanço na era, pois aqui passamos de filhos para filhos dos filhos; e também um progresso em felicidade, pois os filhos que no último salmo eram flechas aqui são plantas de oliveira, e em vez de falar “com os seus inimigos à porta”, nós concluímos com “paz sobre Israel”. Assim subimos, passo a passo, e cantamos, enquanto subimos.
(…) “Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.” Observe isto. Coloque uma Nota Bene junto a esta observação, que é digna de nota. Não se deve deduzir que todos os homens abençoados são casados e que são pais; mas que esta é a maneira como o Senhor beneficia as pessoas piedosas que estão colocadas na vida doméstica. Ele torna os seus relacionamentos felizes e lucrativos. Desta maneira, o Senhor abençoa as famílias tementes a Deus, pois Ele é o Deus de todas as famílias de Israel. Nós vimos esta bênção dezenas de vezes, e jamais deixamos de admirar, na paz doméstica, a doçura da felicidade humana. A bem-aventurança familiar vem do Senhor, e é uma parte do seu plano para a preservação de uma raça piedosa, e para a manutenção da sua adoração sobre a terra. Somente no Senhor devemos procurá-la. A possessão de riquezas não a assegura; a escolha de uma esposa saudável e bela não a assegura; o nascimento de vários filhos belos não a assegura; é preciso que haja a bênção de Deus, a influência da piedade, o resultado da vida santa.
Livro: Os Tesouros de Davi vol. 3 (Charles Spurgeon, CPAD, 2017, págs. 691, 694)
TEXTO ÁUREO
“Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem.” Sl 128.2
VERDADE PRÁTICA
A Felicidade no lar provém de Deus, do trabalho e da união.
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Sl 59.10 Deus virá ao meu encontro
Terça – Sl 3.3 0 Senhor é o meu escudo
Quarta – Sl 6.1-2 Tem misericórdia de mim
Quinta – Sl 32.1 Bem-aventurado aquele que é perdoado
Sexta – Sl 118.8-9 Melhor confiar no Senhor
Sábado – Sl 2.7-8 As nações são herança do Senhor
Hinos da Harpa: 126 178
LEITURA BÍBLICA COM TODOS
INTRODUÇÃO
I- ASPECTOS GERAIS
1- Autor, título e data
2- Classificação
3- Contexto histórico
II- BÊNÇÃOS PARA A FAMÍLIA Sl 128.1-3
1- Crente feliz Sl 128.1
2- Felicidade no trabalho Sl 128.2
3- Fecundidade e união no lar Sl 128.3
III- BÊNÇÃO DA LONGEVIDADE Sl 128.4-6
1- O lugar da bênção Sl 128.4-5
2- Prosperidade do Brasil Sl 128.5b
3- Paz às nossas gerações Sl 128.6
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
O Salmo 128 é um hino familiar – um cântico para um casamento, ou um nascimento, ou qualquer dia em que uma família feliz se reúna para louvar ao Senhor. Como todos os cânticos de degraus, ele se refere a Sião e Jerusalém, que são expressamente mencionadas, e o salmo é concluído como os salmos 125, 130 e 131, com uma alusão a Israel. É um salmo curto, mas extremamente abrangente e sugestivo. A sua poesia é do melhor tipo. Talvez em nenhuma região ele seja mais bem compreendido do que na nossa, pois nós, acima de todas as nações, nos alegramos em cantar, “Lar doce lar”.
I- ASPECTOS GERAIS
1- Autor, título e data. Desconhecemos o autor do Salmo 128. O título em itálico “Cântico de romagem” não fornece pistas. Ao que tudo indica, temos a mesma autoria para esta terceira trilogia dos “cânticos dos degraus”. Sobre a data, também incerta.
2- Classificação. O Salmo 128 é classificado como sapiencial (sabedoria) e didático. Porém, sua principal classificação vem mesmo do fato de pertencer ao grupo de salmos que os peregrinos entoavam quando subiam para Jerusalém para participar das três festas anuais
(Êx 23.14-19).
3- Contexto histórico. O Salmo 128 encerra a terceira trilogia dos cânticos dos degraus (Salmos 126-128). Esta trilogia apresenta uma ideia crescente. Aqui, no Salmo 128, Israel encontra-se perante o desafio de repovoar a nação, cuja população diminuiu bastante durante o exílio de 70 anos na Babilônia. Por isto, temos uma ênfase especial à família e à procriação
(v. 3). A oliveira, a árvore mais valiosa da Palestina, surge como metáfora perfeita dessa reprodução. Árvore longeva, que alcançava perto de 12 metros aos 500 anos de vida, era o símbolo preciso de estabilidade, riqueza e longevidade de que o regresso povo de Israel necessitava na Terra Santa.
II- BÊNÇÃOS PARA A FAMÍLIA Sl 128 1-3
1- Crente feliz (Sl 128.1). “Bem aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos”.
O termo “bem-aventurado” (v.1) do original hebraico foi traduzido para o grego makarios, a mesma expressão traduzida de Jesus nas Bem-Aventuranças (Mt 6) Em português, significa feliz ou muito feliz. Segundo Raymond Brown, não se trata de um desejo de felicidade tampouco mera consequência da conduta de um servo íntegro, mas em seus originais, tais expressões “reconhecem um estado concreto de felicidade”, afirmando uma qualidade que já se encontra presente no crente. O v. 1 é também uma declaração de maturidade espiritual, pois o cativeiro de Israel foi considerado fruto da desobediência do povo, contra a qual profetas bradaram (Jr 25).
2- Felicidade no trabalho (Sl 128.2). Do trabalho de tuas mãos comerás
“Do trabalho de tuas mãos comerás” (v. 2) tem profundo significado neste salmo, não sendo apenas memória de Gênesis 3.19. Este versículo é um brado de alegria de quem foi livre da escravidão. Cativos, muitos judeus trabalhavam para outros e comiam de mãos alheias. Não tinham o prazer de plantar e colher. Esta declaração comemora o que Davi afirmou no Salmo 37.25: “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão”. Em nossa sociedade, homem e mulher são iguais em direitos e obrigações (art. 5º, inciso I, Constituição), o que inclui o direito/dever de trabalhar. Precisamos contextualizar este salmo. Para o judeu que voltava à sua terra em 536 a. C., vivia-se o auge de uma sociedade patriarcal, onde a função principal da mulher era procriar.
Em nosso contexto atual, é bem diferente. O trabalho é uma conquista recente da mulher, um direito ainda em aperfeiçoamento, pois o homem continua recebendo mais por trabalho idêntico em certas categorias. Precisamos de sabedoria de Deus ao interpretar a Bíblia.
Do mesmo modo como a mulher judia daqueles tempos não tinha a mínima condição de trabalhar conforme o nosso modelo atual de trabalho, assim não podemos querer utilizar no Séc. XXI o modelo patriarcal da Antiguidade. Precisamos separar história de doutrina.
Ambos os cônjuges são chamados a cooperar no orçamento doméstico, não devendo haver imposição sobre a mulher, que, pela natureza biológica e tradição familiar, muito trabalha, e, em havendo atividade externa, acaba vivendo múltiplas jornadas.
3- Fecundidade e união no lar (Sl 128.3). “Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa”.
A esterilidade sempre foi um complicador para uma sociedade patriarcal. No caso de Israel, este fato sempre perturbou a nação (Gn 16.1). Assim, deixando o exílio, pesava duas vezes mais sobre a mulher hebreia o “dever” de repovoar a terra. Se antes a esterilidade era um complicador, como vemos na angústia de Ana (1Sm 1.9-18), agora tornava-se algo insuportável. Em nossa sociedade atual, a mulher não deve mais ser vista apenas por este ângulo. O planejamento familiar é importante. O número de filhos deve ser decidido pelos cônjuges, não esquecendo todos nós que a doação da vida é um ato divino (Sl 139.16). Portanto, entendemos que a maternidade/paternidade é apenas uma delegação divina, sendo Deus o verdadeiro Pai (Ef 4.6) e que não temos direito de rejeitar o que Deus formou no ventre materno. O Salmo 128 forma um belo quadro de união no lar, conforme o Salmo 133.1, que espiritualizamos exageradamente.
III- BÊNÇÃO DA LONGEVIDADE (Sl 128.4-6)
1- O lugar da bênção (SI 128.4-5) Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor! O Senhor te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida.
“O Senhor te abençoe desde Sião” (v. 5) é um texto que marca o caráter territorial da religião judaica, para a qual havia uma cidade santa (Jerusalém) e um lugar específico onde Deus habitava nela (Templo, Lugar Santíssimo). Todavia, Jesus não enfatizou estes detalhes, pelo contrário, afirmou à mulher de Samaria que chegariam dias quando “nem neste monte, nem em Jerusalém” o Pai seria adorado, pois Deus é espírito (Jo 4. 21,23). Depois, ao contrário de seus judeus contemporâneos, que citavam Jerusalém e o Templo várias vezes em suas preces, Jesus não os mencionou no modelo de oração que nos ensinou, “deslocando” par a o Céu o I ugar onde Deus está, sendo o primeiro a invocar o Senhor como “Pai” (“Aba”), quebrando a antiga fórmula: “Ó, Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”. O lugar da bênção é onde Deus est á presente, sendo o templo e o lar lugares de excelência para o Senhor.
2- Prosperidade do Brasil (Sl 128.5b). “Para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida”. Existe um apego exagerado a Israel em certos cristãos, apego que não encontramos nem no judeu chamado Jesus. O Mestre não endeusou lugares nem ocasiões. Ele cumpriu toda a lei, mas, sobre Jerusalém, proferiu um lamento (Mt 23.37).
Devemos ter muito cuidado com o fundamentalismo religioso que exalta Israel e menospreza outros povos. Lembremos que o Evangelho é uma mensagem para todos os povos (Mc 16.15). Lembremos que Jesus usou o exemplo de um samaritano (“inimigo”) para ensinar o que é o amor a judeus, e a todos nós (Lc 10.30). Amamos Israel e almejamos sua prosperidade, todavia, não podemos cair no erro do fundamentalismo. Precisamos enxergar Israel também como uma nação, um sistema comercial, um governo, que acerta e que também erra. Não devemos querer ser mais zelosos do que Jesus. Ele é o nosso exemplo (1Co 11.1). Em matéria de Israel, nada melhor do que ouvirmos o judeu chamado Jesus. Em caso de dúvida, pratiquemos o amor, resumo de todos os mandamentos. Contextualizando este salmo, rogamos prosperidade para o Brasil que, comparativamente, encontra-se devastado pela corrupção, crimes de sangue e tantas outras mazelas.
3- Paz às nossas gerações (Sl 128.6). “vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel!”.
O Salmo 128 termina com um vocativo de longevidade e de procriação: “vejas os filhos de teus filhos” (v. 6) era a esperança e fé presentes agora no coração de cada família judia que voltava do longo cativeiro na Babilônia. Contemplar os nossos filhos e netos é uma grande bênção do Senhor! Israel voltava do cativeiro. Famílias estavam divididas desde a saída (alguns ficaram na terra). Na Babilônia, muitos nasceram e morreram. Alguns não quiseram ou não puderam voltar à Terra Prometida. Depois de uma longa e sofrida viagem de volta, Israel clamava por paz (v. 6). Nossa nação, uma das mais abençoadas pelas mãos do Criador, tem caído em mãos erradas. Vivemos uma cultura de corrupção, que não livra nem mesmo alguns segmentos religiosos. Igrejas erguem-se no Brasil que se confundem com empresas nacionais e multinacionais. Poucos têm muito. Muitos morrem pela insegurança, falta de saúde, acidentes de trânsito e tantas outras desgraças. Oremos por Israel, tendo os nossos pés bem firmes no Brasil. Assim clamamos neste país: que possamos ter segurança e saúde para contemplar os filhos dos nossos filhos e paz sobre o Brasil. O salmo 127 indica a maneira como uma casa pode ser edificada, mas este nos dá uma imagem da casa edificada e adornada com alegria doméstica, por intermédio da bênção do próprio Senhor. Há, claramente, um avanço na era, pois aqui passamos de filhos para filhos dos filhos; e também um progresso em felicidade, pois os filhos que no último salmo eram flechas aqui são plantas de oliveira. Que possamos dizer: “Meus filhos e meus netos terão a mesma fé que eu tenho!”.
APLICAÇÃO PESSOAL
Viver e ensinar os princípios bíblicos e o temor do Senhor dentro de nossos lares é o primeiro passo para que desfrutemos de uma vida próspera, integremos uma igreja saudável e vivamos em uma nação abençoada.
RESPONDA
1) Qual o símbolo de estabilidade, longevidade e riqueza usada no Salmo 128?
R. A Oliveira
2) Em que áreas podemos notar a bênção de Deus segundo o Salmo 128?
R. Harmonia no lar; felicidade no trabalho e crescimento da família.
3) Em qual declaração profética podemos resumir as promessas de Deus sobre nossa família?
R. “Meus filhos e meus netos terão a mesma fé que eu tenho”.
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